No capítulo anterior…

– Mas então fala logo, como é que tá o Thiago? – Perguntou a garota, curiosa. Porém, na hora em que Bia ia responder, a campainha tocou.

– Salva pelo gongo! – Brincou Bia, rindo. Ana revirou os olhos. – Deve ser o Carlos. – Afirmou, indo atender a porta. – Binho! – Exclamou, ao ver que se tratava de Binho e não de seu irmão.

– Oi gatinha! – Exclamou o garoto, a beijando. – Desculpa não ter vindo antes. Aconteceu uma coisa que você nem vai acreditar! – Adiantou, adentrando na casa de Bia. Ao fazer isso, o garoto deu de cara com Ana, ficando paralisado.

– Oi Binho. – Cumprimentou Ana, do sofá.

– Aqui também aconteceu, gatinho. – Afirmou Bia, sorrindo.

“Fudeu!”, Pensou Binho, ainda paralisado.

***

Enquanto isso no orfanato…

Após darem a notícia a todos os amigos do orfanato, Cris e Thiago decidiram passear pelo parque. Cris se arrumava no quarto das meninas enquanto Teca a encarava friamente.

– O que é Teca? – Perguntou Cris, percebendo que havia algo de errado.

– Ainda não acredito que você e aquele idiota estão namorando. – Afirmou Teca, desgostosa com Cris.

– Ai Tereza, pelo amor de Deus não começa… – Pediu Cris, sem paciencia. – Eu sei que você e o Thiago não se batem, mas, não vou deixar de seguir minha vida por causa disso. – Afirmou.

– Não nos batemos? A gente SE ODEIA! – Corrigiu Teca. – E você é minha segundo melhor amiga, devia respeitar isso. – Completou.

– E o Thiago e eu nos amamos! – Afirmou Cris. – E você como minha segunda melhor amiga, devia entender isso. – Concluiu, calando Teca. – Agora tenho que ir, o Thiago tá me esperando. – Finalizou, saindo do quarto.

Na sala…

– Cara, é sério. Ainda não caiu a fixa… – Dizia Rafa. – Você e a Cris! Meu Deus, isso é mais loucura que Bia e Binho! – Exagerou.

– E menos que você e Débora. – Acrescentou Thiago.

– Nem me lembra dessa falsiane. – Pediu Rafa, enojado.

– Então quer dizer que todo esse tempo você e ela tavam tendo um caso, e ninguém percebeu? – Perguntou Neco, ainda perplexo com a notícia.

– Pois é. – Confirmou Thiago, esparramando-se no sofá. – E a gente até já transou. – Revelou.

– NOSSA!!! – Exclamaram Rafa e Neco, de queixo caído. Maria, que vinha da cozinha acabou escutando tudo.

– Caramba… – Murmurou. Os garotos continuavam a conversar, quando Cris desceu, com um sorriso enorme destinado a Thiago. Nessa hora Rafa e Neco se entreolharam com o mesmo pensamento malicioso sobre o casal. Thiago então levantou-se do sofá.

– Porque você não tá arrumado ainda? – Perguntou Cris, ao notar que o garoto usava uma camiseta qualquer com bermudas e chinelo.

– Ah é, bem lembrado. – Lembrou Thiago, então, o mesmo pegou sua touca que estava encima da mesa de centro da sala e enfiou sua cabeça dentro. – Agora sim, vamos. – Concluiu, puxando Cris pela mão, que revirou os lhos e sorriu. Logo os dois saíram rumo ao parque.

– Ainda não consigo acreditar. – Afirmou Neco.

– Nem eu. – Complementou Rafa, suspirando.

Enquanto isso, na casa de Bia…

– Ainda não consigo acreditar… – Afirmava Binho, abismado com a volta de Ana.

– Também me senti assim uma hora atrás quando ela bateu na minha porta. – Disse Bia.

– Ai gente, que é isso… – Disse Ana, encabulada. – Falando assim até parece que eu tinha morrido e voltei do além. – Brincou a garota, que segurava felina em seu colo.

