Venena anguis escrita por Miss Zahra


Capítulo 26
Couple?


Notas iniciais do capítulo

OLHA EU!!!!
Estou quase de férias gente ♥
Enfim, eu estou ajudando a linda leitora Natty com a fanfic dela, poderiam entrar no meu perfil e dar uma olhada?



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Tom acordou se sentindo maravilhosamente bem.

Virou-se um pouco na cama para encarar o corpo de Sabrina Gaunt. O corpo nu de Sabrina Gaunt. Ela estava deitada de costas para ele e o grosso lençol a cobria quase inteira. Era inverno e estava frio. Tom se ajeitou na cama e a abraçou, encostando seu rosto nas costas dela e aspirando aquele maravilhoso cheiro de crisântemos que exalava dos volumosos cabelos negros.

Aconchegou-se naquela posição e refletiu sobre o que acontecera na noite passada. Fizeram sexo? Sim, mas aquilo não era o mais importante. O importante é que ele descobrira um jeito de atravessar a barreira de agressividade e frieza dela: Sua história trágica, aparentes problemas emocionais e gestos generosos e carinhosos. Se ele soubesse que seria tão fácil...

Se ela soubesse que ele planejara tudo aquilo... Desde o cavalheirismo até o vinho batizado com uma poção anti-gravidez. Se Sabrina descobrisse, seu esforço iria valer de nada.

Sentiu as mãos dela brincando com as suas discretamente e sorriu contra a pele nua da mulher, beijando-a.

 – Bom dia – Puxou-a mais para perto.

(----)(----)

Sabrina acordou se saber exatamente onde estava, apenas sentia braços fortes ao seu redor e um delicioso cheiro de pergaminhos... Tom.

Abriu os olhos em total choque. A noite passada... cometera um erro. Como pudera ter dormido com ele? Logo ele? Voldemort!

Mordeu os lábios e encarou o nada, pensando na merda que tinha feito. As lembranças da noite passada lhe invadiram e não pôde evitar o rubor subindo-lhe pelo rosto. Lembrava de todos os beijos, carícias e olhares. Se se concentrasse o bastante, conseguiria até senti-lo entre suas pernas. Merlim...

Encarou as mãos brancas de Tom, tocando-as levemente. Não estavam tão frias quanto se lembrava. Brincou com os dedos dele, decidida a não pensar no que tinha feito. Sentiu os lábios macios de Tom beijarem a pele de suas costas.

 – Bom dia – Ouviu-o sussurrar roucamente enquanto a puxava mais pra perto.

 – Bom dia – Respondeu baixinho, sem saber exatamente o que falar, aquela situação estava pior do que a manhã seguinte a sua primeira vez.

Tom virou-a para ele e os olhos tão parecidos e tão diferentes se encararam por vários segundos, o rapaz sorriu charmosamente para Sabrina e ela deu um sorrisinho acanhado. Sentia-se uma idiota por estar agindo daquele jeito, mas não sabia como reagir a tudo que tinha acontecido, mal conseguia encarar o corpo nu de Riddle, mesmo coberto pelo grosso lençol.

 – Está com fome? – Ele perguntou depois do longo silêncio – Posso preparar panquecas.

 – É uma boa ideia – Olhou ao redor, notando as várias peças de roupa largadas pelo chão da cabana – Pode ir na frente, acho que vou tomar um banho quente.

Ele não retrucou a ideia e se levantou da cama, apanhou suas calças do chão e as vestiu antes de sair do quarto. Tom Riddle nu... era uma visão maravilhosa. Esperou um pouco antes de se levantar da cama e ir até o banheiro, virou-se para o espelho e encarou a sua imagem. O cabelo estava um desastre, obviamente, mas o que chamou atenção foram as inúmeras marcas em seu pescoço e busto. Perguntou-se quantas marcas ELA tinha deixado nele. Talvez nenhuma, mas cuidaria disso na próxima vez.

“Próxima vez?”, Indagou ao entrar na banheira, “quem disse que haverá uma segunda vez?”.

Suspirou pesadamente, não devia estar em seu juízo perfeito. Jamais haveria uma segunda vez. Não podia deixar que houvesse, mesmo que os beijos de Riddle fossem fantásticos e o jeito como ele se movia era... Céus.

Precisava urgentemente de uma segunda vez.

Sabrina encolheu-se na banheira. Ela podia ser rude, agressiva e independente, mas não era experiente. Tirando a noite passada, a única vez que fez sexo foi em seu sexto ano, quando estava emocionalmente instável e precisava de distrações. Arrependia-se profundamente de ter usado Draco para se distrair, o amigo não tinha relação nenhuma com suas dores. O que fez com o amigo loiro era uma de suas maiores vergonhas.

Saiu da água e se enrolou na toalha e procurou alguma roupa quente para vestir. Saiu do quarto para encontrar Tom completamente vestido (como? Não sabia) comendo panquecas.

 – Que pena – Murmurou a encarando – Esperava ser presenteado com a bela visão que tive ontem.

Amaldiçoou-se por corar.

 – Sinceramente Riddle – Se sentou e pegou os talheres – Você está muito assanhado pro meu gosto.

 – Você vai se mudar oficialmente para a casa agora que ela está mobiliada? – Ele mudou de assunto bruscamente.

