Corações Perdidos escrita por Syrah


Capítulo 28
28. Isso é um ultimato?


Notas iniciais do capítulo

Olá de novo :D

Aproveitem a leitura! ♥



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METI AS MÃO nos bolsos da calça e soltei um suspiro em meio ao clima abafado de Sioux Falls. Certo, Grace, pra onde?

Cogitei ligar para Moira e jogar conversa fora — já faziam vários dias desde que eu não ligava para dar notícias ou deixava uma mensagem em sua caixa postal —, mas ela certamente faria um monte de perguntas antes de nós duas realmente iniciarmos uma conversa e eu não estava com cabeça para interrogatórios naquele momento.

É verdade, eu realmente não estava com animação alguma para caçadas desde o episódio nem um pouco agradável com o Djinn; esperava não ter que me preocupar com assuntos do tipo exceto quando se relacionassem ao meu pai, ainda mais considerando o tempo que se passara desde a última vez em que eu saíra atrás de pistas sobre seu paradeiro. Ainda assim, quando ouvi Sam falando sobre as mortes em West River e toda a história por trás da lenda Axefire, foi como se uma lâmpada se acendesse em um maldito quarto escuro para mim — pela primeira vez em dias eu sentia que tinha a solução para algo em mãos, só precisava de um pequeno passo. Aceitei o caso, mesmo sabendo minhas prioridades; uma gênia, eu sei. E então, ali estava eu, andando sem rumo por uma cidade que eu pouco conhecia, remoendo minhas decisões e refletindo sobre como diabos eu acabara ali. Comecei isso sozinha, por que não continuei assim?

Enquanto passeava, deixei que meus pensamentos aflorassem. Lembrei-me de inúmeras coisas, dentre elas do dia em que encontrei os garotos. Ah, esse com certeza estava gravado na memória; as provocações e alfinetadas de Dean (algo que havia melhorado bastante desde então), minha surpresa em descobrir a origem de Castiel e minha negação em aceita-la. Pensei em quão fácil havia sido para aqueles dois me convencerem a aceitar sua ajuda, topar uma caminhada de horas até o pé de uma montanha ao invés de simplesmente ignorar aquele encontro maluco com dois irmãos e um fodendo anjo.

Parando para pensar, bem que a coisa toda fora bem rápida. Em questão de horas eu já aceitara a ajuda dos Winchester, nem um pouco surpresa pelo fato de eles também terem embarcado naquilo. Foi uma confiança mútua e bem veloz, quase instantânea, da qual eu só me dera conta naquele momento, em uma caminhada tranquila por um dos cruzamentos pouco movimentados de Sioux Falls. Aqueles três poderiam ser maníacos assassinos com um pouco de conhecimento sobrenatural, aguardando para eliminar a primeira caçadora ingênua que aceitasse sua ajuda — ok, isso soou bem ridículo, mesmo no meu pensamento, prefiro nem pensar em dizer essas palavras em voz alta.

Curiosamente, naquelas condições, as palavras de Dean de algumas semanas antes me vieram à mente:

Você disse que confia em mim, M. Espero que não tenha mudado de ideia tão rápido, ele dissera, eu conseguia sentir a amargura em suas palavras naquela noite. Sam e eu só queremos ajudar.

— Eu confio, Winchester — sussurrei, sozinha, sabendo que ninguém me ouviria ali.

Sinceramente, não sei bem por quanto tempo fiquei vagando, sequer tinha ideia de que horas eram quando entrei em um dos bares de esquina que encontrei na região, me sentei no balcão e pedi algo forte para beber. Só sei que me senti bastante surpresa horas depois, quando recebi uma suposta companhia.

Não o vi chegar, tampouco me senti incomodada. Mas admito que não esperava sua presença. Quando ele se sentou e pediu ao barman um copo do que eu estava bebendo, me lançou um sorriso de canto e deixou seu casaco no balcão, não pude evitar uma risada baixa. Galante, essa era definitivamente uma das melhores palavras para descrever Dean Winchester. Não que eu fosse dizer isso em voz alta, ainda mantinha um pedaço do meu orgulho intacto.

