Missão: 6 Esquadrão escrita por kulilinehfoda


Capítulo 8
Capítulo 8 - O Parque




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            É noite de lua cheia. Em uma clareira numa floresta pode-se ver duas barracas. Shimo, Baku e Takashi estão deitados em uma barraca, enquanto Hakeshi dorme em outra.

            -Que droga, está muito apertado aqui! –diz Baku.

            -E você está reclamando? Precisávamos de uma barraca só para você Baku. E extra-grande! –diz Shimo.

            -O que você quis dizer com isso? –diz Baku.

            -Aff, nada... Hakeshi que está bem, uma barraca só para ela. –diz Shimo.

            -Vocês reclamam demais. Deitem aí e durmam! –diz Takashi.

            -Como eu vou dormir nesse lugar apertado aqui? Bem que você podia ir dormir lá com a sua irmã, não é Takashi? –diz Shimo.

            -Ela é minha irmã, mas é uma garota. Precisa de um espaço só para ela. –diz Takashi.

            -Mas aqui está muito apertado! –diz Shimo.

            -Pare de reclamar. Z-taichou disse que amanhã vai conseguir novas barracas para a gente... Além disso, ele cedeu a barraca dele para a Hakeshi, e está dormindo no tempo. –diz Takashi.

            -Quer saber de uma coisa? Vou lá fora ver se acho um lugar para dormir. Aqui não dá. –diz Shimo saindo da barraca.

            Ao sair, Shimo vê o saco de dormir de Z próximo a uma fogueira, mas Z não está lá.

            “Onde será que o Z-taichou está?” pensa Shimo.

            Nisso ele ouve o barulho de uma pequena explosão, um pouco longe. Shimo saca sua espada e corre na direção do som.

            “Será que Z-taichou está lutando?” pensa Shimo.

            Ao chegar no lugar, vê Z ofegante, com sua arma evoluída, e um pouco a frente uma rocha destruída.

            -Z-taichou! O que está acontecendo? Onde está o inimigo? –pergunta Shimo correndo para perto de Z, com sua arma empunhada.

            -Inimigo? Calma Shimo, não há nenhum inimigo... –diz Z.

            -Então... o que está acontecendo? –pergunta Shimo.

            Z faz a Gunblade voltar ao normal e a guarda em seu relógio, em seguida se senta em uma pedra.

            -Estou praticando uma nova técnica. Desculpe se acordei vocês, achei que daqui não ouviriam nada... –diz Z.

            -Uma nova técnica? Que legal Z-taichou! Mas, porque a essa hora da noite? –pergunta Shimo.

            -Durante o dia tenho que acompanhar o treino de vocês, então meu único tempo livre é à noite. Além disso, o silêncio e a temperatura amena ajudam na concentração. –diz Z. –As lutas contra meus últimos adversários me fizeram perceber que preciso melhorar.

            Shimo segura sua arma com força.

            -Z-taichou, posso treinar agora com você? –diz Shimo.

            -Você treinou o dia todo. Aliás, desde que Takashi e Hakeshi se juntaram ao grupo há duas semanas você tem dado duro nos treinamentos. –diz Z.

            -Takashi é muito bom... Eu vou treinar para ficar mais forte do que ele. –diz Shimo.

            -Isso é bom. Um rival é um bom estímulo para se dar duro e treinar cada vez mais. -diz Z.

            -Então posso treinar com você? –diz Shimo.

            -Bem, você já consegue lutar bem com sua arma evoluída... Já que quer tanto, acho que podemos ter uma luta-treino. –diz Z pegando a Gunblade novamente.

            -Isso! –diz Shimo colocando um anel em seu dedo. -Ice Sword Evolution!

            -Gunblade Evolution!

            No outro dia pela manhã Z, Takashi, Hakeshi e Baku estão tentando acordar Shimo, que se recusa a levantar.

            -Shimo, temos que ir! –diz Takashi.

            -Mas ainda é tão cedo... –diz Shimo.

            Hakeshi pega um pouco de água e joga no rosto de Shimo.

            -Eu disse para não treinar até tarde... –diz Z. –Agora se levante, temos que ir. Há um lugar que quero que conheçam, e precisa ser hoje. –diz Z.

            Minutos depois, os cinco estão numa trilha.

            -Então, que lugar é esse que quer que conheçamos? –diz Takashi.

            -Bem, vocês estão dando duro... Achei que precisam de um pouco de distração. –diz Z.

            -Como assim, Z-taichou? –diz Shimo em um bocejo.

            -Não sejam impacientes, estamos chegando. –diz Z.

            Após mais alguns minutos de caminhada, o grupo pára em um local e todos ficam um pouco admirados, Baku e Hakeshi parecem animados, mas Shimo e Takashi demonstram decepção.

            -Chegamos! –diz Z.

            -Que lindo! –diz Hakeshi.

            -Z-sensei, que lugar é esse? –pergunta Baku.

            A imagem mostra um grande parque armado numa grande clareira da floresta. Luzes, música, vários brinquedos e muita gente compunham o cenário.

            -Isso é um... parque de diversões? –diz Shimo.

            -Sim, mas não é qualquer tipo de parque. Reparem bem nos visitantes. –diz Z.

            Os quatro reparam melhor. Todas as pessoas estão portando armas, e os “brinquedos” são na verdade máquinas de medição de força e destreza com armas.

            -Afinal de contas, que lugar é esse? –pergunta Takashi.

