Diário de um Felino escrita por Mitlestoe


Capítulo 14
Um Encontro Acaba Em Tragédia


Notas iniciais do capítulo

Oie! Vocês sabem que o Nyah ficou em manutenção, e que por isso eu não atualizei, né?
Espero que gostem e não me matem, de verdade ;u;
Enjoy!



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Acordo com pequenos raios de sol clareando minha visão. Ah, que preguiça de sair daqui, está tão quentinho... Que horas será que são? Me viro para a parede, e vejo que são 6:28 ainda... Viro de lado e recomeço a dormir

***X***

– Tom, ei, Tom!

– Hm...

– Acorda bicho preguiçoso!

– Não, eu gosto da cama! – reclamo, abraçando o colchão.

Sinto um peso em minhas costas.

– Ei! Sai daí! – Pois é. Ela se sentou nas minhas costas!

– NUNCA! Levanta logo!

– Não... sai! – tento tirar ela, o que não dá muito certo - Tá bom, eu levanto!

– É bom mesmo! – diz Alice, se levantando, sendo derrubada logo depois por um travesseiro voador.

– EI! SEU CAVALO! TOMA! – recebo o travesseiro e jogo de novo. Ela se esquiva, e o travesseiro voa escada abaixo. Saio correndo mas ela estava mais perto.

– AI MINHA BASTET NÃÃÃÃÃO! – levo um travesseiro na cara – AGORA VOCÊ VAI VER!

– EITA! – diz ela, arregalando os olhos e correndo até a cozinha, usando como escudo a pequena mureta que divide a cozinha da sala.

– Acha que vai se proteger se escondendo atrás da mureta, boba?

– Saudade de quando você não alcançava a mureta pra poder olhar... você tinha que contornar, aí eu te assustava! Agora está aí, mais alto que eu! Que feio! – diz ela, colocando o dedo indicador na ponta do meu nariz. Dou risada, e concordo:

– É... ver o mundo de baixo é ruim, por isso eu sempre subia nos armários.

– Isso é estranho... – diz ela.

– Como estranho?

– Conversar com você sobre quando você ainda era um gato, quer dizer, você não deixou de ser um gato, mas... – ela se dá conta do que acabou de falar e fica vermelha. Começo a rir, e ela também – o fato é que eu estou conversando com meu antigo ANIMAL DE ESTIMAÇÃO e isso é completamente estranho e sem sentido – finaliza Alice.

– Olhando por esse lado, até que é estranho mesmo – concordo – Ah, e eu queria te falar uma coisa sobre seus pais.

Ela arregala os olhos, mas concorda com a cabeça.

– Você sabe que os gato tendem a ter uma ‘’conexão’’ com o mundo espiritual e essas coisas, não sabe?

– Ah, sim, eu sei.

– Pois então: eu já vi o espírito do seu pai e o da sua mãe.

– VOCÊ JÁ O QUE?

– Ei, calma! Deixa eu falar! Bom, o seu pai eu via quando você me levava até o túmulo dele, e sua mãe eu vi entre você e sua irmã – falo, naturalmente. Alice parece assustada, mas simplesmente acena com a cabeça e fala:

– Ah... bem, eu fiz café da manhã!

– ‘’Fez’’?

– Tá, eu comprei rocambole, e tem leite – afirma, tirando um pacote de rocambole de um sacolinha plástica e colocando-o em cima da mureta – Espera aí que já pego o leite.

Vou até a mesa e me sento na cadeira, enquanto Alice traz o rocambole e dois copos com leite. Tomamos café da manhã e jogamos mais um pouco. Desta vez é Five Nights at Freddy’s 3. É... aquelas crianças não tiveram lá muita sorte não... os animatronics são horríveis e estranhos.

***X***

Passamos quase o dia inteiro jogando, fazendo pequenas pausas de vez em quando para irmos ao banheiro e almoçarmos. Realmente, Alice é uma gamer que está tentando me tornar um gamer junto com ela. Decidimos sair para comer pizza, já que Alice está com preguiça de fazer comida, e também porque nós ainda não saímos juntos... É, bem, vai ser como um encontro, eu acho.