– Mas foi quase isso. – Disse Bia. – Você retornou da Índia, depois de dois anos sem manter contato. – Acrescentou.

– Deve ter sido horrível… – Deduziu Binho.

– Realmente foi, ficar sem saber de vocês por anos… – Afirmou Ana.

– Não, eu não me refiro a isso. – Disse Binho. – Me refiro a você ter ficado sem internet e celular por dois anos! – Afirmou. – Deve ser o mesmo que ficar em coma! – Completou, deixando Ana com cara de tacho.

– Não exagera gatinho. – Pediu Bia. – Mas enfim, o que você ia contar antes de se deparar com a Ana e ter um piripaque? – Perguntou, lembrando que Binho tinha uma noticia a dar. Entretanto, Binho pensou bem e decidiu não dizer que se tratava do mais novo casal de namorados do orfanato.

– Nossa, sabe que eu acabei me esquecendo. – Mentiu Binho.

– Então não era importante. – Brincou Ana.

– É, tem razão, não era. – Disse Binho. Porém Bia o encarou desconfiada.

– Ah, aproveitando que você tá aqui Binho. – Iniciou Ana. – E o Thiago, como é que tá? Ainda são mui amigos? – Perguntou. Binho engoliu seco.

– A-Ah, s-somos… – Gaguejou.

– Não vejo a hora de reencontrá-lo. – Disse Ana. – Nem consigo imaginar a reação que vamos ter quando nos reencontrarmos.

– É? – Perguntou Binho. – Nem eu. – Completou.

– Ah, Ana, eu esqueci de te perguntar… – Iniciou Bia. – Por que o Carlos não veio igual com você? – Perguntou.

– Ah é, e eu esqueci de dizer. – Disse Ana. – Quando eu encontrei com ele na venda, seu tio apareceu lá, pra comprar bebida alcoólica, aí o Carlos disse que tinha que resolver um assunto, e me deu o refrigerante. – Contou.

– Ai não… – Lamentou-se Bia. – De novo não… – Completou, preocupada.

– Aconteceu alguma coisa, gatinha? – Perguntou Binho.

– Sim, hoje de manhã meu tio chegou bêbado em casa e fez um barraco. – Disse Bia.

– Nossa, e porque ele fez isso? – Perguntou Ana.

– Sei lá, meu irmão tava dormindo comigo, daí ele chegou e fez um escândalo, até acusou a gente de incesto, acredita? – Contou Bia.

– Nussa… – Disse Ana.

– Pera aí, que história é essa, Bia? – Perguntou Binho. – Porque diabos o Paçoca tava dormindo com você? – Questionou.

– Eu tava tensa com a ligação que até então não sabia que era da Ana! – Disse Bia, encarando Ana em seguida.

– Foi malz… – Falou a garota, com um sorriso amarelado.

– Aí ele ficou comigo até que eu adormecesse a acabou pegando no sono também, foi quando o meu tio chegou. – Concluiu.

– Sei… – Disse Binho, desconfiado.

– Até você vai pensar besteira? – Perguntou Bia.

– Claro, antigamente o Paçoca te achava gostosa, você mesma disse uma vez. – Lembrou Binho, irritado.

– Qual foi a parte do “IRMÃO” que você não entendeu? – Perguntou Bia. – E isso foi no passado, que nojento. – Afirmou. Binho revirou os olhos.

– Tá dane-se. – Decidiu Binho.

– Bom mesmo. – Disse Bia, o encarando. Ana ficou brisando. Nessa hora Paçoca chegou em casa, havia sangue no seu nariz.

– Carlos! O que aconteceu?! – Perguntou Bia, ao notar o estado do irmão. Esta foi em direção ao garoto, preocupada. Ana e Binho apenas observaram, também preocupados.

– Foi o tio Edgar. – Respondeu o garoto. – Tentei impedir ele de gastar grana com cachaça, acabei levando um soco por quebrar a garrafa dele. – Contou.

– E cadê ele? – Perguntou Bia.

– Não faço ideia. – Afirmou o garoto. Bia nada disse apenas ficou tensa por alguns segundos.

