Em uma nova era escrita por Thamiyyi12


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Hello gente !!
Desculpa se demorei, mas estou aqui.
Bom, a frase de hoje, vocês podem não entender de imediato, mas talvez entendem no final do capítulo. Provavelmente eu demore um pouco para postar o capítulo que vem, então me desculpo desde já.
Capítulo não revisado. Desculpe se tiver erros.
Espero que gostem !!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/614661/chapter/5

"Parece que para todas as pessoas, o passado irá aparecer novamente. E isso é um saco."

—HICCUP!!
Abri os olhos e assumi a posição de sentado rapidamente. Não sei se foi um sonho, mas acho que escutei alguém me chamando. Fiquei sentado por mais alguns minutos para ver se haviam me chamado na realidade ou nos meus sonhos, pois, se tivesse sido na realidade, me chamariam de novo.
Bufei quando isso não aconteceu, e decidi me afundar no travesseiro mais uma vez e voltar a dormir.
—HICCUP!!!!- escutei a voz de Astrid, mais alta do que as vezes em que ela já me chamou, o quê me fez levantar mais uma vez assustado.
Tirei a coberta de cima de mim, e caminhei com paços pesados até a porta, a abrindo com rapidez. Andava pelo corredor escuro que dava para a escada. Sentei no corrimão, deslizando com certa velocidade no mesmo. Cai com os dois pés no chão, ouvindo o barulho do impacto do piso com os meus pés descalços. Caminho até a porta e abro a mesma com um pouco de violência.
—Astrid!! São...- olho para o meu pulso, esperando que tenha um relógio no mesmo, mas infelizmente, não há.- De manhã!!- falo bravo.
—Super legal!!- responde irônica e me empurra, logo entrando em minha casa.- Eu te falei que eu ia vir aqui.
—Ta, mas isso foi há uma semana!!- falei, pois realmente ela não apareceu no dia que ela disse que ia aparecer.
A observei ir até à cozinha, dando um bocejo. Soltei um suspiro longo e fui em direção à escada para, quem sabe, dormir mais um pouco.
Deitei na cama e passei a coberta para cima de meu corpo, virando de lado e fechando os olhos. Já sentia minha consciência se esvaziar, quando senti um arrepio em minha nuca e perto da minha orelha.
—Hiccup.- sussurrou em meu ouvido. Ignorei, e não me virei para a loira.
—HICCUP!- gritou, me fazendo dar um pulo. A vi dar uma breve risada, enquanto eu colocava uma mão sobre o peito ofegante.
—Astrid! Qual é o seu problema?!- falei, brigando com ela e, despois de alguns segundos, me acalmando um pouco.
—Não posso fazer nada se você não me respondeu quando eu falei com você.- respondeu indiferente.
A encarei cerrando os olhos, a vendo fazer o mesmo em relação à mim. Ficamos assim por alguns segundos, para logo depois cairmos na risada.
Deitei no colchão e a chamei com a mão, dando a entender para que a loira fizesse o mesmo que eu. Ela se aconchegou do meu lado, se cobrindo com o cobertor. Passei o braço ao redor de seus ombros, a puxando para perto de mim num abraço, e olhando para o teto.
—Como é que andam as coisas com a sua família? Eles já sabem?- perguntei para ela.
—Já. Eles ficaram tristes, mas falaram que eu sou responsável o suficiente para me mudar, já que eu sou independente.- respondeu baixo.- Mas sei que no fundo eles não queriam que eu me mudasse, e que queriam me pedir isso, só que não se sentem dignos para fazer o mesmo.
Ela estava triste, e sei que não queria se mudar, pois apesar de não morar com os pais, ainda sim os dois eram muito importantes para a loira.
Astrid se mudou há uns dois anos. O motivo para isso, é por causa que o pai dela era alcoólatra e toda vez que ele bebia, voltava pra casa muito violento. Ela não aguentava mais ver o pai sendo grosso com sua mãe; nunca passou disso, pois mesmo bêbado, ele tinha respeito o suficiente para não ficar pior e bater na mesma. Teve um dia que ela não suportou mais aquela situação, e foi procurar um emprego, para assim arranjar uma casa, e viver sozinha. O pai dela está melhorando aos poucos, pois viu que a bebida é muito ruim, mas mesmo quando ele estiver livre do vício, Astrid falou que nunca iria voltar mais para casa, pois mesmo que ela não me fale, eu sei que tem medo de acontecer tudo de novo.