            -Esse parque é onde os guerreiros vêm mostrar sua força. Muitos representantes de organizações vêm aqui para recrutar guerreiros, ou para demonstrar seu poder com alguns de seus representantes. –diz Z.

            -Legal! Deve ter muita gente forte ali! –diz Baku.

            -Com certeza, sim. Na verdade, nosso objetivo não é somente diversão. Vamos aproveitar a oportunidade para que vocês entrem numa batalha real e meçam o quanto evoluíram. Além disse, talvez encontremos mais alguém para o nosso grupo. –diz Z.

            Shimo, que estava totalmente desanimado, fica com os olhos brilhantes. Takashi, como sempre, se mantém sério; porém deixa escapar um sorriso de empolgação.

            -O que estão esperando? Vamos logo! –diz Z.

            O grupo entra no parque. Todos ficam admirados com o número de guerreiros, todos portando armas diferentes: espadas, lanças, correntes, arcos...

            -Veja Baku, um medidor de força! –diz Shimo.

            -Hehe, eu vou lá! –diz Baku.

            -Eu vi uma máquina interessante ali, vou experimentar. Hakeshi, venha comigo! –diz Takashi.

            -Bem, força bruta não é comigo... então vou com vocês. –diz Shimo.

            A máquina de força consiste num aparelho onde se martela uma base, e um peso é lançado para cima, preso a um tubo vertical com um sino na ponta. Vários guerreiros fortes estão medindo suas forças. Todos batem com toda a força, mas nenhum consegue acertar o sino.

            -Agora é minha vez! –diz Baku.

            -Você tem duas tentativas de acertar o sino. Se acertar, ganhará um prêmio. –diz um homem, o dono do aparelho.

            -Entendi... só uma coisa, posso usar a minha marreta? É que estou acostumada com ela. –diz Baku.

            O homem confere o peso da marreta de Baku, e por ser o mesmo da marreta do brinquedo autoriza. Baku estala os dedos.

            Em uma barraca, uma máquina dispara bolas de baseball, e o jogador deve defendê-las com um bastão, empunhado como uma espada.

            -Eu vou primeiro! –diz Shimo tomando a frente de Takashi.

            “Takashi vai ver, eu vou defender todas!” –pensa Shimo.

            A máquina começa a disparar, e Shimo parece estar se saindo bem, defendendo todas. A velocidade começa a aumentar, até que uma bola passa e atinge Shimo na... virilha. Ele cai e se arrasta para fora da barraca.

            -Você tem que melhorar sua guarda baixa, Shimo. –diz Takashi –Agora é a minha vez.

            Takashi se posiciona e o jogo começa. Ele está se saindo melhor do que Shimo. Hakeshi se aproxima de Shimo, que ainda está caído.

            -Está doendo tanto assim, Shimo-kun? –diz Hakeshi.

            -Você não faz idéia... –diz Shimo.

            -Posso fazer alguma coisa por você? –pergunta Hakeshi, inocentemente.

            Ao ouvir isso, Takashi se vira para os dois.

            -Hakeshi! –ele grita.

            Nisso uma das bolas o atinge em cheio no olho.

            Baku ergue sua marreta e bate na máquina. O peso sobe até uns 20 centímetros do sino, e volta.

            -Tem mais uma chance. –diz o dono do brinquedo.

            -Dessa vez eu vou conseguir! –diz Baku.

            -Até parece que esse garoto vai conseguir. Nem nós conseguimos. -alguns homens muito fortes cochicham entre si.

            Baku se concentra, e faz seus músculos inflarem. Ele então ergue sua marreta e golpeia com toda a força, destruindo a base do brinquedo. O peso sobe com muita velocidade e quebra o sino com a força da colisão. Os homens que assistiam ficam boquiabertos.

            Daí alguns instantes, os quatro se reúnem. Takashi está com o olho roxo. Shimo ainda anda meio curvado, Hakeshi e Baku estão com um urso de pelúcia nos braços.

            -Quem diria... A Hakeshi foi melhor que nós dois... –diz Shimo.

            -Eu estava indo melhor do que você! –diz Takashi para Shimo.

            -Mas não sou eu que fiquei com o olho roxo... –diz Shimo ironicamente.

            Os dois ficam se encarando.

            -Baku-kun, você também ganhou? –diz Hakeshi.

            -É, mas não sei o que fazer com esse bicho... –diz Baku.

            Nisso uma garota estava passando por eles. Ela tinha longos cabelos azuis, usava um quimono róseo e um guarda-chuva.

            -Ei, garota. Quer esse urso? Eu acabei de ganhar, mas não tem utilidade para mim. –pergunta Baku.

            -Hã? Ah, bem... Claro! Arigato! –diz a garota num belo sorriso.

            A garota se afasta.

            “Garota estranha... Porque usava um guarda chuva? Não há nenhum sinal de mau tempo.” pensou Takashi.

            Nisso chega Z.

            -Z-taichou, onde estava? –pergunta Shimo.

            -Estava resolvendo uns assuntos. Aliás, inscrevi vocês no torneio de lutas daqui. –diz Z.

            -Você nos inscreveu? –diz Shimo.

            -Não se preocupem. As lutas são assistidas por vários juízes, que interrompem a luta em caso de algum dos lutadores estar machucado ou passar dos limites. Será um excelente treino para vocês que não tem muita experiência ainda em combates. –diz Z.


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