— Não resistiu e teve que vir matar a saudade dos meus olhos? — perguntei sem encara-lo, tomando um gole do meu whisky. — O estilo babá não faz o seu tipo, Winchester.

Ele riu, sem se sentir intimidado com o que eu dissera nem nada do tipo. Uma das vantagens de conversar com Dean era saber que ele nunca sairia de um diálogo nosso com o rabo entre as pernas, não importando o que eu dissesse.

— Como se você não soubesse se cuidar sozinha — ele respondeu, pegando a garrafa que o barman lhe entregara e se servindo de uma boa dose de whisky.

Sorri com sua resposta.

— O que está fazendo aqui, Dean? — eu ainda não o havia encarado desde sua chegada.

— O quê? Um homem não pode mais sair à procura de uma boa cerveja por aqui? — O loiro abriu um sorriso lateral. — Sam não larga aquela máquina, vício tecnológico e tal. Bobby está outra vez afundado naqueles livros de tradução, chato. Você sabia que o Latim não é responsável nem por um terço da origem de todas as línguas? Incrível!

Ele gesticulou ironicamente, o que me fez rir.

— É sério, Dean.

— Eu estou falando sério! — ele dramatizou, me fazendo rolar os olhos. O Winchester suspirou. — Certo. Eu imaginei que uma hora você fosse passar por aqui. Por algum motivo, todos passam. — Ele me encarou, enigmático.

Batuquei os dedos no balcão, de leve, algo que fazia sempre que começava a me sentir apreensiva com algo. Ele queria uma conversa, certo. O problema era que conversas com Dean ultimamente eram sinônimo de discussões, e eu não estava no clima para outra briga no momento.

Contudo, tentei me mostrar o mais indiferente possível.

— Precisa de algo? — perguntei, brincando com o pequeno copo que segurava.

Dean suspirou.

— Está tudo bem, M?

Franzi o rosto para a pergunta, um tanto confusa.

— Ahn... sim, eu acho? — ri sem graça. — Por quê? Não era pra estar?

Dean deu de ombros.

— Bom, é só que hoje mais cedo você não parecia muito feliz com o caso que Sam arranjou — ele jogou as cartas na mesa, aparentando não se importar, contudo sério. — Sequer retrucou quando eu disse que tínhamos que ficar em um motel e não na pousada — ele me encarou com mais intensidade. — Sei que não quer fazer parecer que tem algo de errado mas, bem, tem algo de errado. O que é?

Ah, isso. Suspirei. Eu não sabia se queria falar daquilo no momento... parecia vago, ou errado. Talvez ambos. O verdadeiro motivo por trás do meu suposto desânimo e da minha aversão a novas caçadas era um tanto quanto egoísta, talvez até um pouco fixado demais.

No entanto, não precisei dizer nada. Não sei dizer bem porquê ou como, mas o fato é que eu e os Winchester estávamos juntos há tempo suficiente para que ambos reconhecessem quando algo me incomodava. E era isso o que Dean estava fazendo naquele instante: cogitando hipóteses para o meu suposto incômodo. E, bem, o filha da mãe acertou em cheio.

— Tem algo a ver com... você sabe, o seu pai? — Ele sugeriu diante do meu silêncio. Droga, Dean. Não vá por aí. — Está se sentindo culpada por não estarmos atrás dele agora, não é? — Merda. — Acha que esse novo caso é perda de tempo, que estamos deixando as pistas esfriarem.

Respirei fundo. Tarde demais para voltar atrás no assunto.

— Olha, M, não precis...

Ergui a mão para interrompê-lo. Eu não precisava de consolo ou solidariedade naquele momento. Eu tinha plena consciência do quão egoísta eu estava sendo e já aceitara esse fato. Sem desculpas, ponto.

