A Garota da Ilha Deserta- Fedemila escrita por CRAZY
Notas iniciais do capítulo
Oi pessoas!!! Mais um capitulo pra vocês curtirem aí.
Boa leitura!!!!
(Por Federico)
Nos separamos do abraço e ela perguntou:
– O que fazemos agora?
– Bom, vamos até o riozinho que você disse. Talvez eu fique menos melado de sangue.
Ela riu e concordou. Fomos andando um do lado do outro sem falar nada, então eu seguro sua mão. Ela imediatamente olha pra mim e depois para nossas mãos e sorriu. Depois de uns dez minutos andando chegamos ao tal riozinho, ele era um pouco estreito, mas não tanto e tinha uma boa extensão. A Ludmila se sentou na margem e colocou apenas os pés na água. Antes de pular eu perguntei:
– Você não vem?
Ela fez que não com a cabeça e eu pulei. Minha nossa que coisa... FRIA!
– Caramba, que água fria!- Eu disse batendo o queixo e fazendo Ludmila rir.
Me limpei melhor, ardia muito já que as feridas estavam abertas, mas eu não estava tão grudento como antes. Depois de me limpar e comecei e me divertir mesmo, me acostumei coma temperatura e me refresquei do calor intenso que fazia.
– O que os namorados fazem?- Perguntou ela, depois de um tempo só me observando.
– Na verdade não existe essas coisas de namorar sabe.
– Como não?
– No meu reino pelo menos, as garotas são prometidas a algum rapaz desde jovens. Mesmo que os noivos não estejam de acordo eles tem que se casar de qualquer maneira, então eles não namoram entende?
– Isso deve ser horrível! Casar com alguém que não gosta.
– Mas é o que acontece. O amor é algo totalmente irrelevante. Sorte de quem pelo menos gosta ou se dá bem com quem vai casar.
– Isso é raro?
– Um pouco.
Ela ficou em silencio e depois disse:
– Federico quando você voltar eu quero ir junto.
– Claro que você vai junto! Quero te levar pra conhecer a Itália! É tão bonita!
– Você vai ter que casar com alguém da realeza não vai? E nós não vamos ficar mais juntos.
– Claro que não! Só vou me casar com alguém que eu não goste!
– E se não deixarem você fazer isso?
Cheguei mais perto da margem onde ela estava.
– Não importa.- Dito isso eu puxei ela pra dentro do riozinho.
– Ai Federico, que água fria!- Disse ela pulando dentro da água, me fazendo rir. Eu a abracei e fiquei um tempo assim até que ela se acostumasse com a água.
– Ludmila fique tranquila. É você que eu amo.
Ela sorriu aliviada. Se acham que vão fazer com que eu me case com qualquer uma estão muito enganados.
– Federico, vamos voltar. Estou com fome e vai demorar um tempo até chegar na casinha.
– Você que manda.
Ela sorriu tímida, olhando pra baixo. A puxei pra mais perto e a beijei. Ela me olhou corada, como da primeira vez.
– Você tem vergonha?- Perguntei.
–Um pouquinho. Não estou acostumada.
– Eu entendo. Vou te contar uma coisa.
Então ela me olhou interessada, esperando com que eu falasse.
– Aquele também foi o meu primeiro beijo.
– Você se arrepende?
– Nunca!
Dito isso saí da água e a ajudei a sair também. Comemos alguma coisa e começamos a andar demãos dadas, sem pressa, tínhamos todo o tempo do mundo.
Depois de quase uma hora de caminhada finalmente chegamos á casinha. Me deitei na cama dizendo:
– Ufa! Não ia aguentar andar mais um centímetro!
– Você é mole hein!- Disse ela brincando.
– Como ousa chamar o príncipe de mole!- Eu disse brincando também.
– O que vai fazer, cortar a minha cabeça?
– Não é má ideia.
Ela riu e se sentou na cama dela.
– Se sente melhor?
– Sim. Só a perna dói um pouco e tenho medo das feridas inflamarem. Não tem nada que possamos fazer para que isso não aconteça?
– Costurar.
– Não vou fazer isso outra vez!
– Você já teve que costurar alguma parte do corpo? ( N/A Sim, isso acontecia antigamente)
– Sim, aqui.- Eu disse apontando uma grande cicatriz em meu ombro esquerdo.
– Nossa! O que aconteceu?
– Quando eu era pequeno, eu estava brincando de esgrima com o meu pai e, por acidente eu tropecei e a espada do meu pai atingiu meu ombro. Então o machucado inflamou, fiquei muito doente, quase morri, depois de três meses tratando o ferimento ele desinflamou e costuraram. Não sei o que foi pior, a dor do corte ou a dor da costura.
– Que história hein!
– Não vou costurar de novo, não!
– Não sei como te ajudar de outra forma.
Refleti um pouco e pendei: Ali não tinha médico, se inflamar muito provavelmente vou morrer. Mas costurar é a coisa mais torturante que existe, mas eu também não queria morrer!
– Ludmila.
– Sim.
– Po...pode costurar.- Eu disse me sentando na cama. Eram uma três feridas fundas. Aquilo ia ser terrível!
– Tem certeza?
– Não. Mas pode costurar.
Ela ficou meio indecisa, se levantou e pegou um galho de uma árvore, o mais fino que encontrou, descosturou o resto da minha camisa e ficou com um longo pedaço de linha.
– Federico, vamos ali na praia pra não sujar a cama de sangue.
Sofrendo antecipadamente, fui até a praia, me sentei e a Ludmila se do meu lado na areia.
– Pronto?
– Não. Mas começa.
....
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Que aflição não! Bom, espero que tenham gostado. Comentem e Beijossss!!