Doce Ironia: Os papéis se invertem. escrita por Mrs Prongs


Capítulo 5
O3 ▬ Girlfriend.


Notas iniciais do capítulo

*Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom.*

O FORNINHO CAIU. REPETINDO, O FORNINHO CAIU.
HOJE É MAIS UM DIA DIFICIL PARA AS INIMIGAS.
AKHSDSAHDÇLSADLASDHÇAD, MRS PRONGS ESTÁ MAIS UMA VEZ DESMAIADA.
Cá estou eu entrando em minha conta do Nyah! e dou de cara com não uma, mas sim DUAS NOVAS RECOMENDAÇÕES.
CARAMBA! Vocês são MARAVILHOSAS (OS)!
Antes de qualquer outra coisa ou observação, quero agradecer as minhas duas amoras autoras dessas recomendações mega fofas e que me deram animo para escrever um capitulo mesmo quando eu estava caindo de cansaço. Serio, vocês são incríveis.
Patty Lima: MUITO, MUITO, MUITO OBRIGADA por todos os elogios. Tanto a mim, quanto a história. Serio. Vemk me da um abraço. Fico mega contente em saber que você goste tanto assim de DI e estou dando pulinhos de felicidade pela sua recomendação!
Whatabtlari: HAUSKAJDNLASJDNASJLKDN ESTOU TODA BOBA COM A SUA RECOMENDAÇÃO AMORA, SERIO. Me sentindo TÃO honrada com suas palavras. Me deixou MEGA contente saber da sua felicidade porque é indescritível saber o quanto as pessoas são tão apegadas a DI! MUITO OBRIGADA, MUITO OBRIGADA MESMO! E sim, muitas tretas e risadas vêm por aí. Pegue a sua pipoquinha e sente um pouquinho mais a vontade porque a baixaria começa nesse capitulo!
ESSE CAP É DEDICADO À VOCÊS DUAS! Obrigada a ambas por depositarem sua confiança em mim ao ter recomendado DI 2.0 logo inciio da fanfic. Isso, além de um incentivo, significa MUITO para mim. Espero que essa fic supere as suas expectativas e que vocês gostem tanto dela quanto eu vou amar a escrever!
E AGORA VAMOS AO CAPITULO!
Sobre ele: EU O AMEI. Todo e cada pequeno detalhe. Desde as cenas mais engraçadas, até as mais serias.
E eu dei risada o escrevendo. E também fiquei um pouco tocada. Juro. Acho que porque imaginei a cena acontecendo realmente e não pude imaginar outra reação para a nossa ruiva temperamental diante da situação.
Espero que todas vocês gostem tanto dele quanto, eu.
Desculpem pela demora, mais uma vez – isso não é mais novidade! E muito obrigada a todas as minhas leitoras(ES) (fantasminhas ou não) por me permitirem compartilhar essa história com vocês.
Nos vemos nas notas finais.
Enjoy it.
Ps. No banner do capitulo a Karen não parece estar dizendo “A Outra”? HAHAHAHAHA, serio, eu não estou muito bem hoje. De verdade.
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*Malfeito, feito.*



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– MERLIM SÓ PODE ESTAR DE BRINCADEIRA COM A MINHA CARA! – gritei enfurecida.

Um raio de luz vermelho escapou da minha varinha e mais um vazo da Toca explodiu em um milhão de pedacinhos bem diante dos meus olhos.

– Ai Merlim, o vazo que a tia Gina deu de presente a vovó. – Rose lamentou chorosa observando os caquinhos do mesmo enquanto eu andava tempestuosamente ao redor do quarto.

– NÃO FALE DESSE SER DIVINO RENEGADOR DE RUIVAS PERTO DE MIM. – disparei de volta e dessa vez a Audrey teve que se abaixar para desviar de um feitiço.

– Ashley, se acalma. – Lily Potter falava desesperada com os olhos arregalados, mas não atrevia a se aproximar, suas costas coladas com a porta fechada como se a mesma desejasse se fundir ali.

