"Acho que ninguém pode

falar da dor enquanto

ainda a sofre"

Memórias de uma gueixa

No dia seguinte, Layra acordou co sua irmãzinha pulando em cima de si.

–Sai. O que você quer Mayra?

–Mamãe tá chamando. Mamãe tá chamando. -Ainda pulando a pequena criança falava.

–Pra que?

Mayra deu de ombros e continuou pulando. Layra se estressou.

–PARE DE PULAR AGORA MAYRA MIRANDA LUCY PETROVICH.

Com um grito assustado, May saiu da cama da irmã mais velha e correu pela casa. Rolando os olhos, a morena percebeu que havia ido dormir ainda com a roupa do dia anterior. Foi ao banheiro de seu quarto. Fez a higiene matinal e tomou um bom banho.

Depois disso, foi até seu closet, pegou uma calça jeans rasgada nos joelhos, uma blusa estampada e sapatilhas pretas. Prendendo o cabelo num coque frouxo, ela desceu.

–Olha só quem resolveu dar o ar da graça. Se não é minha irmã Layra Maddison. -Logan brincou assim que a irmã desceu para a cozinha.

Esta olhou para ele e debochada lhe disse:

–Não, não. É Merlin de saia. Idiota.

–Alguém ainda está de mal humor.

–Ah é mesmo? Acredita que eu nem havia percebido?

Logan desistiu de animar a irmã. Olhou para o pai, que estava do outro lado da mesa lendo o Profeta Diário.

–Sua filha está pior do que ontem.

Ao que Rick respondeu, sem tirar os olhos do jornal.

–Você ainda duvidava?

–Hahaha. Mas são muito engraçadas essas pessoas. Como vocês se sentiriam se, do nada, se mudassem e ninguém lhes falasse o motivo? Espera...foi exatamente o que aconteceu. -pai e filho encararam Layra, o pai se sentia desconfortável e culpado. Enquanto que o irmão, se sentia triste; triste pelo fato de sua irmã, sua princesinha, estar sofrendo.

Nisso Athenodora entrou na cozinha acompanhada de Mayra, esta última tinha os olhos lacrimejantes e apontava a irmã.

–Por que você gritou com a May?

–Mais essa pirralha já foi fofocar? Mereço viu. Então dona Mamãe, Vossa Majestade gostaria de ser acordada quase sendo pisoteada por um gnomo?

–Eu não sô um gnomo!

Mayra respondera brava. Layra, ainda olhando a mãe e sem dar a mínima atenção a irmã, sorriu irônica. Athenodora, já sem paciência, pediu a Logan que acordasse Kara e os avisou que iriam ao Beco Diagonal.

–Beco Diagonal? Isso lá é nome?

–Sim, Layra. É.

–E o que nós vamos fazer lá?

–Comprar seu material, ora essa.

Athenodora se dirigiu a grande lareira que havia na sala. Pegou um potinho que continha uma espécie de pó.

–Tome. É pó de Flu. Pegue um punhado e...

–Eu sei como funciona tá, mãe.

A garota foi até o pote, pegou um pouco e entrando na lareira gritou: "BECO DIAGONAL". E puf, desapareceu.

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Quando reapareceu, Layra estava estava em uma espécie de bar. "Essa droga é o Beco Diagonal?" pensou. Logo depois sua mãe apareceu com Mayra a tiracolo.

–Ah, ai está você. Venha querida.

Indo a uma parede de tijolos, Athenodora Petrovich fez uma sequencia com a varinha. Assim os tijolos se abriram formando uma passagem. Na grande passagem haviam lojas de todos os tipos, com os mais variados produtos. Mayra bateu palmas animada, enquanto que a matriarca da família se virava com um sorriso gentil e acolhedor nos lábios para Layra.

–Bem vinda ao Beco Diagonal!

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Depois de horas andando, a mãe e as duas filhas resolveram que já haviam comprado tudo. Afinal, varinha Layra já tinha.

Enquanto voltavam para casa, Layra perguntou à mãe:

–Mamãe? Não vai mesmo me explicar do por que de termos nos mudado?

Athenodora com um suspiro exaustivo, fingiu não escutar o que a filha havia dito. Lay, resolveu não insistir no assunto. Não daria em nada afinal. O que podia fazer se não aceitar?

Ao chegarem, Mayra foi pulando procurar o que fazer. Athenodora foi à cozinha ajudar Bonnie na preparação do almoço e Layra...Layra se jogou no sofá, pensando no que fazer.

Point Of View Layra

E lá estava eu. Jogada no sofá. Vida triste essa minha, vou te contar.

–Layra! -Kara apareceu seiládaonde, me assustando.

–Tá doida é? Vai assustar avó!

minha doce irmã, só que não, rolou os olhos.

–Onde vocês foram?

–O Logan não te falou não?

–Logan é um imprestável.

Realmente. Servia pra nada aquela peste. Só pra me tirar a paciência.

–Mamãe, eu e o Gnomo fomos ao Beco Diagonal.

Depois de um "ahh" super animado, notem a ironia, da Kara, ela sumiu. Isso mesmo, sumiu. Isso que dá darem licença para uma pessoa sem neurônios aparatar. M E R E Ç O.

Almoçamos sem o papai, que havia ido ao Ministério fazer seiláoque. E depois disso o resto do dia foi um tédio.

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Quando fui deitar a noite, eu sabia muito bem que daqui a dois dias eram 1° de Setembro. Tudo começaria. Uma nova escola. Uma nova vida. Será que também novos amigos?