Forgotten escrita por S Pisces


Capítulo 27
Wake up?


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pelo atraso, minha casa está em reforma e foi impossível utilizar o pc ontem.
Obrigada a todos por tudo!



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Assim que entro na base, vou direto para meu quarto, onde terei um pouco de paz, ou melhor, onde eu pensava que teria um pouco de paz. Mal entro no quarto e sou praticamente lançado contra a parede e em seguida sobre a minha cama, minha cabeça começa a rodar e eu fico enjoado. Droga! O que está acontecendo comigo? Pisco algumas vezes tentando enxergar o meu agressor e não fico surpreso quando vejo uma figura ruiva sendo contida pelo Capitão.

– Você disse que ia conversar com o garoto! – Steve fala com os dentes cerrados, segurando os braços de Natasha, que estão presos em suas costas.

– Eu vou conversar, assim que eu quebrar a cara dele! – Natasha praticamente rosna.

– Se acalma! – Steve dá uma sacudidela nela e ela para de tentar se libertar.

Olho para Natasha que me fuzila com os olhos e quando abro a boca para falar alguma coisa, a porta é aberta.

– Hayden, o diretor Coulson quer falar com... Você. – Hill avisa. Ela não havia notado a presença dos outros convidados e assim que o faz, franze o cenho. – estou interrompendo alguma coisa? – Natasha puxa os braços com força e Steve a liberta.

– Estávamos apenas conversando. – ela responde, ofegante.

– O que o diretor quer comigo? – pergunto.

– Não sei, mas acho melhor você não demorar. – ela fala e vira-se, pronta pra ir embora, então retorna – e quanto a vocês dois, tenho um recado para vocês! – ela aponta para Steve e Natasha, que se entreolham.

– É melhor irmos. – Steve fala. Natasha concorda com a cabeça e caminha para fora do quarto.

– Nossa conversa ainda não acabou. – ela avisa com os olhos semicerrados e sai, batendo a porta. Com um suspiro levanto-me da cama, o que não é uma boa idéia, uma vez que sou atingido por uma forte tontura.

– Droga – murmuro. Respiro fundo e vou para o banheiro, onde tomo um banho rápido.

Visto uma roupa qualquer e rumo em direção a sala do diretor, onde entro sem bater.

– Diretor Coulson? – chamo. A cadeira se vira mais para minha surpresa quem está sentado nela não é o diretor Coulson, é um homem negro com tapa olho.

– Agente Hayden O’Cornel. Ouvi falar muitas coisas sobre você. – ele fala sério.

– Também ouvi falar muitas coisas sobre você Nick Fury. – falo no mesmo tom.

– Já se apresentaram? – Coulson entra na sala e sorri, permaneço sério.

– Não foi necessário, ao que parece, assim como eu, o garoto tem ouvido muitas historias. – Nick fala – bom, foi um prazer revê-lo Phil, mas eu preciso ir agora. Todas as informações que você precisa estão aqui – ele olha para a mesa, onde há várias pastas – boa sorte Hayden. – completa. Ele sai da sala, indo para o terraço onde logo some de vista.

– Quer conversar comigo Diretor? – pergunto, sentando-me.

– Você parece cansado. – o diretor comenta, observando-me.

– Eu me sinto cansado. – respiro fundo – algum problema? – insisto.

– Na verdade não, chamei-o aqui para saber como você está. – semicerro os olhos.

– Só para isso? – o diretor parece desconfortável.

– Sim, você tem ido parar no hospital com certa freqüência e sei que precisou de atendimento especializado.

– Estou ótimo, talvez repetidas pancadas na cabeça tenham causado isso. – dou de ombros. – mais alguma coisa diretor? – questiono.

– Não Hayden. – ele fala, por fim. – pode ir. – estranho um pouco seu comportamento, mas não falo nada, saio da sala e caminho de volta para meu quarto.

POV Natasha Romanoff

– Porque não podemos conversar aqui? – Steve pergunta claramente preocupado. Tony nos encara um a um.

– Porque não! Agora vamos logo voltar pra Torre. – ele vira-se pra ir embora, mas Hill o impede.

