POV CHARBITTEN

A Alice havia apagado completamente depois do quase estupro. Preocupação não definia o que eu estava sentindo. Vontade de chorar, uma confusão imensa e raiva rondavam minha mente. Eu nunca havia pensado que o Ken seria capaz de fazer uma coisa dessas. O pequeno Ken, que há anos atrás dividia o lanche com todos...

— Deixa que eu cuido dela. - Disse o Armin preocupadíssimo. Me preocupei mais ainda, sabia pelo que o Armin tinha passado e grande parte da história dele. Mas também sabia que ele nunca faria nada a ninguém. Ele nunca começava as coisas.

— Ok. - Disse o Castiel secamente. - Eu e a Char cuidaremos do Ken.

Em falar no Ken, eu e o Castiel havíamos dopado ele com tranquilizantes e ele dormia como um bebê agora. Falamos que íamos falar com os pais dele mas na verdade iríamos entregá-lo a polícia. 

Castiel foi dirigindo com o carro do Leight e fomos todo o percurso sem falar uma palavra. Fui me arranhando pois sabia que quando chegasse lá teria que fingir que fingir e ter provas de que fui estuprada (teria que fingir para que o Ken fosse preso, era um mal necessário). Ninguém nunca acredita em uma mulher que diz ter sido estuprada se ela não estiver sangrando até a morte. Me impressionam idiotices dessas.

Chegamos lá e relatamos o ocorrido. Dei meu depoimento sem medo do que pudesse acontecer pois eu estava frustrada, com raiva e ao mesmo tempo feliz por finalmente estar com o Castiel depois de todo o tempo que passamos juntos como amigos mesmo sabendo que nós tínhamos sentimentos um pelo outro.

— Tá tudo bem? - Castiel perguntou preocupado e o silêncio era constante ao mesmo tempo que nos frustrava.

— Claro que tá, por que não estaria? - Fui irônica como amava ser quando a situação estava fodida. E com certeza esse era o caso.

— Pra onde a gente vai agora? - Castiel perguntou, eu senti a tristeza em sua voz. Senti o medo também, e senti a malícia.

— Pra casa. Pra tua e não pra minha. Tem muita gente lá e eu não quero lembrar. - Comecei a chorar e a borrar todo o meu rímel. Que merda.

Castiel pegou na minha mão pra tentar afastar a cena da Alice sendo estuprada de minha mente. Ele sabia que era nisso o que eu estava pensando. Ele sabia tudo sobre mim.

Eu estava frustrada, eu queria morrer, eu queria esquecer e eu queria foder.

Eu queria foder com o Castiel como ele fudeu comigo.

Fudeu bonito e gostoso, e não é nem de sexo que eu estou falando.

Quando ele apareceu na minha vida, tudo pareceu virar uma confusão. Ele me levou á loucura e não consegui sair dela até hoje. Não que eu esteja reclamando, não estou.

— Char... - Castiel disse me desconcentrando dos meus pensamentos (ele).

— O que foi? - Perguntei acordando de meus devaneios.

— Chegamos. - Ele disse e me abraçou. Não foram aqueles abraços rápidos que duram no máximo 5 segundos. O nosso durou mais de 20.

Se eu não conhecesse o Castiel tão bem quanto eu conheço, eu acharia ele um completo babaca. Paga de badboy, rockeiro e sem sentimentos, eu diria.  Só pensa em beber e em sexo barato, pelo menos é isso que todos pensam quando olham pra ele. Mas isso está longe de ser verdade. Castiel é um dos caras mais sentimentais que eu conheço. E eu amo muito ele.

Subimos no elevador de mãos dadas. Não queria que esse momento acabasse nunca. Eu nunca havia entrado no apartamento dele depois do que havia acontecido entre nós.

Sétimo andar, chegamos.

— Vou tomar banho... - Eu disse um tanto nervosa, Castiel estava nervoso também e disse que eu podia usar a toalha dele.

Entrei e por maior que fosse o nervosismo, não tranquei a porta. Tomei banho com água quente sem lavar o cabelo enquanto suava como um porco nervoso.

Me sequei com a toalha e percebi que não tinha roupa para usar. Meu nervosismo aumentou ainda mais. Eu estava enrolada na toalha tremendo.

Amarrei a toalha forte no corpo para que ela não caísse, criei coragem e abri a porta. Castiel estava deitado na cama olhando para o teto paralisado.

