Doce assassinato escrita por Myhells


Capítulo 2
Capítulo 2 - FINAL-




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Quando amanheceu me dirigi ao toilette do meu aposento. Um pequeno vão aconchegante, uma banheira de porcelanato e alguns jarros de flores tulipas - artificiais - decoravam o entorno. Soalho do melhor carvalho como o do antigo salão, paredes claras proporcionavam total requinte. De fato, toda a academia em si era bastante elegante. Tomei meu banho e ao sair do mesmo deparei-me com um uniforme sobre o estofado. A veste superior recordava o antigo traje militar britânico, porém, de tonalidade azul escuro. A saia colegial em sua barra constava uma listra branca destacando o tom vermelho intenso da mesma.

"Quem será que deixou isso aqui?" refleti ao pegar o bilhete sobre o uniforme.

"Como toda aluna da Miator, deve usar um uniforme. Assim, será mais convincente! Assinado: E.M.S"

– E.M.S? O que essas abreviaturas são? Sei que é o meu cliente... Mas nem o nome ela me disse! Esse trabalho está cada vez mais estranho. - disse desconfiada. Parei de me questionar e vesti aquele uniforme usando meia-calça preta.

Após vesti-me um alvoroço começara. Gritos estéricos e correria pelos corredores agitavam a Miator. Sai do meu quarto e as superiores corriam em direção ao vestuário feminino. Conduzi-me até onde a agitação começara. Várias garotas estavam ao redor de uma garota. Entrei para visualizar melhor e era Elizabeth. Ela segurava uma nota com letras encardidas como sangue. Fui até ela e peguei a nota de suas mãos o bilhete dizia: "Aprecie seus momentos finais, porque serão os últimos de sua vida". Observei o olhar espantado de Elizabeth, suas mãos tremiam e a pele alva estava mais pálida do que de costume. Observei as garotas ali presente e nenhuma emitia uma aura negativa ou parecera suspeita. Nenhuma que constava ali.

– Meninas acalmem-se deixem a senhorita Bloom respirar. Voltem para suas salas isso é assunto particular. - A coordenadora retirava as alunas dali, era uma senhorita que parecia caminhar nos seus 30 anos, pele alva e cabeleira acastanhada, pelo semblante passara diversas noites acordada amontoada de trabalho. - Senhorita Ootori, você deve regressar para sua aula. - informou por fim.

Elizabeth olhou para mim com os olhos marejados e indecifráveis, clamando por algo que somente ela sabia. Nada podia fazer ali, fui para sala de aula e passei às duas horas e meia estudando disciplinas entediantes. No intervalo liguei para Tomoe.

–Tomoe? Sou eu! Está afim de fazer umas pesquisas? - articulei explicando todo o procedimento. Desliguei ao notar a presença de alguém atrás de mim.

– A senhorita Agnês não permite que as alunas saiam e usem celular. - uma jovem de madeixas longas azuis celeste com feições colegiais de fundamental aproximava gradativamente. - Você não é daqui, certo?

– Sou aluna de intercâmbio, não escutou os outros? - "O que aquela baixinha queria afinal?"

– Falo sobre esta academia! Só os nobres freqüentam aqui. Eu li sua fixa. Consta pouca informação para uma aluna de intercâmbio. - sua voz fina e baixa pôde ser mais ouvida quando aproximou-se de mim.

– Você andou me investigando? Esses são seus hobbies? Coletar informações de novos alunos?

– Não! Só os interessantes. - ela disse ao se afastar parando a dez passos. - A biblioteca é um bom lugar para se ler a noite. Lá ocorre muitas histórias. - disse por fim.

Algo estava ocorrendo naquela academia, o meu alvo estava sendo alvo de mais uma pessoa! Significa que um de nós herdaria os próximos milhões. Se eu possuía um rival, logo ele não existiria mais. Regressei para as próximas aulas e Elizabeth estava sendo confortada pela sua amiga nobre, Ascot. Eu posso está exagerando, mas eu detestava essa garota. A turma estava inquieta devido o ocorrido, fora preciso três ordens de silêncio da professora Anne - que ligeiramente me lembrava a atriz Zooey Daschenel com seus lindos olhos cor de safira.- Transferida a seis meses atrás. Ela dava aulas de química e física.