– Vem Carlos, eu te ajudo a limpar esse sangue. – Dispôs-se Ana, indo com Paçoca até a cozinha.

– Meu tio tá um caso sério… – Afirmou Bia, preocupada. Nessa hora, Binho, comovido, foi em sua direção, e a abraçou.

***

Depois do ocorrido Carlos, Bia, Ana e Binho decidiram sair para esfriar a cabeça, indo tomar um sorvete.

– Quer dizer que a Tati e a Vivi também tão morando por aqui? – Perguntou Ana, enquanto estavam numa sorveteria da comuna.

– Sim. – Respondeu Bia. – Se quiser te levo lá depois daqui. – Ofereceu-se.

– Ah, quero sim! – Afirmou Ana.

– Vocês vem também? – Perguntou Bia.

– Eu vou ficar por aqui, o André acabou de mandar uma mensagen, vai ser hoje a apresentação com a Ramsay na casa de um conhecido aí. – Contou.

– Ah, boa sorte! – Desejou Bia.

– Ramsay? – Perguntou Ana.

– É a nossa banda. – Explicou Paçoca. – Eu, o André, o Juca, o Caio e o Marcelo. – Completou.

– O Carlos é o vocalista. – Disse Bia.

– Bem que eu disse que você cantava bem. – Lembrou Ana. Paçoca soltou um leve sorriso.

– E você, gatinho? Vem com a gente? – Perguntou.

– Vou. – Respondeu Binho.

– Aí depois a gente vai pro orfanato! – Afirmou Ana. – Não vejo a hora de reencontrar todos! A Maria, a Teca, o Rafa, a Cris… – Nessa hora Binho engasgou-se com o sorvete. – E o Thi! – Completou a garota.

– Tá tudo bem Binho? – Perguntou Bia.

– Tá. – Respondeu Binho. “Por enquanto…”, pensou.

Enquanto isso…

Cris e Thiago passeavam no parque, enquanto tomavam um sorvete.

– Tava com saudades desse nosso sorvete. – Afirmou Thiago.

– Eu também. – Concordou Cris. – O bom é que agora a gente pode sair pra tomar tranquilamente, já que somos oficialmente, namorados. – Acrescentou, animada. Thiago sorriu.

– Vem, vamo sentar ali. – Chamou ele, apontando para um banco. Logo Cris o acompanhou até lá, onde sentaram. Ambos passaram a tomar o sorvete em silêncio até que se encararam, e de repente largaram o sorvete, partindo para os beijos. O casal se beijava intensamente, quando do nada Cris lembrou do pesadelo que teve naquele dia, afastando-se de Thiago.

– O que foi? – Perguntou Thiago.

– Nada… – Disse Cris. – É que lembrei de um sonho estranho que tive hoje de manhã. – Contou.

– Sério? – Perguntou Thiago. – Que sonho?

– Deixa, foi só um sonho bobo. – Afirmou Cris.

– Conta logo. – Pediu Thiago. – Pra você ter se afastado de mim assim, só pode ter sido um pesadelo me envolvendo. – Completou. Cris então respirou fundo, passando a contar o sonho.

– Tá… Eu sonhei que eu e você estávamos no porão… Aí de repente… – Cris fez um suspense, porém, sem ser proposital, a verdade é que ficara com receio de falar. – A Ana aparecia, te chamava e você ia com ela, me deixando sozinha. – Finalizou. Thiago ficou pensativo com o que acabara de ouvir.

– Nossa. – Disse o garoto. – Que louco. – Afirmou. – Mas, foi só um sonho bobo, como você disse. – Afirmou, tentando despreocupar Cris, e tentando despreocupar a si mesmo.

– É… Pois é. – Concordou a garota.

Enquanto isso, na casa de Tati…

Vivi se arrumava para sair, enquanto Tati navegava na internet com o celular.

– Vai sair com a Janu de novo? – Perguntou Tati.

– Sim, vou. – Respondeu Vivi. – A gente vai encontrar uns amigos. – Afirmou.

– Que amigos? – Perguntou Tati.

– Não te interessa. – Afirmou Vivi, que trocava o piercing de seu nariz. Tati revirou os olhos.