Dei um gole em meu whisky, logo repondo a dose e tomando outra antes de começar a falar:

— Sei que precisamos cuidar dessas coisas, ok? Ver pessoas morrendo não é um dos meus hobbies, acredite — falei, sentindo minha cabeça doer um pouco, resultado das várias doses que eu já havia tomado naquela noite. — Eles dependem de nós. Certo. Mas o fato é que a cada segundo que uso para me preocupar com essas pessoas, são momentos a mais de dúvida, entende? Se eles se acumularem, nunca vou saber o que aconteceu com meu pai. E só essa hipótese já é o suficiente para que eu queira bater em algo agora mesmo. Ou alguém.

Dei outro gole em minha bebida, não me importando com a possível ressaca que estava chegando. Quantas horas haviam se passado desde que eu entrara naquele lugar mesmo?

Dean pareceu pensativo por alguns instantes. Se manteve calado por tanto tempo que achei que desistira de conversar comigo. Porém, ele se virou para mim de novo, e dessa vez havia algo em seus olhos que conseguiu cativar minha atenção de imediato.

— Eu sei como se sente — começou, talvez um tanto previsível demais. — Juro que sei, de verdade. Mas posso garantir que não estamos nos afastando da missão principal, que é achar Adam. Vou fazer isso Emma, nós vamos. Ok? — ele abriu um sorriso fraco. — Quando acabarmos de vez com o caso Axefire, prometo que toda a atenção será focada em Adam. Sem mais caçadas extracurriculares, vamos nos concentrar no objetivo principal: o resgate do papai Grace!

Eu poderia ter respondido naquele momento. Dito um "obrigada" ou duvidado de suas palavras. Estranhamente, no entanto, apenas assenti, calada. Dean deu um gole em sua cerveja e me encarou outra vez.

— Nós vamos encontrá-lo. Eu prometo.

— Ainda quer fazer isso?

Ele franziu o rosto, claramente surpreso com minha pergunta, talvez um pouco confuso também.

— Como assim?

Dei de ombros.

— Encontrar meu pai. Me ajudar. — Suspirei, largando o copo sobre o balcão e encarando o nada. — Tudo bem que você e Sam entraram nessa no início e nós até encontramos bastante coisa. Eu acho que não poderia ter me saído melhor sem vocês dois. E Cas. Mas... honestamente, por que ainda estão nisso?

Abaixei a cabeça, fechando os olhos e afastando a garrafa de whisky. Por que está fazendo esse tipo de perguntas, Emma? Pare com isso.

— Por que ainda não foram embora? — sussurrei. — Como todos os outros.

Merda. Minha cabeça doía como o inferno, meus sentidos já não estavam lá essas coisas, tudo o que eu queria era apagar por algumas horas. Mesmo assim, quando Dean respondeu, baixa a cautelosamente à minha pergunta, suas palavras foram mais claras que qualquer outra coisa para mim naquele instante.

— Porque, Emma Grace, vejo um pouco de mim em você — ele disse, sem piadas ou rodeios, apenas a sinceridade estampada em sua voz. — Eu não estou apenas tentando te consolar quando digo que sei o que você está passando. Eu realmente sei. Também sei que parece que ninguém mais entende como você se sente, mas isso não é verdade. — Será que não? — Existem pessoas que conhecem essa mesma sensação que está te consumindo. Pessoas que estão bem na sua frente. E você se daria conta disso mais vezes se apenas nos deixasse entrar.

Ergui o rosto, pela primeira vez naquela noite realmente encarando o loiro sentado ao meu lado. Dean me deu uma piscadela.

— É o máximo que posso fazer por você no momento — ele meio que se desculpou com um sorriso no rosto. — Isso e te levar pra casa. Antes que você caia no chão de tanto encher a cara aqui.

Revirei os olhos.

— Não quero ir pra casa, mamãe — resmunguei. — E eu nunca faria uma cena dessas, é ridículo. Só pra anotar.

O Winchester abafou uma risada.

— Vamos, Garota das Armadilhas, temos uma última parada amanhã, antes do nosso destino final.

Abri um sorriso para o apelido, lembrando do episódio do Wendigo de meses antes. Parecia ter se passado uma eternidade desde então. Por fim, aceitei o braço que o loiro me oferecia persistentemente, me levantando e caminhando com ele para fora do bar.