– Garotas mantenham a postura. Como nobres vocês precisam dominar a arte quântica! - ela prosseguiu com a aula, enquanto eu analisava as garotas ao meu redor.

"A biblioteca é bom lugar para se ler a noite. Lá ocorre muitas histórias."– O que de fato aquela garota queria dizer? Observei a mesma e descobri com a lista de chamada que seu nome era Noël Cumani Eostre. Filha do masquês Eostre, Noël era filha única. Apesar de sua aparência "juvenil" possuía 16 anos. Era um prodígio em instrumentos como o violino e violoncello.

Ao terminar a aula dirigi-me ao vestuário feminino atrás de pistas sobre a nota de ameaça endereçada a Elizabeth. Aquele entorno era o mais simples da academia, apenas possuía longos bancos retangulares e armários cinzentos. Segui em direção do armário de Elizabeth e com dois grampos tentei abrir o mesmo. Para olhos normais não havia nada de errado. Mas para um espectador assassino aquilo era um banquete de pistas. O acusado ao deixar a nota de ameaça manchou suavemente às roupas de educação física da jovem Bloom. E não era sangue, sujou de pólvora. Minúsculos grãos cinzentos se disfarçariam rapidamente neste uniforme visto por você. - Não tenho olhos biônicos meu caro, apenas sei como um assassino pensa. - Cada assassino tem seu jeito peculiar de matar alguém. Uns gostam de armas brancas outros preferem tortura psicológica, armas de fogo e outros... Preferem bombas. Nosso suspeito é um especialista em bombas.

– Isso está ficando interessante. - disse por fim.

Esperei fadigamente o badalar das 21:00 horas. Cujo horário fora designado para as estudantes recolherem-se. Quando todos estavam finalmente dormindo fui de encontro à ala da biblioteca. Caminhei por longos corredores até a sala da biblioteca. A porta era deslizante o que poupava o ranger da porta. Aquele vão era enorme com um amplo primeiro andar.

– Devo ter perdido a minha sanidade! Tomoe estava certa, o meu trabalho deve ter estourado meus neurônios. - Disse ao caminhar para a ala mais funda da biblioteca. - O que estou procurando afinal?

A medida que me aprofundava naquele local, a escuridão engolia tudo ali e vozes femininas podiam ser ouvidas ao longe. Cheguei o mais próximo possível e escondi-me entre as sombras.

– Você não acha que foi cedo demais para colocar isso? Todos ficaram alarmados! - Dizia a primeira voz um tanto cautelosa.

– Claro que não! Esta é a hora! Se você não lembra temos um prazo a cumprir ou outra assumirá no nosso lugar. - A segunda voz pareceu um tanto irritada e impaciente.

– Eu sei! Vamos seguir conforme o plano, sem levantar suspeitas. - Elas saíram por outro compartimento que não pude vê-las e muito menos reconhecer a voz. Mas de fato, tínhamos outra assassina além de mim! E uma coisa era certa, ninguém vai tomar o meu dinheiro!

Acordei com algumas batidas depositadas em minha porta. Espreguiçando-me fui em direção a mesma com o pior humor que já tivera. - creio que informei não ser apreciadora das manhãs. - abri a porta prestes a mandar a infeliz pro inferno quando fui surpreendida por Elizabeth sorrindo gentilmente ao me ver.

– Bom dia Mizaki. Devido o ocorrido de ontem não podemos conversar... ah me desculpe eu te acordei? Sinto muito. Retorno em um momento mais adequado. - ela disse corando ao me olhar. Não entendi o motivo do rubror em seu rosto até perceber que estava sem a parte superior de minhas vestes.

– Tcs... Esqueci... Fique a vontade eu vou me arrumar. - disse dando espaço para ela entrar, enquanto tomava um rápido banho e me arrumava.

– Você ficou com um cômodo só para você. Como sua transferência foi de última hora não havia ninguém com outra cama disponível. Todas possuímos uma colega de quarto.

– Não se preocupe, estou bem assim. - Falei ao me aproximar dela com o uniforme vestido - Bom o que queria falar?