Nesse momento, me senti tão mal por ela... Se eu não me mudasse, ela não teria que deixar a família dela aqui. A culpa é minha.
—Astrid, você não pode fazer isso.- falei, assumindo a posição de sentado e olhando para seu rosto.
—Fazer isso o que?- perguntou confusa.
—Isso! Se mudar comigo.- expliquei.
—O que?- perguntou ainda mais confusa.
—Está na cara que você não quer deixar a sua família aqui e sair de perto dela!- afirmei.
—Hiccup, nós já conversamos sobre isso...- começou a falar, e eu a interrompi.
—Não, nós não conversamos sobre isso. Só você que falou o que queria falar e não me deixou argumentar em nada. Eu sei que não vai adiantar nada você se mudar, sendo que você quer estar aqui.- disse.
—Hiccup, é a minha vida. Quem te disse que eu quero estar aqui?- perguntou, e eu estava impressionado, pois ela ainda não gritou comigo.
—Astrid, eu te conheço o suficiente para saber que você está triste por deixar a sua família aqui.- respondi.
—Você até pode estar certo, mas eu não posso ficar aqui sem você. Você é muito importante na minha vida.- falou, e fez uma pausa, parecendo estar pensando.- Eu só fico se você me disser que não me quer lá.
Eu queria mesmo falar, pois eu sei que de alguma forma, ela não se sentirá completa só comigo lá; Astrid irá ficar triste, e é horrível vê-la assim. Lutei para as palavras saírem de minha boca. Lutei para mentir, dizendo que eu não a queria lá, mas simplesmente não consegui nem abrir a boca. Ela sorriu, já sabendo que eu não iria falar mesmo, e eu rodei os olhos.
Astrid puxou meu braço para cima de seus ombros, e nós deitamos na posição que estávamos antes.
—Já começou a arrumar suas coisas?- perguntei para ela.
—Já. E você? Não vai começar a arrumar as suas não?- me respondeu.
Eu juro que até tentei começar a arrumar, mas a vontade de não me mudar não deixou eu empacotar nada. Quando eu fui organizar as coisas, me deu uma angústia tão grande, que senti que não o faria tão cedo.
—Vou ter que arrumar, não é?- perguntei sarcástico.- É a única opção, então eu terei que fazer.
Fizemos silêncio por um momento, e me deu vontade de dormir novamente, mas eu sei que quando Astrid está aqui, ela não gosta que eu não te dê atenção.
—Você podia me ajudar a arrumar minhas coisas.- pedi para a loira, sorrindo irônico.
—Ata! E o quê que eu ganho com isso?- perguntou sorrindo também.
—Ahn.... experiência pessoal, está bom?- respondi, dando risada no final.
—Não. Eu quero mais.- disse.
Não falei nada depois disso, apenas afastei o cobertor de cima da gente e levantei do colchão, vendo a loira se remexer e resmungar com o meu ato. Fui em direção ao banheiro para fazer minha higiene matinal e outras coisas. Usei o vaso e fui em direção à pia lavando meu rosto e pegando a escova de dente e o creme dental no canto da pia. Termino de escovar os dentes e lavo minha boca, esticando o braço para pegar a toalha pequena, que estava pendurada na parede, secando minhas mãos logo depois.
Abri a porta do banheiro e caminhei para fora, vendo Astrid ainda deitada na cama. Ela me olha quando percebe que eu estou ali. Vou até a cama e estico a mão em direção à loira, que estende também a sua, pegando a minha, e aceitando minha ajuda para levantar. Puxo seu braço para cima fazendo a garota assumir a posição de sentada e levantar da cama logo depois. Solto a mão da garota e caminho para o andar de baixo, a fim de tomar café da manhã.
—Já tomou café?- perguntei para Astrid, enquanto descia a escada.
—Não. Vim aqui justo pra isso.- respondeu.
—Hm. Claro que eu sei que minha casa é um restaurante.- falo sorrindo de lado.
—E é um dos melhores, viu?- comenta, e sua voz sai sarcástica.
Dou um risinho e vou para a cozinha. Abro a geladeira e pego o requeijão; depois procuro no armário, as torradas. Coloco os alimentos em cima da mesa, onde a loira já está sentada, esperando.
