CAPÍTULO 5

Baby, baby, I feel crazy, up all night, all night and every day

Give me something, oh, but you say nothing

What is happening to me?

— I don't wanna live forever, Zayn & Taylor Swift

Jade e Beck estavam já dois dias em New York. O concerto havia sido o dia anterior e Jade continuava sem saber como agradecer a Beck o que ele tinha feito por ela, nunca antes ninguém se havia importado tanto por ela e por primeira vez em anos, ela se sentia amada novamente.
Amanhã seria o último dia em New York deles e, ambos queriam aproveitar isso. Estavam em um restaurante de comida rápida, esperando ser atendidos e falando sobre coisas sem sentido.
— Ah, Beck, eu não gosto de flores. - Riu Jade quando Beck lhe perguntou quais eram as suas flores favoritas. - Para mim, flores são um sinal de... Despedida. São uma coisa que se oferece aos mortos nos funerais. Mas, gosto de rosas. Rosas brancas.
— Sempre achei que as garotas queriam flores e joias por parte dos seus namorados. - Murmurou. - Mas parece que eu estive pensando mal todos estes anos. Deve ser por isso que nunca tive sorte nas minhas relações.
— Eu não acredito nisso, Oliver! Tenho a certeza que as garotas não te deixavam sozinho nem cinco segundos. - Falou, rindo.
— Infelizmente... Ou felizmente, isso não aconteceu nunca. Algumas garotas estavam atrás de mim, mas não era nada de outro mundo. Normalmente, quando alguma delas se interessava em mim e eu a ignorava, perdia rápidamente o interesse.
— Esse é o problema, Beck. - Falou Jade. - As garotas perdem o interesse se são ignoradas. Quer dizer, a maioria sim. E pelo que parece, ignorar pessoas é o teu forte, uh? - Ela sorriu.
— Vamos voltar a discutir sobre isto, Jade? Eu já te expliquei porque te ignorei, não foi a minha intenção, eu nunca achei que te poderia machucar de alguma forma. Já pedi desculpas sobre isso!
— Eu sei, Beck. - Suspirou Jade e desviou o olhar de Beck. - Obrigada por tudo. - Beck sorriu.
***
— Tia Maya, porquê Dan não veio também? - Perguntou Jade, comendo seu sorvete. - Eu gostava do tio Dan.
— Jade... - Maya sorriu com tristeza, tentando evitar chorar. - Dan é passado, sim? Ele... Ele não vai voltar nunca mais, querida. Sinto muito isto, okay?
— Oh... - Murmurou Jade, sem saber o que deveria dizer nesse momento. - Mais tarde podemos visitar os meus pais? - Perguntou e sua tia afirmou, com um movimento da sua cabeça. - Temos que levar rosas brancas, eram as favoritas de mamãe. - Ela sorriu.
— Eu sei, pequena. Ela amava essas flores, toda a casa estava cheia de rosas brancas antes de... -Maya se interrompeu. Jade sabia que seus pais estavam mortos, mas continuava sendo dificil e estranho afirmar em voz alta que os pais de Jade já não viviam.
— Eu sinto falta deles. - Murmurou, pensativa, Jade. Sua tia sorriu, com tristeza.
***
Depois de um dia cansativo em New York, Jade e Beck decidiram voltar para o hotel e descansar. Eles tinham passado o dia passeando por New York, juntos, felizes e... Apaixonados. Nenhum deles queria admitir seus sentimentos, mas ambos sabiam o que sentiam.
— Deveriamos tomar banho juntos. - Sussurou Beck, abraçando Jade e beijando sua mandibula. - É importante cuidar da natureza.
Jade riu. - Claro, a natureza é muito importante. - Sorriu enquanto afastava o seu cabelo do ombro, para lhe da melhor acesso a Beck.
— Então... Tomamos banho juntos? - Perguntou, apretando Jade mais contra si. - Podemos passar um tempo único tomando banho juntos. - Sorriu, beijando lentamente o ombro de Jade.
— Não hoje, Beck. - Jade riu, afastando Beck do seu corpo. - Talvez amanhã.
Beck suspirou, decepcionado, mas não disse nada. Pegou uma toalha e entrou no banheiro do quarto de hotel que eles dividiam. Cinco minutos depois, ele saiu e seu coração quase parou quando viu Jade no chão, com os olhos fechados e sangue saindo pela nariz.
Correu rapidamente até ela e se ajoelhou ao lado dela, sem saber o que fazer exatamente. Tocou a sangue que saia da nariz da sua namorada e sentiu seu coração bater fortemente nos seus ouvidos. Nao sabia o que acontecia aí, mas tinha a certeza que não era nada bom.
— Jade... Por favor, isto não tem graça... - Murmurou e depois, pegou seu celular da cama e digitou o número de uma ambulancia.