– Bem como você é novata não deve ter entendido aquele alvoroço. É algo restrito, mas sinto que posso me abrir com você. - Agora para tudo! Vocês entenderam ou estou ficando louca? Essa garota confia em mim? Ela tem um péssimo radar para fazer amizades, por isso a melhor amiga é uma vaca podre!
– Eu corro sério risco de morte. - ela disse aflita. - Como não quero envolver mais ninguém, sugiro que se afaste de mim... Não quero perder mais ninguém. - Ela saiu correndo em direção a estufa da academia.

– Não quer perder mais ninguém? A fixa dela não consta familiares mortos, além de sua mãe que morrera quando era bebê, mas fora por motivo de doença. Do que ela está falando? Não pode ser sobre a mãe. - rapidamente a jovem Eostre surgira, seguindo em direção a sala de música. - Noël Eostre, preciso falar com você.

– Olá garota transferida. A que posso ser útil? - indagou.

– Tenho algumas perguntas. - Disse ao entrarmos na sala de música para conversarmos. Um vasto salão iluminado e rico em diversidade de instrumentos. Por hora as únicas pessoas que ali haviam era Noël e eu.

– Então quer saber sobre a herdeira Elizabeth. Quem não quer saber sobre ela? - articulou com um tom de desdém. - Elizabeth é a nobre mais rica e poderosa de toda a academia. Na verdade, está imensa academia pertence a sua nobre família. Elizabeth é a próxima da linhagem a ocupar o título de alteza real ou Infante como preferir. Até ela se formar sua tia, a diretora ocupa o cargo de alteza real.

– E como é o nome da tia dela?

– Não se fala o nome dela devido aos ataques contra Elizabeth e nem mesmo a própria sobrinha ousa revelar tal nome. Mas dizem que está viajando e como substituta está sua filha mais velha a senhorita Célia Marres.

– Compreendo. Ela não é de se mostrar não é?

– Não, Célia é ocupada demais para visitar as alunas. Se tem algo a dizer para ela você relata tudo a coordenadora Ângela. Ela cuida da segurança de Elizabeth e transmite qualquer informação da diretora substituta.

– É uma organização e tanto. Mas... Elizabeth, ela já perdeu alguém?

– Você é rápida no gatilho Ootori, está bem informada. Sim! Mas isso a minoria sabe. A alguns anos atrás ela perdeu sua "colega" de classe se é que me entende. Alguém invadiu a Miator e o tiro que era para Elizabeth foi em Akane Kizaki, uma asiática de intercâmbio assim como você. - Ela sorriu sinistramente de lado. - Akane era o amor de Elizabeth e alguém que até hoje é desconhecido a matou. Se já terminou com os interrogatórios eu tenho aula de canto agora. - Disse ao entrar inúmeras garotas no salão de música.

– Não, Isso é tudo. - Caminhei mandando uma rápida mensagem para Tomoe. -

"Procure por Akane Kizaki e descubra o que puder sobre a academia Miator, funcionários e alunos, quero isso o mais rápido possível. Ainda me deve as informações de ontem!" enviei.

Rapidamente um outro torpedo de Tomoe chega.

"Não é tão simples assim Albina, há muitos arquivos restritos e informações incompletas e diversas senhas para burlar. Preciso de tempo. Notificarei quando tiver respostas. Paciência é uma virtude, frase de Tomoe Uehara :-) "

– Tcs. Pelo visto meu trabalho será atrasado. - Falei guardando meu celular e deparei-me naquela estufa. Resolvi entrar e um choramingo fora ouvido. - Senhorita Bloom?

– Mizaki é você? Eu disse para não se aproximar de mim. - Ela falou secando as lágrimas e retomando a postura. Seu rosto albugíneo estava totalmente corado. Ela havia chorado muito. - Por favor, não quero que se machuque.

Sentei no banco de madeira ao seu lado não sabia o que estava fazendo, mas eu comecei a falar sem pensar.

– Quando eu tinha sete anos vi minha família ser morta sem piedade por um chefão mafioso arrogante. A polícia demorou a resolver, mas quatro anos depois aquele chefão que matou meus pais foi morto. A morte sempre irá nos perseguir aonde quer que vá. Não pode se culpar por tudo que ocorre ao seu redor. “A vitória está reservada para aqueles que estão dispostos a pagar o preço.” - eu disse sem fita-la.