— Você é um chato, sabia? — resmunguei de novo.

Dean sorriu enquanto abria a porta do carro para que eu entrasse. Fiz um floreio dramático antes de me sentar, com ele rindo e batendo a porta, indo se sentar no banco do motorista.

— Vamos pra casa — disse, ajeitando o espelho do retrovisor. — Amanhã é um novo dia. E que dia.

Pode acreditar que sim, pensei, suspirando. Então ele deu partida e saímos rumo a casa de Bobby Singer outra vez.

***

Pela manhã, acordei com uma dor de cabeça amena, nada que não pudesse suportar. Lavei o rosto e desci para tomar café, me deparando com Bobby e os garotos já arrumados para irmos. O velho Singer me cumprimentou com um aceno.

— Estou atrasada? — perguntei, meio bocejando.

— Em resumo, sim. — Sam sorriu, pegando um copo de café e dando um bom gole. — Bom dia, aliás.

Abri um sorriso de desculpas.

— Estarei de volta em cinco minutos — prometi, subindo as escadas. Reparei que Dean sequer erguera os olhos do jornal que lia calmamente no sofá mediante minha presença. Ele com certeza deveria ter feito alguma piadinha sobre o meu atraso, ou provocado minha aparência que devia estar definitivamente abatida. Estranho.

Ignorando isso, voltei para o quarto resignado a mim e passei a me arrumar. É claro que os cinco minutos na verdade estavam mais para dez ou quinze, mas acho que os garotos não ligaram muito para isso. Quando terminei, desci as escadas com uma mala apenas — eu havia me superado —, indo até o lado de fora e colocando-a na traseira do Impala.

— Vamos demorar muito pra chegar lá? — perguntei a Sam, que estava ajeitando suas coisas no porta-malas também.

— Não muito, a pousada não é tão longe e nem é de difícil acesso — ele sorriu. — Acho que antes das onze chegamos.

Franzi o rosto.

— Pousada?

Sam concordou com um aceno.

— É. Ontem, quando você e Dean voltaram pra casa, ele veio me dizer que estava de boa com a estadia na cidade — o moreno sorriu. — Cá entre nós, seja lá o que for que você tenha dito, obrigada por ter convencido aquele cabeça dura. Eu também não estava afim de ficar em outro motel apertado de beira de cidade de novo.

Retribuí o sorriso, embora não soubesse bem o que dizer de volta. Eu havia convencido Dean? Como?

— Certo. De nada. — Eu acho.

— Vou buscar mais algumas coisas lá dentro, então estaremos prontos pra ir, tudo bem? — Sam disse, antes de se enfiar novamente na casa de Bobby e me deixar sozinha com meus devaneios.

Estava tão absorta em pensamentos avulsos que nem percebi Dean chegando até que o loiro estivesse literalmente parado na minha frente. Uma visão e tanto, devo dizer, embora ele não parecesse muito animado.

— Ahn... bom dia? — cumprimentei.

O Winchester não quis saber de cortesias.

— Precisamos conversar.

Opa. Essa frase nunca era seguida de uma notícia boa. Eu digo por experiência própria.

— Tudo bem — tentei parecer calma, embora, admito, estava um pouco apreensiva por dentro. — Sobre...?

— Você sabe. Tudo. — Ele me encarou, não dando espaço para eufemismos. — O caso principal. Adam. O que temos que fazer... — ele hesitou um instante — Alice.

Cerrei os punhos na mesma hora. Não, meu subconsciente disse. Não vamos falar sobre isso, Winchester.

— O que deu em você? — indaguei, na defensiva. Quando não obtive resposta, tratei logo de corta-lo: — Agora não é uma boa hora, Dean. É sério.

Dean, no entanto, não estava disposto a ceder.

— Sei que não. Não disse que precisava ser agora — falou, dessa vez um pouco mais suavemente. Deve ter percebido minha reação. — Depois dessa caçada. Quando voltarmos, vamos conversar.

O "vamos conversar" não fora uma sugestão, tampouco uma pergunta. Estava claro. Ele queria conversar e ponto, não era um pedido.

