It's You escrita por Malina


Capítulo 26
Don't you get it?


Notas iniciais do capítulo

Oi queridos, olha eu aqui. Eu prometi postar o capitulo segunda, mas acabei chegando tarde em casa e não deu tempo, pelo menos o capitulo ta aqui :9

Boa leitura :*



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Eram 09:00 de quinta-feira quando Jane e os outros detetives do caso das gêmeas foram chamados. Estavam todos presentes na sala de Cavanaugh estranhando a reunião de última hora, Jane estava calada em seu canto, podia ouvir os murmúrios dos detetives perguntando o porquê da reunião, mas ninguém realmente sabia.

– Obrigado pela presença de todos – disse Cavanaugh entrando na sala – vamos fazer isso rápido. Vocês devem estar curiosos pra saber o porquê dessa reunião, enfim... O caso das gêmeas não mostrou nenhum progresso o que está deixando o promotor mais que irritado, então infelizmente tiraram o caso de nossas mãos... – ele ia continuar, mas todos na sala falavam alto e juntos. – Pessoal! Colaborem. O caso agora está nas mãos do FBI, eu sinto muito, mas minhas mãos estão atadas, e não tem nada que vocês possam fazer.

A sala inteira ficou em silencio, eles odiavam quando perdiam um caso para os mauricinhos do FBI, quando Cavanaugh saiu da sala alegando que tinha uma reunião com a promotoria, todos saíram da sala de reunião reclamando em um tom baixo um para o outro. Jane não viu quando Frankie apareceu em seu lado.

– Você já sabia disso?

Jane se assustou com a presença súbita do irmão.

– Eu? Não, por que?

– Nada, você só não parece surpresa – ele deu de ombros.

– Eu suspeitava – ela disse não querendo contar que já sabia.

– Entendi... Ei, Korsak estava te procurando.

– Me procurando? Pra quê?

– Acho que é sobre a despedida de Maura amanhã.

– Ah droga! – ela exclamou dando um tapa na testa – Eu ainda não preparei o discurso.

– Melhor preparar, ou Korsak vai te matar – ele riu.

– Cala a boca – ela disse dando um soquinho no ombro de Frankie.

Jane foi até a lanchonete, entrou na fila para pegar café, não queria falar com Korsak pois ainda não tinha feito seu discurso, nem mesmo uma palavra. Com um copo cheio de café em mãos, Jane foi para a primeira mesa que avistou tomando seu café e observando silenciosamente as pessoas passando, a calmaria de um dia sem casos na BPD, a garçonete antipática que esperava um consumidor indeciso fazer seu pedido. A detetive olhou para os lados em pânico sem saber onde se esconder quando viu Korsak andando em sua direção. Ela pôs a caneca de café em frente de seu rosto quando o sargento sentou no banco em sua frente.

– Jane. – ele chamou a morena.

– Jane? Quem é Jane? Eu não sou Jane, meu nome é... Frida.

– Você não preparou o discurso não é mesmo? – o mais velho disse com um sorriso no rosto pela brincadeira da morena.

– Não... – ela abaixou a caneca e bufou colocando seu rosto entre as mãos – desculpa Korsak, é que eu realmente não sei o que falar.

– Você tem até amanhã pra esse discurso okay?

– Okay... – Jane respondeu desanimada após tomar um gole de seu café.

– Eu tenho que ir descobrir o que aconteceu com Boucher.

– Sam? O que aconteceu?

– Não sei, ele não apareceu pra trabalhar, não atende telefonemas nem nada.

– Estranho... Bom, boa sorte, se precisa de algo estou aqui.

– Certo.

Jane ficou mais um tempo na lanchonete depois que Korsak foi embora, mas depois de alguns minutos resolveu subir para a sala dos detetives pra preencher documentos atrasados, apesar de odiar esse tipo de trabalho.

*****

12:00hr

Maura acordou com o cheiro de comida vindo da cozinha, levantou lentamente se espreguiçando e andando até o banheiro, se olhou no espelho e notou as bolsas escuras abaixo dos olhos, suspirou e pegou sua maquiagem no estojo ao lado da pia. Depois de ter escondido o ar de cansaço, ela desceu para a cozinha e encontrou Angela pondo a mesa.

– Que horas são? – Maura perguntou coçando o topo da cabeça.

