5-Impossibilidades.

Depois de ser flagrado pelo Ângelo com o Nick na cama, decidi tomar banho e falei pra eles que ia pra minha casa, tinha que contar as noticias para minha mãe.

–Eu volto mais tarde, prometo-falei sorrindo pros dois que estavam sentados me olhando.

–Queria ir com você, deixa?-o Nick falou fazendo um beicinho fofo, não resisti e dei um selinho nele

–Dessa vez não, vou ser rápido, volto pra vocês-falo sorrindo e indo pra porta.

Agora estou aqui sentado ouvindo milhares de conselhos sobre como isso poderia ser bom, e outros milhares sobre como isso seria ruim, depois de um tempo acabei almoçando e demorando mais do que planejava, peguei algumas roupas minhas e já estava pronto para ir embora.

–Eu já vou, depois volto para pegar o resto das minhas coisas, é definitivo.

Falei já saindo de casa, tinha decidido que não iria mais morar lá, iria procurar uma casa pra morar com o Ângelo e o Nick, depois um bom emprego, e seriamos felizes.

Estava sendo bem precipitado? Sim, mas não me importo, estava determinado, enquanto estava perdido em pensamentos durante o caminho ate o hotel que eles estava, reparei que já era umas 21:00 tinha demorado muito.

Enquanto caminhava reparei em um grupo falando alto perto de um beco, eles vestiam roupas pretas e pareciam bem suspeitos, decidi ignorar eles porem algo me fez parar a alguns passos deles.

–Ele era fofinho ate sorte nossa que era virgem ainda-um deles falou rindo.

–Verdade em, qual o nome que ele chamou quando eu acertei ele lá no fundo?- um que tinha cabelos compridos e com mexas azuis.

–Acho que Ângelo, ou Ralf algo assim- responderam e começaram a andar rindo.

Aquilo me deixou estático, não sei o que se passou pela minha cabeça na hora mais corri ate onde eles estavam e olhei pro beco, lá tinha uma pessoa encolhida e pelo jeito chorando, me aproximei calmamente dele, as roupas estavam rasgadas em vários lugares, tinha cortes que sangravam muitos e o cabelo estava todo sujo, reparei que tinha algumas manchas brancas pelo corpo, enquanto me agachava para falar com ele algo me fez parar, o garoto tinha virado o rosto, os olhos dele me fitaram o rosto cheio de cortes e alguns hematomas já estavam roxos, ele falou quase sem voz.

–Raffi me ajuda

Ali tava o Nick, tentei levantar ele porem ele sentia muita dor, e pediu para ligar pro Ângelo vir nos ajudar, fiz isso porem não disse o que tinha acontecido necessariamente, depois de um tempo o Ângelo chegou e ficou indignado com a cena, me ajudou a levantar ele, e decidimos ir para o hotel, lá chamaríamos um medico pro Nick.

–Eu vou matar eles, eu juro-falava o Ângelo depois de termos chamado o medico e ele estar examinando o Nick.

–Você não vai fazer nada, agora é a policia que vai fazer algo, por favor, não faz nada-falei já chorando e desabando em uma das cadeiras que tinha lá.

Depois de uns 30 minutos esperando o medico falar com a gente ele veio calmamente e suspirou olhando pra gente.

–Qual dos dois é da família?-ele falou e o Ângelo levantou a mão-bem o caso dele é o que esta bem óbvio, é estupro, os cortes e os hematomas foram bem superficiais ate, mais gostaria de fazer exames detalhados.

–A gente vai levar ele sim, como ele ta agora?-falei olhando pro embrulho branco na cama.

–Eu dei um calmante, ele esta dormindo agora, aqui, espero vocês para os exames -o medico falou entregando uma receita e um potinho com calmamente.

Depois que o medico foi embora ficamos sentados na varando sem falar nada ate que o Nick acordou assustado, fomos ate ele e vimos ele chorar muito.

–Hey, você não tem culpa de nada, a culpa é daquele “fdp”-falei abraçando ele com calma, e fazendo carinho na cabeça dele.

–Ele tem razão, quer comer? Vou pegar algo pra gente-Ângelo falou levantando e saindo do quarto.

–Eu estava preocupado que você tava demorando, e decidi ir comprar algo, fui comprar sorvete e. -Nick começou a falar porem o choro e os soluços não deixaram ele continuar.

–Desculpa a culpa não é sua, estou aqui agora, tenta descansar mais um pouco-falei aconchegando ele na cama e dando um calmamente pra ele.

–Agora descansar sem ter pesadelos é impossível-ele falou meio sonolento.

–Imbosibilidades não existem para mim-Falei olhando ele dormir