Entre o cavaleiro e o ladrão escrita por Eduardo Marais
– Um dia você me disse que eu era responsável porque o tinha cativado e criado. Agora, você é responsável pela nova mulher que surgiu depois daquele beijo. Esta nova mulher nasceu por um beijo...tudo começou para mim, por um beijo.
Vasco chora e soluça, mas não perde a compostura de um militar em revista.
– Devo a Robin a descoberta de meus reais sentimentos. Caso ele não tivesse retornado e criado esta situação, eu jamais saberia que o amor verdadeiro estava ao meu lado em minha vida, em minha casa e em minha cama. E jamais saberia que Yasemine era o fruto de um verdadeiro amor!
Ele geme choroso e ainda não quebra sua elegância.
– Você havia conquistado a minha confiança...eu me entreguei aos seus toques e beijos e permiti que me visse adormecido ou mesmo despido. – ele se afasta e vai sentar-se. – E quando eu a vi segurando as mãos daquele homem e chorando com ele, fiquei envergonhado por ter me exposto tanto aos seus olhos e aos seus pedidos.
– Você se entregou a mim porque sabia de meu amor e sabia que eu jamais o trataria com vulgaridade, Vasco. – ela se ajoelha diante dele e o vê proteger-se.
Ele funga várias vezes e pisca para permitir que as lágrimas.
– Não chore assim, meu amor. – ele toca o rosto dele. – Não lute contra esse amor que está pulsante dentro do seu corpo. Entregue esse amor a mim, porque estou implorando por ele.
Tremendo e soluçando, Vasco ainda trava uma batalha feroz para não demonstrar fraqueza. Porém, até os mais valentes guerreiros dobravam seus joelhos quando se percebiam diante daquele adversário poderoso e imponente que era o amor.
– Minha primeira flor é você.
– Que doce engano...- ele soluça.
– Eu preciso de você, Vasco.
– Você...não é sincera...
– Sem você não viverei.
Ele cobre as orelhas com as mãos e Regina desfaz aquela proteção, prendendo os braços dele. Ouve um gemido doloroso de um choro de quem se rende.
– Estamos juntos hoje, agora, como no primeiro dia. Sou sincera e sem você não haverá vida.
– Eu amo você! – ele grita e ajoelha-se, enchendo os braços de Regina com seu corpo quente e trêmulo.
Ambos buscam vida naquele abraço e choram juntos comemorando o nascimento de um novo casal. Um casal de eternos amantes.
– Nós dois para sempre. – sussurra Regina ao ouvido do marido, provocando ainda mais lágrimas.
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