Takashi pegou a bola rapidamente, passando direto para um garoto alto do seu time, e assim se iniciou o jogo. Ambos os times estavam jogando muito bem, mas o time verde, do Takashi estava ganhando. O jogo seguiu e os garotos não paravam de nos olhar, o que deve ter tirado a atenção do jogo. O placar estava 53x24 e o jogo deu uma pequena pausa. Os jogadores entraram em uma espécie de sala onde bebiam água, secavam o suor e descansavam.

– Você acha que eles vão conseguir virar o jogo? – perguntou Yuno sem tirar os olhos do placar.

– Não sei. – admiti.

Ao voltarem para a quadra notei que havia algo diferente no time adversário.

– Yuno, onde está Takashi? – perguntei olhando em volta.

– Não faço ideia, será que aconteceu algo? – disse fazendo o mesmo.

Não respondi, sei que não nos conhecíamos exatamente, mas era muito estranho, ele era um dos melhores jogadores do time. Continuamos assistindo e nenhum sinal dele. Logo o jogo acabou, com 67x81, ou seja, o time vermelho (do Masuni e do Takumi) haviam ganhado. Os jogadores foram se arrumar e estavam liberados. Esperamos eles no lado de fora, perto da entrada.

– O que achou do jogo? – perguntou Masuni pulando do meu lado.

Me assustei, e castiguei-o com um murro que não deve ter sido tão dolorido.

– Bobo!

Takumi chegou logo depois, olhou para a Yuno por um tempo e eu sabia que Yuno me mataria, mas puxei Masuni para um canto, deixando-os à sós.

– Masuni, o que aconteceu com Takashi? – perguntei curiosa.

– Takashi? – ele aparentou confuso.

– Aquele garoto que pegou a bola no inicio do jogo. – expliquei.

– Ah sim, não sei, mas ele precisou sair e foi substituído.

Assenti e coloquei meus braços através de seu pescoço, abraçando-o.

– Você jogou bem. – elogiei.

– Você acha?

– Tenho certeza. – respondi dando um beijo no canto da sua boca.

~~ P.V.O Takumi Taku

Por alguns minutos não sabia o que falar, estava com medo de falar algo que ela não gostasse.

– O jogo foi bom. – ela falou inesperadamente.

– Obrigado.

Sorri amistosamente, ela era tão linda, seus olhos refletiam as estrelas e suas bochechas levemente rosadas faziam dela ainda mais fofa.

– Quero te mostrar um lugar, gostaria de ir?

– Que tipo de lugar? – perguntou rapidamente.

– Digamos que é uma surpresa, mas acho que você vai gostar.

Ela assentiu e começou a me seguir, seus passos me acompanhavam sem dificuldade, e o silencio era cortante como vidro.

– Yuno, você gosta de jogos? – perguntei para quebrar o gelo.

– Sim, gosto muito. – ela falou dando um belo sorriso.

– Precisamos jogar qualquer dia, o que acha?

– Pode ser.

– Amanhã? –deduzi.

– Mas assim tão proximo?

– Se não quiser tudo bem, eu...

– Eu topo. – ela interrompeu.

Meu coração batia forte, talvez de ansiedade, mas ela causava essa sensação estranha e maravilhosa em mim.

– Chegamos.

~~ P.V.O Akiyama Yuno

Olhei em volta, estávamos em cima de uma pequena ponte de madeira, coberta de flores artificiais, em baixo passava um riacho cheio de carpas, o local era iluminado com luzes de todas as cores e de algum lugar saía uma musica baixa e tranquila. Também era possível ouvir o som de cigarras ao longe do local.

– Isso é.. maravilho! – falei impressionada.

– Que bom que gostou. – ele falou apoiando em uma espécie de cerca que beirava a ponte.

Caminhei até seu lado, ficamos observando a água sob a luz da lua.

– Yuno – falou pegando em minhas mãos, ele olhava em meus olhos e meu coração se acelerava – eu queria te falar que...

~~ P.V.O Makara Masuni

Beijei Nyu, que permanecia com os braços envolta de meu pescoço.

– Quer continuar isso em outro lugar? – perguntei.

Ela deu um sorriso, que se eu conheço bem, significava que ela queria. Passei minhas mãos por baixo das pernas dela, levantando-a e pegando-a no colo. Ela sorria e mexia no meu cabelo, fazendo-me arrepiar. Levei ela até a quadra, que já estava vazia e quase toda escura, ainda segurando-a, deixei que ela apoiasse as costas na parede, ela envolveu minha cintura com suas pernas, suas meias me deixaram tentado a tê-la cada vez mais perto.

Abracei-a e beijei sua boca, colocando a mão levemente em seu rosto, ela começou a levantar minha camisa, passando a ponta de suas unhas afiadas. Tudo que importava naquele momento era a presença dela, o som de sua respiração ofegante em meus ouvidos e seu toque que caminhava pelo meu corpo. Coloquei uma mão atrás de sua orelha, fazendo cafuné em seu cabelo, enquanto a outra permanecia em sua bunda.

– Masuni – ela falou em um tom baixo – eu...

~~ P.V.O Nathaniel

Já estava anoitecendo, Ambre ficou enchendo o saco o tempo todo, ela queria voltar para a escola, e meus pais estavam prestes a deixar. Seria muito fácil para ela voltar, já que é minha irmã. Por sorte eu tinha um compromisso importante com a diretora hoje, então não precisaria aturar ela por muito tempo.

– Vocês precisam deixar eu voltar para a escola! – ouvi ela implorando para minha mãe no canto da sala.

Saí sem ligar, encontrei a diretora na escola, no grêmio.

– Boa noite. – falei cumprimentando-a.

– Serei objetiva, Nathaniel. O Takashi tem razão, será bem melhor para a escola.

– Mas diretora, os alunos odiariam essa ideia, não seria injusto fazer algo assim com eles?

– Talvez, mas você precisa entender que será melhor, trará beneficio para a própria escola e será melhor para os alunos também.

– Eu não acho que seria necessário, mesmo que seja vantagioso. – admiti.

– Eu preciso pensar sobre isso, mas preciso de escolhas rápidas.

– Pense melhor, pelomenos durante umas duas semanas, deixe eu conversar com alguns alunos mais próximos e...

– Nathaniel! Não quero que fale sobre isso para ninguém por enquanto, espero que esteja entendendo.

– Sim, se me dá licença, tenho um compromisso. – menti.

Saí e caminhei um pouco até me afastar da escola, e então liguei para Mizuki, o celular chamava varias vezes, mas ninguém atendia. Eu precisava contar para alguém, principalmente para ela, ela é minha melhor amiga, merece saber que...