– E o André? – Perguntou a mais nova.

– O que tem esse mala? – Perguntou Vivi.

– Não acha que já passaram muito tempo, separados? – Perguntou Tati.

– Não, não acho. – Disse Vivi. – Cansei de ficar com moleques babacas, que nem ele. – Completou.

– Nossa, falou a experiente. – Disse Tati, sarcástica.

– E o Tatu, hein? – Perguntou Vivi, mudando de assunto.

– Aff, nem me lembra, tô fugindo dele. – Afirmou Tati. Nessa hora a campainha tocou.

– Deve ser a Janu! – Exclamou Vivi, caminhando até a porta. Porém ao abrí-la teve uma grande surpresa.

– Quem é, Vivi? É a Jan… CARAMBA! – Exclamou Tati, ao ver de quem se tratava. Nessa hora, Ana sorriu.

– Oi meninas! – Cumprimentou, ainda na porta. Bia e Binho estavam logo atrás. Tati e Vivi ainda não conseguiam acreditam, então, entreolharam-se abismadas, voltando a olhar para Ana, então passaram a gritar histericamente (assim como Bia e Ana mais cedo), então receberam Ana com um grande abraço.

– Por que mulher grita tanto? – Reclamou Binho.

– Você também gritou quando viu aquele rato lá em casa. – Lembrou Bia.

– Ninguém precisa saber disso! – Repreendeu Binho, com cara de tacho.

E assim…

– Nossa, eu nem tô acreditando! É você mesmo, Ana? – Perguntou Tati, ainda surpresa.

– Em carne e osso. – Afirmou Ana.

– Você cresceu hein? Tá quase da minha altura. – Afirmou Vivi. – Só a Tati que não cresce. – Completou, deixando Tati com cara de tacho.

– E você Vivi, loira platinadíssima, hein? – Reparou Ana.

– Pois é. – Disse Vivi.

– Vocês mudaram demais, a Bia de cabelo azul, você loira e roqueira, e a Tati com esses cachos enormes! – Notou Ana.

– Que dão um trabalhão! – Acrescentou Tati.

– Até você mudou, Binho. – Completou Ana. – Finalmente ficou mais alto que a Bia. – Afirmou. Binho sorriu convencido.

– Pois é, milagres acontecem. – Zoou Bia, deixando o garoto com cara de tacho.

– Hoje você tá me avacalhando demais… – Afirmou o garoto, a encarando sério, então Bia lhe deu um selinho, piscando o olho em seguida. De repente a campainha tocou novamente.

– Agora tenho certeza que é a Janu. – Disse Vivi, logo, a mesma foi atender a porta, e realmente era Janu.

– Vamos? – Chamou a garota, da porta mesmo.

– Espera, você nem vai acreditar em quem tá aqui. – Disse Vivi, fazendo suspense.

– Quem? – Perguntou Janu. Logo, Vivi abriu a porta revelando Ana sentada ao sofá com Bia, Binho e Tati.

– A Ana? – Reparou Janu. – Ela não tinha ido embora? – Perguntou.

– Ela voltou. – Respondeu Vivi. – Entra aí. – Pediu. Logo, Janu entrou.

– E aí gente. – Cumprimentou.

– E aí, Janu. – Responderam Bia, Binho e Tati.

– Oi Ana, quanto tempo! – Exclamou Janu.

– Oi Janu, tudo bem? – Perguntou Ana.

– Sim, tudo ótimo. – Afirmou Janu.

– Seu cabelo cresceu! – Reparou Ana. Janu arqueou a sobrancelha, dando um risinho de leve.

– A gente já vai. – Disse Vivi. – Tati, avisa pro papai que eu vou dormir na Janu. – Pediu.

– Beleza. – Concordou Tati.

Depois de alguns minutos de conversa…

– Foi bom te reencontrar, Tati. – Afirmou Ana, abraçando novamente a amiga.

– Igualmente. – Afirmou Tati.

– Tem certeza que vocês querem ir mesmo agora lá pro orfanato? – Perguntou Binho à Bia.

– Sim, por quê? – Perguntou Bia.

