As crônicas de Eären: A lenda do guardião vermelho escrita por AngelFran


Capítulo 2
Capítulo 2: Força de um dragão.


Notas iniciais do capítulo

Bom, era pra lançar no domingo, mas estarei viajando, então vou postar antes de ir :D
E mais uma vez, qualquer erro que cometi e vc meu leitor querido viu e quer me corrigir, fique a vontade de mandar um MP ou até nos comentários, estarei sempre aberta a criticas CONSTRUTIVAS, e é claro estarei mais aberta para saber o que vocês mais gostaram dessa historia.
Uma boa leitura para todos!



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Batendo forte suas asas, Duke subia os céus até ficar acima das nuvens, pois aqui em cima, era seu reino. Nenhuma flecha poderia atingi-lo e ninguém lhe ditaria regras, aqui nos céus ele era a criatura mais livre que já existiu no reino de Elloá.

Ziguezagueando e abrindo buracos entre as nuvens, Duke deixava um rastro de sua maestria no voo. Sentir a adrenalina em seu corpo a cada rodopio e rápidos mergulhos, era de longe a melhor sensação do mundo para o grande dragão.

Duke sabia que sua liberdade jamais seria tirada, mas era solitário aqui em cima sem ninguém para desfrutar da mesma felicidade que o dragão sentia em voar sem rumo.

Acho que vou pedir a Anna para caçar comigo... – Duke sentiu seu estomago roncar. Já fazia três dias que ele caçou um javali, e também seria uma desculpa bem bolada para que Anna voasse junto a ele, afinal, Duke era extremamente orgulhoso e por mais que amasse Anna, jamais admitiria que gostasse de ser montado.

A água das nuvens refrescava a pele grossa e escamosa de Duke, que já estava sendo castigada pelos fortes raios do sol e o vento fazia o trabalho de secar até a menor fissura de suas escamas que ficavam em seu focinho e em volta de seus olhos.

Seus rugidos de alegria eram ouvidos a cada pirueta bem feita entre um buraco de nuvem que se formava com os fortes ventos, tão fortes que Duke acabou se desestabilizando, tendo que bater forte as asas para achar outra corrente de ar e não ter uma viagem só de ida para o duro chão-racha-cucas.

Vou ter que subir ainda mais. – pensou Duke, após sentir o vento soprando contra suas asas.

Forçar as asas logo de manhã deixaria qualquer dragão preguiçoso, mas seria um ótimo aquecimento para ele antes de caçar. Então ele voou para mais alto, batia suas asas forte e ganhava altitude rápido, tão rápido que teve que fechar seus olhos para que o vento não os machucasse. Mas por alguma razão, a ideia de fechar os olhos durante o voo nesse vasto céu, foi bem estupida quando Duke se chocou com algo duro e que rugia muito alto!

– Hei, rasshol omsorg! – Rugiu a coisa dura e de voz afeminada.

A coisa era azul, com várias listras brancas ou azuis-claros. Não dava para ver direito, pois Duke estava atordoado com a trombada, e só depois de alguns segundos conseguiu focar direito na vista deslumbrante que tinha da coisa-dura-e-azul.

– Er du blind?? – disse a coisa, com o tom de voz enfurecido.

Mas Duke não entendia o que ela falava, talvez nem estivesse prestando atenção no que dizia, pois estava admirado com o que estava vendo. A coisa-dura-e-azul era um dragão, e pelo tom da voz mais agudo e afeminado, Duke concluiu que era uma fêmea de dragão.

Ela era um pouco maior que Duke, tinha o corpo esguio e uma cauda longa com vários espinhos cônicos, seu couro era liso e brilhante, a cabeça era coroada com muitos espinhos e sem nenhum chifre aparente. Seu focinho era mais afinado e pontudo com um pequeno espinho entre suas narinas, ao contrario de Duke, que tinha o focinho curto e arredondado com uma pequena escama pontiaguda em seu lábio superior. Os olhos pareciam pequenos rubis vermelhos bem polidos, fazendo-a parecer mais ameaçadora ao lhe lançar um olhar enraivecido.

– Hm... Olá! – disse Duke na esperança que a fêmea o entendesse.

