Entre o cavaleiro e o ladrão escrita por Eduardo Marais


Capítulo 24
Capítulo Vinte e Quatro




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– Um dia você me disse que eu era responsável porque o tinha cativado e criado. Agora, você é responsável pela nova mulher que surgiu depois daquele beijo. Esta nova mulher nasceu por um beijo...tudo começou para mim, por um beijo.

Vasco chora e soluça, mas não perde a compostura de um militar em revista.

– Devo a Robin a descoberta de meus reais sentimentos. Caso ele não tivesse retornado e criado esta situação, eu jamais saberia que o amor verdadeiro estava ao meu lado em minha vida, em minha casa e em minha cama. E jamais saberia que Yasemine era o fruto de um verdadeiro amor!

Ele geme choroso e ainda não quebra sua elegância.

– Você havia conquistado a minha confiança...eu me entreguei aos seus toques e beijos e permiti que me visse adormecido ou mesmo despido. – ele se afasta e vai sentar-se. – E quando eu a vi segurando as mãos daquele homem e chorando com ele, fiquei envergonhado por ter me exposto tanto aos seus olhos e aos seus pedidos.

– Você se entregou a mim porque sabia de meu amor e sabia que eu jamais o trataria com vulgaridade, Vasco. – ela se ajoelha diante dele e o vê proteger-se.

Ele funga várias vezes e pisca para permitir que as lágrimas.

– Não chore assim, meu amor. – ele toca o rosto dele. – Não lute contra esse amor que está pulsante dentro do seu corpo. Entregue esse amor a mim, porque estou implorando por ele.

Tremendo e soluçando, Vasco ainda trava uma batalha feroz para não demonstrar fraqueza. Porém, até os mais valentes guerreiros dobravam seus joelhos quando se percebiam diante daquele adversário poderoso e imponente que era o amor.

– Minha primeira flor é você.

– Que doce engano...- ele soluça.

– Eu preciso de você, Vasco.

– Você...não é sincera...

– Sem você não viverei.

Ele cobre as orelhas com as mãos e Regina desfaz aquela proteção, prendendo os braços dele. Ouve um gemido doloroso de um choro de quem se rende.

– Estamos juntos hoje, agora, como no primeiro dia. Sou sincera e sem você não haverá vida.

– Eu amo você! – ele grita e ajoelha-se, enchendo os braços de Regina com seu corpo quente e trêmulo.

Ambos buscam vida naquele abraço e choram juntos comemorando o nascimento de um novo casal. Um casal de eternos amantes.

– Nós dois para sempre. – sussurra Regina ao ouvido do marido, provocando ainda mais lágrimas.


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