– Não, nada não… – Disse Binho.

– Você tá muito estranho, Binho. – Afirmou Bia. – Tá acontecendo algo que você não me contou? – Perguntou.

– Não… Tá tudo de boa. – Mentiu o garoto.

– Vamos gente? – Chamou Ana.

– Vamos. – Disse Bia.

– É uma pena você não poder ir com a gente, Tati. – Lamentou Ana.

– Tenho que ficar olhando o meu irmãozinho. – Disse Tati. – Mas, oportunidade não vai faltar. – Afirmou.

– Então tchau. – Despediu-se Bia.

– Tchau, Tati. – Despediu-se Ana.

– Tchau gente. – Respondeu a garota, deixando os três até a porta.

Não demorou muito para que finalmente Ana, Binho e Bia chegassem ao orfanato. Enquanto Ana tremia de ansiedade por reencontrar a todos, Binho tremia de ansiedade pelo que poderia estar por vir, após a garota descobrir que Thiago estava com Cris.

Ao chegar na entrada, Ana respirou fundo.

– Tá tudo bem? – Perguntou Bia.

– Só um pouco ansiosa… – Afirmou a garota.

– É… Eu acho que vou entrar na frente, pra preparar o pessoal. – Disse Binho, na desculpa de encontrar Thiago. – É o tempo que sua ansiedade também passa, Ana. – Completou. Ana assentiu.

– Ok, vai lá gatinho. – Concordou Bia. Então Binho entrou no orfanato.

Enquanto isso, não muito longe dalí…

Tem certeza que o Maurício vem buscar a gente mesmo? – Perguntava Vivi, que esperava com Janu, próximo a um posto de gasolina.

– Ele disse que vinha, vamos esperar. – Disse Janu. Nessa hora, parou um carro no posto, ao reconhecer aquele carro, Vivi ficou inquieta. Logo, para a sua falta de sorte, saiu do carro quem a mesma imaginava que sairia.

– Olha lá, o doutor Fernando. – Reparou Janu.

– Já vi. – Falou Vivi, desviando o olhar. Porém, de nada adiantou, pois o homem ao vê-las, caminhou até as duas para cumprimentá-las.

– Oi meninas. – Cumprimentou, meio sem graça.

– E aí Fernando. – Respondeu Janu, o cumprimentando com dois beijos, um em cada lado do rosto. Vivi, mesmo envergonhada, o cumprimentou da mesma forma.

– Tudo bem, Vivi? – Perguntou Fernando.

– Sim. – Respondeu Vivi, desviando o olhar.

– O que fazem por aqui meninas? – Perguntou o homem, curioso.

– Esperando uns amigos. – Disse Janu.

– Ah sim… – Concluiu o homem. – Tenham cuidado, esse local não é legal para duas garotas andarem sozinhas. – Alertou.

– A gente não corre perigo, Fernando. – Afirmou Vivi.

– O perigo que corre da gente. – Completou Janu, com um sorriso sarcástico. Fernando ficou calado, apenas sorrindo de leve, logo, foi colocar gasolina no seu carro, percebendo quando um carro parou em frente a Vivi e Janu, e elas entraram, então o carro partiu.

Próximo ao orfanato…

Cris e Thiago pararam em uma lanchonete, antes de voltar ao orfanato.

– Amo o pão pizza daqui. – Afirmou Thiago, comento seu pão pizza.

– Já eu gosto da empada, é ótima. – Afirmou Cris, dando uma mordida em sua empada de frango. Thiago passou a rir. – Que foi? – Perguntou a garota, cobrindo a boca.

– É que foi engraçada a cara que você fez quando mordeu a empada. – Afirmou o garoto, mostrando as covinhas ao dar um sorriso.

– Bobo. – Disse Cris envergonhada. – Sabe que eu amo essas suas covinhas… – Comentou.

– Desde quando? – Perguntou Thiago.

– Desde que eu reparei que você tinha. – Respondeu Cris. – Achei fofo. – Completou, sorrindo. Nessa hora seus olhares se encontraram, então, Thiago direcionou a mão até a mão de Cris, apoiada na mesa.

