Overdose de Loucura escrita por Pale Moon


Capítulo 23
♥ Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

EU SEI QUE EU MEREÇO SER LINCHADA, MAS POR FAVOR, LEIAM AS NOTAS FINAIS. LÁ EU EXPLICO TUDINHO.

Acabei de escrever o capítulo nesse minuto, não foi betado. Se encontrarem erros grotescos, por favor, avisem s2

Boa leitura ~



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Capítulo 23

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Outra resposta não poderia existir para Nathaniel. Era como se a Vontade de não estar em casa fosse além da sua racionalidade. A vontade era maior que qualquer coisa.

Com um simples aceno de cabeça e um olhar incerto, ambos seguiram para a casa de Castiel em um silêncio suave. Não era desconfortável ou pesado. Apenas seguiram o restante caminhada em um momento silenciosamente agradável, podendo desfrutar do vento frio que batia contra suas peles, vento este que já dava indícios de que uma nova estação gelada estava por vir.

Mas ao chegar à casa do ruivo, Nathaniel caiu em si. Olhou para aquelas paredes, a casa silenciosa e ligeiramente bagunçada... O loiro mordeu o lábio inferior e respirou fundo. Aquele não era o seu lugar.

— Algum problema? – Castiel perguntou após fechar a porta e notar a expressão apreensiva do loiro.

— Eu só... – Nathaniel ponderou – Eu só acho que estar aqui, fugindo, não seja a melhor escolha.

— Escolha? – Castiel riu. Mas não foi uma risada alegre, muito menos provocativa ou zombeteira. Era um riso amargurado. – Que tipo de escolha você tem, Nathaniel?! Quer dizer então que morar com aquele canalha e aceitar calado o que ele faz é o que você chama de escolha de vida?!

Castiel sentia-se tão puto da vida em ter que explicar o óbvio para o loiro, que não pensou duas vezes antes de desatar o nó que prendia toda a sua raiva e derramar aquele monte de palavras sobre Nathaniel. Continuou falando, falando e falando. Em seu monólogo, exclamava impropérios e dizia não acreditar como o loiro poderia ser tão cego!

— O cara te bate sempre quando precisa de um saco de pancadas para se aliviar, e o que você faz?! Aceita calado! Como você consegue isso, droga?! E... – Respirou fundo ao ver que o loiro não respondia nada; na verdade, Nathaniel parecia estar com a cabeça em outro planeta, o que irritou ainda mais Castiel ao notar que estava ralhando praticamente sozinho. – E... Por que você não fala nada? Diga alguma coisa, cacete! – Exclamou, mais uma vez, fulo da vida.

Nathaniel, que ouvia tudo em silêncio e com o olhar perdido, fitou Castiel mais uma vez e percebeu o rosto esquentar. No seu corpo, ele era capaz de sentir um misto entre vergonha e tristeza.

— Por que se importa tanto com isso?

Castiel, que outrora estava quase como um vulcão furioso entrando em erupção, agora era como se a capacidade da fala tivesse se esvaído de seu corpo, perdendo a noção de como se pronuncia uma mísera palavra. Não conseguia dizer nada, foi uma pergunta repentina que deixou o ambiente silencioso, diferente do minuto anterior onde o ruivo e sua voz irada se fazia presente. 

Por que? Tsc... Como se Castiel soubesse o porquê! Ele apenas... Sentia.

— Por que, Castiel?! – O loiro elevou apenas um pouco o tom de voz, ao notar que o mais alto aparentemente havia se calado e não pretendia responder. – E-eu... Eu não entendo... – Nathaniel fez um gesto de negação com a cabeça e subitamente afastou Castiel de si, com ambas as mãos espalmadas sobre os ombros alheios.

O garoto de cabelos rubros nem tinha percebido que no meio da sua explosão tinha se aproximado tanto assim do outro. Só notou quando Nathaniel tentou afastá-lo. Mas Castiel se negou com veemência à sair de perto. Não, não, não! Ele não entendia, mas tinha uma coisa que ele sabia: Que não queria mais sair de perto daquele loiro engomadinho tão cedo! Maldição! Seu peito falhava nas batidas, suas pernas repentinamente ficaram mais pesadas e um suor estranho escoria por sua testa, apesar do clima frio.