—Cadê sua mãe?- pergunta entrelaçando as mãos e colocando encostada em cima da mesa.
—Hm... não sei.- confesso. Agora que ela comentou, penso que provavelmente ela estaria dormindo, mas mamãe sempre acorda primeiro que eu; tirando o dia em que a gente foi para o trabalho dela, e recebemos a infeliz notícia que iremos nos mudar. Além de ter outras exceções. Olho para a escada, desejando vê-la descendo a mesma, mas não há nada lá.
—E aquele papel ali em cima da pia?- pergunta apontando para o lugar de lavar as louças, que fica do lado do fogão.
Caminho até lá e pego a folha branca, vendo que é uma carta de minha mãe. "Oi pequeno! Não se preocupe, porque eu estou bem; eu sei que você já deve estar pirando neste momento. Me imagine dando risada agora..." Li até esse ponto da carta e rodei os olhos. Olhei para Astrid.
—Ela está bem.- falei indo em sua direção e lhe dando a carta.- Lê para mim, em voz alta por favor.
Caminho em direção à geladeira novamente e pego o leite. Me viro para a loira de novo; ela ainda não havia começado a ler a carta.
—Você quer café com leite, ou café sozinho, ou leite sozinho?- pergunto. Em geral, eu sei qual é a sua preferência, mas Astrid é muito bipolar.
—Leite sozinho.- respondeu e olhou para a carta, fazendo menção de ler a mesma.
Derramo o leite em uma vasilha, para poder esquentá-lo. Depois vou em direção ao fogão.
—"Acordei mais cedo para ir ao trabalho. Eu tinha que resolver o negocio da mudança, e incluir as bagagens de Astrid com as nossas. Também fui para saber o local da nossa casa nova. Bom, hoje nós vamos começar a arrumar as nossas coisas, e como não sei quando irei chegar, espero que você comece sem mim a empacotar. Isso é uma ordem, Hiccup! Te amo, e até mais."- terminou de ler e eu olhei para a loira.- Parece que você tem que começar a arrumar as suas coisas, querendo ou não.- falou sorrindo.
—Cale a boca.- disse, cerrando os olhos para a loira.

Já me encontrava no estacionamento do meu trabalho. Abri a porta e saí do carro, fechando a mesma e trancando o automóvel logo depois.
Andei até a entrada dando um oi para Josh, o porteiro, que me respondeu alegremente. Caminhei até a sala do assistente do meu chefe, pois sei que o mesmo poderia estar muito ocupado uma hora dessas.
Bati na porta e esperei pacientemente que viessem me atender. Vi a maçaneta se mover e ser puxada para trás, revelando o assistente do outro lado da porta. Sorri para o homem, e ele me deu espaço para que eu pudesse adentrar a sala.
—Imaginei que você iria me procurar para saber os detalhes da sua mudança.- diz sentando em sua cadeira do outro lado da mesa.
—Certamente. Eu procuraria o nosso chefe, mas não quero perturbá-lo.- falei também me assentando.
Nos encaramos por um momento, até que não sei o porquê, arqueei minhas sobrancelhas.
O homem pareceu se lembrar que tinha que me fornecer informações, então pegou na gaveta ao seu lado, um papel. Ele ia começar a falar, mas o interrompi.
—Antes de mais nada, envie um caminhão maior, pois terá muitas bagagens. A amiga do meu filho irá com a gente.- exigi olhando para o papel em suas mãos.
—Tudo bem, cuidarei disso.- falou e desviou o olhar para a folha.- Bom, sua próxima parada será em Berger, Noruega. E sei que você sabe que será permanente desta vez.- acrescentou me olhando, e esperou pela minha resposta.
À partir do momento e em que ele falou o local para o qual eu irei me mudar, não prestei mais atenção no que ele disse depois.
Sem perceber, apoiei meus cotovelos nos joelhos e enterrei minha cabeça em minhas mãos, suspirando pesadamente. Fazia bastante tempo que eu não ia para aquela cidade... a cidade que conheço com a palma de minha mão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham entendido o porque da frase, e se não entenderam, vão entender no próximo ou em outro capítulo. Por que será que a mãe de Hiccup ficou assim? Vocês sabem?
Não irei postar se não tiver comentários !!!
Beijo e amo vocês...