A Garota da Ilha Deserta- Fedemila escrita por CRAZY


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas, desculpem a demora!!!
Boa leitura!!!



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(Por Federico)

Fui pra casinha também e me deitei em outra cama, já que uma já estava ocupada pela Ludmila.

– Boa noite.- Disse Ludmila se virando para o outro lado e colocando o cobertor por cima.

– Boa noite.- Respondi me deitando e me virando para o outro lado.

Fiquei um bom tempo tentando dormir mas eu não conseguia. Virava de um lado para outro na cama, fazia de tudo mas não dava. Eu pensava em todos os meus amigos que estavam no navio comigo, por que não os salvei? Por que eu não fiz nada para ajuda-los? Um sentimento de culpa veio a tona e eu me senti realmente muito mal, como nunca antes na vida.

– Federico.- Chamou Ludmila, então eu me virei para ver o que ela queria.

– Que.

– Não consigo dormir.

– Nem eu.

– Isso nunca aconteceu comigo.

– Comigo algumas vezes.

– Acho que é porque você tá aqui.

– E o que tem de errado eu estar aqui?

– Sei lá, nunca dividi o quarto com ninguém.

– E o que está achando disso?

– Estranho.- Respondeu ela me fazendo rir.

– Estranho bom ou estranho ruim?

– Não sei. Por um lado é legal, mas por outro é ruim porque eu não tô conseguindo dormir. Mas e você, por que não consegue dormir?

– Estou pensando.

– O que?

– Eu poderia ter salvado meus colegas do navio, não podia?

– Acho que...

– Me diga a verdade, você estava vendo tudo.

– Acho que não Federico.

– E por que não?

– Se foi difícil pra você se salvar, imagine os outros!

Refleti um pouco sobre o que ela havia dito e realmente ela estava certa. A olhei e percebi que ela estava esperando algo de mim. Apenas sorri, ela fez o mesmo e se virou para o lado, fiz o mesmo e tentei novamente dormir, dessa vez consegui.

...

De repente me vi dentro do castelo de meu pai, eu estava na sala do trono caminhando em direção do trono pelo tapete vermelho, de cabeça baixa. Ergo a cabeça e vejo meu pai, o Rei Paulo e ao seu lado minha mãe, a Rainha Joanina. Ao chegar mais perto fiz uma reverencia e falei:

– Mandou me chamar pai?

– Você nos traiu filho. Não posso acreditar que fez isso!

– O que lhe eu fiz?

– Não fez somente a mim, mas comprometeu toda Itália meu filho!- Disse ele furioso. Olhei minha mãe aflito, pretendendo que ela me explicasse melhor. Mas ela me olhava com desprezo e decepção, o que me assustou pois minha mãe sempre me tratou com muito carinho e amor.

– Mãe o que fiz de tão grave?

Ela não respondeu.

– Você nos traiu! Traiu o reino. Você sabe que não podemos colocar a sua irmã Francesca por ela ser mulher, mas com esse erro tão grave não poderemos te coroar também. Que decepção Federico!-Disse o meu pai.

– Mas como os traí se sempre fui tão fiel ao reino e amei o povo tão verdadeiramente?

– Já chega de conversa. Já para a mais profunda das masmorra! Não te considero mais meu filho!- Disse fazendo com que dois guardas me agarrassem e me puxassem para fora da sala do trono.

– Não pai!

...

– Pai!- Eu grito me sentando na cama, suado e ofegante

– O que foi?- Disse Ludmila se sentando ao meu lado.

– Nada, foi só um sonho, um pesadelo quer dizer.- Eu disse passando mão no cabelo e o colocando para trás.

– O que sonhou?

– Com meu pai, ele me dizia que eu o traí, mas não entendo.

– Se acalma, é só um pesadelo, não precisa ter sentido.

– É, tem razão.- Eu disse tentando controlar a minha respiração.

– Você tá melhor?- Disse ela fazendo carinho no meu cabelo, o que me surpreendeu. Por combater animais ferozes e essas coisas eu nunca pensaria que ela seria delicada.

– Sim, estou melhor. Obrigado.- Eu disse devagar. Ela sorriu e foi para a sua cama.

– Já está quase de dia, daqui a pouco vou me levantar.- Disse Ludmila abrindo a janela ao lado de sua cama, se sentando na cama abraçando seus joelhos e vendo o dia começando a clarear, aquilo era bonito.

– Você já viu o nascer do Sol?- Eu perguntei indo até a cama dela, me sentando ao seu lado e olhando pela janela também.

– Sim, várias vezes.

– Eu nunca vejo, acordo tarde.

– É muito bonito.- Ela disse.

– É mesmo, mas não é tão bonito quanto você.- Deixei escapar.

Ela me olhou imediatamente, tentando ver se eu estava falando aquilo como uma brincadeira ou se era real. Nem eu sabia a resposta. Coloquei a mão em seu rosto, que estava vermelho por causa do comentário, e comecei a me aproximar dela.

...


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Notas finais do capítulo

E aí, será que vai rolar um beijo? Comentam o que vocês acham nos comentários!!!!