CSI : Mirim escrita por Mary Kazuto


Capítulo 3
Todos são iguais


Notas iniciais do capítulo

E aí pessoal, estão gostando da fic? Aqui vai mais um cap. Espero que gostem.



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Acordei animada, depois do que aconteceu ontem eu até estou com mais vontade de ir à aula, ter amigos é tão bom...

Arrumei-me às pressas, vesti o uniforme, dispensei pensar no café da manhã já que posso comprar umas coisinhas na escola, saí de casa quase correndo, acabei dormindo demais e não quero chegar atrasada.

Quando pus meus pés dentro da sala logo o encontrei, Bryan, se não me engano.

Aproximei-me, ele falava com uns caras, fiquei atrás dele até o mesmo notar minha presença, mas ao invés de ele me cumprimentar como eu esperava ele olhou pra mim e começou a rir, o olhei com uma cara confusa.

– Ei, pessoal, eu admito vocês estão certos, agora eu tive a comprovação de que essa garota é tão burra e desesperada que é capaz de confiar em um estranho que ela acabou de conhecer.

Todo mundo começou a rir de mim, então era mentira? Aquela conversa toda foi inventada na hora? Eu sabia, mas eu não vou o deixar ter esse gostinho da vitória, afinal já faz muito tempo que meus sentimentos foram arrancados de mim.

Eu o olhei, naturalmente, como alguém que te cumprimenta só por mera obrigação, deu um aceno com a cabeça e me sentei no meu canto como de costume, sem falar com ninguém, e sem ninguém falar comigo, o professor logo chegou, todos se sentaram e ele deu sua aula sem interrupções.

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Agora me dirigia à cantina para comprar algo para comer quando algumas pessoas começaram a me rodear, cara, eu sei que sou a pessoa mais importante da terra (sqn), mas dá pra parar de me perturbar por um minuto?

– Olha só, não é a toa que esse povo te chama de fantasma, alma penada, vampira, demônio, bom, na verdade esses são ótimos dons para quem não tem coração, que cruel, matou até seus pais! – fala Bryan com aqueles olhos verdes arrogantes.

Agora ele tocou na ferida, eu odeio quando tocam nesse assunto, ninguém ouve minha versão dos fatos, isso não aconteceu desse jeito...

Eu me virei pronta para ir embora quando todo mundo me rodeou com diferentes tipos de lanche nas mãos, prontos para jogarem em mim, é marcação, véi.

– Você não está sem comida em casa? Que tal ajudarmos ela? Pode ficar com tudo o que conseguir pegar.

Então alguns começaram a jogar comida em mim até que a diretora chegou me mandou trocar de roupa e alertou que os alunos não deveriam jogar comida preciosa no chão, essa diretora nem liga pra mim.

Terminei de me limpar e percebi que o horário do lanche estava quase acabando, saí do banheiro ás pressas quando esbarrei em uma menina (roupa: http://www.polyvore.com/krystal_ep.3/set?id=161445663 ), ela me pediu desculpas, eu falei que não tinha sido nada.

– Bom como você se chama? Eu sou Kristal Nottinghan, mas pode me chamar de Kris – iniciou ela.

– Eu me chamo Ayla.

– Em que sala você estuda? – ela me pergunta.

– 2º ano sala b.

– Eu também, como não te vi antes? – me pergunta meiga.

– Não gosto muito de aparecer – falo desconfiada.

– Ah! Tudo bem, foi bom te conhecer. – diz ela em um tom meigo.

Conversamos besteiras até o sinal tocar, ainda não confio completamente nela, mas acho que estou na obrigação de ceder, acho que por causa da boa vontade dela, não sei ao certo.

Voltamos pra aula, cada uma em um lado da sala, quem sabe essa brecha para uma amizade em potencial não venha a me ajudar? Depois eu pretendo perguntar a ela se poderia me ajudar a achar um emprego de meio período.

A aula acabou Kristal saiu primeiro, disse que estava com pressa, ela parece ser bem gentil e querer ajudar, mas pessoas assim podem aparecer em qualquer canto e eu posso ser facilmente enganada, mas como ela aparenta estar sendo sincera vou acreditar, por hora.

Arrumo minha bolsa e saio da sala, sou uma das últimas pessoas no colégio fora professores e outros funcionários, fico andando até perceber que um homem de terno me segue, ele parece indiferente, mas continua seguindo o mesmo caminho que eu, veremos que ele quer.

Paro bruscamente e o vejo levar um leve susto.

– O que você quer comigo – falo ainda de costas pra ele.

– Oh! Senhorita Edinger, eu gostaria de falar contigo.

– O que foi?