— E se eu não quiser? — soara bastante infantil, eu sei. Mas era verdade. Eu não queria conversar sobre aquilo. Quais seriam as consequências impostas por ele? — Quer droga é essa de "vamos conversar" do nada?

Dean travou o maxilar, suspirando. Não estava gostando do rumo daquela conversa.

— Primeiro, não é do nada, você sabe bem disso. — Respirei fundo. — Segundo, eu e Sam concordamos em te ajudar, certo? — falou, sério. — Acolhemos você e sua causa, estamos te ajudando nisso. Não vamos embora, só pra constar. O mínimo que você pode fazer em retorno é nos dizer a verdade.

— Eu não menti. — Foi tudo o que respondi, mas era verdade, eu não havia mentido sobre nada até então.

— Mas também não disse toda a verdade — ele passou a mão pelos cabelos, parecendo um tanto cansado. — Não estou dizendo que tem que abrir seu coração e me contar qual foi sua primeira paixão da escola ou com quem você saiu no seu primeiro baile de verão. Mas tem que nos contar a verdadeira história por trás de tudo isso. Quem é Alice? O que ela tem a ver com Justin? E como essas coisas se ligam a você e seu pai?

Cruzei os braços, um tanto irritada. Estava sentindo uma invasão de privacidade ali, mas sabia que não era certo da minha parte. Sim, eu deveria dizer toda a verdade, mas não queria.

— E se eu não contar? — repeti a pergunta, impassível. — E se a verdade for algo que vocês não precisam saber, Dean?

O loiro suspirou, claramente não esperando chegar aquele ponto.

— Então não sei como poderemos mais te ajudar, Emma.

Abri um sorriso irônico, já esperando aquela resposta.

— Está me dando um ultimato, Winchester?

Ele deu um sorriso sarcástico em retribuição.

— Não. — Seus olhos verdes fixaram os meus insistentemente, buscando uma brecha que nem eu sabia se poderia existir. — Estou dizendo que não podemos te ajudar se não sabemos contra o que estamos lidando. A decisão é sua.

— Me parece bastante com um ultimato.

Dean colocou sua bagagem no porta-malas, ao mesmo tempo em que Sam saía da casa com uma mochila, dizendo que estávamos prontos para ir. Dean olhou uma vez para o irmão, então se voltou para mim:

— Encare como um concelho, M — falou baixo, para que Sam não escutasse. — A escolha é sua. Carregar esse fardo ou nos deixar te ajudar. — Declarou. — Agora é hora de ir, Grace. Vamos?

Ele não esperou pela minha resposta, apenas entrou no carro ligou o motor, colocando uma de suas músicas bregas de rock clássico para tocar. Sam passou por mim, parando ao reparar em como eu estava.

— Tá tudo bem? — perguntou o moreno, preocupado.

Olhei para a casa de Bobby, vendo o velho Singer encostado na porta, acenando para nós. Acenei de volta, sorrindo. Então me virei para Sam, imaginando sua reação se soubesse metade das coisas que eu deveria ter dito desde o início.

— Tudo ótimo. — Nem de longe, Winchester. — Podemos ir?

Ele sorriu, acenando afirmativamente e entrando no carro, comigo logo atrás. Dean me deu uma olhadela de canto, que retribui imediatamente antes de ele desviar o olhar.

— West River — anunciou. — Aí vamos nós. Espero que esteja nos reservando boas surpresas.

Abri um sorriso involuntário. Ambos sabíamos o duplo sentido daquela frase. Ambos estávamos de acordo com ela. Surpresas, certo?, pensei sozinha.

Ok, Dean. Espere pela volta então.


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Notas finais do capítulo

Gostaram do capítulo? Expressem suas emoções, titia quer saber todas. (O que acham que vai acontecer nessa futura conversa Demma?)

No próximo capítulo: Nosso trio vai em direção à pousada e se prepara para dar início às investigações do caso Axefire. Enquanto isso, uma visita surpresa aparece e promete ajuda-los. Quem será?

Até mais meus doces, amo vocês!



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