Diário de um Felino escrita por Mitlestoe
Notas iniciais do capítulo
Oie! Vocês sabem que o Nyah ficou em manutenção, e que por isso eu não atualizei, né?
Espero que gostem e não me matem, de verdade ;u;
Enjoy!
Acordo com pequenos raios de sol clareando minha visão. Ah, que preguiça de sair daqui, está tão quentinho... Que horas será que são? Me viro para a parede, e vejo que são 6:28 ainda... Viro de lado e recomeço a dormir
***X***
– Tom, ei, Tom!
– Hm...
– Acorda bicho preguiçoso!
– Não, eu gosto da cama! – reclamo, abraçando o colchão.
Sinto um peso em minhas costas.
– Ei! Sai daí! – Pois é. Ela se sentou nas minhas costas!
– NUNCA! Levanta logo!
– Não... sai! – tento tirar ela, o que não dá muito certo - Tá bom, eu levanto!
– É bom mesmo! – diz Alice, se levantando, sendo derrubada logo depois por um travesseiro voador.
– EI! SEU CAVALO! TOMA! – recebo o travesseiro e jogo de novo. Ela se esquiva, e o travesseiro voa escada abaixo. Saio correndo mas ela estava mais perto.
– AI MINHA BASTET NÃÃÃÃÃO! – levo um travesseiro na cara – AGORA VOCÊ VAI VER!
– EITA! – diz ela, arregalando os olhos e correndo até a cozinha, usando como escudo a pequena mureta que divide a cozinha da sala.
– Acha que vai se proteger se escondendo atrás da mureta, boba?
– Saudade de quando você não alcançava a mureta pra poder olhar... você tinha que contornar, aí eu te assustava! Agora está aí, mais alto que eu! Que feio! – diz ela, colocando o dedo indicador na ponta do meu nariz. Dou risada, e concordo:
– É... ver o mundo de baixo é ruim, por isso eu sempre subia nos armários.
– Isso é estranho... – diz ela.
– Como estranho?
– Conversar com você sobre quando você ainda era um gato, quer dizer, você não deixou de ser um gato, mas... – ela se dá conta do que acabou de falar e fica vermelha. Começo a rir, e ela também – o fato é que eu estou conversando com meu antigo ANIMAL DE ESTIMAÇÃO e isso é completamente estranho e sem sentido – finaliza Alice.
– Olhando por esse lado, até que é estranho mesmo – concordo – Ah, e eu queria te falar uma coisa sobre seus pais.
Ela arregala os olhos, mas concorda com a cabeça.
– Você sabe que os gato tendem a ter uma ‘’conexão’’ com o mundo espiritual e essas coisas, não sabe?
– Ah, sim, eu sei.
– Pois então: eu já vi o espírito do seu pai e o da sua mãe.
– VOCÊ JÁ O QUE?
– Ei, calma! Deixa eu falar! Bom, o seu pai eu via quando você me levava até o túmulo dele, e sua mãe eu vi entre você e sua irmã – falo, naturalmente. Alice parece assustada, mas simplesmente acena com a cabeça e fala:
– Ah... bem, eu fiz café da manhã!
– ‘’Fez’’?
– Tá, eu comprei rocambole, e tem leite – afirma, tirando um pacote de rocambole de um sacolinha plástica e colocando-o em cima da mureta – Espera aí que já pego o leite.
Vou até a mesa e me sento na cadeira, enquanto Alice traz o rocambole e dois copos com leite. Tomamos café da manhã e jogamos mais um pouco. Desta vez é Five Nights at Freddy’s 3. É... aquelas crianças não tiveram lá muita sorte não... os animatronics são horríveis e estranhos.
***X***
Passamos quase o dia inteiro jogando, fazendo pequenas pausas de vez em quando para irmos ao banheiro e almoçarmos. Realmente, Alice é uma gamer que está tentando me tornar um gamer junto com ela. Decidimos sair para comer pizza, já que Alice está com preguiça de fazer comida, e também porque nós ainda não saímos juntos... É, bem, vai ser como um encontro, eu acho.
