A segunda voz do poder. escrita por Pérola San


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá tudo bem? Desculpem se eu demorei a postar o novo capitulo, mas eu esperei um pouco que houvesse alguns leitores interessados, mas irei tentar me animar e postar mais capítulos. Além do Anime Spirits eu estou postando também no Wattapad, quem possui conta lá. Visitem será otimo!!
A Fanfinc estar bem adiantada em questão de capitulos, só espero que tenha mais fans e que curtam o genero.
Obs: A *personalidade do personagem Kars, é de minha autoria, de inicio ele será um ser Hermafrodita possuindo os 2 sexos visiveis, principalmente feminino para que ele possa gerar,e continuar sua prole maldita hehehehehe ( *_*),no decorrer da historia haverá tal mudança que esteja mais próximo do original.

Boa Leitura!!
bjs



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Quando o jovem casal trazia o pequeno embrulho nos braços, vinha atrás algumas curiosos querendo saber o que tanto causavam aflito ali. Ao chegar na entrada da cabana, eles fazem uma breve reverencia á aquele ambiente e depois entram no recito.

No momento em que iam falar, o velho senhor Taukah ergue sua palma da mão, impedindo-os de falar. Naquele momento ele sabia o motivo daquela visita inesperada. Ele com muito pesar abre os olhos já cansado pelo os tempos que antes estavam fechados, ele olha para o casal e murmura algo, indecifrável.

Ele enfim pede para que os dois se sentassem á sua frente e pede para segurar a criança. Quando a criança é colocada em seus braços, o velho feiticeiro, sente uma fonte energia emanar daquele ser.

– Ianadar! Pepe! Esta criança ela carrega um fardo um tanto perigoso e pesado. Seu futuro é glorioso, mas ao mesmo tempo seguido de muita dor e tristeza.

– mas..como velho, o que esta criança tem?

– Onde vocês a encontraram?- o velho rebate.

– Bem estávamos em nossa barca no meio das águas, já perto da vila, quando vimos um cesto flutuando .

– Incrível! - balbucia estupefato.- Na certa ou ela foi poupada de uma morte , ou simplesmente a abandonaram pelo tal destino escuro. - Bom...meus filhos este bebẽ é descendentes dos grandes deuses da Terra e da grande mãe da fertilidade, sei que vocês estão esperançosos e curiosos, eu lamento por ainda não terem um filho, mas sei que nosso guia será espirituoso futuramente. A criança é especial por demais. Levem-na daqui há muitos curiosos no vilarejo. Espíritos estão a rondar, assim que esta criança surgiu.

Pepe antes de sair da cabana do velho, ele pega algumas faixas escuras e cobre a cabeça da criança, deixando Ianadar sem entender.

– Porque faz isso?

– Quero evitar olhares maldosos a esta criança.

– mas desta forma estaríamos escondendo a sua real condição, este segredo nem sempre poderá ser guardado de todos e..além do mais isto pode afeta-lo.

– Venha..precisamos preparar algo para alimenta-lo,sente muita fome.

O pequeno apesar de ter viajado dias ao mar, aparentava não ter nenhuma doença, incrivelmente apresentava apenas ressecamento da pele, mas logo o jovem casal tratou de cuidar.

Quando a criança completara 1 ano, já se sentia muito amado, mesmo sendo diferente de seus pais que possuíam pele escura e cabelos negros, não importava suas condições na vila, todos já sabiam que ele havia sido encontrado , mas poucos se importavam com isso. Aquela família era muito unida. Todos os dias iam pescar, e o bebê era levado junto, como não haviam parentes, os poucos amigos que possuíam, não confiavam deixa-lo. Era sempre assim, a vida dos pescadores daquele vilarejo ,não havia nada de diferente ou ameaçador.

Passado um tempo. O vilarejo parecia diminuir os seus habitantes, havia surgido alguns rumores que uma doença tinha surgido através das algas, mas outros pareciam não crer, muitos resolveram partir para outras ilhas bem distantes. Eles temiam sobre tais espíritos que agora vagavam por ali.

– Meu pequeno Kars venha cá.- chamava amorosamente a mulher de cabelos curtos e negros.

Kars estava com 8 anos, usava uma túnica feito de linho que cobria até os joelhos, sua cabeça ainda era envolto das faixas. Tinha um olhar atento.

– sabes que lhe amo muito ,eu e seu pai. Jamais negamos nada a você. - ela o abraça e o traz para o seu colo. - Um dia tu serás grande e forte. Meu desejo é que você aprenda a viver da melhor forma e saber enxergar toda a beleza, nas pequenas coisas do mundo. Quero te dizer algo também.

– O que mamãe?

– Bom… você se lembra quando te falava desde muito menor que eu e seu pai recebemos-te como presente dos grandes espíritos?

Pois bem, eu apenas confirmo esta história.- Ianadar se senta na beirada da casa onde se podia ver toda a imensidão do mar e uma poucas casinhas flutuantes que ali ainda restavam. Ela apertava Kars contra seu peito e beija sua fronte.- ela sorri timidamente e toca em seu rosto, seus dedos finos então desce até um pequeno nó que ali havia de uma tira de pano, e ela desata. Quando todo o pano é desfeito, aparece três chifrinhos pretos pontiagudos acima de sua cabeça.

– Mamãe, porque eu tenho isso na cabeça? A senhora não tem.

– Eu também não sei Kars, mas não se preocupe com isso, não importa. Mesmo sendo diferente, é nosso..filho!! - ela hesita- O grande velho nos disse, que tu seria especial. Até hoje nunca compreendi em que sentido.

