Venena anguis escrita por Miss Zahra


Capítulo 36
Taken


Notas iniciais do capítulo

Olá, tenho um aviso importante para vocês, então não pulem isso aqui!
Não sei se já contei isso para vocês, mas próximo ano eu estarei no terceiro ano do ensino médio e minha vida vai virar uma loucura, provavelmente não terei tempo de escrever nenhuma das minhas fanfics. Por isso, decidi postar apenas um capítulo por mês. Por que? Porque eu vou tentar escrever o maior número de capítulos o possível e se eu só postar um capítulo por mês, significa que vocês não ficarão esperando por longos períodos de tempo por um capítulo novo. Digamos que, tirando esse cap, eu escreva mais 4 até o fim das minhas férias, vocês teriam capítulo novo até Abril e esses quatro meses com capítulos garantidos e dariam tempo para tentar escrever mais um para Maio e talvez outro para Junho, mesmo que seja difícil. Eu acredito que conseguirei escrever mais de quatro capítulos nas férias (se eu não enrolar) porque eu escrever esse capítulo que vocês estão lendo hoje: comecei de 6h30 e terminei agora, se eu tentar, posso começar e terminar outro ainda hoje, garantindo o capítulo de Janeiro para vocês. PORÉM, isso é mais fácil falar do que fazer, pode ser que minha criatividade evapore ou minha força de vontade me traia (o que acontece com frequência). Enfim, esse é o aviso super importante.

OUTRO AVISO: achei uma garota que se parece PRA CARALHO com a Sabrina que eu imaginei quando comecei a escrever a fic, a única diferença são os olhos... mas foda-se, ela se parece mais com a Sabrina do que a Phoebe Tonkin. O nome dela é Dajana Rads

Agradecimentos:
The Queen Sweet Natty
asuna
sandrinha
CatrinaEvans
Evy Bianchi
Duda
fairytalelmoon (♥)
Gabriella Cristiane

Aproveitem a leitura



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1 de Setembro de 1944

 Tom estava sentado na cabine do Expresso de Hogwarts, esperando que o trem partisse e ele se dirigisse ao seu último ano em Hogwarts. O sonserino havia passado as férias de verão no maldito orfanato, sua única consolação é que jamais precisaria pôr os pés naquele lugar outra vez. Os seus cavaleiros começaram a chegar e a preencher a cabine com suas conversas estúpidas de aristocrata sem nada melhor para fazer além de falar mal dos outros. Abraxas foi o último a chegar, seus olhos cinzas percorreram o vagão em busca de Sabrina, mas não a encontrou. Tom percebeu.

 – Ela deve estar com os amigos – Respondeu de forma seca, seus olhos se fixando no lado de fora do trem.

— Milorde não tentou falar com ela durante o verão inteiro? – Perguntou baixo, como se os dois homens compartilhassem um segredo.

Tom se surpreendeu com a pergunta. Abraxas era o mais próximo que Tom consideraria de um amigo, mas o Malfoy nunca teve a ousadia de fazer perguntas sobre a vida pessoal do moreno, especialmente sobre um assunto que todos sabiam que era delicado. Mas, naquele momento, Tom percebeu que, ao contrário dos outros cavaleiros, Abraxas genuinamente se importava com seu mestre. Aquila descoberta encheu o lorde das trevas de apreciação pelo loiro.

— Tentei – Admitiu – Mas ela ignorou todas as cartas.

O loiro não falou nada por um tempo.

— Bom, pelo menos você tem o ano inteiro para pensar.

Tom riu abafado.

Sim, Abraxas era um verdadeiro amigo.

(----)(----)

Casa dos Gaunt

03/07

 

Sabrina sabia que estava sonhando. Não havia outra explicação para Tom Riddle estar ao lado dela encarando-a com seus intrigantes olhos vermelhos e uma expressão de dor no rosto bonito.

 – Não me olhe assim – Resmungou e virou para o outro lado, evitando encarar o ex-namorado – Eu já disse que não vou voltar.

— Por que não? – A voz rouca dele soou contra as costas da garota, enviando arrepios por todo o corpo – Você sente minha falta.

— Mas sentir sua falta não é o bastante para me fazer esquecer o que você fez – Reafirmou com firmeza, não cederia.

— Sabrina – O suspiro dele saiu como uma súplica – Eu sinto sua falta – Ele escondeu o rosto nos fios negros da prima, suspirando de alívio ao ser envolvido pelo aroma – Volte...

— Eu não posso – Suspirou de volta.

Os dois permaneceram em silêncio, Tom não se moveu para longe dela, ele parecia querer sentir o aroma dos fios negros o máximo possível. Sabrina sentiu uma mão agarrar seu seio, mas quando se virou para rosnar para o Tom de seu sonho, percebeu que não estava mais sonhando. Havia alguém em sua casa. Chutou o dono da mão que a agarrava, mas ele conseguiu segurar sua perna.