Abaffiato. – Audrey pronunciou desesperadamente erguendo sua própria varinha. – Ash, pelo amor de Mer... – ela parou subitamente ao ver a minha cabeça virar em sua direção como no filme trouxa que havíamos assistido. O exorcista. Tinha certeza que o olhar que eu tinha era capaz de botar medo até em Voldemort. – Morgana. – ela ergueu as mãos meio assustada. – Você precisa se acalmar.

– Você tem noção do que está acontecendo lá embaixo?! – me exasperei, meus cabelos a muito tempo tendo soltado do penteado que eu usava no início da noite, agora caiam fios sobre meu rosto. – Aquela ruiva do Paraguai está se esfregando no meu Sirius!

Havia sido muito para mim.

Depois da cena ridícula da apresentação que havia sido obrigada a presenciar, tudo o que eu pude fazer foi olhar para os dois enquanto meu rosto se tingia gradativamente de um tom púrpura que precedia assassinatos. E o olhar no meu rosto quando olhei para James Sirius Potter e sua puta particular provavelmente dizia exatamente quem eu iria matar.

Eu via vermelho. Eu via sangue. Eu via o sangue daqueles dois em minhas mãos.

Em algum lugar da minha mente, uma vozinha dizia que eu não deveria ligar par aquilo, que tudo aquilo não passava de um devaneio estúpido em minha mente. Que nada daquilo era real. Que fora dali estava tudo bem entre mim e Sirius. Mas eu fiz questão de mandar essa voz para a puta que pariu.

Não importava se era um devaneio ou não. Um sonho ou não. Tudo o que se passava na minha cabeça era os lábios dele se encostando com o da vaca (qual o nome da biscate mesmo?) e a sua mão possessivamente em sua cintura. Como era aquilo cara pálida?!

Eu queria mutilá-los. Eu queria empilhar seus corpos e dançar em volta. Que merda era aquela?! Esse era o tipo de coisa que Merlim achava engraçado? Esse era o tipo de peça que a minha própria mente queria me pregar? Uma namorada?! SERIO?! Eu poderia conviver com o fato de que naquele devaneio eu e o Sirius havíamos terminado – apesar de doer – mas ver uma ruiva falsificada (aquele cabelo não seria natural nem se descobríssemos que Dumbledore estava vivo!) se esfregar no meu noivo era demais!

Enquanto o ar pesava com o cheiro da morte eminente das duas figuras a minha frente e o silencio de expectativa reinava, eu havia aberto a minha boca para pronunciar as palavras que iriam dar o início ao apocalipse. Porém eu nunca tive a chance de pronunciá-las. Pressentindo que provavelmente eu iria para Azkaban se continuasse naquela sala, uma mão envolveu minha boca e duas envolveram meus braços e quando eu notei já estava sendo carregada escada à cima por Audrey, Rose, Lily e Roxy que me trancaram no quarto da senhora Weasley tentando conter a tempestade que se formara.

– Tecnicamente vocês dois não tem mais nada há três anos. – Roxanny falou com uma voz fininha, se encolhendo enquanto se sentava na cama, em resposta ao olhar que eu havia lhe mandado.

– De que lado você está?

Antes que ela pudesse responder, batidas hesitantes soaram na porta fazendo todas nós olharmos ao mesmo tempo em direção a mesma e Lily se afastar rapidamente dela me olhando apreensiva.

– Tudo bem por aí? – a voz do Fred soou parecendo hesitante e preocupada. – Os gritos pararam. Alguém vivo ou a Ash matou todo mundo?

Eu atravessei o quarto como um relâmpago, escancarando a porta e pulando em cima de Frederich Weasley.

– A CULPA DISSO É SUA! – estapeei cada parte ao meu alcance do ruivo a minha frente, enquanto ele me olhava como se eu fosse louca. – EU VOU MATAR VOCÊ FREDERICH WEASLEY. EU VOU DANÇAR EM VOLTA DO SEU CAIXÃO.

Braços fortes me tiraram de cima do Fred e me arrastaram de volta para dentro do quarto, enquanto o ruivo se recuperava do ataque e também entrava no mesmo fechando a porta atrás de si.

