Amnesia escrita por Mint Boy
Notas iniciais do capítulo
Terceira tentativa.
Agradeço aos reviews e espero que gostem do capítulo.
Recomendo ouvir Saite das Kamen Rider Girls
Não vou deixar o link porque acho que isso ta me bugando ou slá
Boa leitura
E lá estava eu tentando não correr pelos corredores do hospital. O que eu queria mesmo era pular e gritar que Levi havia acordado.
– Eren. Eren! – O médico exclamou pouco antes de eu entrar no quarto de Levi. Ele me puxou para longe da porta e cochichou: - Eren, ele sofreu uma grave lesão...
– Conte-me algo que não sei. – respondi, impaciente.
– Eu não sei se ele se lembra.
– O quê? - perguntei. Havia alguma chance de ele não lembrar?
– Ele atingiu uma parte delicada da cabeça e, bem... – ele desviou o olhar para a prancheta. Vire-me e entrei no quarto.
Ao seu lado estava Hanji, uma velha amiga. Ele estava um pouco pálido, mas estava acordado e era isso que importava.
Hanji me notou quase que imediatamente e se levantou da cadeira em que estava para vir me cumprimentar.
– É bom vê-lo, Eren. – disse enquanto estendia a mão
– Igualmente. – apertei sua mão gelada e fui até Levi. – Então... como está? - ele me olhou curioso por alguns segundos, olhou para Hanji e em seguida olhou para mim.
– O que você acha?
– Er, Rivaille... você se lembra do Eren, não é?
– Não. – disse rispidamente.
E de repente eu senti como se algo tivesse cravado em meu peito. O encarei por alguns segundos e ele fez questão de fazê-lo também, observando cada detalhe do meu rosto.
– Onde está Erwin? - perguntou à Hanji.
Foi quando eu realmente me dei conta de onde estava: Num pesadelo. Não era possível que aquilo estivesse acontecendo... não agora.
Estava indo tudo tão bem, mas... naquele dia. Naquele maldito dia...
– Na verdade, - Hanji interrompeu meus pensamentos. – vocês não se falam a algum tempo.
– Mesmo? - ele colocou a mão sobre a testa – Quanto tempo? Por quê?
– Uns três anos mais ou menos. Você jogou algumas coisas nele e depois foi pra Paris. Quando voltou, bem, começou a sair com o Eren. – E foi quando ele voltou a me encarar.
– Quando foi que eu virei um pedófilo?
– Eu tenho vinte e um. – falei baixinho.
– Ótimo! Há quanto tempo estamos juntos, pirralho?– Senti vontade de pular em cima dela, estrangula-lo e depois beijá-lo.
– Um ano e meio. – respondi tentando evitar contato visual.
– Moramos juntos? - apenas afirmei com a cabeça.
– Com licença, - a enfermeira bateu na porta. – acho melhor deixarem o paciente descansar um pouco. Além disso, precisamos fazer alguns exames para ver se está tudo bem.
– Eu não lembro da porra do meu namorado pirralho de vinte e um anos. – ele disse, o que fez com que eu me sentisse um pouco feliz. – Você acha mesmo que está tudo bem?
– Deixarei você descansar agora. – disse, me aproximando. – Passarei a noite aqui caso qualquer coisa.
– Vá para casa, pirralho. – disse enquanto olhava para o lado oposto ao que eu estava. – Ligue para Erwin. Quero falar com o Erwin. – e então desviou o olhar para mim. Seus olhos acinzentados me encaravam de forma séria, de modo com que captei que aquilo era, na verdade, uma ordem. E eu não seria idiota para desobedece-la.
– Farei isso. – menti. Continuaria no hospital, mas ligaria para Erwin.
Saí do quarto e avistei meu pai sentado em uma daquelas duras cadeiras de hospital. Fui até ele e me sentei ao seu lado, apoiando os cotovelos em meus joelhos e colocando as mãos sobre o rosto.
– Ele não lembra. – Eu disse enquanto segurava as lágrimas.
– Ele vai lembrar, filho. Não se preocupe. – Disse enquanto alisava minhas costas.
E na minha cabeça eu só conseguia pensar no que diria para Erwin.
~
Era por volta das duas e meia quando cheguei a um saguão. Me dirigi até o balcão, onde uma senhorita loura folheava uma agenda.
– Tenho hora marcada com o senhor Erwin. – disse.
– Ah, sim. – ela disse enquanto pegava o telefone e discava. – Sr. Smith? Aquele rapaz está aqui. Sim, sim. Pode deixar. – ela confirmou, levando o telefone até sua base. – Pode subir.
E subi de elevador até chegar ao terceiro andar, onde entrei em uma sala da qual havia escrito “Erwin Smith” na porta. O homem louro estava entre papeladas e livros.
– Parece ocupado. – disse, parando à frente de sua mesa.
– E estou. – disse sem olhar para mim. – Sente-se, por favor.
– Eu vou ser rápido, não se preocupe. – disse. – Sabe o Levi?– e então ele me fitou por uns instantes, abriu uma gaveta, pegando uma pasta e me entregando em seguida.
– Sei... – respondeu. Peguei a pasta e a abri. Estava cheia de artigos sobre o meu namorado e o quanto a comida que ele fazia era cara e boa. – Sei, inclusive, sobre o acidente. – acrescentou. – Está na última folha. – ele apontou e eu fui até lá. Havia informações e imagens de nós...
– Ele acordou – falei enquanto fechava a pasta e entregava de volta para Erwin. – e quer te ver.
– Me ver? - ele fez uma expressão confusa e encarou a pasta por alguns segundos. – Eu não sei se ele te contou, mas da última vez que nos vimos ele atirou um copo de vidro na minha testa... sem contar os outros utensílios de cozinha.
– Eu não sabia até então, mas... bem. Ele teve um trauma muito sério e aparentemente perdeu boa parte da memória. Ele ainda acha que vocês...
– Oh! – e então ele e fato pareceu surpreso – Você... não está brincando, está? Eu não tenho para brincadeiras, como pode ver.
– Não estou. Ele não lembra de nós... de mim. – mordi o lábio inferior. – Seria muito bom se fosse vê-lo.
– Eu irei.
– Obrigado, Erwin.
Quando me despedi de Erwin e sai de sua sala eu senti como se já não houvesse mais chão abaixo de mim. Era como se tudo aquilo tivesse desaparecido com as memórias de Levi.
E então o medo de ser trocado por Erwin tomou conta dos meus pensamentos enquanto eu pegava o táxi de volta para o hospital.
Não demorou muito para que eu estivesse de volta ao pequeno quarto de hospital.
– Como se sente? - perguntei enquanto me sentava ao seu lado.
– Quer mesmo que eu responda? - falou enquanto fitava suas mãos unidas. – Erwin vem?
– Sim.
– Sinto muito por não lembrar de você. – Levi disse em um tom baixo.
– Tudo bem, eu acho. Não é culpa sua.
– Se importa se eu perguntar algo?
– Er, não. – e milhares de coisas passaram pela minha cabeça. Coisas do tipo “Como nos conhecemos” ou “Como foi a primeira vez em que transamos”?
– O que causou aquele acidente?
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Acho que agora vai.
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