– Sua família foi morta? Eu... Eu sinto muito. É uma frase se Sun Tzu, correto? - Ela disse. - eu li esse livro naquela última conversa que tivemos. É realmente brilhante.

– Não sinta, foi à muito tempo atrás. E é sim. - Eu encarei finalmente seus olhos topázios fitando os meus. Uma lágrima escorrera por sua face, mas instintivamente a barrei com meu indicador, sua pele era aveludada como imaginara, macia e perfumada.

Um ruído nos despertou era uma mine bomba jogada em nossa direção. Apesar de pequena era possível matar alguém dependendo da distância.

– Droga! - instintivamente peguei Elizabeth no colo e saltei para longe dali nos refugiando atrás de um grosso tronco de madeira. A explosão foi executada e graças a minha entidade mágica estávamos salvas. Já disse que não deixaria outro assassino além de mim, matá-la. - Você está bem?

– Estou!

– Que bom! Eu vou protegê-la. - disse ao olhá-la nos olhos.

Hoje, o dia foi um pouco demais para mim. Eu tinha um plano lógico e eficaz! Fingiria protegê-la, encontraria as malditas assassinas as mataria e claro, a próxima de minha lista seria Elizabeth Bloom Terceira, a garota responsável pelos meus vários milhões em minha conta bancária! Permaneci em claro, refletindo sobre meus suspeitos. Quando alguém batera em minha porta. Olhei o relógio e o mesmo mostrara 23 horas 50 minutos. Abri a porta e ali estava ela com uma roupa de dormir casual rosa, um tanto apertada no busto, mas lhe caia muito bem. Segurava um travesseiro bastante fofo e macio.

– O que faz aqui? - Ergui a sobrancelha.

– Vim... é... Posso dormir com você? - ela mostrara um olhar pidão.

– Claro que não, você tem seu quarto.

– Por favor... por favor?

– Garotas não quero ouvir um pio em seus quartos. - Dizia a representante de quarto caminhando pelos corredores fazendo sua última ronda.

– Se ela me ver aqui na porta do seu quarto seremos suspensas. -Elizabeth dizia.

Mon dieu, entra logo Bloom. - A puxei para dentro do quarto quando a representante aproximara. Fechei a porta rapidamente soltando um suspiro.

– É parece que agora está tudo bem! - ela dizia mais tranquila por ter se livrado da representante.

– Que ótimo. Não estou acostumada a ter companhia Bloom.

– Mizaki eu queria agradecer por hoje cedo... por ter me salvado.

– Tudo bem. Bom, você conhece essa academia melhor que eu. Pode ficar com a outra cama. - disse me deitando logo em seguida. De fato você perguntaria: "porque não mata ela agora? É sua chance!" É uma chance e tanto se você quer ter sua cara exposta nos jornais britânicos amanhã junto de toda a C.S.I, F.B.I e S.W.A.T colada no seu pé. Paciência pequeno gafanhoto!

– Mizaki, Ainda acordada?

– Sim Bloom.

– Você me contou sua história e bom... queria compartilhar algo com você. Já perdi alguém especial, nós éramos um casal, poucos da academia sabem dessa história. Você me lembra muito o jeito da Akane, sua personalidade misteriosa e seu jeito quieto. Porém, seus olhos esmeraldas no fundo há gentileza e doçura, como os de Akane.

– Deve está enganada senhorita Bloom. Posso ter tudo menos essa gentileza e doçura que tanto diz.

– Então a quem devo agradecer por ter salvo a minha vida hoje? A garota a minha frente ou a que está trancafiada ai dentro?

– Melhor dormimos, está tarde.

– Tudo bem, boa noite Mizaki. - Ela disse e eu nada respondi além de fechar meus olhos. Porque ela teria dito isso? Quando acordei Elizabeth ainda dormira. Ela sonhava com alguma coisa boa, seu sorriso era doce.

– Bloom! Acorde está na hora de se arrumar!

– Aahh justo agora? Me dá mais cinco minutinhos?

– Levante-se eu não sou sua babá!

– Você não é uma admiradora das manhãs não é Mizaki? - falou um tanto reclamona.

– Correto! - eu articulei e depois nos arrumamos e seguimos para nossa sala.