– Desculpa ter enrolado você por todo esse tempo… – Pediu Thiago. – Devia ter te pedido em namoro assim que a gente voltou a ficar… – Afirmou.

– É, devia mesmo. – Afirmou Cris, de cara emburrada, em seguida a mesma sorriu novamente. – Mas, tá tudo bem, o passado não importa mais. – Afirmou. – Né? – Perguntou.

– Tem toda razão, nada no passado importa. – Concordou o garoto. Então se beijaram.

***

Após entrar no orfanato, Binho, de início não encontrou ninguém, logo, foi ao quarto dos garotos. Neco estava lá, vendo vídeos com Rafa.

– Gente! – Exclamou, nervoso.

– O que foi Binho? Que cara é essa? – Perguntou Rafa.

– Parece até que viu um fantasma! – Afirmou Neco.

– Quase isso! – Afirmou Binho. – Mas agora não importa, onde é que tá o Thiago?! – Perguntou.

– Ele saiu com a Cris, por quê? – Disse Rafa.

– Puta que pariu! – Exclamou Binho, preocupado.

– O que houve? – Perguntou Neco.

– Ferrou pro Thiago… – Disse Binho.

– Do que você tá falando? – Perguntou Rafa.

– Melhor vocês descerem comigo, e verem com seus próprios olhos. – Concluiu Binho. Logo, mesmo sem entender, Rafa e Neco o seguiram até a sala.

Na parte de fora do orfanato…

– E então? – Perguntou Bia. – Acha que está pronta?

– Acho que sim… – Disse Ana, sorrindo.

– Ok, eu vou mandar aqui uma mensagem pro Binho, perguntando se tá todo mundo na sala. – Afirmou Bia, mandando a mensagem. Logo, recebeu uma resposta.

– E aí? – Perguntou Ana.

– Só os meninos, vai chamar as meninas agora. – Disse Bia. Logo Binho mandou outra mensagem. – Pronto, elas já foram pra sala. – Afirmou.

Na sala…

– Por que chamou a gente aqui? – Perguntou Teca.

– Hoje esse povo tá cheio de suspense. – Notou Maria.

– Vocês vão ver… – Disse Binho. – Mas por favor, não tenham um infarto. – Pediu, abrindo a porta. – Pode entrar! – Cochichou, deixando todos curiosos. Nessa hora Bia entrou, encarando a todos.

– Tudo isso só pra Bia entrar? – Perguntou Neco. – Aff… – Bufou.

– Valeu pela consideração, Neco. – Disse Bia, sarcástica. – Mas não, na verdade, eu tô com alguém, que não vem aqui a muito tempo… – Afirmou.

– Quem? – Perguntaram todos. Então, depois de alguns segundos de suspense, Ana apareceu, surpreendendo a todos, que ficaram paralisados, assim como Binho quando a viu.

– Ana! – Exclamou Rafa, escondendo a tensão com um sorriso amarelado. Maria e Teca se encararam com o mesmo pensamento. “E agora?!”

– Não vão cumprimentar ela? – Perguntou Bia. Nessa hora todos se encararam, então foram na direção da mesma, a cumprimentar. No mesmo momento, Thiago adentrou no orfanato, de mãos dadas com Cris.

– O que tá havendo? – Perguntou, sem notar Ana, que também ainda não tinha notado sua chegada, até ouvir sua voz. Bia ao ver o Thiago e Cris de mãos dadas, ficou tensa, aproximando-se de Ana que ao ouvir a voz do garoto, abriu um enorme sorriso, o que deixou a todos com coração na mão, então, quando esta olhou em direção a porta, avistou a última coisa que passaria em sua cabeça: Thiago e Cris de mãos dadas. Estes ao darem de cara com a garota, ficaram sem reação, soltando as mãos.

– Oi Thiago. Oi Cris. – Cumprimentou Ana, os encarando, controlando-se para não expressar o que estava sentindo naquele momento. Então caminhou até a porta, onde Cris e Thiago ainda estavam, passando pelos dois, e saindo, orfanato afora, passando a chorar.

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