As Cold as a Black Widow escrita por Bianca Romanoff


Capítulo 14
Traidores


Notas iniciais do capítulo

Ok, não vou mentir, eu AMEI escrever esse capítulo. E eu sei que vai ter gente querendo me matar por causa dele kkkk.



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Estávamos todos reunidos na sala de treinamento. Bem, quase todos. Clint havia voltado, Bruce também, só faltava Thor. Nosso plano de ataque estava quase pronto. Foi quando ouvimos um estrondo vindo do lado de fora.

— Droga! Outro ataque?! — exclamo.

— Nem nos recuperamos do último! — Tony concorda.

Pegamos algumas armas e corremos juntos para o lado de fora. Minha adrenalina já estava disparada, e foi quando topamos com uma figura alta, robusta, de cabelos longos loiros. Mas não maligna.

— Thor?! — exclamamos em coro.

— Saudações de Asgard.

Ele então sorriu e abraçou cada um de nós.

— O que faz aqui? — pergunto na minha vez.

— Me comunicaram da SHIELD. Eu soube dos ataques. Magnum está atrás de nós, e só eu posso com sua força.

— Um pouco convencido da sua parte, eu estava construindo um projeto muito... — Tony começa, mas eu o interrompo.

— Nós já temos um plano. Precisamos sair à noite.

— Tudo bem, esquentadinha. — ele brinca.

— Esquentadinha? Isso é sério?

Então caímos na risada, todos, menos Wanda. Tento me colocar em sua pele. Devia ser horrível sentir que não pertencia a um grupo de pessoas. Eu me senti assim no começo, até descobrir que eu não era a única com um passado conturbado.

Quando já estamos na van, colocando os equipamentos no corpo e revisando mais uma vez o plano, eu a alcanço, colocando uma mão sobre seu ombro.

— Tudo bem? — pergunto.

— Claro. Por que não estaria?

— Pelo que aconteceu semana passada. Sabe, você não me pareceu bem.

— Bobagem...

— Se você precisar de algo, sabe, alguém para conversar...

— Deixe isso pra lá. — ela descarta minha ajuda com certo menosprezo. Minha nossa. Eu queria muito contar ao Steve, aposto que ele saberia resolver algo assim muito melhor que eu.

Mas eu a obedeço, e vou me concentrar para o plano.

Clint me avista e vem na minha direção, um sorriso nos lábios.

— Como você está?

— Eu estou bem. Nada demais. — minto. Ainda não contei sobre meu novo relacionamento com Steve, e sei que esconder coisas assim de seu melhor amigo é errado, mas estou insegura demais. — E você? Como vão as crianças?

— Tudo ótimo. Nathaniel está engatinhando.

— Mas já?!

Ele sorri orgulhoso. Eu não costumava imaginar Clint como um pai de família, um homem afastado das missões, dedicando sua vida a mulher e os filhos, mas eu o havia subestimado.

— Oi, Nat. — Steve chega e me abraça de lado, atraindo um olhar curioso de Clint.

Minhas bochechas enrubescem, mas eu o abraço de volta, evitando o olhar interrogativo de meu amigo.

— Está nervosa? — ele sussurra próximo ao meu ouvido, fazendo um calafrio percorrer minha espinha.

— Nunca. — retruco com uma risadinha nervosa, quando os olhos de Clint dobram de tamanho.

— Ela não é corajosa? — ele indaga para Clint, que assente com o queixo caído.

Quando Steve vai embora, eu penso que finalmente estou livre do constrangimento, mas ao invés disso, ele volta e beija meus lábios. Eu e Clint arquejamos ao mesmo tempo. Me viro para ele com as bochechas queimando.

— O que. Diabos. Foi. Isso?! — ele quase berra, mas um sorriso ilumina seu rosto.

— NADA! Eu só...

— `Por quanto tempo eu fiquei fora?! E você nem pra me contar? Pensei que éramos amigos...

— E somos. Mas...

— Ele é bonitão. — ele provoca, me dando um soco no ombro de leve.

— Cale a boca.

Nossas risadas se mesclaram, eu mais nervosa do que tudo. Mas então me lembrei que com Clint não havia segredos, não havia dificuldade e barreiras. Eu podia confiar nele.

Enfim chegamos. Meu coração batia mais rápido no peito, a adrenalina comum de uma missão. Nosso plano de ataque está perfeito. Eu e Clint vamos pela entrada dos fundos, armas em punho, preparados para o que der e vier.