– Bom dia garotas! Está uma linda manhã não acham? - a senhora Agnês havia iniciado sua aula. - Devido os inúmeros ocorrido com nossa nobre e querida Elizabeth sugiro uma aula calma e segura de biologia no lago da Miator. Lá teremos uma diversidade fresca de plantas e animais para estudarmos.

A senhora Agnês nos levara para aquele pacato lago. As alunas colheram distintas espécies de plantas e alguns insetos e outras criaturas para nossa "aula ao ar livre".

– Garotas quero que vocês separem os animais por suas categorias e filos. - Disse a professora. Essa aula estava me cansando detestava essa composição toda de "dia perfeito" isso me enjoava.

– Veja Mizaki um loris arco iris! Não é lindo? - Elizabeth falara.

– É um encanto. - Disse com desdém sem me sentir. E ao terminar minha frase um relinchado fora ouvido. Um trote de cavalo aproximava-se rapidamente e nele alguém com um negro capuz cavalgava em nossa direção. As garotas correram assustadas e o encapuzado acabara me empurrando pegando em seguida Elizabeth em um único movimento ousado. Os gritos de Elizabeth eram estridentes, ela golpeava aquele indivíduo incessantemente em vão. Eles afastavam-se rapidamente de meu campo de visão. Levantei-me de solavanco e observando ao redor outro homem de cavalo pastoriando umas ovelhas.

– Senhor, me empreste esse animal. - Disse o empurrando do mesmo. Cavalguei o mais rápido possível na mesma direção que aquele sequestrador. Segui as pegadas de seu cavalo e dentre 10 minutos estava a 10 passos atrás do mesmo.

– Mizaki socorro! - Ela gritara por meu nome. Apressei o cavalgar e logo estávamos emparelhados. Aquele encapuzado estava armado com uma pistola 38 apontando para mim ele disparou três vezes dois eu consegui desviar e o último tiro acertou de raspão em meu braço esquerdo. Soltei um murmúrio de dor.

– Elizabeth debata-se eu irei segurar você! - Eu disse e a mesma me obedeceu socando aquele encapuzado misterioso derrubando a arma que estava em suas mãos.

– Droga! -o encapuzado dissera em um tom distorcido. De supetão Elizabeth mordera a mão do mesmo resultando em um rápido desequilíbrio. Saltei instintivamente do meu cavalo rolando com ela no gramado parando com seu corpo sobre o meu.

– Mizaki? Parece que conseguimos. Mizaki?

– Elizabeth, você está bem?

– Agora estou. Quem era aquela pessoa? - ela disse ao se levantar me ajudando logo em seguida.

– Eu não sei... - paguei em meu braço ferido.

– Mizaki você está ferida - ela rapidamente rasgou a barra da sua saia fazendo um curativo desajeitado, mas ajudando a estancar o sangramento. - Você vai ficar bem?

– Não se preocupe, foi um tiro de raspão a bala não está alojada. Não há fragmento de balas também. - eu disse tranqüila.

– Como você sabe de tudo isso? - Ela inquiriu curiosa. Afinal para elas eu era uma intercambista da nobre família Ootori.

– Ah eu fui escoteira uma vez e eles me ensinaram primeiro socorros. - Tentei enrolar.

– Ensinaram a você primeiros socorros de um ferimento a bala?

Oui... agora vamos voltar para academia.

O meu cavalo havia fugido e nossa única opção era regressar todo o caminho a pé. Bom eram cerca de 20 quilômetros de caminhada. Começamos a andar e logo ela quebrara o silêncio.

– De qual parte do Japão você veio Mizaki?

– Moro perto de Tóquio.

– Sente falta de lá? - essa pergunta havia me pego de surpresa. Eu sai do Japão com 15 anos de idade e a 4 vivera em paris... Não havia pensado em casa fazia muito tempo.

– Acho que não.

– Não havia nada de importante lá?

– Não mais.

– O resto da sua família não tomou conta de você? Com a morte dos seus pais? Eu pesquisei a família Ootori é bem famosa com várias empresas no país.

– Eu sou uma renegada dos Ootoris. - continuei andando.

– Compreendo. - Ela manteve-se em silêncio enquanto caminhávamos.

Decidi quebrar o silêncio dessa vez.

