A Garota da Ilha Deserta- Fedemila escrita por CRAZY


Capítulo 23
Capitulo 23


Notas iniciais do capítulo

Oi galera!!! Quero avisar que a fic infelizmente está na reta final. :'(
Bom, mas como ainda não acabou, leiam aí.
Boa leitura!!!!



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(Por Ludmila)

– Está louco Federico? Vão matar você se for lá! - Eu disse nervosa.

– Quer ir para onde então? Não podemos parar, estão á nossa procura.

– Federico, vamos voltar.

– O que? Agora é você que está louca Ludmila.

– Você não entende que se fomos para a Espanha uma nova guerra entre Itália e Espanha irá começar? A Espanha vai se desfazer, pelo que você me falou, ela está em declínio.

– Ludmila eu...

– Por favor Federico. - Eu disse o interrompendo. Ele parou o cavalo, se virou para mim, olhou nos meus olhos e disse:

– Não quero te perder.

– Eu também não, mas muitas pessoas inocentes podem morrer por minha culpa.

– Você seria um ótima Rainha, principalmente se fosse a minha. - Disse ele me fazendo sorrir, ele não foi o única que me disse isso. Uma lágrima escorreu pelo meu rosto e os olhos de Federico estavam cheios d'água. Nos beijamos por um tempo, descarregando tudo que sentíamos.

– Tem certeza que é isso que quer fazer? - Perguntou ele.

– Sim.- Respondi.

Ele deu uma volta com o cavalo e saímos em direção á tropa da Itália. Em alguns minutos nos aproximamos deles, ficando de frente um para o outro. O Rei estava na frente, ao seu lado Bartolomeo, que parecia triste, pois gostava de mim e sabia o meu destino. E atrás deles uma porção de soldados. Eu e Federico descemos do cavalo e o Rei fez o mesmo.

– Resolveu se entregar Princesa miserável? - Perguntou o Rei.

Federico quis ir para cima dele, mas eu o apartei.

– Sim. - Eu respondi.

– Corajosa não é mesmo? Já sabe o que lhe aguarda. - Ele deu uma pausa e continuou: - E você em Federico? O que faço com você? Coroá-lo seria trair a Itália mas do que já foi traída.

– Eu seria um Rei melhor que o senhor. - Retrucou Federico.

– Cale a boca! Vamos levar a garota e coloca-la no calabouço mais profundo do castelo. Semana que vem será a forca em praça pública.

– Mas Majestade, as condições do calabouço que está dizendo são terríveis! Não sei se ela sobreviverá uma semana. - Disse Bartolomeo preocupado.

– Se não sobreviver não haverá problema. Só morrerá um pouco antes da data.

– Você não pode estar falando sério. Ludmila faça alguma coisa!- Disse Federico.

– Tudo bem. - Respondi ao rei.

– Ludmila, você não merece isso. Precisa fazer algo! - Falou Federico se virando para mim.

– Não tenho opção Federico. É o que ele quer, ele é o Rei.

Federico me abraçou forte sussurrou:

– Prometo que não acontecerá nada com você. Eu não deixarei acontecer nada com você.- Disse ele com voz trêmula.

– Vamos parar com essa ceninha ridícula. Vamos logo!

Me levaram até o cavalo do fundo, o qual montei. Federico foi em um do meio, impedindo que no víssemos.

Foram mais ou menos duas horas até a Itália. Chegando lá, os convidados já tinham ido embora e dois guardas me conduziram bruscamente até o calabouço. Era pequeno, ficava no subsolo do palácio, fedia, haviam ratos e baratas. As grades estavam completamente enferrujadas. Não havia cama, nem sequer uma janela. Havia apenas um grande pano sujo, no qual me sentei.

****

Uma semana se passou e faltavam dois dias para a execução. Me davam comida uma vez por dia, um pequeno pedaço de pão vencido e um pouco de água. Eu estava fraca, suja, me sentia muito mal, não havia quase luz, dormia pouco. Era muito mais que terrível.

(Por Federico)

Não falei mais com meu pai depois daquele dia, que me proibiu de ir visita-la. Não aguentava mais de vontade de vê-la, então, de madrugada fui até a escada que levava ao subsolo, ao chegar no meio dela, haviam dois guardas me impediram de passar.

– Alteza, não pode passar por aqui.

– Eu tenho que vê-la.

– Seu pai, o Rei Paulo II, nos proibiu expressamente de...

– Não me importa o que meu pai os disse, porcaria! Eu ordeno que me deixem passar!

Eles se entreolharam e deram passagem. Desci correndo e a vi deitada no chão, dormindo.

– Ludmila, Ludmila! - Chamei. Ela abriu os olhos e ao constatar que era eu se levantou e veio até mim.

– O que faz aqui Federico?

– Vim te ver. Como está?

– Estou meio...

– Já sei a resposta. Não paro de pensar em você em nenhum segundo. - Eu disse passando minhas mãos pelas grades, e as colocando no rosto de Ludmila.

– Eu também.

– Você não vai morrer, amanhã mesmo te tiro daí.

– Eu te amo. - Eu disse deixando uma lágrima escapar.

– Eu também te amo, muito! - Disse ele com os olhos cheios d'água.

...


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Notas finais do capítulo

O que será que vai acontecer com a Ludmila? Comentem!!!