Regina mantém o sorriso nos lábios ao ver Vasco ajudando Yasemine com o cinto da cadeirinha no banco de trás do carro. Cuidadoso e exigente versus uma menina agitada e brincalhona.

Henry havia organizado as bolsas no porta-malas e agora dava os últimos retoques no vidro dianteiro do carro, garantindo a perfeição em seu serviço de lavagem. O convívio com Vasco estava causando influência em seu comportamento e o estava transformando num menino exigente e chato às vezes.

A prefeita olha para baixo e sorri ainda mais, acariciando a barriga. Ali dentro, alguém estava bem protegido e aguardava seu fortalecimento para conhecer o mundo, em um futuro breve. Ela ainda não havia contado novidade e seria a surpresa para o primeiro jantar em terra, tão logo desembarcassem em Acapulco.

Havia até planejado a maneira como revelar a existência de mais um membro para aquela família. Perdida em seus pensamentos, ela não percebe o olhar lupino de Vasco.

Tendo terminado sua batalha contra sua pequena guerreira, ele busca a esposa e a encontra perdida em devaneios e acariciando a barriga. Ele sorri, sabendo que ali dentro estava mais um ser amado, produzido com o mais absoluto amor e que seria recebido num mundo louco, mas onde o amor verdadeiro ainda vencia o mal.

Regina não havia dito sobre a gravidez, entretanto, Vasco já conhecia aquele corpo e os detalhes dele. Detalhes que tanto amava e venerava. E ele poderia até apostar qual havia sido o exato momento em que a concepção tinha ocorrido. E ganharia a aposta!

– Vamos, pessoal! Poderemos perder o voo! – grita Henry roubando os momentos oníricos de sua mãe e de seu padrasto.

Regina caminha até o marido e o toma num abraço e beijo melosos.

– Humm! – Henry faz uma careta e acomoda-se no banco traseiro. – De novo!

FIM.