– Você gostava muito da Kizaki? Ela era do Japão, correto?

– Sim, estava em intercambio como você. Ela morava em Osaka.

– Gostou dela logo de cara?

– Sim, mas não fora recíproco de imediato. Ela só queria se concentrar nos estudos e não queria se relacionar, mas ela possuía algo que me encantara. Aquela estufa era o lugar preferido dela. Ela me ensinou a tocar piano... E ai ela se apaixonou por mim... dormíamos juntas, quando minha aula era mais cedo que a dela, os horários mudaram, até hoje não sei porque... Ela ficara dormindo em minha cama, enquanto eu tinha a minha aula de etiqueta particular. Um disparo fora ouvido por toda academia... quando chegamos ao nosso quarto era tarde demais... foi... foi tudo minha culpa - ela desabou em lágrimas.

Eu a olhei ajoelhada no solo árido e me ajoelhei ao seu lado, levantei o seu queixo secando suas desconsoladas lágrimas. De supetão ela me beijara me surpreendendo logo em seguida. Seus lábios eram macios, suaves e encaixavam com os meus. Sua língua quente e úmida adentrava minha boca vasculhando cada local. Fora um beijo lento e gentil. Suas mãos entrelaçavam meu pescoço acariciando minha nuca e cabelos. Tentei resisti o máximo possível, mas um desejo incontrolável tomara conta de mim. Apertei sua cintura, aproximando-a do meu corpo. Aquele beijo tímido e lento transformava-se em um beijo mais fogoso,lascivo, libidinoso. Estávamos quase sem oxigênio quando fomos despertadas por uma buzina de automóvel.

Era o antigo carro morgan plus 8 preto de 1968 com estofados brancos sendo dirigido pela coordenadora

– Ah graças a Deus encontrei vocês garotas! Estão bem?

– Sim coordenadora -Elizabeth respondeu por ambas um tanto constrangida com a situação.

Regressamos para a faculdade em silêncio seguindo em direção a enfermaria.

Quando chegamos na ala da enfermaria algumas enfermeiras conduziam-me para uma cama hospitalar tratando de meu ferimento.

– Não é necessário esse alvoroço. Estou bem, isso é algo natural. - Disse calmamente surpreendendo a todas. Qual é pessoal para elas eu sou uma nobre. Levar um tiro não consta na rotina nobre delas. Elas olharam confusas e eu me retratei - Acho que perdi sangue demais, não devo está pensando claramente.

– Imaginamos isso querida. Fique tranquila, cuidaremos agora de você. - a voz era familiar, porém seu rosto estava coberto por uma máscara protetora respiratória dificultando o meu reconhecimento sobre a pessoa a minha frente. A enfermeira estava aplicando anestesia quando eu desviei na metade daquele líquido.

– Não é preciso anestesia para limpar um ferimento. - Meus sentidos estavam ficando adormecidos e risos foram ouvidos entre aquelas duas enfermeiras.

– Você vai tirar um cochilo querida. - Meus olhos fecharam-se.

Quando acordei estava ferida e numa banheira com água. Ao longe estavam a senhorita Anne e senhora Agnês.

– Vocês?? - disse de forma confusa e um tanto fraca.

– Você ficou sob o efeito da neurotoxina da flor...

Gelsimium elegans, é eu sei. - Disse um tanto irritada com aquela situação. - É por isso que odeio trabalhos interativos com a vítima. - murmurei.

– Fica quietinha! Vimos vocês nos escutando na biblioteca naquela noite. E nenhuma garota nobre teria ido atrás de um seqüestrador! - Disse Agnês tirando sua mascara e mostrando-se ser mais nova do.que aparentava. Na verdade ela era a irmã gêmea da Anne, cópia pirata de Zooey Daschanel.

– Você deu a maior bandeira nessa hora. - Anne tomou a palavra. Terminando de armar uma mini bomba naquele pequeno vão que me encontrava. Arriscaria dizer que era um dos quartos da academia. Só que estava bem negligenciado.

– Tá... vocês estão aqui para matar a Elizabeth?

– Sim, correto. Ela vale milhões. E você está atrapalhando nosso trabalho.