Mas para o seu infortúnio a fêmea estava muito irritada, tão irritada que voou em sua direção e o empurrou com as suas pernas traseiras o peitoral musculoso de Duke, e rugiu para ele outras palavras confusas:

– Hvis borti meg igjen, dreper jeg deg! – ela parecia realmente brava, mas apesar do empurrão ter sido forte, não foi o suficiente para desviar a atenção de Duke sobre a bela fêmea-azul.

Duke estava deslumbrado e curioso, apesar de não ser a primeira vez que vê outro dragão, era a primeira que trocou palavras com um. Mas um rugido forte e uma leve batida de cauda em sua perna direta o acordou de seu vislumbre, a fêmea ainda falava a língua estranha e ela esticava seu pescoço cada vez mais, até que seus focinhos estivessem a três metros de se tocarem.

Ela não poderia se aproximar mais que isso, pois os dois precisavam bater as asas para continuar estáveis no ar, e se suas asas se encontrassem poderia resultar em algo desastroso, desde um rasgo na membrana até um desequilíbrio mortal.

– Você entende a língua comum? – perguntou Duke para a fêmea, na esperança que ela entendesse suas palavras.

Mas ela também não o entendia, eram raríssimos os dragões que queriam aprender outra língua, e como Duke perdeu sua mãe muito cedo, não teve a chance de aprender sua própria língua e Anna jamais poderia lhe ensinar, pois dragonês nunca foi documentado, não por falta de interesse ou tentativa, mas por que dragões costumam matar os aventureiros que invadiam seu território.

Não tem como meu dia piorar... – pensou Duke, desapontado com a própria sorte.

Os ventos aumentaram, mas dessa vez ele veio a favor dos dois dragões, eles puderam descansar suas grandes asas ao planar naquela corrente de ar, dando a chance para a fêmea se aproximar ainda mais de Duke, que agora estava mais curiosa sobre o dragão que não falava sua língua.

– Du er rar, aldri sett deg migrere denne maten. – a fêmea ajustou as asas e com a ajuda do vento, ela planou acima de Duke e o analisou da ponta do focinho até a cauda.

– Não faço ideia do que está dizendo! – Duke rosnou para a fêmea.

E ela o olhava de cima, também sem entender o que o dragão estranho tentava lhe dizer.

– Du forstar ikke hva som helst? – a grande fêmea ainda o analisava, chegando cada vez mais perto de Duke.

Dessa vez Duke não a respondeu, estava irritado de mais com sua falta de sorte, tentava transparecer desinteresse desviando o olhar da fêmea e a ignorando. Mas a fêmea não gostou de ser ignorada, ela lhe deu uma leve chute em seu focinho e depois se afastou, mas não para muito longe, ficou perto o suficiente para que Duke visse que ela lhe lançava um olhar malicioso.

Duke se irritou bastante, ele avançou sobre ela e tentou agarrar a sua cauda como um gavião tentando agarrar uma lebre em movimento, mas a fêmea não era um filhotinho que acabara de aprender a voar, com grande maestria ela levantou sua cauda e abriu suas grandes garras para agarra-lo em pleno voo.

Eles pareciam dois gaviões brigando por um pedaço de carne, um segurando o outro com suas patas traseiras, cada um demonstrando sua força a cada batida de asa. E apesar de ter o corpo mais esguio que de Duke, a fêmea era mais forte, ela girou seu corpo para cima, conseguiu levá-lo consigo para mais alto e faze-lo girar até que ficasse zonzo, mas como não queria que se machucasse, ela o soltou antes que fosse incapaz de se estabilizar no ar por causa dos rápidos giros que ela o forçou a fazer.

– Ora sua! – depois que ela o largou, Duke demorou poucos segundos para se endireitar no ar mesmo um pouco tonto, mas sua raiva crescia a cada segundo que se passava ao lado daquela fêmea-azul-e-metida.

A fêmea parecia estar se divertindo, ela rugia de alegria e incitava Duke a avançar mais uma vez sobre ela. Suas jogadas de caudas, seu sorriso malicioso e seu olhar desafiador fazia algo despertar dentro de Duke. Mas como sua raiva era maior que qualquer outra coisa que sentisse, acabou deixando de lado, ele queria mostrar à fêmea que também não era um filhotinho, e mais uma vez investiu contra ela.