Não encontramos resistência lá. Apenas uma câmera. Nos escondemos atrás de uma parede de tijolos e ele atira uma flecha direto na lente. Entramos sorrateiros, nos esgueirando pelos corredores até encontrar a sala de controle. Os painéis avançados brilham, telas acesas contendo milhões de informações. Mas não temos tempo para investiga-las, afinal eu já copiei grande parte delas na missão de resgate à Zoey.

Colocamos uma bomba embaixo da mesa e programamos para explodir em 5 minutos, então saímos às pressas. Os outros deveriam fazer o mesmo: colocar explosivos por toda parte.

Era um plano fácil. Quando sobrassem poucos deles, estaríamos prontos para um combate corpo a corpo. Mas quando estamos correndo para a saída, damos de cara com nada mais nada menos que Barão Zemo.

— Pensando em fugir? — seu sotaque penetra nossos ouvidos e nos recuamos, mãos nas armas. — Acharam mesmo que nós não estaríamos prontos para um ataque dos Vingadores?

Sua risada ecoa pelas paredes, me lembrando que temos pouco tempo até as bombas explodirem.

— Foram assim ingênuos? — ele nos mostra, num painel portátil, Steve e Tony desmaiados e amarrados, Wanda, Sam e James dominados, e por último, Thor e Bruce numa luta acirrada contra Magnum. — A equipe inteira veio para a festa, hein?

Seu tom irônico desperta uma fúria dentro de mim, e eu o ataco, mas então, ele puxa um dispositivo do bolso e uma onda de choque percorre minha espinha, até que eu desabo no chão, pontinhos pretos dançando na minha visão enquanto Clint me ajuda a levantar.

— Se quiserem sair vivos daqui hoje, terão de me dar uma coisinha em troca.

— Não vamos dar nada! — Clint replica, nervoso.

— Não sabe negociar, Arqueiro?

— O que você quer? — eu o apresso, ciente das bombas prestes a implodirem o lugar.

— Zoey. — a simples menção do nome da garota faz meu sangue gelar.

— Por que? O que ela tem de mais? É só uma criança!

— Zoey não é como qualquer criança. Ela carrega as trevas em seu sangue, uma aura mortífera capaz de acabar com qualquer herói que se meter em seu caminho. Com um bom treinamento da Maggia, ela será tão letal quanto você.

— Acha mesmo que depois de ouvir isso deixaremos vocês pegarem-na?

— Acho que vocês não terão opção.

Dito isso, a primeira bomba explode. Automaticamente, eu e Clint procuramos a saída mais próxima.

— Droga!

— O que vocês fizeram?! — Barão exclama.

— Temos que sair daqui, rápido!

Mas nós dois sabemos bem que não podemos deixar o resto da equipe. Corremos cegamente por entre o fogo e os destroços até encontrar os outros Vingadores, todos dominados pelos Mestres do Terror. Mas estão sozinhos, pois esses foram os primeiros a correr ao primeiro sinal de explosão.

— Estamos ferrados. — Tony lamentou-se.

— Olha a língua. — Steve corrigiu.

— Ei... Cadê a Wanda? — e indago ao não encontrar a garota na sala.

É aí que a porta se abre novamente, desta vez com Barão Zemo no meio, e dos seus lados, Magnum e... Wanda.

— O que está acontecendo? — Thor pergunta, desnorteado.

— Você! — eu aponto acusadoramente para Wanda. — Traidora!

— Eu não traí vocês. Nunca fiz parte dessa equipe. Pelo menos aqui... Eu sei quem eu sou.

— O que?! — Steve exclama. — Como pôde?

— Como você pôde me descartar?! Como se eu não fosse NADA? Aqui eu sou valorizada.

— Há quanto tempo está do lado deles? — Sam questiona, perplexo.

— Foi ela quem nos dedurou. — deduzo. Por isso eles sabiam que estaríamos aqui. Mas não foi esperta o suficiente, Wanda. Vamos todos morrer dentro de segundos por sua causa.

— Não vão não. — é a última coisa que eu ouço antes de todas as bombas explodirem, certa de aquele seria meu fim.


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Notas finais do capítulo

Então... Fãs da Wanda, please não me matem. Eu achei que isso seria uma coisa emocionante pra fic, mas claro que não será para sempre... Mais uma coisinha, estou pensando em trazer o Bucky de volta, o que acham?
PS: essa coisa da Wanda e dos Mestres do Terror foi da minha imaginação, não segue nenhum quadrinho.