It's You escrita por Malina


Capítulo 39
She's fine


Notas iniciais do capítulo

Olá queridas, tudo bom? Estou bem, obrigada. Aí vai mais um capítulo.

Até amanhã :*



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                O dia entediante na BPD estava quase ao fim, eram 17:45 quando Jane resolveu que ficar sentada em sua cadeira o dia inteiro não a ajudaria em nada, vestiu seu terninho e resolveu tratar de uma vez por todas seus assuntos com Paddy, avisou os rapazes que tinha que resolver alguns problemas e os encontraria mais tarde no bar. Os detetives não ousaram perguntar sobre os assuntos pendentes da morena, mas quando eles a viram longe fizeram questão de trocar ideias sobre os tais problemas. Jane entrou em seu carro tirando o celular do bolso, procurou o endereço que o homem lhe enviara e programou o GPS para guia-la, nunca pensou que teria um mafioso lhe ajudando a encontrar a mulher que amava, mas lá estava ela, indo se encontrar com o maior mafioso irlandês. O GPS anunciou que haviam chegado no destino, Jane certificou de sua arma estar no coldre por precauções, pegou seu celular novamente e em mais uma tentativa inútil digitou o número de Maura, caixa postal.

— Maur... Eu já falei tanto para essa sua caixa de mensagens estupida, que nem sei mais o que dizer... Eu não vou parar de tentar Maur, eu te amo e eu sinto sua falta. – desligou.
Estava cansada de monólogos com a caixa de mensagens de Maura, estava cansada de ser ignorada todas as vezes, então ela fez, Jane desceu do carro e foi de encontro a Doyle. O local onde se encontraram era uma casa simples no meio do nada. Passou pelos ladrilhos que a guiavam até a porta, e quando chegou ao final, bateu três vezes na porta. Um homem alto tatuado abriu a porta.

— Jane Rizzoli? – ele perguntou confirmando a identidade da mulher.

— Sim.

O homem abriu espaço para que a morena entrasse e assim ela fez, mas antes que pudesse ir de encontro à Paddy o mesmo homem de antes a barrou. Ela o olhou ameaçadora, mas o homem permaneceu frio, o olhar não lhe fizera efeito algum.

— As armas – ele disse lhe esticando uma caixa para que amorena depositasse suas armas ali – Você vai tê-las de volta na saída.

Ela entregou a sua arma ainda receosa, o homem então lhe guiou até Doyle, o mafioso estava em uma pequena sala com dois sofás pequenos e uma mesa ao centro, a casa era bastante confortável por dentro, não era extravagante obviamente, mas qualquer um que entrasse duvidaria que um mafioso estaria ali, quem entrasse esperaria um casal de idosos com um bom gosto. A detetive se sentou no sofá paralelo ao de Paddy, ela estava com os braços caídos entre as pernas, os cotovelos apoiados nos joelhos distantes, sua posição bastante masculina chamava a atenção do homem a sua frente.

— E então? – ela disse fitando Paddy – descobriu algo?

— Não. Constance não me atende, assim como Maura, o pai adotivo dela eu nem tento contatar.

— Nenhum deles atende. Eu já tentei.

— Por que minha filha te ignoraria?

Jane se arrepiou ao ouvir isso, Maura não tinha um pingo daquele homem em si, ela se recusava a acreditar que Maura tenha sido gerada com a ajuda desse homem tão desprezível.

— Eu não sei – ela se limitou. Dava respostas curtas e frias, não queria demonstrar fraqueza perto de Doyle.

— Vocês brigaram ou algo do tipo?

— Por que você está tão interessado nisso? Maura é o foco aqui, não minha amizade com ela.

— Ora, você é a detetive aqui, sabe porque eu estou perguntando isso.

Jane se deu por vencida.

— Não brigamos, nem "algo do tipo". Uma hora ela estava aqui, e depois não estava mais.

Eles se encararam por um momento, um tentando ler o outro, tentando ver se um sabia de algo e não estava falando, mas ambos sabiam muito bem como esconder informações sem que percebam, não que estivessem de fato fazendo isso.
O silêncio é quebrado quando um dos parceiros de Paddy apareceu na sala, Jane observou enquanto o homem se curvou e sussurrou algo para Doyle, a mulher tentou ouvir ou ler os lábios do homem, sem sucessos. Paddy deixou um sorriso se formar levemente quando ouviu a notícia, pediu licença para Jane e se retirou da sala dizendo que voltaria em um minuto.
Foi um rápido um minuto, Jane estava de forma displicente no sofá, não se importando de ajeitar sua postura quando o homem voltou na sala. A detetive pôde sentir algo diferente no homem, ele parecia aliviado, mas continuava com sua postura fria e firme.

— O que? - ela perguntou.

— Maura.

— O que tem ela? - os olhos de Jane brilhavam sempre que ouvia o nome da mulher.

— Ela ligou.

— O que?! Ela está bem? Como ela está? Ela disse onde está? Está segura?

— Você faz muitas perguntas... - ele disse tomando um gole de whisky - Maura está bem, está segura.

— Ela disse onde está? - o homem permaneceu em silêncio - ela disse! Onde ela está? - o coração de Jane acelerava a cada segundo, ela estava nervosa, suas mãos suavam.

— Ela me contou onde está, mas me pediu para que eu não comentasse.

Por que? Por que ela faria isso? Jane tentava imaginar.

— Ela... Paddy, eu preciso saber okay?

— E eu preciso que ela confie em mim.

— Você é um mafioso.

— Eu sou o pai dela.

— Por favor... Eu...

— Você deveria ir andando.

Jane não entendia o que estava acontecendo, balançou a cabeça umedecendo os lábios, tentando não perder a cabeça. Ela se levantou e o homem que lhe atendera a porta a escoltou de volta até seu carro, e lhe devolveu a arma, mas sem balas.
     Jane segurou o volante com força querendo poder afundar suas mãos no objeto. Respirou lentamente, lembrou-se que ainda tinha de encontrar os amigos no bar e suspirou. Pôs-se na estrada, dirigindo cuidadosamente, pensou que com a ajuda de Paddy finalmente acharia Maura, mas ele só tornou a busca mais difícil. Ela chegou nas portas do Dirty Robber e forçou seu melhor e mais convincente sorriso, para então entrar no bar. Encontrou os rapazes sentados na mesma mesa de sempre, se aproximou e cumprimentou todos, se apresentando para a morena sentada ao lado de Frost.

— Frost me contou muito sobre você - Jane disse para a mulher, apertando sua mão.
A morena de cabelos lisos sorriu e olhou para Frost aprovando o que ouvira. Jane deu uma piscada para o moreno como se dizendo "eu te avisei". Sentou-se ao lado de Boucher e Korsak, eles pediram a primeira rodada e então a diversão naquela mesa começou. Eles conversavam animadamente, suas risadas eram ouvidas de longe, e traziam olhares para sua direção. Eles já estavam em sua sexta rodada, e Jane já se sentia mais alegre, não tinha mais que fingir sorrisos, pois esses vinham sozinhos sem que percebesse, ela estava se divertindo, pela primeira vez desde que Maura fora embora ela estava se divertindo


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Notas finais do capítulo

Amanhã tem mais.
O que estão achando? Por favor me digam pra eu saber que to indo pro caminho certo kkk