– Meio dia querida. Você dormiu bastante, eu ia te acordar, mas pensei que você estaria cansada.

– É, acho que eu estava – sorriu – que pena que não pudemos ir ao restaurante. Quem sabe no jantar.

– Claro, mas sabe o que eu acho? – Maura levantou as sobrancelhas pra que a mais velha prosseguisse – Que passar o seu tempo em casa é a melhor coisa, restaurantes não são tão particulares ou afetivos.

Maura sorriu.

– Acredito que esteja certa.

– Por que está de pijama? Troque de roupa pra começar o dia bem, o almoço já está pronto.

A loira concordou e subiu de volta para seu quarto, abriu as janelas deixando a brisa de verão entrar, estava quente como no dia anterior, e Maura não aguentaria usar calças com a temperatura que fazia. Olhou para seu quarto pensando o quanto sentiria falta dele, do ambiente que já estava mais que acostumada. Andou até seu armário e de lá tirou um vestido leve, solto e longo, um vestido perfeito para se usar no verão. Levou a roupa para o banheiro onde se trocou. Depois que vestida, Maura sentou na beirada da cama se preparando para mais um dia.

Desceu as escadas e sentou na mesa no lugar onde sempre sentava, era como se fosse mais um dia comum na sua vida, mas esse era um dos últimos dias com a rotina que teve durante anos.

– Jane não vem almoçar conosco? – perguntou enquanto servia seu prato de comida.

– Não, ela disse que tinha algum problema para resolver, não explicou direito – Angela respondeu, embora soubesse que o motivo era a festa surpresa de Maura.

A loira não questionou, mas sentiu uma dor por dentro, a tristeza, uma dor na qual já estava um tanto quanto acostumada. Seguiram com o almoço normalmente, tendo conversas com assuntos triviais do dia a dia, mas na cabeça de Angela ela tentava decifrar os motivos da viagem de Maura, os reais motivos, porque no fundo ela sabia que o que a médica já havia lhe contado não era a verdade, pelo menos não toda ela.

– Quais seus planos pra hoje? – Angela perguntou.

– Não sei, não estou muito com vontade de sair, talvez eu fique em casa e comece a fazer minhas malas.

– Vai precisar de ajuda?

– Eu agradeço Angela, mas não precisa, você já faz tanto por mim, e essa é uma tarefa fácil.

– Maura, quando você vai entender? – a mais velha disse botando a mão encima da de Maura.

– Entender o quê?

– Você é como uma filha pra mim, tudo o que eu faço por você nada disso é muito, porque não tem limites, querida. É como com Jane, não importa se a tarefa for encher um copo de água, eu vou estar ali se você precisar, porque você é praticamente minha filha. Você me ajudou tanto cedendo a casa de hospedes pra mim, me acompanhando em coisas que Jane não gosta, como ir à shoppings. Você me ajudou muito querida, e eu agradeço cada gesto seu. Mas eu quero que você saiba que nada do que eu faço jamais essas coisas vão ser o suficiente, e até quando você estiver em NY eu vou lhe incomodar com essas pequenas coisas, vou te mandar mensagens ou te ligar perguntando se você está se alimentando, se você está bem, se está se adaptando à nova vida, e eu farei isso porque você Maura, você é minha filha de coração, você é uma Rizzoli, querendo ou não.

Maura estava com os olhos marejados, não conseguia pronunciar uma palavra sequer, em vez disso ela se levantou da cadeira e abraçou a mulher que estava próxima, a mulher que poderia com certeza chamar de mãe, a mulher que cuidou mais dela do que sua mãe biológica e adotiva. A mulher que lhe proporcionou uma de suas maiores felicidades: Jane Rizzoli.

– Obrigada – Maura sussurrou entre lágrimas.

– Pelo o que, querida?

– Por ser a mãe que nunca tive, por me proporcionar todas essas experiências novas de família – a loira abraçava Angela o mais apertado que podia.

– Eu que agradeço minha filha. Já que não posso te ter como nora, te tenho como filha.

Maura congelou no abraço, Angela riu da reação da mulher.

– Não se preocupe querida, vai dar tudo certo. Você vai ver – Angela desvinculou do abraço e limpou as lágrimas de Maura – Vocês ainda vão perceber o quão tolas estão sendo por deixar escapar por entre os dedos o que vocês tem.


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Notas finais do capítulo

Achei meigo esse final :3
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