— Bummler continua selvagem.

Sabrina gelou. Seus olhos vermelhos encararam o homem loiro a sua frente, era um dos seguidores de Grindelwald que a haviam atacado. Recuperou o controle de seu corpo e estendeu a outra mão para pegar a varinha que deixou no criado-mudo, mas não a sentiu e seus olhos se fixaram na barra da calça do alemão, onde a varinha dele e a dela estavam guardadas. Que merda.

— Não vou deixar você com sua varinha dessa vez – Sorriu maldosamente para ela.

— O que você quer? – Rosnou para ele, se encolhendo contra a cabeceira da cama e puxando o lençol para mais perto – E como me encontrou?

— Nós temos informantes em todo lugar, Bummler – A mão dele que segurava a perna da garota subiu para as coxas dela, alisando-as – E o que eu quero é me enfiar entre essas pernas maravilhosas – Apertou a carne da sonserina – Infelizmente, não temos tempo para isso.

O alemão segurou seu medalhão com a mão livre e Sabrina sentiu o característico puxão no umbigo, o quarto começou a ficar fora de foco. Uma chave de portal. Ela tinha acabado de ser sequestrada.

(----)(----)

Hogwarts

01/09

 

Agora Tom estava ficando preocupado. Os olhos atentos do sonserino vasculharam a mesa da Sonserina, da Lufa-Lufa e da Grifinória com demasiada atenção, mas não encontrou nenhum sinal de sua prima. O olhar do moreno se encontrou com o de Jongdae e foi quase como se os dois tivessem tido uma conversa mental. Nenhum deles havia encontrado a garota. O lorde das trevas encarou o professor de transfiguração com uma certa desconfiança, tinha uma leve suspeita de que o velho sabia de alguma coisa, mas não podia sair acusando-o de alguma coisa. O melhor a fazer era esperar. Quando o banquete terminou, Tom se levantou elegantemente, o distintivo de monitor chefe brilhando em seu uniforme, e se dirigiu para a sala que ficava ao lado do Salão Principal, onde ele e a outra monitora chefe, uma aluna da Lufa-Lufa, receberiam informações sobre as novas obrigações que vinham com o cargo.

Entrou na sala e viu quem seria sua companheira de rondas pelo resto do ano. Amelie Waters, uma nascida-trouxa com longos cabelos cor de palha, olhos escuros e sardas por todo o rosto. Tom tinha a vaga lembrança de ter ajudado a garota a estudar para os NOM’s de poções no quinto ano; achou que ela aproveitaria a ajuda dele para tentar se aproximar, mas ela era absurdamente tímida para tentar atrair Tom para um relacionamento. Mesmo que ela tentasse, ele jamais namoraria uma nascida-trouxa. Amelie apenas cumprimentou o sonserino com um singelo e tímido aceno de cabeça, voltando seus olhos para o chão; a típica esposa perfeita para Everheart: Recatada, gentil e submissa. Como era que Sabrina dizia mesmo? Bela, recatada e do lar. Riu abafado ao lembrar do imenso sarcasmo da prima ao pronunciar aquelas palavras. Sentia falta dela.

A porta se abriu novamente e Dumbledore entrou acompanhado de Kim, Weasley e McFusty. Tom franziu o cenho. Os três penetras pareciam tão confusos quanto ele, mas ninguém tinha coragem de perguntar alguma coisa. Os olhos azuis do professor deixavam transparecer uma leve preocupação, mas nada em seu corpo ou olhar indicava nervosismo.

 – Senhorita Waters – O professor chamou-a gentilmente – Poderia esperar lá fora um pouco?

 – Claro, senhor – Ela respondeu baixinho e se retirou da sala apressadamente, fechando a porta ao sair.

Todos permaneceram em silêncio por um tempo.

 – Professor Dumbledore – A McFusty se pronunciou primeiro – O senhor nos chamou aqui para nos informar porque Sabrina não está na escola?

O olhar de Tom endureceu. O velho sabia de algo.

— De fato, Lara – O professor de transfiguração sorriu amavelmente – Vim informar a vocês a situação da jovem Gaunt.

— Situação? – O coreano perguntou lentamente – Que situação?

 – Durante as férias, a pobre Sabrina contraiu a febre do pelúcio – O professor disse com calma – Ela está se recuperando no St. Mungus no momento e a vida dela não corre perigo.

O aperto no peito do sonserino diminuiu. Sabrina estava doente, mas sua vida não estava por um fio. Ela voltaria para a escola quando estivesse curada e Tom poderia retomar as suas tentativas de convencê-la a voltar para ele. Tudo ficaria bem.