– Eu quero saber o que está acontecendo e quero saber agora! – exige decidida. Clint se coloca propositalmente próximo a saída, sentando-se sobre a mesa e cruzando as pernas.

– Abre logo o jogo Tony. – praticamente ordeno.

Ele me encara e caminha até o centro da sala, Hill continua no mesmo lugar. Steve se senta numa cadeira e eu sento-me numa mesa, próxima dele. A tensão emanando de cada um de nós.

– Antes de qualquer coisa, peço que todos vocês mantenham a calma e escute com atenção cada palavra, okay? – só o fato de Tony não está sendo sarcástico como sempre, torna tudo muito mais dramático e sombrio. Todos nós apenas concordamos com a cabeça – por onde começo...

– Que tal pelo começo? – Clint sugere, com um sorriso irônico.

– Obrigada pela sugestão querido Legolas... – Tony volta a ser ele por dois segundos – o começo... Não sabemos o começo dessa história, só sabemos o meio e com isso conseguimos prever o fim. Um fim iminente. – Tony coça a cabeça, aparentemente desconfortável com aquilo tudo. – seria realmente melhor que fossemos todos até a torre, assim o Bruce poderia ajudar na explicação sobre o que está acontecendo com o garoto e.

– “E” nada Tony! Droga, você pode ir direto ao ponto? Não agüento mais tanta enrolação! Afinal de contas o Bruce descobriu o que o Hayden tem? O que está acontecendo com ele? – o pressiono. Todos começam a falar ao mesmo tempo e Tony parece cada vez mais nervoso.

– O garoto está morrendo! – ele grita, calando a todos nós.

Começo a ouvir um zumbido e sei que isso é causado pelo choque da noticia, choque que pode ser visto na face de todos.

Hill arregala os olhos, incrédula, assim como Clint. Steve tem a boca formando um “O”, enquanto a única coisa que consigo fazer é ficar estática. Eu já sabia sobre a situação do garoto e admito que esperava algo grave, mas morte?

– Como assim morrendo? Do que você está falando? – Hill deixa clara sua incredulidade quanto aquela noticia.

– O Hayden tem uma versão do soro da Viúva e do Super Soldado no sangue. Uma mistura tão perfeita que parece que foi feita pelo próprio organismo dele, nunca foi visto algo como isso antes. – começo a explicação, minha voz sai de forma automática – por isso ele podia se regenerar, era mais rápido e inteligente que os outros e tinha uma força anormal. Ele é como nós Steve. – Steve me encara em silêncio. Todos me encaram em silêncio.

– Porque você não contou Nat? – quem pergunta é Clint.

Continuo olhando para Steve que não desvia o olhar. Sua preocupação transformada em dor.

– Eu fiquei sabendo há poucos dias, Bruce ainda estava estudando e até obtermos resultados conclusivos, achamos melhor não contar a ninguém. – respondo, sem o olhar.

– Então o Hayden não sabe? – Steve finalmente fala alguma coisa. Ele olha para Tony que balança a cabeça, afirmativamente.

– Só fiquei sabendo disso hoje pela manhã, logo depois de encontrar com vocês no elevador. – ele pisca e eu reviro os olhos – Bruce me contou que o soro está se separando e está matando as células do garoto, está as desintegrando com uma velocidade incrível e de forma exponencial. Hoje ele não consegue nem mesmo se curar como uma pessoa normal. – esclarece.

– Quem fez isso com ele? – Clint questiona.

– Como eu disse “Não sabemos o começo dessa história” sabemos apenas o seu meio e... Final. – dá de ombros.

– Então vai ser isso mesmo? O garoto morre e fim da historia? – Steve levanta-se claramente irritado com o que Tony disse. Pulo da mesa no mesmo instante e seguro seu braço.

– Brigar agora não vai adiantar nada. – argumento, tentando acalmá-lo.

– Sua namorada tem razão, você devia ouvi-la mais vezes. – Tony comenta. Steve dá mais um passo a frente e sei que não vou conseguir contê-lo.

– Tony, para, agora! – ordeno e ele dá um passo pra trás e ergue as mãos, em forma de rendição.