Batendo forte suas asas, Duke ganhou velocidade bem rápido, e achava impossível que ela tivesse uma reação rápida contra a investida, só que mais uma vez, a fêmea demonstrou que não era sua primeira vez voando, ela dobrou sua asa direita e usando o peso do seu corpo, deu um grande mergulho e desviou de Duke com elegância.

– Volte aqui! – Rugiu Duke para a fêmea, que desapareceu de seu campo de visão.

Duke ainda batia suas asas e girava em volta de si mesmo tentando ver onde a fêmea-azul-e-metida estava. Mas ela tinha sumido, ele girava seu corpo e pescoço para todas as direções, mas seus olhos não conseguiam encontrá-la no meio daquele mar de nuvens.

– Hva er det gutt? Kan ikke ta meg? – Surgindo por trás, a fêmea rugiu e investiu na direção de Duke, lhe golpeando o focinho com sua cauda, não dando nenhuma chance para desviar.

Duke se desequilibrou com a forte batida, fazendo com que ele caísse um pouco para baixo.

– Maldita! Volte aqui! – rugiu Duke, e após se recompor, voou em direção a grande fêmea na intensão de agarrá-la pela cauda.

Mas a fêmea não temia ser pega, e o incitava cada vez mais com rugidos estranhos e risadas maliciosas.

– Kom gråtende babyen! Prov a folge meg! – a fêmea-azul-e-metida falava mais uma vez aquela língua estranha, Duke estava começando a achar que ela o insultava.

– Volte aqui! Eu vou te rasgar toda! – rugiu enfurecido para a fêmea.

Ele a perseguiu pelo mar de nuvens, os ventos por muitas vezes não ajudavam, fazendo-os ter que bater forte suas asas para continuar a corrida. E por mais veloz que fosse, parecia que Duke nunca a alcançaria, ela desviava de suas investidas com graça, mudava de direção mais rápido que um falcão e em linha reta a velocidade da esguia fêmea dobrava a do musculoso dragão.

Duke era veloz, mas seu corpo não era projetado para ser o mais veloz, bem diferente do corpo da fêmea-azul.

– Espere! – Ele rugia sempre que ele a perdia de vista, fazendo com que ela diminuísse sua velocidade até que a encontrasse.

A grande fêmea começou a diminuir sua velocidade com o passar do tempo, ela percebeu que era gasto desnecessário de energia, já que Duke nunca a alcançaria. E também era mais divertido vê-lo frustrado após suas incansáveis tentativas de pega-la.

– Kom stor guy!– rugia a fêmea, toda vez que Duke se afastava muito.

A cada acrobacia que os dois faziam com perfeição, o deixava cada vez mais interessado na fêmea-azul, e com o passar do tempo, as brincadeiras de fazer piruetas ou de pegar, fazia sua raiva sumir. Mesmo que Duke não conseguisse agarrá-la ou ultrapassá-la em uma corrida, estava extremamente feliz em voar com ela, e por um momento, se esqueceu completamente de Anna, da pedra Thordar e da perda de sua joia favorita. Seus pensamentos estavam focados nela, não por ser uma fêmea, mas por que ela não o fazia se sentir tão sozinho. Duke não queria que aquele momento acabasse.

Após certo tempo brincando de pique-esconde nas nuvens, os músculos de Duke começaram a fatigar. Não conseguia mais acompanhar a fêmea, sentia dor e suas asas fraquejavam, mas para sua sorte outra corrente de ar bateu a favor de suas asas, lhe dando uma oportunidade para descansar.

Mas não tinha percebido que perdeu sua nova amiga de vista, até ouvir seus rugidos ao longe e ver que seu couro-azulado tinha se perdido entre o branco do mar de nuvens.

– Não! Volte aqui! Espere-me! – Rugia aflito, usando toda a força que lhe restava para chamar à fêmea.

Após um longo tempo rugindo sem resposta, Duke sentiu um aperto em seu imponente peito, parecia que algo tinha atravessado sua couraça e acertado seu coração. Ele não sentia mais alegria, e uma antiga sensação veio lhe assombrar novamente, a mesma sensação que teve quando seu ninho foi invadido e sua mãe encurralada, uma sensação de perda e frustração.