– Eu estou sangrando aqui! Vocês... vocês arrancaram meu rim!!!?? Suas vadias abomináveis! - Disse tentando estancar o sangramento.

– Você está correta. Tirei seu rim sim e logo tirarei sua vida! - Agnês dizia aprontando uma seringa. Eu estava sangrando mais do que o normal. Anne me segurava para Agnes aplicar uma quantidade exacerbada de neurotoxinas. Uma dose elevada acarretaria na paralisação de todos os meus órgão resultando a morte. Ela começou a aplicar quando Elizabeth aparece de supetão.

– Mizaki você está bem? - Ela disse observando meu estado distraindo as duas garotas que tentavam me matar. Com um movimento ousado me soltei delas e tendo uma quantidade daquela neurotoxina em meu corpo. Sai correndo com Elizabeth pelos corredores sangrando.

– Mizaki você tá ferida, por aqui conheço uma passagem secreta. - uma das esculturas era a chave para uma passagem secreta atrás da parede. Entramos e algumas luzes se acenderam. O vão era pequeno mais possuía alguns objetos. Sentei em uma das cadeiras pressionando o local ferido. Elizabeth agora cuidava de meu ferimento. - Porque a senhorita Anne e uma cópia dela fariam isso com você e porque estão nos caçando?

– Aquela era Anne e a senhora Agnes. Elas estão aqui para matar você. - Eu disse quando ela terminou de me ajudar.

– Assim como você está. - Anne e Agnes apareceram com uma arma apontadas para nós.

– Do que ela esta falando Mizaki? - Elizabeth dizia assustada.

– Ah! pobre Lizzy sua namoradinha não te contou? Ela é uma assassina como nós, certo Miou. E estava aqui para matar você!

– Isso é verdade? - Elizabeth dizia se afastando de mim. - Você fez tudo aquilo, me fez gostar de você para me matar?

– Elizabeth eu posso explicar! - Eu disse levantando e com os batimentos um pouco descontrolados devido a neurotoxina.

– Você já está morta Miou! Vamos cuidar da princesinha para você. - Anne apontava uma arma para mim, enquanto Agnes conduzia Elizabeth para fora dali com outra arma. - Agora somos só nos duas! Sempre quis te da uma surra por não presta atenção nas minhas aulas.

– O que está esperando??? Me da uma surra! - começamos a brigar e golpes eram acertados, outros desviados e quando finalmente ela conseguiu me deixar no chão. por obra do destino sua arma caída estava ao meu lado. Eu consegui pegar a arma e atirar em sua cabeça. Respingos de sangue espalharam-se por todo aquele entorno me sujando. Uma mensagem da Tomoe havia chegado.

Miou as professoras Agnes e Anne são uma dupla famosa de assassinas de aluguel! Quanto a Ascot que você suspeitava, ela é só uma nobre mimada! Repito, Agnes e Anne são seus alvos!”

– Só agora ela me diz isso???. Ahh Tomoe! - me dirigi procurando por Agnes e Elizabeth. Me perguntava o que aquelas loucas tinham feito com as alunas. Teoricamente estava um deserto na academia. Ruídos de gritos me conduziam para o final da academia. Senti um pouco de vertigem me segurando nas paredes. Até que Elizabeth e Agnes encontravam-se no salão de festas da academia. Ela estava acorrentada e um pouco tonta.

– Hã você ainda está viva? - Agnes falou revelando um tom irritado na voz.

– Desculpe te desapontar, mas estou! Elizabeth você está bem?

– Mizak! Eu... eu estou.

– Você é uma assassina Miou o que te faz pensar que pode fugir disso? Se você salva-la ela vai te entregar cedo ou mais tarde as autoridades! Podemos dividir o prêmio então. - Ela dizia enquanto eu apontava uma arma para ela.

– Eu não quero nenhum prêmio! Solte a Bloom!

– Porque?? Você se apaixonou por ela por acaso? - Fiquei calada nesse momento. - A meu deus! Você se apaixonou por ela? Que tipo de assassina é você??? Não sabe que se apaixonar pelo alvo é contra as regras? Você leu o manual??

– Claro que eu li a droga do manual! Eu que escrevi ele! - Disse enfurecida.

– Isso é verdade Mizaki?- Elizabeth disse sorrindo docemente.