– Não! O Steve está certo! – Hill caminha até nós. – você não pode simplesmente decretar a morte do garoto e querer que aceitemos isso. – ela aponta um dedo ameaçadoramente para Tony. – tem que haver um antídoto! – contrapõe.

– Bruce está trabalhando nisso, mas vou logo avisando para não se encherem de expectativas, as chances de conseguir é quase nula. – Tony afirma

– O Dr. Banner é um gênio, obvio que ele pode conseguir e – Hill começa, mas logo é interrompida por Tony.

– Para conseguir um antídoto, ele tem que conhecer a fórmula de ambos os soros, contudo, como todos nós sabemos principalmente o Capsicle, o criador do soro do Super soldado morreu logo após a “conclusão” do seu trabalho. – Tony olha para Steve – estou errado Cap? – pergunta.

– Não. – Steve suspira – a fórmula do soro morreu com o seu criador.

– E a fórmula do soro da Viúva é tão desconhecida quanto o seu Cap. – ele completa. Um suspiro coletivo é ouvido.

– Então é isso... – uma sexta voz é ouvida e todos nós nos viramos na sua direção. – eu vou morrer. – não é uma pergunta, mas sim uma afirmação, carregada e dor e pesar.

– Hayden, o que você está fazendo aqui? Deveria estar conversando com o Phil. – Hill fala, com a voz carregada de comoção.

– Porque não me contaram antes? – ele tem o semblante sério, mas por trás dessa máscara posso ver todo o autocontrole que ele está usando para manter a calma.

– A partir de que parte você começou a ouvir atrás da porta? – Tony pergunta num tom acusatório.

– Eu não estava ouvindo atrás da porta. – defende-se – vocês estavam falando de mim e eu quero saber por que ao invés de me contarem estavam aqui planejando minha morte! – ele acusa-nos.

– Não estávamos planejando nada garoto – Clint é o primeiro a responder – se você não ouviu direito, estamos discutindo um antídoto, remédio, alguma coisa que prolongue a sua estadia aqui na terra. – explica e Hayden observa o rosto de cada um.

– Quanto tempo eu ainda tenho? – pergunta. Todos nós olhamos para Tony.

– Eu não sei. – ele dá um passo para trás – Bruce não conseguiu calcular o tempo exato. – Hayden abaixa a cabeça.

– Preciso falar com o Dr. Banner. – ele respira fundo e solta o ar lentamente – agora. – completa.

POV Hayden O’Cornel

Eu vou morrer. Eu vou morrer. Eu vou morrer. Eu vou morrer. Eu vou morrer.

Essa frase se repete ininterruptamente na minha cabeça enquanto eu tento processar tudo o que falam pra mim. Tony e Natasha me explicam novamente sobre os soros enquanto Clint e Hill afirmam que Bruce vai conseguir me ajudar. O único que permanece em silêncio é Steve, que nem mesmo me olha nos olhos.

– Você entendeu Hayden? – Tony pergunta e eu apenas balanço a cabeça.

Na verdade eu não estava entendendo muita coisa. Como diabos aquilo foi parar no meu organismo e como não foi detectado quando fiz exames para entrar na SHIELD? Será que eu sou alguma espécie de experimento? Será que fui criado em laboratório e por isso não tenho recordações da minha família? Será que eu tenho família? Ou pior, será que mataram minha família e me raptaram? Mas quem fez isso teria que de alguma forma saber que eu conseguiria sobreviver aos soros... Minha cabeça gira em meio a tantas possibilidades e eu começo a sentir a boca ficar seca. Logo respirar se torna um ato doloroso.

– Ele não tá bem... – escuto uma voz ao longe e não consigo dizer quem é o dono.

Olho para os rostos e vejo suas bocas se mexendo, mas não consigo distinguir uma única palavra. Minha visão fica completamente embaçada e sei que mergulharei na inconsciência, mas antes de mergulhar, uma questão aterrorizante se forma na minha cabeça e sinto meu chão se abrir diante dela: “Será que eu vou acordar?”


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Notas finais do capítulo

Bom, a fic já está na reta final... espero realmente que estejam gostando do rumo das coisas... até mais!
Beijo



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