Em uma nova era escrita por Thamiyyi12


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Hey, como cê tá ??
Desculpa se demorei, mas já estou aqui. Não tenho nada a falar do capítulo.
Capítulo não revisado, sorry.
Espero que gostem !!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/614661/chapter/11

“Primeiro dia de aula não tão ruim assim...”

Minha mão doía, e soltei um suspiro assim que a mulher parou de escrever no quadro. Porém para o meu grandessíssimo azar, ela apenas apagou a primeira parte, para logo depois, continuar a copiar novamente, o que me levou a bufar, ao que pegava a caneta e começava a escrever no caderno.
Para o meu desespero, Astrid não tinha mais aulas comigo antes do intervalo; só tivemos a aula de química juntos. Agora era aula de história, e eu estava com um monte de pessoas ao meu redor cujo não conhecia, e que às vezes me olhavam estranho. A não ser por um garoto atrás de mim. Ele parece tão normal, quanto eu.
A professora finalmente parou de escrever, e assim que ela começou a falar as baboseiras de sempre sobre a primeira guerra mundial, baixei minha cabeça na carteira, fechando meus olhos automaticamente. Pelo menos um ponto positivo de sentar atrás; pensei. História é uma matéria legal, mas naquele momento, dormir é muito melhor.

Senti o seu toque me fazendo ficar consciente, e logo abri meus olhos devagarinho.
—É o seu primeiro dia de aula, e você já está dormindo?- pergunta, num tom divertido e até amigável.
Era um garoto. Cabelo castanho, olhos verdes, um pouco de sardas no rosto e alto. Eu não o conhecia.
Olhei ao redor, querendo saber onde estou, e não demorei para perceber estar na sala de aula, e que a mesma se encontrava vazia.
Olho para o garoto ainda parado ao meu lado esquerdo.
—Eu dormi por muito tempo?- perguntei, levantando mais minha cabeça.
—Dormiu as duas aulas seguidas inteiras, mas imagina! Não foi tanto tempo assim!- disse irônico.
Arqueei as sobrancelhas, um pouco incomodado pelo uso da ironia na resposta, porém, não comentei nada.
—Ahn... Valeu por ter me acordado. Te devo uma.- o respondi, e abri meu caderno, a fim de ver meu próximo horário.
—Agora é o intervalo.- falou o garoto, ao que se distanciava de minha carteira.
—Já?- sussurrei um pouco surpreso, fechando meu caderno e colocando-o na mochila.
—Hmrrum.- respondeu, logo saindo da sala.
Levantei dali, arrumando a alça em um dos ombros e acabei por andar em direção a porta, quando estava pronto.
Olhei pelo corredor vazio, não sabendo exatamente para onde ir, mas quando vi o garoto que me acordou andando um pouco distante de onde eu me encontrava, o segui, já que provavelmente, ele sabe onde é o pátio.
Nós passamos pela biblioteca, e logo depois, eu estava no grande pátio.
Comecei a andar, incomodado pela sensação de estar perdido ou de que não me encaixo.
Inicialmente, procurava por Astrid, até que sem querer, e porque eu não estava prestando atenção no caminho, esbarro em alguém. Olhei para a garota ruiva, pronto para pedir perdão, mas...
—Você está louco? Está arranjando briga comigo?!- falou, visivelmente alterada.
Hã? Qual é o problema dessa garota?
—Ei, calma. Eu...
—O que está acontecendo aqui? Esse garoto quer briga?- e então, apareceu um menino, se direcionando à garota ruiva, quando fez as perguntas.
Do seu lado, havia outra garota. Era morena, com os fios caindo sobre os ombros. Tinha olhos verdes, e era demasiadamente pequena. Estava dando risinhos.
Melhorando a pergunta: Qual é o problema dessa escola?
Naquele momento, não deixei de pensar onde estava Astrid, quando se precisava dela. A garota com toda a certeza iria resolver essa situação embaraçosa.
O menino já começava a se aproximar, o que me levou a me encolher no lugar, fechando os olhos, assim que seu punho ameaçou me atingir no rosto. Esperei pelo seu golpe, mas... não senti nada.
Olhei para cima, e fiquei confuso com a cena que estava presenciando. Eles estavam rindo; rindo com as mãos na barriga. O que estava acontecendo? Eu estava esperando uma surra, não risadas.
—Você viu a cara dele?- a garota ruiva perguntou para a morena e em resposta, apenas teve um consentimento com a cabeça.
Cocei a nuca, desejando saber o que estava rolando ali, mas as palavras não saíam.
—Droga, eu não consegui ver.- escutei a voz atrás de mim, com um tom um tanto indecifrável.
Olhei curioso para a direção, e arregalei os olhos para a pessoa à minha frente.
—Fizeram o trote sem mim?- perguntou, olhando para os demais, ao que parecia realmente ofendido.
—A gente não pode fazer nada se você demorou. Estava fazendo o que?- alguma das garotas perguntou, e eu só não virei para ver quem era, pois ainda estava muito chocado.