— Eu... – Castiel tentou balbuciar alguma coisa. Em vão.

— Não precisa responder. – Nathaniel o cortou, impedindo que o outro lhe dessa uma resposta, e tirou as mãos de seus ombros, na intenção de sair de perto. Precisava sair de perto. – Eu preciso ir.

— Você não pode ir! – Novamente a voz cheia de potência se fez presente.

Mas, desta vez, ao ficar em silêncio absorvendo tudo aquilo, Nathaniel franziu o cenho e negou com a cabeça.

— Pare de agir como se você se importasse comigo! – As palavras saíram sem um pensamento prévio, o que era bem raro vindo de Nathaniel que sempre pensava em tudo o que fazia e dizia, antes de o fazer. Droga, era esse o tipo de efeito que aquele cretino tinha sobre si a cada dia!

— Mas eu me importo! – Castiel segurou o braço alheio e novamente o fez ficar de frente para si.

Olho no olho. As palavras, agora, faltaram nos lábios finos de Nathaniel. Era um momento deveras constrangedor, intenso, estranho. Jamais pensou que poderia existir um momento assim entre ele e Castiel. Mas estava vivenciando aquilo. Estava ouvindo, da própria boca dele, que ele se importava consigo. Os olhos dourados extremamente surpresos não conseguiam parar de fitar o outro.

Nathaniel negou com a cabeça. Sua razão se recusava a ter que aceitar aquilo. Era o melhor para a sua sanidade. Já havia se acostumado com esse destino traiçoeiro impregnado em sua vida, já havia conseguido viver sem enlouquecer. Por que Castiel estava fazendo aquilo com ele? Por quê?

— Por que...? – O loiro deixou a pergunta mais desastrosa escapar de seus lábios, engolindo um grande nó na garganta e um aperto no coração.

E ele mal sabia que aquele aperto e aquele nó dilacerante também estavam presentes em Castiel. O ruivo negou com a cabeça e se aproximou mais. Nathaniel ainda tentou fugir, mas foi inútil. Suas costas estavam agora contra a parede e o corpo do mais alto se encontrava muito próximo de si. Próximo demais. Os rostos também estavam muito perto. Dava para sentir a respiração quente. O ambiente se tornou caloroso. O que era aquilo?

Tudo o que Nathaniel precisava era de alguém para o salvar, porque ele estava desmoronando.

— E você acha que eu sei? – Foi tudo o que Castiel conseguiu verbalizar antes de seus lábios encostarem nos do loiro, beijando-o.

Com aquele simples toque, o loiro foi acometido com a espantosa sensação de ser devastado e, ao mesmo tempo, salvo. E, mais uma vez sem pensar, Nathaniel correspondeu o beijo.

Continua...

 


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Notas finais do capítulo

MOTIVO DO MEU SUMIÇO: Gente, eu acho que já devo ter dito isso nos capítulos passados, mas EU ESTAVA SEM COMPUTADOR, ou seja, não tinha a menor possibilidade de digitar a história para vocês. Mas trago boas notícias: MEU NOTEBOOK FINALMENTE FOI CONSERTADO o/ É para glorificar de pé, irmãos! Vou tentar voltar á ser mais assídua nas postagens novamente.

AINDA TEM ALGUÉM POR AQUI? Eu sei que sumi, mas por favor, não desistam de mim. Eu não pretendo desistir dessa fanfic, até porque ela está se caminhando para o final t.t Mostrem que não abandonaram, por favooooor! :(

Enfim, acho que era isso que eu precisava explicar. Também tenho outra notícia legal: Vou tentar terminar Bad Dog e já tem projeto novo de CasNath por vir! Quem aí se interessa ainda por ler mais coisas do shipp? /o/

Bom, é isso meu povo. Sei que esse capítulo ficou pequeno, mas acredito que o próximo vai ser bem maior. E esse é apenas um cap de transição, pois no próximo teremos mesmo algo bem mais importante -u-

Espero vocês nos comentários dizendo que ainsa existem!
beijos e queijos

Pale Moon.



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