***X***

Estou quase entrando de novo em casa: cadê a Alice que não sai logo?! Espero por mais alguns minutos, quando escuto o barulho da porta se abrindo e... CARAMBA!

– Fecha a boca que daqui a pouco entra mosca – adverte ela.

– M-mas... ah! – caramba... mesmo ela estando só de jeans e camiseta de alguma banda de rock, MINHA BASTET – Você está bonita! – falo, com os olho brilhando. Ela cora, e agradece.

Alice vai dirigindo até a pizzaria, e ficamos quietos só ouvindo as músicas do CD da Alice. Em algumas músicas ela até canta junto.

Chegamos na pizzaria!

– Você nunca comeu pizza e nunca tomou coca... Tadinho de você!

– Vamos comer pizza do que? – questiono.

– Ah, não sei. Tem um monte de opção! Mas, por favor, não vamos pedir nada de atum, fica horrível na pizza! – diz ela, fazendo uma careta de ‘’Eca!’’. Vamos até uma mesa e nos sentamos. Logo um garçom aparece com dois ‘’cardápios’’ (pelo menos é o nome que aparece em cima daquele folheto).

– Olha, eu sempre como pizza de Lombo com Catupiry, porquê eu acho bom, mas se você quiser de outra...

– Ah, não. Parece ser bom esse!

Ela sinaliza para o garçom, que anota o pedido junto de mais uma garrafa da tal ‘’Coca’’ que Alice tanto idolatra. Esperamos por algum tempo, até que finalmente a pizza chega. Levanto um pouco a cabeça para ver ela antes que o garçom a coloque na mesa. E, caramba! Parece ser tão bom! Alice agradece, e corta um pedaço, colocando-o logo em seguida em meu prato. Começo a comer, e, minha Bastet! Que negócio bom! Bebo um pouco de Coca e sinto aquele gás açucarado tão bom... nem acredito que fui privado dessa maravilha a minha vida inteira!

Alice come com mais calma que eu, e começa a rir de repente. Pergunto o que foi, e ela somente ri.

– Sério, o que foi?

– Você tá cheio de catupiry no queixo! – diz ela, entre risadas.

Pego um guardanapo e limpo meu queixo, e dou risada.

– Como raios você conseguiu fazer com que o pobre coitado do catupiry ficasse todo no seu queixo? – pergunta ela, ainda rindo.

– Sua risada é fofa...- penso alto... ESPERA AÍ UM POUCO! Ela ouviu? Eita! Olho para baixo, um pouco vermelho. Alice ficou muda. Voltamos a comer em silêncio. Esses momentos de ‘’constrangimento’’ tem que parar, afinal estamos basicamente namorando! E bem, é normal, certo? Não? Eu não sei! Viro-me para a janela e vejo um homem vendendo balões em forma de coração. É fofinho...

– Já terminou, Tom? – pergunta Alice, cortando minha linha de pensamentos.

– Hã? Ah, terminei sim! Estava bom pra caramba! – falo, meio atônito.

– Cruze os talheres em cima do prato assim – diz ela, formando um X com o garfo e faca. Faço o mesmo e depois de algum tempo o garçom vem e retira nossos pratos.

Espero na mesa enquanto Alice vai pagar a conta. Eu não tenho dinheiro, afinal, não trabalho nem nada do tipo, e a Ali é um pouco feminista, ela não deixaria nem se eu tivesse!

Saímos, está ventando um pouco, mas a jaqueta que eu peguei é muito quente... em compensação a Ali está tremendo...

– Aqui – falo, tirando minha jaqueta e dando pra ela.

– O-obrigada – diz ela, batendo o queixo, enquanto pega a jaqueta da minha mão e se enrola nela. Dou risada, e vejo o homem que estava vendendo os balões do outro lado da rua. Olho para o sinal: está verde para pedestres. Corro em direção ao homem, mas antes que eu chegue lá sinto algo encostar em minhas costas, e voo longe. A última coisa que escuto, antes de perder a consciência, é o grito assustado de Alice...


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Notas finais do capítulo

E aí? gostaram? próximo captl, obviamente, Alice's POV :v
ah, e eu não vou botar drama como categoria não -3-