– ME SOLTA. EU VOU DEGOLAR ESSE RUIVO MALDITO. – tentava me desvencilhar dos braços que me seguravam, mas o aperto não diminuía.

– Owwwww. – Audrey entrou na frente do namorado, me olhando de olhos arregalados. – O que o Fred tem haver com isso?

– TUDO. – os olhos da morena se arregalaram ainda mais quando eu berrei para ela. Voltei meu olhar assassino em direção ao ruivo atrás dela e que me olhava prendendo o riso, mas parecendo confuso. – Quando eu sair daqui você terá uma morte lenta e dolorosa.

– Ashley, se acalma. – Richard, que só naquele momento eu havia notado que era quem me segurava, se pronunciou. Ele aprecia meio dolorido com as minhas tentativas enérgicas de me soltar.

– MAS O QUE RAIOS ESTÁ ACONTECENDO AQUI?! – questionei irada, querendo uma explicação. – QUEM É AQUELA VACA?!

– Se eu te soltar, promete se comportar? – Rich perguntou como se eu fosse uma criança malcriada, o que me fez lhe atirar um olhar muito feio.

– Solta ela. – Roxy se aproximou, mas parecia pronta para se defender de algum provável ataque. – A Ash precisa de algumas respostas. Não deve ter sido legal descobrir desse modo.

– Nenhum de vocês dois pensaram em contar? – ouvi o Fred cochichar para a Audrey enquanto eu me desvencilhava do Rich e me olhava no espelho do outro lado do quarto.

Sabia que o ruivo se referia a visita feita por ambos mais cedo a minha casa. E por um minuto eu também fiquei furiosa. Eles não pensaram em me contar?! Eles são acharam o fato do MEU Sirius estar comendo uma pirua, relevante?! Porém antes que eu pudesse expressar minha indignação, meu reflexo chamou minha atenção. Meu cabelo estava agora completamente solto e desordenado, minhas bochechas estavam vermelhas de raiva. Eu parecia alguém que havia acabado de sair de uma briga.

Na verdade eu queria entrar em uma.

– Ela estava mal, Fred. – ouvi a fabulosa cochichar de volta e isso chamou minha atenção. – Achei melhor esperar um pouco.

– Bom, agora ela descobriu de um jeito não muito legal. – Rose retrucou.

– Eu estou aqui. – me virei para eles, com uma careta. – Quem é a vadia lá em baixo, pendurada no pescoço do Potter?!

Eles se entreolharam em uma discussão breve sobre quem seria corajoso o suficiente para me explicar. Ninguém parecia muito tentado – a coragem dos ex grifinórios havia se esvaído diante do meu olhar homicida. Bom, o Rich não havia sido um grifinório então pelo menos ele tinha essa desculpa.

– Bom... – a Roxy começou, limpando a garganta, depois de ter sido empurrada para a frente pela cunhada e ter lhe lançado um olhar feio. – Ela é a nova namorada do Sirius. Eles estão juntos há... quanto tempo mesmo? – completou olhando para a Lily, em duvida.

– Cinco meses. – a pequena Potter respondeu prontamente.

Respirei fundo.

– E nenhum de vocês pensou em me contar isso? – minha voz era mortal enquanto agora eu olhava para os meus dois melhores amigos que pareceram se encolher um perto do outro.

– Foi idéia da Audrey. – Rich entregou apontando para a morena que lhe olhou, indignada.

Você não pode me culpar. – a fabulosa apontou o dedo para mim desesperada, em resposta ao meu olhar em sua direção. – Você estava dando uma de maluca e eu não queria piorar a situação, falou? Estava com medo de perder a minha amiga para a ala de casos irrecuperáveis do St. Mungus. Além do mais, o plano não era que você descobrisse desse jeito. Você que insistiu em vir para a festa de noivado quando eu queria que você fizesse justamente o contrario para evitar essa situação. – ela descarregou tudo em um fôlego só.

– E como você pretendia me contar? – ergui os braços. – Me mandar uma carta dizendo: “Olha Ash, o seu homem está comendo uma ruiva falsificada.”?

