Another reality escrita por Unicórnio docete
Notas iniciais do capítulo
OIII MEUS AMOREESSS
Cap novinho pra vocês ♥
e sim, VOLTEI COM TUDO!
Boa leitura! ^^
E NÃO ME MATEM
POV ALICE
Quando chegamos os outros já estavam na fila para entrar na boate. Rosa estava abraçada com o Leight e o Lys estava segurando muita vela e parecia inquieto.
Alexy estava cantando vários caras e estava recebendo vários olhares (tanto femininos quanto masculinos).
A Char e o Cas estavam de mãos dadas me ignorando quase que completamente. Char começou a gritar:
— VOCÊS NOS DÃO A GENTILEZA DE EXECUTAR O FAMOSO FURO? - Rosa olhou pra trás e abriu um sorriso.
— PODEM VIR! - Rosa gritou e eu fui atrás da Char e do Cas até o lugar na fila onde eles estavam.
Mesmo sabendo que iria demorar um pouco até que conseguíssemos entrar, todos pareciam estar se divertindo com suas conversas (e beijos). Resolvi falar com o Lys que continuava inquieto e parecendo olhar para o nada:
— Lys! - disse isso e lembrei do que a Char havia me falado. O Lys estava junto no dia em que o Alexy admitiu o que fazia com o Armin. Será que ele toparia o plano?
— Boa noite, Alice. - Ele disse com a sua voz suave mas com os pensamentos distantes como sempre. - Andei preocupado... - Ele finalmente olhou pra mim. - Tá tudo bem contigo?
— Estou bem sim... - um calafrio subiu pelo meu corpo. Pensei em perguntar como ele sabia mas desisti, não queria lembrar disso.
— Algo parece estar te perturbando... - ele disse ainda com o olhar distante.
— Tem uma coisa que eu preciso te contar. - Lys direcionou o olhar pra mim. - Eu preciso da tua ajuda. - sussurrei baixinho.
— Como posso te ajudar? - Lys disse abaixando o tom de voz.
Nessa hora, a fila andou, e entramos com os outros. Mostra identidade, guarda identidade, e depois dessa confusão toda entramos, e pude finalmente continuar a falar com o Lys.
Fomos em direção ao bar da boate, sentamos, e continuamos a falar:
— Onde paramos mesmo? - Lys disse, confuso como sempre. Acabava até sendo fofo ás vezes.
— Eu preciso da tua ajuda. - Aumentei o tom de voz para que o Lys pudesse me escutar. O barman nos ofereceu bebida e negamos. Isso ficaria pra depois, prossegui. - Tu tava naquela noite em que o Alexy ficou bêbado e falou as coisas que fazia com o Armin né? - Lys arregalou os olhos e me puxou pra um canto com menos gente e menos barulho.
— Como você sabe sobre esse dia? - Lys perguntou agora mais concentrado e não mais distante. Ele parecia irritado e revoltado também.
— A Char me contou mas... Não importa. - disse já ficando confusa e com vontade de chorar novamente. - Qual a sua opinião sobre? - Lys ficou nervoso.
— Eu não acho justo e nem certo. - Lys fez uma pausa para pensar. - Mas não há nada que possamos fazer. - disse Lys já me puxando de volta para o bar.
Soltei seu braço que segurava o meu e disse:
— NÃO! Eu e a Char já temos um plano. - Ele arqueou uma sobrancelha. - Basta você nos ajudar. - Disse tentando convencê-lo.
— Para isso, precisa me contar qual são seus planos. - Ele disse cedendo e me deixando contar.
— Nós vamos deixar o Alexy bêbado. - Lys arregalou os olhos, mas me deixou prosseguir. - E vamos fazê-lo admitir novamente as coisas que fez ao Armin. E dessa vez, vamos fazer o que vocês deviam ter feito: gravado um áudio.
— Vocês só podem estar fora de seus níveis de sanidade... - disse Lys tentando se manter calmo, mas era perceptível o suor agora escorrendo sua pele.
— Tu vai nos ajudar ou não? - virei para trás e vi Alexy indo em direção ao bar, era a nossa oportunidade.
— Não significa que concordo com o método de vocês. - Disse Lys cedendo.
Eu não sabia descrever o que eu estava sentindo naquele momento. Não era felicidade, mas também não era tristeza. Eu queria justiça. Estava com raiva, triste e feliz, porque era nessa noite que iríamos consegui-la.
Abracei forte o Lys. Esse era o meu agradecimento pela sua ajuda. Ele pareceu ficar sem reação, então apenas sentiu o abraço sem dizer palavra alguma.
Quando chegamos no bar, o Alexy já estava saindo. Eu não podia deixar que perdêssemos a nossa única chance. Mandei uma mensagem pra Char avisando pra que ela e o Cas me encontrassem no bar.
— Ei, Alexy. - ele se virou e sorriu.
— Alice, linda e maravilhosa! Você veio! - Ele disse se agachando e beijando a minha mão, assim como na primeira vez que nos vimos.
— Estou feliz por te ver também! - Era uma mentira, eu não estava. Fingi animação. Lys estava só observando.