— Cas... - Ele me olhou perplexo e seu membro subiu. Fiquei mais corada do que já estava. - Tu tem alguma roupa pra me emprestar?

Ele corou e pareceu ficar nervoso. Mesmo que ele tivesse alguma roupa pra me emprestar eu sabia que ele estava nervoso e não ia fazê-lo procurar.

— Eu posso te emprestar uma das minhas camisetas de banda se tu quiser... - Puta que pariu, ele sorriu. Ia dar merda, eu sabia. Nós dois estávamos nervosos e excitados, com certeza ia dar merda.

Ele pegou a primeira blusa que achou no guarda-roupa e me entregou nervoso. Eu corri para o banheiro quase deixando a toalha cair e coloquei a camiseta. Para a minha sorte ela era grandinha até pra uma camiseta normal. Mas não quando não se está usando nada na parte de baixo.

Meu coração batia a mil por hora, fechei delicadamente a porta do banheiro e o Castiel estava paralisado deitado em sua cama. Desliguei todas as luzes do apartamento deixando só as do criado mudo ligadas.

Me deitei ao lado do Cas, e senti o suor dele nos lençóis. Não ia dar, nós não íamos conseguir. Eu estava nervosa, e ele mais ainda.

Percebi que a minha blusa tinha subido e que o Castiel já tinha percebido isso. Ele estava parado e seu membro completamente rijo.

Não consegui me segurar e comecei a beijá-lo por cima do lençol. Ele passou a mão pela minha cintura e tentou tirar minha blusa, mas eu não deixei, pois estava em desvantagem. Ele ficou claramente puto.

Tirei a camiseta dele enquanto nos beijávamos e ele acariciava meus seios por dentro da blusa. Eu estava por cima e muito excitada, não consegui me controlar e quis matá-lo de desejo.

Enquanto ele ia tentar tirar minha blusa novamente, sentei em cima de seu membro rijo sobre a calça jeans. Senti-o gemendo e muito excitado.

Ele me pegou pelas coxas e me colocou por baixo, tirou minha blusa e começou a beijar meu pescoço sussurrando:

"Tu é muito linda".

Ele desceu pros meus seios e começou a acariciá-los novamente, e enchê-los de beijos. Eu estava suando. Comecei a desabotoar a sua calça jeans e senti seu membro, joguei Castiel pra baixo novamente e precisei da ajuda dele para tirar sua calça jeans. Empurrei o membro rijo de Castiel pra baixo, dessa vez com a mão, mas ele não ia.

Castiel riu nervoso das minhas tentativas, eu mordi o lábio e retirei sua cueca. Passei minha mão sobre seu membro e fiquei o pressionando pra dentro. Castiel gemia, e chegou a hora de perguntar:

— Tem camisinha? - perguntei vermelha e muito nervosa.

— Na ga-avet-a d-do lad-o - Castiel respondeu gaguejando e gemendo.

Abri a gaveta e peguei a camisinha. Coloquei-a no membro rijo de Castiel e comecei a penetrá-lo. Até eu estava gozando agora. Castiel gemia muito e seu membro ficava cada vez mais duro. Sua respiração ficou mais pesada de repente e eu sabia: ele tinha atingido o orgasmo. 

Não demorou muito e ele voltou com tudo voltando pra cima e começou a me penetrar com força. Doía, mas era bom. Ele parou de me penetrar rapidamente e começou a me penetrar devagar e foi bem mais fundo, tremeu o corpo e foi apertando os meus seios para ir mais. Minha respiração ficou mais pesada e eu comecei a gemer alto. Ele sabia que tinha conseguido.

Não satisfeito com isso, me pegou pelas coxas, me encostou na parede e nessa posição, com as pernas mais abertas ele me penetrou mais, e eu ainda estava sofrendo os efeitos do orgasmo.

Fechei as pernas gemendo porque era muito prazer e muita dor. Caí no chão e fiquei ali por um tempo até os efeitos passarem. 

Sem avisar o Castiel, comecei a penetrá-lo no chão, e ele foi totalmente pego de surpresa. Deitei em cima dele nua e senti seu membro rijo no meu anus e virei rapidamente de frente novamente.

O penetrei várias vezes até que ele atingisse o orgasmo novamente, ele gemeu e eu o beijei loucamente:

— Eu te amo Cas. - eu disse

— Eu te amo Char. - Ele disse.

E caímos no sono como cavalos dopados.