Duke rugia de novo, e de novo, mas ela não respondia, nem mesmo reaparecia. Seus pensamentos começaram a se misturar, tentava formulava ideias e explicações do por que ela não voltou. Talvez ele tenha feito alguma coisa que ela não gostasse? Ou será que ele não era bom o bastante para ela? Ela vai voltar? Será que ele a veria de novo?

Duke estava tão desorientado com a perda da nova amiga, que não percebeu que estava perdendo altitude e caia lentamente, pois o vento ainda estava a favor de suas asas. Mas se mudasse de direção, poderia fazê-lo cair facilmente para o chão, já que seus músculos estavam cansados e talvez não tivesse forças para reagir rapidamente as fortes correntes de ar.

Girando o seu corpo para tentar encontrar a fêmea o fazia perder ainda mais altitude, seus músculos já estavam tremendo com a força que estava fazendo para se manter no lugar, Duke não conseguia voar por muito mais que algumas horas, já que seu corpo era pesado demais.

Mesmo que Duke fosse extremamente forte, capaz de fazer o chão tremer com uma batida de sua cauda volumosa e que suas asas fossem capazes de destroçar um carvalho como se fosse galho seco, o cansaço em seu corpo era inevitável. Com um sopro forte do vento, Duke foi forçado a bater suas asas, mas dessa vez elas falharam em mantê-lo longe do chão-racha-cucas, e diferente da fêmea, ele não tinha experiência com pousos forçados.

– Para cima! Para cima! – Duke gritava para si mesmo, enquanto tentava desesperado bater suas asas.

O dragão tentava subir e forçar ainda mais as asas que já estavam cansadas, fazendo-o cair bem rápido até o chão, já que ele não tinha forças para manter-se no ar. Agora suas asas rejeitavam qualquer comando que Duke desse, doíam tanto que pareciam estar quebradas, cada articulação de suas asas parecia osso de galinha que poderia se partir a qualquer momento, sua dor intensa o fazia rugir em agonia e medo, pois o chão estava cada vez mais perto.

– Apne vinger idiot! – Era o rugido da fêmea-azul, ela estava mergulhando em direção a Duke, sabia exatamente o que estava acontecendo com ele, mas percebeu tarde de mais sua exaustão.

Por puro instinto, Duke esticou seu corpo e suas asas até onde era suportável a dor, ele nunca desejou tanto que entrasse em qualquer ventania que soprasse em suas asas para que pelo menos conseguisse desacelerar sua queda. Mas o peso de Duke não o ajudava naquela situação, por mais que o vento soprasse em sua direção, não era o suficiente pará-lo, pois abriu tarde de mais as asas para desacelerar a queda com eficácia.

Sua inexperiência em situações de risco teria sido trágico, se a fêmea-azul não tivesse mergulhado em seu resgate, fincado suas garras na carne e nas escamas ossudas da cauda de Duke e batesse forte suas gigantescas asas, conseguindo diminuir a velocidade da queda do dragão exausto.

– Arrg! – Rugiu Duke, ao sentir as garras de marfim ultrapassando suas escamas e rasgando sua carne.

A quase trinta metros do chão, Duke pairava de cabeça para baixo e ainda com as asas esticadas, pois a fêmea não era capaz de segura-lo no ar, mas era capaz de levá-lo em segurança até a clareira mais próxima.

– Me solte! – ele se debatia e rugia para a fêmea, tentando se soltar de suas garras que o fazia questionar qual era a dor mais insuportável, os rasgos da carne de sua cauda ou suas asas que pareciam estar quebradas.

Ao pairar sobre a floresta, a fêmea-azul o jogou contra as árvores já que ela não queria arriscar aterrissar em um campo aberto, onde teria que temer possíveis caçadores ou guardas na estrada.

– Du er gal? Hvorfor sa du ikke trengte hvile? – Rugia a fêmea-azul, enquanto quebrava algumas árvores ao seu redor, para que pudesse se mover com mais facilidade.

Duke estava estirado ao chão, suas asas tremiam de dor e seu corpo fatigado não respondia aos seus comandos. Parece que o tempo estava voando junto aos dragões, pois Duke não percebeu que passara mais tempo no ar que podia.

