As Cold as a Black Widow escrita por Bianca Romanoff


Capítulo 9
Encarcerados


Notas iniciais do capítulo

Heey, como prometido, o capítulo do fim de semana! Apesar de não muito longo, e sem muitas cenas Romanogers, está recheado de ação. Leiam as notas finais!



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Levantei-me num pulo, uma dor lancinante na costela onde fui chutada. Não era a primeira vez que me faziam lutar de vestido de gala, e isso estava começando a me irritar.

— Podemos tentar uma conversinha antes? — Tony tentou, mas foi atacado quase quando fechou a boca.

Simon continuava de frente para mim, com aquele sorriso de desdém no rosto. Me preparei e ataquei seu rosto com um soco, que surtiu mais efeito na minha mão. Parecia feito de rocha. Eu nunca havia lutado com alguém tão forte, exceto talvez por...

— Você não é páreo para mim, Romanoff. Nenhum de vocês é. — Smin acrescentou quando viu Steve se mexer para me dar apoio. — Meu nome é Magnum. Sou um Mestre do Terror, mas receio que isso você já entendeu.

Magnum... O nome ecoou na minha cabeça, e tentei me lembrar de onde o conhecia este nome.

— Talvez queiram saber o que um cara estranho como eu consegue fazer.

— Na verdade, não estou nem um pouco curiosa, porque logo você não vai conseguir fazer! — disse, antes de alcançar minha faca presa na coxa, e investi um golpe antes que ele pudesse perceber.

A faca entrou em seu peito, jorrando gotas de sangue em mim, no entanto, ele não se abalou. Agarrou mês pulsos e me empurrou de novo para o chão, com sua força descomunal.

— Por que não chamam o amigo de Asgard de vocês? Thor? Ele seria o oponente mais justo para mim, no entanto, tenho certeza de que eu venceria.

— Vencer Thor? Você? — debochei, mesmo não estando em posição para brincadeiras. Ele não era assim tão musculoso, ou alto, como Thor.

Como se para provar seu ponto, ele chutou meu estômago, então quando me dobrei pela dor, ele acertou minhas costas, com tanta força que pensei que nunca mais fosse me levantar. Senti braços fortes me envolverem e me erguerem, e passou pela minha mente que fosse Steve, mas então os braços me arremessaram na mesa de madeira que se espatifou com meu peso.

Gemi com todas as dores que se espalhavam pelo meu corpo, e me contorci, tentando me pôr de pé. Não consegui reunir forças para isso, mas consegui visualizar a luta de Steve com uma garota magra e desengonçada, porém ela usava poderes mentais para machuca-lo. Naquele momento desejei que Wanda estivesse lá para ajudá-lo.

— Por que estão fazendo isso? — grunhi. Simon me colocou de pé para falar, e me senti como uma marionete.

— Para começar, Barão Zemo tem uma inimizade antiga com o Capitão, e depois, somos da Maggia, e vocês combatem a Maggia. Além disso, tenho um ódio profundo por Tony Stark.

— Seu ódio pessoal não me diz respeito! — gritei. Ele arqueou as sobrancelhas.

— Isso diz respeito a todos vocês. Mas não se preocupe, não estou pensando em acabar com você agora, embora eu possa.

— Então o que quer fazer?

Ele sorriu amargamente e agarrou meus ombros para me guiar para algum lugar. Cogitei tentar lutar, mas eu sabia que não era forte o suficiente. Deixei que ele me arrastasse até uma cela imunda, com apenas uma cama e um vaso sanitário, sem janelas. As grades se fecharam logo que ele me jogou lá dentro. Me senti encarcerada em uma gaiola, como um animal no zoológico.

Na “jaula” em frente a minha estava Steve, ensanguentado e abatido. Seus olhos estavam voltados para mim, e observei seus lábios formularem a frase:

— Você está bem?

Dei de ombros, sabendo que eu estava em melhores condições do que ele. Alguns murros na parede ao lado me fizeram drenar minha atenção.

