Entre o cavaleiro e o ladrão escrita por Eduardo Marais


Capítulo 11
Capítulo Onze




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A ambulância afasta-se levando Vasco inconsciente e com aparelhos auxiliando em sua respiração.

– O que houve? – pergunta Robin ainda estarrecido com o acontecimento.

– Vou entrar e cuidar das crianças. – Marian fala suavemente. – Vá para o hospital e seja útil para sua amante.

Ao fechar a porta da casa atrás de si, Marian desaba num choro dolorido e desesperado. Vasco jamais deveria ser atingido, apenas protegido depois que Regina bebesse o vinho. Vasco era inocente e deveria ser preservado de qualquer resquício sujo que espirasse daquela situação horrenda. Poderia perder qualquer um, mas não poderia perder Vasco. Ele deveria ser salvo e resguardado da insanidade de Regina e Robin. Mas como despertá-lo?

No hospital, Vasco é conduzido para o setor de emergência e fica aos cuidados da equipe médica, que impede Regina de continuar ao lado da maca. Desesperada, ela se larga numa cadeira e esconde o rosto com as mãos, protegendo a exposição de sua fraqueza.

Um tempo depois, ela retorna à realidade com o toque de Mary em seu ombro.

– Como você está, Regina?

– Eu estou bem! Mas Vasco está lá dentro faz muito tempo e nenhuma notícia ainda!

– Mas o que aconteceu exatamente? – Mary senta-se ao seu lado.

– Exatamente, não sei.

– Então, o que aconteceu vagamente?

Regina tenta sorrir.

– Íamos começar uma reunião e depois que Vasco bebeu o vinho que deveria ser para mim, desfaleceu. Tentamos reanimá-lo e não conseguimos.

– Tentamos?

– Robin, Marian e eu. Iríamos conversar sobre nossa situação e queríamos relaxar com uma bebida. Mas Vasco teve essa reação ao vinho!

Mary desenha no rosto uma careta pouco amistosa.

Os minutos passam e opiniões são dadas.

– Como pode pensar isso, Mary? Isso seria cruel até para mim! Vasco é o meu marido e é pai de minha filha!

– Você quer Robin, mas não quer magoar Vasco. Nada mais oportuno do que colocá-lo para dormir, sem ferimentos ou dor. Um dia, alguém o despertará com um beijo do verdadeiro amor, porém, esse alguém não existe.

O rosto de Regina assume uma expressão de puro horror. Fica em silêncio por alguns instantes até que consegue organizar seus pensamentos. Suaviza sua expressão.

– O vinho não era para ele. Vasco aprecia licores. – ela inspira profundamente e mostra-se ainda mais furiosa. – O veneno era para mim!

– Para você?

– Foi Marian quem reparou as bebidas e as entregou a todos nós. Vasco mostrou-se descontrolado pela primeira vez e tirou a taça de minha mão. Assim que bebeu, eu ouvi Marian gritar um “não” bem sonoro, mas não teve tempo de impedir. Ela envenenou Vasco!

Um tempo depois, Regina, Mary e Emma estão diante de Marian, serena e fria.

– O que você pretendia? – grita Regina sendo contida pela enteada.

– Abaixe o tom de voz, cadela. Grite outra vez e arranco essa beleza de seu rosto, com socos. – Marian rosna. – O veneno foi conseguido para pôr você para dormir. Eu menti quando o adquiri e até chorei para convencer a pessoa que me ajudou. Menti dizendo que seria para eu dormir para não ver o final que você e Robin escreveram para mim.

– Há um inocente à beira da morte, por sua causa! – Emma afirma.

– Minha causa? – Marian aponta para Regina. – Ela é a causadora das dores de Vasco! Ela estragou tudo, então deve consertar!

Regina é rápida e desfere uma bofetada contra o rosto de Marian, que cambaleia, retornando e revidando a agressão. Emma e Mary investem na separação da briga.

– Você vai pagar caro, caso Vasco morra!

– Você é quem irá pagar, sua bruxa! Quando a acusei de ser um monstro, estava certa! O sangue de um inocente escorrerá pelas suas mãos e pelas mãos de Robin! Meu plano era envenenar você, mas surtiu um efeito melhor do que eu esperava, embora Vasco tenha sido atingido.

Regina tenta avançar, mas Emma a impede.

– Vou descobrir um antídoto contra a droga que deu ao meu marido! Depois, virei como um rolo compressor sobre você e irá perder esse risinho!

– Boa sorte, Rainha Má! Comece a correr contra o tempo!


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