– Kan du fa opp? – a fêmea estava andando por cima de Duke, o espaço da clareira era pequeno demais para os dois gigantescos dragões, ela tomava cuidado para não pisar em suas membranas nem mesmo nas juntas das asas.

Ainda zonzo de dor, Duke contraia os músculos do seu rosto e enrolava sua cauda, a respiração estava muito rápida e suas pálpebras fechadas tremiam conforme a dor de seus músculos se intensificava.

Aquilo era uma linguagem universal para os dragões, a fêmea-azul entendeu que seu novo amigo estava sofrendo com a fadiga e com o impacto do pouso forçado. Com muito cuidado, ela passou por cima de Duke, seguiu mais afrente e começou a derrubar as árvores ao redor para aumentar o espaço que comportasse os dois dragões.

– O que está fazendo? – indagou Duke, que ainda estava com os olhos fechados e podia apenas ouvir a barulheira que a fêmea-azul fazia.

Após alguns minutos sem resposta da fêmea-azul, Duke tentou olhar a sua volta para ver o que ela fazia pra causar tanto barulho. Demorou um pouco, mas ele conseguiu ver e entender o que ela estava fazendo, no lugar que tinha árvores, agora era um monte de terra remexida, ela arrancou até a raiz das árvores para conseguir um espaço necessário para que os dois dragões pudessem se esconder sem acabar machucando um ao outro.

Depois que ela arrancou a última árvore da terra e a jogou para longe, a fêmea voltou para onde Duke estava deitado, a expressão de raiva voltou, seus dentes estavam a mostra por causa dos rosnados, sua testa estava franzida e seus olhinhos cerrados, seu jeito imponente de andar, apoiando seu peso em suas asas e fazendo o chão tremer a cada passo, fazia o estomago de Duke se revirar e fazer o restante do seu corpo tremer de medo.

Essa é a primeira vez que Duke sentiu medo, desde que atingiu os seus atuais vinte e cinco metros. Não temia nada a além de Anna, mas ela não era a sua princesa, que mesmo furiosa, jamais o machucaria, diferente da fêmea-azul-e-raivosa, ela parecia querer lhe arrancar um bom pedaço ou quem sabe coisa pior.

Quando ela voltou para o lugar que Duke descansava, a fêmea-azul não estava mais tão raivosa, na verdade seu olhar passou a ser de repreensão, seus dentes voltaram a ficar escondidos em seus lábios escamosos, mas seus olhinhos continuaram cerrados e focando os de Duke.

– Levanta, lagár-to ediota! – rosnava a fêmea-azul, e apesar do forte sotaque, ele conseguiu entender o que a fêmea disse.

Mas Duke ficou pasmo ao ver que a fêmea-azul-zangada, sabia o tempo todo falar a língua comum.


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Notas finais do capítulo

Bom, primeiramente gostaria de agradecer a você meu querido leitor, por ter lido até aqui :)

Como podem ter notado, não utilizei minha imaginação para a língua dos Dragões, e sim o Google Tradutor, afinal, não tenho a genialidade de Tolkien pra inventar línguas!
Usei o Norueguês para ser utilizado pelos dragões, se por acaso, você for fluente em Norueguês e viu que tem muita palavra errada ali em cima, por favor me mande uma MP que eu mudo rapidinho!

Para finalizar, deixo aqui exatamente o que a Fêmea-azul-e-zangada disse durante o capitulo:

— Hei, rasshol omsorg! – Ei, cuidado idiota!
— Er du blind? – Você é cego?
— Hvis borti meg igjen, dreper jeg deg! – Se me tocar de novo, vou te matar!
— Du er merkelig, aldri sett deg du migrere. – Você é estranho, nunca vi você migrar.
— Du forstar ikke hva som helst? – Você não entende nada?
— Hva er det gutt? Kan ikke ta meg? – O que foi garoto? Não consegue me pegar?
— Kom gråtende babyen! Prov a folge meg! – Venha bebê-chorão! Tente me acompanhar!
— Kom stor guy! – Venha grandão!
— Apne vinger idiot! – Abra as asas seu idiota!
— Du er gal? Hvorfor sa du ikke trengte hvile? – Você é louco? Porque não disse que precisava descansar?
— Kan du få opp? – Você consegue se levantar?



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