– É verdade... no início era trabalho mas... mas eu... mas eu me apaixonei por você Liz.

– Ah que nojo! Bom sendo estragas prazeres vamos terminar logo com isso! - Ela dizia e começamos a disparar alguns tiros uma contra outra quando ambas ficamos sem balas. Agnes começou a lutar comigo acertando em minhas feridas. Quando estava caída ao chão um flashback de toda a minha vida passara diante dos meus olhos. Eu vi minha família ser morta por um canalha e encontrei forças para lutar e me vingar, porque iria deixar uma assassina de quinta me matar agora?? Levantei enquanto Agnes ria sobre mim. Depositei diversos golpes contra ela. Desfigurando seu lindo rosto jovial.

– Mizaki! Não a mate. - Elizabeth disse. Agnes já estava desacordada. Eu apenas dei o ultimo soco para ter certeza de que não acordaria. Desamarrei Elizabeth e ela me abraçou.

– Você está bem? - Ela perguntou acariciando meu cabelo. - Obrigada... você... você me salvou, de novo. - Um beijo fora dado e palmas ecoavam por todo o salão.

– Bravo! Temos uma ganhadora! Termine o trabalho Miou. - Disse a voz surgindo da escuridão.

– Já disse! Eu não vou matar Elizabeth!

– Então eu terei que matar as duas. - a mulher surgiu e ela mostrara ser a mesma que me contratara para matar Elizabeth. E ela na verdade era a filha da diretora prima da Lizzy.

– Prima? O que faz aqui? - Elizabeth inquiria-a confusa.

– Sua prima não te contou? Ela fez com que sua tia viajasse para assumir a escola. Dai contratou nós três para te matar. Ela assumiria o seu lugar quando o titulo fosse passado da sua tia para ela.

– Célia como pode? Fomos criadas juntas.

– Eu cansei de você ser a favorita da mamãe!tudo sempre foi para a pobre Elizabeth que perdeu a mãe, pobre Lizzy, pobre Lizzy! Eu sempre fui ignorada.

– Eu não sabia que você se sentia assim.

– Claro que não sabia! Estava ocupada demais tendo suas milhares de aulas de etiqueta, aprendendo cinco idiomas e tendo o amor da Akane. Ela era minha amiga antes de você ser amiga de dormitório dela! Você a tirou de mim e eu a tirei de você!

– Você a matou?? - Elizabeth disse chocada. - Você ficou louca? Você è doente!

– Descobriu agora priminha? Bom eu te vejo no inferno! - Ela disparou um tiro na direção de Elizabeth e eu saltei na frente levando o tiro.

– Mizaki!!! - Elizabeth gritou meu nome comigo em seus braços. Eu peguei de minha bota uma pequena faca atirando na laringe de sua prima à matando logo em seguida.

– Liz... eu sinto muito por tudo. - Falava com dificuldade.

– Tudo bem, você explicou tudo para mim. Você se arrependeu. Você precisa ficar calma, você levou um tiro Miza... ah seu nome è Miou, eu tenho que me acostumar. - Ela dizia com lagrimas nos olhos.

– Eu não me chamo Miou... meu nome.. é... - eu não conseguia aguentar mais, estava baleada e com neurotoxinas em meu corpo. Meu coração estava aos poucos adormecendo junto com todos os meus órgãos.. - Te amo Liz...

Vozes me chamavam consecutivas vezes ao mesmo tempo.

– Kayo acorde, Kayo? K-A-Y-O - a voz ficava mais nítida e familiar. Abri meus olhos e seus olhos topázios me encaravam gentilmente.

– A aula de biologia já acabou. Você dormiu dois horários seguidos sua dorminhoca.

– Elizabeth eu estava em um sonho tão bom. Um pouco confuso, mas estava bom. - Eu disse me espreguiçando.

– E em qual parte estava esse sonho? - ela indagava curiosa.

– Na parte em que você me beijava - sorri de lado puxando-a para mim.

– Sua boba. - Disse me beijando gentilmente.

Se estão confusos, eu também... Fazia tempo que não tinha um sonho louco como estes. Sou Kayo M.K.O. e vocês acabaram de participar dos meus sonhos assassinos!


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Notas finais do capítulo

Oi, oi, oi! curtiram?



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