— Tô afim de beber... - disse mudando de assunto. Alexy parece aprovar a ideia. - Vamos beber tantos xotes que amanhã não vamos nem lembrar nossos nomes! - disse já fingindo a bêbada (sendo que, na verdade, eu nunca havia bebido até então). Lys me olhou perplexo.
— Eu aceito a sua proposta! Quero fazer loucuras... - disse Alexy sentando-se em um dos bancos do bar. - Vai querer também Lys-fofo? Por minha conta... - disse Alexy sorrindo.
— Não, muito obrigado. Mas não bebo. - Disse Lys convicto. Eu também não bebia, na verdade, nunca havia bebido. Mas não iria contar ao Lys, ele poderia me impedir de cumprir o plano.
Char e Cas chegaram e se sentaram um pouco mais afastados. Char piscou pra mim e ela e o Cas ficaram conversando normalmente.
— Duas cachaças, por favor. - disse ao barman que logo depois trouxe as doses. Alexy jogou o líquido quase transparente goela abaixo. Eu demorei, mas derrubei lentamente e senti minha garganta arder. Puxei o Lys e sussurei:
— Eu nunca bebi antes. - ele pareceu assustado, mas sabia que agora não podia mais me impedir.
— Mais duas doses, por favor, por minha conta essas. - Sorri para o Alexy que parecia estar realmente feliz.
O barman retornou com as doses de cachaça. E foi assim por tantas vezes que até perdi a conta.
Eu não sentia mais a minha garganta e tava tudo tão lindo.
—--
POV LYSANDRE
A Alice nunca havia bebido e agora estava completamente bêbada. Ela iria passar muito mal. Alexy estava completamente embriagado também.
Comecei a fazer perguntas que o denunciassem. Ele respondeu a todas admitindo as coisas horrendas que fez. Eu estava no mínimo perturbado com tantas descrições e Alexy estava bastante exaltado, o que contribuiu para o meu pavor.
Direcionava as perguntas ao Alexy mas não conseguia tirar os olhos da Alice. Ela ia passar mal a qualquer momento, não poderia deixar isso acontecer. Alice já não estava falando nada com nada e estava completamente tonta.
Chamei a Charbitten e o Castiel e pedi para que eles continuassem a fazer perguntas e gravarem áudios em seus celulares. Tudo estava indo bem, Alexy estava admitindo tudo.
Peguei a Alice no colo e tive que entrar com ela no banheiro feminino. Tinha medo que abusassem dela no masculino, e precisava cuidar dela.
— Tá tudo tão lindo - disse Alice observando tudo ao redor como se tudo fosse uma novidade. - LYS VOCÊ NÃO PODE ENTRAR AQUI! É O BANHEIRO MASCULINO! - Disse Alice completamente embriagada. Ela começou a cambalear e eu sabia que a hora era agora. Segurei seus cabelos e fiz um coque com uma das mãos e a outra apoiei em sua cintura para que ela não caísse.
Ela vomitou. Tirou todo o álcool para fora. E começou a falar coisas sem sentido algum até para um poeta esquecido como eu.
Quando ela acabou, a segurei pela cintura e chequei sua testa. Ela estava quente, com febre. Eu precisava tirar ela dali o mais rápido possível.
Peguei ela pela mão e tentei puxá-la mas ela não permitiu.
— QUEM VOCÊ PENSA QUE É PRA IR ABUSANDO ASSIM DE MIM? — e a Alice começou a chorar. - Mas é tão lindo... eu deixo.
Alice começou a me beijar desesperadamente. Seu beijo tinha gosto de cachaça e vômito. Eu sabia que ela não queria estar fazendo aquilo.
Então por que não interrompi aquele beijo?
Lysandre, acorde de seus delírios! A Alice estava bêbada. Você sabe que ela não está realmente falando sério, não sabe?
Ela não quer realmente te beijar, porque simplesmente não a empurra e a leva pra sua casa para tratar da febre dela?
Talvez porque quem estivesse realmente doente fosse eu. Desde a primeira vez que falei com ela. Talvez por ela ter lido e elogiado meus poemas como ninguém nunca havia feito antes. Talvez por ela ser diferente das outras, por ela ser a única que realmente havia se importado comigo.
Eu sabia que ela ia esquecer dessa noite amanhã e eu iria ter que viver com esse momento apenas pra mim pra sempre.
Finalmente criei coragem para interromper o beijo e a pegar no colo, apoiando sua cabeça em meu ombro. Eu estava chorando, e a Alice estava babando em meu ombro e dormindo como um bebê.
Em tão pouco tempo tanta coisa havia mudado, e agora teria que guardar essa lembrança para mim eternamente.
O tipo de lembrança que não será necessária que seja escrita no meu bloco de notas para ser lembrada. Porque nunca vai ser esquecida.
Sorri e limpei as lágrimas. Liguei para o Leight e para Rosa pedindo para que fôssemos embora.
Leight foi dirigindo e pela primeira vez em toda a minha vida, o silêncio foi perturbador.
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Espero que tenham gostado :D