P.O.V Will

Tudo estaria normal na medida do possível (Autora: Até porque é SUPER NORMAL ser filho de Febos né?) (Will: Cale-se) se, no meio da nossa conversa matinal – que era composta por mim, Tessa, Jem, Jessie e Cecily – não aparecesse um clarão de uma hora pra outra no chalé.

Tudo bem, aquilo não foi realmente esquisito - você, semideus, aprende que, com o tempo, poucas coisas podem te assustar – e, bem, o que aconteceu em seguida me assustou bastante.

Do meio daquele clarão – que deduzi ser um portal – saiu um garota. E bem, digamos que só deuses conseguem fazer um portal. Sei disso porque meu melhor amigo, Jem, é um Deus, filho de Cupido e Psyche. Mas aquele portal que a tal garota criou era muito diferente dos portais “normais”.

Voltando a garota, admito, ela era uma das garotas mais bonitas que eu já havia visto, se não fosse A mais bonita. Mesmo com uma carinha sofrida – carinha porque dava pra perceber que ela era baixa, chutaria 1,50 de altura – dava pra perceber que seu rosto era bonito, com muitas sardas espalhadas em sua pele clara. Seu cabelo cor-de-fogo – preso em um tipo de coque - só fazia sua cara de menininha indefesa aumentar, me fazendo comparar ela com um anjo. Seus seios estavam entre a linha tênue entre o pequeno e o médio, tendo quadris estreitos. Ela usava uma pulseira com vários pingentes de armas, e um brinco com formato de dragão, que se enrolava em toda sua orelha. Estava vestida com uma blusa e um short jeans normal. Em seu pé, calçava uma sandália e Céus, como ela era linda!

Ele é tirado do seu transe quando escuta sua voz - aveludada – e sofrida em um sussurro que parece lhe tirar toda a força que ainda tinha.

– Tessa...

E, antes que desmaiasse, a peguei no colo estilo noiva – o que, eu confesso, teria gostado se ela não estivesse desacordada – e comecei a seguir as ordens que Tessa dava histérica, a colocando na cama (estávamos no chalé de Trivia, que estava vazio) e a virando de costas, dando pra perceber que saia sangue de dois riscos verticais no centro de suas costas.

– Tessa, - a chamei preocupado – ela está sangrando. O que eu faço?

– Só sai daqui Will, saiam todos vocês. – fala ela histérica, pegando a mão da menina. Vendo que ninguém se move ela grita – SAIAM DAQUI PORRA! – e logo depois nos enxota do chalé.

É... A coisa só pode ser séria pra Tessa falar palavrão... – penso.

P.O.V Tessa

Eu sei que não foi certo eu gritar com eles mas... Ah, sei lá, não sei o que me deu, só não podia curar Clary na frente de todos. Fui rapidamente até a porta e a abri, achando eles ainda lá, atordoados pelo meu estado. Peço um rápido pedido de desculpas a todos e peço pra Cecily, minha amiga filha de Minerva, ir pegar uma roupa pra Clary, que assente e vai correndo buscar.

Fecho a porta e vou direto a Clary, tirando primeiro suas sandálias, sendo acompanhada pela blusa, short jeans e roupa intima. Tiro suas “bijuterias” também. Sei que posso estar parecendo uma louca a deixando nua em minha frente, mas Apolo me explicou direitinho o que fazer quando isso acontecesse. Sim, Apolo.

Poucas pessoas sabem, mas Apolo me deu a benção mais para ajudar Clary do que pelo meu “mérito”. Mas não estou dizendo que eu não tive mérito naquela missão que participei com Will e Jem, só estou dizendo que Apolo me deu justamente AQUELA benção para eu poder ajudar sua “sobrinha”. Sabia que íamos nos encontrar mais cedo ou mais tarde, aquele dia na Colina Meio-Sangue quando eu estava sendo atacada por ciclopes, só adiantou o inevitável. E, bem, quando toquei suas mãos, vi também esse momento, mas soube que ela iria ser muito feliz e realizada no futuro, teria uma família. Mas agora, quando encostei-me a sua mão, vi coisas que não desejaria a ninguém. Odeio falar ou até mesmo pensar – até porque já considero Clary uma irmã -, mas Clary terá se coração amassado, dilacerado, esquartejado e jogado fora. O que mais me surpreendeu, no entanto, foi que, quando me encostei em Will para o expulsar do chalé, vi o que ele sentiu pela minha amiga e o vi a consolando em seu momento de dor.

Saio do meu desvaneio com um arquejo de dor – emitido por Clary. Pego uma bacia com água e uma bucha macia – como Apolo me instruiu – e começo a limpar suas costas, a medida que o sangue vai descendo.

Um tempo depois, Cecily aparacesse, carregando uma roupa e um sapato e se desculpando.

– Não sabia qual o estilo dela Tessa, então trouxe essa roupa tudo bem? – Assenti, e, vendo a pergunta silenciosa em eu olhos, logo acrescentei:

– Olha... Depois eu explico tá bom? – a garota apenas concordou e continuou a limpar as costas de Clary, que de vez em quando, dava uma arquejada de dor.

– Essa vai ser uma longa noite... – murmurava Tessa para ela mesma.

P.O.V Afrodite

Estava no Olimpo, mas especificamente no meu templo observando pelo meu espelho os casais do mundo todo quando algo no acampamento – ou melhor, alguém – chama minha atenção.

Jace – o filho de Apolo mais mulherengo do acampamento – estava em uma rodinha onde tinha mais alguns garotos, incluindo Sebastian, um filho de Ares. Tomada pela curiosidade, escuto a conversa, mas somente uma fala de Sebastian me chama a atenção.

– Eu estou fora. Não estou mais na aposta. Clary é uma garota divertida e merece ser amada de verdade, não por uma aposta idiota, e, juro pelo Rio Estigue que se alguns de vocês vierem-me falar sobre esse assunto não respondo pelos meus atos.

O que será que eles estão aprontando com a minha filha? Vou ficar de olho.

P.O.V Clary

Acordei em uma cama macia, com uma roupa nova e várias joias em mim (link nas notas finais). Quando fui me levantar minhas costas doerão um pouco e algo macio roçou no meu rosto. Não dei muita bola. Fui na frente de um espelho que tinha ali e... Gritei!

Porque diabos eu tenho ASAS?