 – Pretendo – Aceitou a mudança com alívio – Embora goste da barraca, é meio perigoso ter um item mágico que pode ser acessado facilmente no meio de um vilarejo trouxa.

 – Podemos começar depois do café – Ele se levantou e colocou o prato na pia – Vamos terminar relativamente rápido, mesmo sem magia.

 – Tom – Ficou sem fala – Você já me ajudou muito, não precisa fazer mais nada.

— Eu insisto – Ele sorriu de forma charmosa – Eu vim aqui para lhe ajudar e é isso que farei, sem discussões.

Teve a impressão de que aquela frase foi uma ordem.

 – Não precisa me ajudar – Se levantou e também colocou seu prato na pia – Eu posso fazer sozinha.

Só teve tempo de se virar antes de ter seu corpo imprensado contra a bancada da simples cozinha da barraca, Tom a encarou com os olhos inexpressivos brilhando perigosamente.

— Você é minha agora – Escondeu o rosto na curva do pescoço dela, aspirando seu perfume – Não me obrigue a castiga-la por mau comportamento.

No começo ela não soube como reagir, mas uma fúria descontrolada se apoderou de sua mente e sua visão ficou vermelha. Usando a mão livre, estapeou Riddle no rosto e o som ecoou. Por um momento, Sabrina teve medo. Ele estava muito silencioso e não virou seu rosto para encarar o dela depois do tapa, parecia analisar alguma coisa e sua mente maldosa.

 – Você é absurdamente frustrante, Sabrina – Ouviu-o suspirar – Tão contraditória.

A morena não soube como responder aquilo e simplesmente o empurrou, Tom deixou que ela se afastasse e Sabrina saiu da cabana furiosa com o lorde das trevas.

 – Quando foi que eu disse que era dele? – Murmurou irritada enquanto caminhava na direção da casa dos Gaunt.

Sentiu algo atingi-la nas costas. Era neve. Virou-se na direção do projétil e encontrou Riddle segurando uma bola de neve.

— Você me atacou? – Perguntou incrédula.

 – Não – Ele abriu um sorriso maldoso – Eu iniciei uma brincadeira não ofensiva com intenções pacíficas.

 – Se me atacar – Pegou um punhado de neve com as mãos cobertas pelas luvas – Eu vou atacar.

Sabrina atirou a bola de neve nele que desviou com destreza, quase foi atingida quando se abaixou para abastecer e riu quando a bola que lançou atingiu-o no rosto. Tom fingiu-se de irritado e balançou a varinha, fazendo com que várias bolas fossem lançadas na direção da garota, que caiu no chão por conta do impacto. Tom riu e se aproximou da garota caída, oferecendo-lhe a mão para que se levantasse.

 – Eu não vou ficar aqui sozinha – Pegou a mão dele e o puxou para baixo, fazendo com que caísse por cima dela.

A sonserina riu, sem se incomodar com o peso do primo. Mas no momento em que percebeu o quão próximos estavam ela se calou e os dois se encararam.

 – Feliz natal – Riddle sussurrou, aproximando os rostos de ambos.

 – Feliz natal... – Respondeu quase em um suspiro quando se beijaram outra vez.

(---)(---)

Tom estava ficando sem ideias. Não fazia a mínima ideia de como fazer Sabrina Gaunt perceber que ela era sua propriedade a partir do momento em que dormiram juntos. Ela tinha lhe dado um tapa! O moreno bufou. Se tivesse sido qualquer outra mulher, Tom teria revidado, sabia que nenhuma das garotas estúpidas que conhecia o abandonaria por causa de algo assim, mas Sabrina não era estúpida, ela provavelmente o espancaria se o mesmo chegasse ao ponto de batê-la.

Conseguiu convencê-la a aceitar a ajuda, dizendo que não queria ficar sem fazer nada e agora se encontrava colocando guardando as toalhas no baú em que a moça guardava seus pertences. Enquanto ajeitava as roupas da prima para que todas as toalhas coubessem, percebeu que a mesma tinha parado de empacotar e encrava uma fotografia. Sabia que aquela era a foto de Cedrico, o namorado morto da mesma.

Sentiu uma mistura de raiva e satisfação. Existia a possibilidade de ele ter sido o primeiro a tocá-la, mas era Riddle que a tocava agora. Ela era dele. Para sempre.

 – Tom? – A voz meio embargada de choro dela o chamou – Já terminou?

Fechou o baú.

 – Sim – O tirou de cima da cama – Já podemos ir.

Ela fungou e os dois saíram da cabana, já do lado de fora, Sabrina apontou a varinha para a tenda e ela se encolheu, assumindo um formato quadrado um pouco menor que a mão da garota. Tom apanhou o pacote no chão e o colocou no bolso antes de começar a andar.

 – Tom? – Ela falou alto o bastante para ele ouvir.

Riddle parou de andar e se virou para ela.

 – Sim?

Ela pareceu hesitar por alguns segundos.

 – O que nós somos agora?

O lorde das trevas sorriu.

 – Hora... – Os olhos dele brilharam em vermelho – Você é minha namorada agora.

E, sem dizer mais nada, deu meia volta e continuou a andar.


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Notas finais do capítulo

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