Quando Kars completou 15 anos, sua mãe Ianadar esperava um bebê, depois de muito tempo já sem esperanças de achar que não teria um fruto seu e de Pepe, aquele dia havia chegado. Por mistério havia poucos habitantes nas redondezas. Ianadar sabia que algo ruim pairou sobre eles. Não ouvia mais os pássaros ali cantar, peixes não se pegavam em abundancia como antigamente. Pepe já não vivia com eles, Kars nunca entendeu aquilo, mesmo quando eles mais precisaram. Sua mãe sofreu muito e entrou numa profunda depressão. Ele se sentia magoado e desesperado, não podia deixa-la naquelas condições

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Quando entardeceu a pobre mulher teve o bebê, com muito sofrimento, Kars foi quem viu nascer o irmão e o aparou em suas mãos. A criança chorava exalando vida, mas sua mãe sorria de alegria, por saber que o deixaria em boas mãos. Kars cuidaria bem dele. Um lindo menino havia nascido de cabelos amarelados e pele cor de amêndoas. Sua mãe ainda contemplava aquela cena, mas estava fraca e febril.

– Kars...minha criança amada, cuide de seu irmãozinho.

– Mamãe nós iremos cuidar juntos.

– Não...dá..eu..estou morrendo.

–Não diga estas coisas, a senhora vai ficar bem, eu farei tudo por nós três.

– Eu creio nisso, faria sim.- sua voz sai cansada.

Ela apenas aponta para a fronte do bebê e diz:

– Eisidici...assim será.- e sorri fracamente, fechando seus olhos aos poucos.

A luz daquela pobre mulher havia se apagado.

Kars carregava seu irmão enrolado numa manta grossa, seu semblante pesado estava depositado sobre o tumulo de sua mãe. Seu coração se comprimia com aquela dor, era tudo estranho para si. Nada lhe fazia sentido, pouco sua mãe havia lhe ensinado ou explicado. Muito menos seu pai, o pouco que aprendeu foi os costumes da pesca e caça e isso passaria para sue irmão. Teria que aprender este oficio. Não havia nenhum resquício de mais lembranças. Apenas sabia que era diferente, não pertencia a aquele povo das águas. Kars ajeitou o que restava dos pertences dos pais e se mudou dali, foi viver na outra parte da vila, pegou um barco e foi viver no povoado vizinho. Ali a comida não era tão escassa, mas lá poderia cuidar bem de seu irmão e receber alguma ajuda com as camponesas, talvez até procurar alguma mulher que alimentasse corretamente a criança.

Como vivia sempre em trajes com túnica era confundido com uma menina e para não chamar a atenção sua cabeça ainda vivia presa em panos. Maioria deduzia, que Kars era moça ainda ou virgem para as crenças dali. Boa parte das meninas costumava cobri suas cabeças com mantas amarradas também, então isto colaborou mais ainda com seu segredo.

Kars ensinou muitas coisas ao menino como caçar na mata, o pouco que ali havia ao redor. Cozinha na fogueira, fazer beberagens coisas que viu poucas vezes quando ia com sua mãe na casa do velho feiticeiro. Explicou tudo o que sabia ou o que compreendia, ia buscar lenha e levava consigo.

– Aqui tome esta faca e me traga aquelas palmeiras,breve irá chover e nossa cabana estar cheia de buracos. Eu vou ter que ir ao mar buscar mariscos e camarões.

– Kars se quiser eu busco isso também.- se oferece.

– Obrigado irmãozinho, mas isso eu posso fazer e além do mais da ultima vez você trouxe camarões

muito pequenos. Quando voltar irei preparar.

– me desculpe.

– certo… Não se preocupe, eu vou indo.

Todos os dias se auto ajudavam no que era necessário para sobrevivência. Poucas vezes um ou dois aldeões os ajudavam com algo: arroz, milho,feixe de peixes secos, amoras. Kars se sentia muito agradecido.

Houve uma tarde em que todos da aldeia estavam ao mar para pescar, alguns permanecia semanas a velejar em seus barcos a procura de alimento, neste dia Kars resolveu não ir com os outros, estava isolado em seu canto para estranheza de seu irmão. Eisidici apenas o observava de longe, nunca havia o visto assim. Eisidici não desejava nada de ruim com Kars e as vezes sentia que as palavras de conforto não vinha. Já o mais velho estava sentando num canto da cabana e olhava fixo para a fogueira que ainda tinha um resquício de chamas, aqueles dia estavam muito frias. Seu olhar estava distante. O Moreno se sentia confuso imaginava que segredos podia ter, porque havia nascido com aqueles chifres. Seria um demônio? Para aquela época, ele não sabia suas origens, mesmo quando soube a verdade de sua mãe, não sentiu nenhum rancor. Apenas um sentimento de agradecimento.

Kars se volta para a porta. E vê seu irmão meio que escondido, parecia estar assustado.

– Kars?!- seus olhos se arregalam.

– O que há Eisidici? Pensei que estivesse lá fora com os outros.

–Humm..não...é que..- se sente perdido.

Kars vendo seu irmão confuso, ele chama-o para que se sente em seu colo. O garoto vem ao seu encontro. O moreno o beija em sua fronte e o olha com carinho.

– Kars você estar bem?

– hum?sim..porque eu não estaria?

– Não sei, me diga você.


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Notas finais do capítulo

Quem me conhece sabe que amo escrever historias com enredo que remete antiguidades ou mitologias.
Bom, espero que tenha gostado, se puder comentem,me fará muito feliz!!

Beijinhos de luz e até a próxima!!



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