***X***
Estou quase entrando de novo em casa: cadê a Alice que não sai logo?! Espero por mais alguns minutos, quando escuto o barulho da porta se abrindo e... CARAMBA!
– Fecha a boca que daqui a pouco entra mosca – adverte ela.
– M-mas... ah! – caramba... mesmo ela estando só de jeans e camiseta de alguma banda de rock, MINHA BASTET – Você está bonita! – falo, com os olho brilhando. Ela cora, e agradece.
Alice vai dirigindo até a pizzaria, e ficamos quietos só ouvindo as músicas do CD da Alice. Em algumas músicas ela até canta junto.
Chegamos na pizzaria!
– Você nunca comeu pizza e nunca tomou coca... Tadinho de você!
– Vamos comer pizza do que? – questiono.
– Ah, não sei. Tem um monte de opção! Mas, por favor, não vamos pedir nada de atum, fica horrível na pizza! – diz ela, fazendo uma careta de ‘’Eca!’’. Vamos até uma mesa e nos sentamos. Logo um garçom aparece com dois ‘’cardápios’’ (pelo menos é o nome que aparece em cima daquele folheto).
– Olha, eu sempre como pizza de Lombo com Catupiry, porquê eu acho bom, mas se você quiser de outra...
– Ah, não. Parece ser bom esse!
Ela sinaliza para o garçom, que anota o pedido junto de mais uma garrafa da tal ‘’Coca’’ que Alice tanto idolatra. Esperamos por algum tempo, até que finalmente a pizza chega. Levanto um pouco a cabeça para ver ela antes que o garçom a coloque na mesa. E, caramba! Parece ser tão bom! Alice agradece, e corta um pedaço, colocando-o logo em seguida em meu prato. Começo a comer, e, minha Bastet! Que negócio bom! Bebo um pouco de Coca e sinto aquele gás açucarado tão bom... nem acredito que fui privado dessa maravilha a minha vida inteira!
Alice come com mais calma que eu, e começa a rir de repente. Pergunto o que foi, e ela somente ri.
– Sério, o que foi?
– Você tá cheio de catupiry no queixo! – diz ela, entre risadas.
Pego um guardanapo e limpo meu queixo, e dou risada.
– Como raios você conseguiu fazer com que o pobre coitado do catupiry ficasse todo no seu queixo? – pergunta ela, ainda rindo.
– Sua risada é fofa...- penso alto... ESPERA AÍ UM POUCO! Ela ouviu? Eita! Olho para baixo, um pouco vermelho. Alice ficou muda. Voltamos a comer em silêncio. Esses momentos de ‘’constrangimento’’ tem que parar, afinal estamos basicamente namorando! E bem, é normal, certo? Não? Eu não sei! Viro-me para a janela e vejo um homem vendendo balões em forma de coração. É fofinho...
– Já terminou, Tom? – pergunta Alice, cortando minha linha de pensamentos.
– Hã? Ah, terminei sim! Estava bom pra caramba! – falo, meio atônito.
– Cruze os talheres em cima do prato assim – diz ela, formando um X com o garfo e faca. Faço o mesmo e depois de algum tempo o garçom vem e retira nossos pratos.
Espero na mesa enquanto Alice vai pagar a conta. Eu não tenho dinheiro, afinal, não trabalho nem nada do tipo, e a Ali é um pouco feminista, ela não deixaria nem se eu tivesse!
Saímos, está ventando um pouco, mas a jaqueta que eu peguei é muito quente... em compensação a Ali está tremendo...
– Aqui – falo, tirando minha jaqueta e dando pra ela.
– O-obrigada – diz ela, batendo o queixo, enquanto pega a jaqueta da minha mão e se enrola nela. Dou risada, e vejo o homem que estava vendendo os balões do outro lado da rua. Olho para o sinal: está verde para pedestres. Corro em direção ao homem, mas antes que eu chegue lá sinto algo encostar em minhas costas, e voo longe. A última coisa que escuto, antes de perder a consciência, é o grito assustado de Alice...
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E aí? gostaram? próximo captl, obviamente, Alice's POV :v
ah, e eu não vou botar drama como categoria não -3-