— Tom, meu jovem – O velho se dirigiu a ele – Você não se importaria em fazer cópias das suas anotações deste ano para que possamos enviar para ela, se importa?

— Claro que não, professor – Sorriu educadamente – Eu ficarei muito feliz em ajudar.

O velho sorriu.

— Excelente – Bateu palmas – Agora, acho que está na hora de chamarmos a jovem Amelie de volta e dos senhores – Apontou para os dois grifinórios e para a lufana – voltarem aos seus salões comunais.

 – Mas senhor – Jongdae chamou o professor – Nós podemos escrever para Sabrina, não é?

Os olhos do professor brilharam de forma estranha.

 – É claro, senhor Kim – Ele sorriu outra vez – É claro.

(----)(----)

Masmorras de um local desconhecido

10/07

Grindelwald havia dado ordens explícitas para que nenhum de seus homens a tocassem de forma inapropriada, mas isso não significava que eles estavam tratando-a com cuidado. Sua cela era escura e fria, seus captores haviam cortado seu cabelo e arrancado suas roupas e sua pele nua contra o chão de pedra gelado era incrivelmente desconfortável. Durante esses sete primeiros dias, só entraram em sua cela para jogarem um balde de água gelada nela ou para bater nela toda vez que tentasse dormir além da meia hora diária que Grindelwald ordenou. Nada de comida e recebia apenas um copo de água por dia.

Naquela manhã, foi acordada com um balde de água fria outra vez. Levantou de supetão e encolheu-se contra a parede, buscando esconder o máximo possível de sua nudez. As risadas dos guardas invadiram seus ouvidos e a encheram de raiva, mas não havia nada que pudesse fazer. Abaixou a cabeça e esperou que fossem embora. Eles não foram. Em vez disso, uma outra figura entrou na cela; era um homem loiro, bonito, com cabelos longos e olhos expressivos. Sua elegância não combinava com a podridão da cela em que a garota estava.

 – Comandante! – Os guardas o cumprimentaram respeitosamente e se afastaram para que ele passasse.

 – Cavalheiros – Cumprimentou seus seguidores – Podem nos deixar sozinhos agora, obrigado.

Sabrina estranhou a estranha gentileza que Grindelwald demonstrava aos seus seguidores, tudo que a garota conseguia lembrar era o absurdo medo que os Comensais tinham por Voldemort. Os olhos claros do bruxo se fixaram na figura deplorável da garota aos seus pés. Grindelwald observou os hematomas pelo corpo da garota e seus lábios rachados pela pouca água que recebia. O bruxo se ajoelhou na frente dela quando os guardas saíram e alisou gentilmente o cabelo da garota, fazendo-a se retesar.

 – Não tenha medo, fräulein – Ele sussurrou suavemente – Não farei mal a você.

A garota não acreditou nele e não o respondeu. Seus olhos vermelhos encarando fundo nos dele. Grindelwald riu e a mão dele passou dos cabelos da garota para seu rosto, o polegar quente do homem era um alívio contra sua pele gelada.

 – Qual é seu nome? – Perguntou baixinho.

 – Sabrina Gaunt – Respondeu no automático e a mão dele se afastou de sua pele, roubando a única fonte de calor que possuía.

 – Não tolero mentiras, fräulein – Ele se ergueu para ir embora.

— Zahra! – Exclamou alto.

— Hm? – O loiro se ajoelhou em frente a ela outra vez, as duas mãos dele segurando seu rosto.

— Sabrina Zahra – Respondeu sussurrando – Sabrina Vênus Zahra.

Ele abriu um lindo sorriso e puxou a garota para si, abraçando-a com força. Apesar da situação preocupante, Sabrina não pode evitar se encolher contra o corpo do bruxo; ela estava congelando e ele era a única fonte de calor disponível. Depois de longos minutos, a garota estava seca e já não tremia de frio. Grindelwald a soltou e se levantou novamente, mas antes de sair, tirou uma barra de chocolate do bolso e estendeu para ela.

 – Toda vez que você responder uma das minhas perguntas, você ganha um prêmio – Sorriu ao vê-la agarrar a barra de chocolate com desespero e comendo-a automaticamente – Se mentir, tiro todos os prêmios.

Antes que a garota pudesse perguntar mais alguma coisa, o bruxo das trevas saiu da sala.


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Notas finais do capítulo

Dumbledore mentiu para eles! Por que? Alguma ideia?
Pra quem achou a narrativa confusa: Eu alternei a narrativa entre o sequestro da Sabrina (Julho e Agosto) e Tom voltando para a escola (Setembro), em algum ponto, as datas dos dois pontos de vista será a mesma e é nesse dia que ele vai atrás dela, só explicando mesmo.