—A MM estava me procurando novamente. Tive que me esconder.- respondeu, rodando os olhos.
—Acho melhor você ficar com ela logo. Quem sabe ela pare de te encher depois que souber que você é um idiota?- era a voz do garoto.
—Cale a boca.- mandou, e voltou seu olhar para mim novamente.- Você ainda está assustado, Hiccop?
—Ahn...
—Calma, eles não vão fazer nada com você. Foi só uma brincadeira.- disse irônico, ao que colocou a mão em um de meus ombros.
Ouvi risadinhas atrás de mim, o que me levou a rodar os olhos.
—Que brincadeira idiota!- ditei, cruzando os braços, e desta vez, recebi risada do garoto à minha frente.
—Não. Você que é sem graça.- respondeu, me virando para os três que estão atrás, e logo ficou ao meu lado direito.
Agora estávamos em forma de círculo.
—Conhece ele, Jack?- a ruiva perguntou, com uma sobrancelha elevada.
—Hmrum.- respondeu, ao que pareceu pareceu se lembrar de algo.- Hiccop, essa aqui é a Merida.
Falou e apontou para a garota ruiva. Rodei os olhos antes de apertar a mão dela.
—É Hiccup... Prazer.- falei.
Escutei o riso do moreno, que pareceu não se importar de pronunciar o nome errado.
—Esse é o José.- continuou e apontou para o garoto que ameaçou me socar.
—Oi.- disse, e também apertei sua mão.
—E essa é a Rapunzel.- agora se referia à garota morena.
Ela deu um tchauzinho para mim, que retribui.
Sabe aquele clima chato, depois que sua mãe te apresenta para uma amiga ou amigo dela? Era o mesmo que rolava naquele momento.
Virava a cabeça para o lado e para o outro. Tinha vezes que eu encarava a garota ruiva, o que era estranho, já que seu olhar era muito intenso. Aquele silêncio estava me matando, e eu procurava por um assunto para falarmos, mas não vinha nada.
—Ahn...- comecei, sendo interrompido.
—Vem, eu vou te mostrar a escola.- o moreno ao meu lado falou, me puxando pela mão.
Começamos a andar pelo pátio, com Jack falando algumas coisas que não tinham importância. Nós acabamos por andar não para lugares tão longe, ficando somente no pátio.
Jack me dizia algo sobre a cantina, quando me puxou em direção à alguns bancos. Se sentou, e esperou que eu fizesse o mesmo, então, me acomodei de frente com ele, e o mesmo sorriu para mim.
—Como assim? O tour já acabou?- perguntei, sorrindo de lado. Ele riu por um momento, depois se tornou mais sério.
—Eu disse que não era um adeus.- falou, dando um sorriso pequeno.
—Ah é? Não me lembro disso.- o respondi, indiferente.
—Ah é? Foi logo depois de você ter chorado e depois que você perguntou se era a última vez que nos veríamos.- falou, também indiferente.
—Ei! Eu não chorei!- gritei, dando um tapa fraco em sua cabeça.
Ele riu, me levando a o acompanhar. Acabei por encarar seu sorriso que sumia aos poucos, e por algum motivo, me senti desconfortável, abaixando meus olhos para minhas mãos, e logo depois, desviando para o lado.
Não demorou muito para o silêncio entre nós ir embora.
—Cadê a sua namorada?- perguntou, me fazendo desviar a atenção para suas orbes novamente.
—Olha, também me pergunto isso todos os dias. Mas não apareceu nenhuma boa o suficiente para mim. Então, estou solteiro.- respondi irônico.
Ele riu; talvez não estivesse esperando por esta resposta.
—Cadê a Astrid?- corrigiu, ainda sorrindo.
—Também não sei. Eu estava procurando por ela, até que o seu bando ameaçou me matar.- digo, desviando meu olhar do seu.
Ele abriu a boca, fazendo menção de que ia falar algo, mas alguém interrompeu.
Senti um impacto em minha cabeça, e só depois fui perceber o que era.
—Onde você estava?!- Astrid gritou em meu ouvido.
Levei minha mão até a parte de trás da cabeça, e massageei a mesma, resmungando de dor.
—Estava te procurando.- falei, então, olhei para a loira.
—Estava me procurando nessa posição? Sentado?- perguntou irônica.
Não respondi, pois não achava algo bom o suficiente. Astrid pareceu desistir de esperar por minha fala, então finalmente olhou para o lado.
—Por que você está com esse otário?- perguntou, se referindo a Jack.
—O que foi? Está com inveja?- Jack respondeu.
Os dois se encararam pelo que pareceu, longos segundos. Já estava achando que Astrid iria voar para cima do moreno, ou o moreno iria voar para cima de Astrid; mas o que eles fizeram foi muito diferente: começaram a gargalhar.
—Como você está, Loira?- perguntou o moreno sorrindo.
—Estou bem, e você?- respondeu, também sorrindo.
Como assim eles viraram melhores amigos?
Meu cenho estava franzido em confusão. Olhava para a cena, com a boca levemente aberta. Fiquei mais confuso quando eles se abraçaram. Quê que estava acontecendo ali?
Eles pareceram me notar novamente, então, voltaram suas atenções para mim.
—Hiccup, você está bem?- Astrid perguntou.
—Estou. Por que eu não estaria?- disfarcei, sorrindo nervoso.