— Ei, ruivinha, parece que somos quase parceiros de cela. — a voz de Stark ressoou. Eu sorri, sabendo que ele estava tão acabado quanto nós, mas ainda sim mantinha o bom humor.

Logo encarceraram Wanda comigo, o que não me deixou muito feliz. Ela não estava muito machucada. Seu olhar pairou sobre mim por alguns segundos, até ela desviar, sem dizer uma palavra sequer.

— Você está legal? — indaguei finalmente.

— Sim. E você?

Dei de ombros de novo. Na verdade eu me sentia extremamente devastada, queria abrir uma cratera no chão e enfiar minha cabeça ali. Começava a acreditar que Simon estava certo: não éramos páreos. Não assim. Precisávamos de um plano, e também, aparentemente, de Thor.

Eu sentia falta da nossa antiga equipe. Mas não conseguiria me comunicar com Thor daqui dessa cela. Como eu queria encontrar um meio de me comunicar com Clint, como da vez que Ultron me capturou, mas agora não havia nada com que eu pudesse produzir um código que chegasse até ele. Como eu queria ser um tipo de telepata...

— Wanda! — exclamei de repente.

— O que? — ela indagou, intrigada.

— Você pode alcançar o Clint, sabe, com seus poderes? — sussurrei.

— Eu... Bem, talvez. Minha especialidade mesmo é manipular a realidade, mas... Acho que consigo. A não ser que ele esteja longe demais.

— Tente!

Ela fechou os olhos, e fiquei encarando-a de perto até isso se tornar constrangedor. Observei Steve do outro lado, deitado de costas, quase adormecido. Mesmo com o paletó rasgado, o cabelo desalinhado, ele ainda estava adoravelmente lindo. Suspirei alto, pensando no que ele estava condenado aqui nessa mansão. O que todos nós estávamos condenados se Wanda não conseguisse entrar em contato com Clint ou qualquer outro que conseguisse nos salvar.

Depois de uns vinte minutos, ela abriu os olhos. Parecia desnorteada, e se já não estivesse sentada estaria desabando no chão.

— Então?!

— Não sei! Acho que sim. Eu nunca fiz isso antes com tanta pressão, mas creio que deu certo.

— Crê?! — joguei o pescoço para trás, insatisfeita.

— Pelo menos eu posso tentar algo útil. — ela murmurou. Como aquilo me irritou! Eu quis simplesmente esmurrar seu olho, e mostrar do que eu era capaz, mas então fingi que não tinha ouvido, e rumei para a cama desconfortável.

Nem liguei que ela fosse ter que dormir no chão empoeirado. Pensei que só fosse ficar rolando de um lado para o outro no colchão, mas acabei adormecendo assim que encostei a cabeça.

Acordei com um baque surdo, como uma explosão. Me coloquei de pé em meio segundo, procurando a ameaça. Wanda também estava confusa, olhando para fora procurando a origem do barulho.

— O que está havendo? — indaguei.

Mais uma explosão. Eles estariam tentando nos queimar vivos? Agarrei as grades para tentar ver mais. Eu podia ver algo correndo em nossa direção, monstruoso, enorme, mas não conseguia distinguir.

De repente, a enorme massa foi se tornando mais clara. Com apenas um punho, Hulk arrancou as grades da nossa sala, e logo depois as de Steve e do resto dos Vingadores. Meu coração disparou ao vê-lo, mas minha adrenalina também, e então corri para fora, seguindo os outros. Estávamos no meio de uma fuga. Alarmes ressoavam na mansão, labaredas de fogo se espalhavam, e vários mutantes entravam em nosso caminho para nos impedir, e nos derrotamos todos, mas a pior parte ainda não havia chegado...


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Notas finais do capítulo

Então, quero saber a opinião de vocês: Wanda e Natasha devem ser amigas ou inimigas?
Beijinhos