– É o seguinte, a nossa equipe deu uma boa olhada em seu histórico escolar e outros documentos relacionados e entramos em um acordo de te incluir em nosso projeto.

– Que projeto?

– É o seguinte, nós FBI, detetives do estado, entre outros decidimos começar a trabalhar juntos por conta do número de assassinatos sem assassinos que temos, mas nossas equipes da “velha guarda” não seriam suficientes então decidimos recrutar um grupo com prodígios, jovens como você com certas habilidades especiais.

– Eu não tenho nenhuma habilidade.

– Nós temos arquivados todo e qualquer acontecimento em que você está envolvida, posso não conhecer todos os seus “dons”, mas o que está ao nosso alcance já te torna qualificada para esse cargo, você vai ser escalada como funcionária, se nos ajudar a resolver os casos receberá um salário, o que acha?

– Isso é algum tipo de brincadeira? Onde estão as câmeras escondidas?

– Nós não brincamos em serviço, claro que vocês terão um treinamento primeiro, mas não acho que vão precisar se possível a senhorita poderia me acompanhar?

O acompanhei calada, processando as informações, vou trabalhar como detetive? Isso parece um sonho, mas não sei, mexer com assassinatos é uma coisa delicada.

Entramos em um carro médio cor marrom, fomos até o que parecia ser a cede aonde eu iria “trabalhar”, andamos até que chegar a uma sala separada, lá dentro havia um quadro, acho que é daqueles de suspeitos, uma mesa com várias cadeiras, do lado esquerdo tinham duas portas e um corredor no meio que levava para um laboratório, as duas salas pareciam escritórios.

Do lado direito havia uma sala cheia de computadores e outra que mais parecia com aquelas salas de cirurgia cheia de objetos cirúrgicos e macas.

Vai ser aqui que vamos trabalhar? A pergunta é, eu e mais quem?

O homem volta, agora com algumas fichas na mão.

– Bom fique à vontade para observar o local, depois eu direi qual será sua sala e a função que pretendemos que você exerça, qualquer dúvida estarei a sua disposição, os seus companheiros de trabalho irão chegar logo.

Sento-me em uma das cadeiras giratória (aquelas de secretária) e comecei a analisar a situação, mesmo que isso seja por uma boa causa (e que eu receba salário) ainda não confio que um bando de adolescentes (no meu caso 17 anos) possam resolver casos de assassinatos.

– Aqui vai ser o local em que vocês trabalharão.

Pude ouvir uma voz masculina atrás da porta, e, no mesmo instante a mesma se abriu revelando o policial de antes e mais duas pessoas.

– VOCÊ/VOCÊ!?!

Eu fiquei olhando aquelas duas pessoas, a Kristal e ele, o que esse idiota está fazendo aqui?

– Bom te ver de novo Ayla – diz com sarcasmo.

– Digo o mesmo Bryan - se ele quer guerra, guerra é o que ele vai ter.

– Bom - iniciou o policial - nossa equipe providenciará especialistas para atenderem a qualquer reclamação antes de começarmos a trabalhar sério, além de um treinamento básico para vocês se familiarizarem com tudo, sintam-se à vontade.

Até aquele momento eu não estava acreditando no que meus olhos mostravam.

– Eu gostaria de saber em quê essa garota vai servir em um caso de assassinato? Só se for pra ser a vítima, certo?

– Quem deveria dizer isso sou eu - retruquei.

– Vou apresentar o local de trabalho de vocês, essas duas salas à esquerda são as dos detetives, elas possuem ótimos computadores para fazerem os relatórios de todos os casos e outras coisas mais. Ayla, Bryan, vocês serão os detetives, cada um tem uma especialidade singular, vai ser ótimo trabalharem todos juntos.

Eu olhei pra ele e logo surgiu uma vontade de vomitar, não sei se seria eu capaz de trabalhar com um lixo como ele.

– Continuando, a Kristal vai ser a legista ficando com a sala da direita reservada para a análise dos corpos, aqui estão celulares novos para vocês, o nosso número já está salvo e eles possuem um gps caso vocês sejam sequestrados, só por precaução, e eu também gostaria que os celulares antigos fossem descartados, tudo por conta da segurança, podem salvar os contatos novamente, tudo como estava no aparelho antigo, mas só que esse é mais seguro.

Diz o policial nos entregando os aparelhos celulares, ele nos deixou só dizendo que era para melhor interação com o que vem pela frente.

Eu fiquei olhando para a cara dos dois e eles retribuíam ninguém se atreveu a pronunciar nada, eu fui a primeira a sair.

Cheguei em casa, estava morrendo de fome, talvez eu gaste o resto do dinheiro comprando uns lanches de qualquer modo eu vou começar a receber salário, então não tenho com que me preocupar.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Mereço comentários?



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