Andava até a saída, com o garoto que me acordou caminhando comigo. Ele acabou por sentar ao meu lado depois do intervalo. Nós tínhamos todas as aulas juntas. O garoto era até legal; mas era estranho ter alguém além de Astrid conversando comigo durante as aulas, pois confesso não saber mais como interagir com outras pessoas.
—Você mora perto da escola?- perguntou.
—Eu moro naquela região ali.- falei, apontando para a mesma. Nunca fui bom em dar informações sobre os lugares onde moro ou me mudo.
—Eu também.- disse e deu um sorriso. Ele sorria demais.- Então vamos?
—Eu preciso esperar uma amiga minha.- respondi, me referindo à Astrid.
—Tudo bem.- falou, se colocando do meu lado.
Não demorou muito para a loira aparecer.
Astrid's pov.
Caminhei em direção à eles. Não sabia quem era o garoto ao lado de Hiccup, mas quando pude finalmente reconhecer...
Assim que me encontrei do lado do ruivo, o garoto que estava perto de meu amigo me lançou um olhar debochado. Como alguém consegue ser tão irritante?!
—Essa é a sua amiga?- perguntou, desviando seu olhar para Hiccup.
—Sim. Agora podemos ir.- respondeu, e colocou seu braço apoiado em um de meus ombros.
—Espera; ele vai com a gente?- perguntei, tentando não passar o meu incômodo.
—Ele mora perto de nós.- Hiccup respondeu.
Ótimo!
Andamos até à saída daquele lugar, e logo depois até nossas casas. Eu estava torcendo para que aquela tortura acabasse logo.
Os dois ao meu lado não paravam de conversar, e até puxavam assunto comigo, mas sempre respondia com grosseria ou desinteresse, e era isso mesmo que sentia, já que não estava nem um pouco interessada quanto ao papo. De vez em quando, eu sentia o olhar do amigo de Hiccup sobre mim, o que realmente era irritante.
Quando estávamos na divisão de ruas, onde à esquerda ficava a rua de Hiccup, e à direita ficava a minha e a do garoto, paramos.
—Você quer que eu te deixe em casa?- o ruivo perguntou para mim.
—Não precisa.- respondi, indo até ele, e lhe dando um abraço.
—Tudo bem, então.- respondeu por fim, retribuindo o meu ato.
Nos soltamos, e ele olhou para o seu mais novo, pelo que percebi, amigo irritante.
—E você?- perguntou.
—Não precisa se preocupar.- respondeu, sorrindo de lado, e olhando para mim.
—Então até amanhã.- o ruivo falou, e me deu um beijo na testa, antes de se retirar de nossa presença.
Então, não demorei mais para caminhar com passos rápidos, querendo ir para minha casa o quanto antes.
—Ei, espere por mim!- escutei sua voz atrás, numa exclamação e era por isso que queria chegar logo em casa; não estava a fim de falar com aquele garoto idiota.
Seria mais fácil eu ter dito para Hiccup me deixar, pois aí teria pelo menos alguma desculpa para evitá-lo, mas acho que não queria que ele soubesse que o seu novo amigo mora ao meu lado.
Não diminui meus passos, e realmente eu não queria diminuir os mesmos. Todavia, logo senti a sua presença ao meu lado, mas não olhei para o menino, e nem iria.
—Legal saber que meu novo amigo, é seu namorado.- falou.
—Cala a sua boca! Ele não é o meu namorado.- respondi com irritação.
Percebi seu olhar em mim, e tinha certeza que ele estava sorrindo.
—Sei.- respondeu, para logo depois continuar.- Por que você é tão irritadinha?
—Só sou irritada com pessoas que merecem a minha irritação.- respondi.
Ele riu alto.
Agradeci mentalmente por já está em frente à minha casa, e estava para ir em direção à porta, quando senti sua mão em meu pulso. Ele me puxou, e ficamos de frente.
—Mas eu nunca te fiz nada para merecer sua irritação.- disse sorrindo.
Tentei me desvencilhar de seu aperto em meu pulso, mas não consegui. Ele ainda estava sorrindo, e me encarava de uma forma estranha; a mesma forma que me encarou de sua janela, no dia da minha mudança.
—Só o fato de você morar ao meu lado, me traz raiva.- falei, e finalmente consegui livrar meu pulso.- Vê se me deixa em paz.
Saí de lá, sem se quer olhar para trás.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não posto se não tiver comentários; então comentem !!