O vento soprava, o relógio corria, o tempo passava. Ela não estava lá, apenas permanecia no Sunny GO e torcia para tudo dar certo. Nami observava o Sol e esperava Luffy voltar. Ela sabia que daria tudo certo, mas, no fundo, tinha um pouco de medo que ele não voltasse. De uma coisa a ruiva sabia bem: o que seu capitão tem de força, ele tem o dobro de idiotice, e era isso que lhe assustava. Claro que isso nunca foi nenhum impedimento, mas... Por que raios ela estava pensando nisso? Luffy é durão e a Equipe de Resgate é muito capaz, é óbvio que tudo vai ficar bem.

Depois de algum (muito) tempo de discussão, a “Operação Resgate ao Chapéu de Palha” começou.

Zoro, Sanji e Chopper decidiram que iriam atrás do capitão e, mesmo que a tripulação não quisesse, Mônica os acompanhou. O lado pirata disse que poderia ser muito perigoso, porém, a jovem declarou que é muito forte e que aguentaria qualquer tranco. Falaram com seus amigos e eles confirmaram tudo o que a garota de dentes salientes havia dito. Os Chapéus de Palha se entreolharam e aceitaram que ela fosse junto a eles; afinal, Luffy também não aparenta ser tão forte como é.

Uma mão pousou em seu ombro, interrompendo seus pensamentos e lhe assustando um pouco (pra dizer a verdade, ela se assustou “um muito”).

– SAI DAQUI!

A ruiva sentou um valente soco na mão do indivíduo. Tudo isso graças aos reflexos, é melhor pararmos um tempinho para agradecê-los. Obrigada reflexos, muito obrigada; a melhor desculpa para agredir os outros.

– Nossa, que recepção. – o jovem de cabelos espetados ironizou, massageando os próprios dedos.

– Ah, Cebola, é você. – Nami suspirou - Não me assuste desse jeito, ok?

– Pode deixar. – o jovem sorriu, indo para o lado da garota. - Tem problema se eu ficar aqui com você?

– Não.

– Promete que não vai esmagar meus dedos?

– Hahaha, eu prometo.

– Por que você decidiu esmagá-los mesmo.

– Hummm... – ela pensou um pouco e, por fim, respondeu. – Foram os reflexos.

Reflexos! Está vendo? Eu não disse? Eu não disse que eles mereciam? Obrigada reflexos, muito obrigada.

Espere! Onde é que eu estava? Ah, sim! Enfim, continuando...

Os dois ficaram observando o Sol em silêncio por alguns minutos, até que Cebola resolveu quebrá-lo.

– Você está muito quieta. Está preocupada com o Luffy?

– Estou um pouco. – Nami confessou - Eu sei que o Luffy é forte, o Zoro, o Chopper e o Sanji-kun também, mas... É normal ficar um pouco nervosa nessas situações, não é? – não, não é normal. Se ela sabe que tudo vai ficar bem, por que perder tempo ficando nervosa? Ah, como se alguém pudesse evitar isso! - Até porque eu não conheço a Cabeleira Negra, então não sei exatamente com o que estamos lidando.

– Mas eu a conheço. – Cebola garantiu - E sabe quem mais a conhece? A Mônica, ela vai ajudá-los, Mônica é a pessoa mais forte que eu conheço. Não tem motivo pra você ficar nervosa, Nami.

A ruiva sorriu:

– Eu sei. Tudo vai acabar bem.

Os braços de Cebola envolveram rapidamente sua cintura fina, seus rostos foram se aproximando até que...

– SAFADO!

Até que Nami gritou e lhe deu um soco na parte superior da cabeça, a vermelhidão do galo destacou ainda mais o seu penteado exótico. Alguém realmente achou que eles se beijariam? Pelo o que eu vejo vocês não sabem o que se passa na mente de nossos queridos personagens.

– Cebola, o que foi isso?

– Nami, eu só pensei que...

– Pois então você pensou tudo errado! – a ruiva o cortou, sem nem lhe dar a chance de argumentar. – E eu achando que você era um cara legal, que você podia ser meu amigo.

– Mas, Nami, você sempre corava quando eu te elogiava e eu achei que...

– Eu só corava porque me sentia bem, afinal, todo mundo gosta de ser elogiado, principalmente quando não é algo exagerado como os do Sanji-kun.

– Desculpe.

– Tá desculpado, mas eu não quero mais te ver tocando nesse assunto.