– Qualquer opção que não envolvesse eu estar no alcance da sua fúria no momento. – a morena concordou.

Você está no alcance da minha fúria agora, Audrey.

– Olha, desculpa, okay? – minha melhor amiga provavelmente percebeu isso e fez uma carinha de cachorro que caiu da mudança. – Eu só estava pensando no seu bem.

– Foda-se. – disparei com toda a minha delicadeza. – Nenhum de vocês tinha o direito de me esconder isso.

– Se você soubesse, o que faria? – Rich me desafiou dando um passo a frente. – Você teria vindo pra cá do mesmo modo, porque essa é você Ashley!

– Mas teria poupado a cena onde a bruaca agarra o Potter na minha frente!

– O nome dela é Stephenie. – outra voz masculina se pronunciou.

– É melhor você ficar calado Weasley. – apontei meu dedo para o Fred. – Eu já estou encomendando o teu velório, não piora a sua situação! – fiz uma pausa, respirando fundo. – Stephenie. Já tem nome de vadia. – resmunguei para mim mesma.

Houve um breve silencio, onde todo mundo apenas me observou andar ao redor do quarto.

– Temos que descer. – Fred falou meio hesitante em direção à Audrey que apenas me olhava sem expressão. – Nós meio que temos convidados lá em baixo.

– Tudo bem. – a morena falou finalmente, com os olhos ainda em mim.

Abaixei a cabeça, tomando um fôlego.

Um a um, as pessoas começaram a sair do quarto, não sem antes me atirar um olhar preocupado, como se quisessem perguntar o que eu faria em seguida. Se eu iria embora, como eu queria agir. Mas aparentemente, nenhum tinha coragem de perguntar.

Bom, quase ninguém.

– E então? – apesar de tudo, a Audrey ficou brevemente para trás, parada à porta, enquanto olhava para mim.

Não respondi.

– Olha, Ashley... – ela deu um passo a frente, parecendo agitada. – Posso ter sido errada, mas eu fiz o que eu acreditava ser certo. Eu fiz o que achava que era melhor para você. Desde hoje pela manhã, você tem estado estranha. Veio o lance do lapso de memória e você olha ao redor como se esperasse notar algo de diferente, ou como se algo houvesse mudado. Eu entendo que foi um choque muito grande, mas eu espero que você entenda que não foi minha intenção causar nada de mal para você. E, pelo meu erro, eu peço desculpas.

Fez-se um breve silencio, onde eu apenas a olhava.

– Desculpe também. – pronunciei finalmente retirando os grampos que antes prendiam o meu cabelo em um penteado elegante e que agora apenas embolava nos fios. Suspirei cansada. – Desculpe estragar a noite do seu noivado. Aparentemente, essa é a segunda vez que isso acontece. Deveria ter ficado em casa.

– Hey. – ela franziu a testa, se aproximando de mim. – Se você está falando que deveria ter ficado em casa para evitar toda essa angustia que você provavelmente está sentindo, eu entenderia. Mas não se desculpe por qualquer outra coisa. – ela pegou a minha mão, sorrindo carinhosamente para mim. – Eu estou feliz por você estar aqui comigo nesse momento, porque bom... é um dos momentos mais importantes da minha vida. – me permiti um sorriso ao notar a felicidade dela. – E se você não estivesse, bom eu entenderia claro, mas seria como se faltasse algo. E realmente faltaria. Faltaria a minha irmã do meu lado.

Meus olhos automaticamente encheram de lagrimas ao ouvir suas palavras. Juntando todos os acontecimentos do dia, eu sentia que faltava pouco para eu desmoronar em lagrimas.

– E bom... – ela abriu um sorriso animado, ao notar isso também. Uma tentativa de levantar a minha moral. – Você sabe... precisávamos de um pouco de emoção. E você é, decididamente, a alegria das festas Ashley Dursley.

Dei um riso tremulo.

– Meus desastres são a alegria das festas, você quer dizer.

– Seu azar é realmente surpreendente. – a morena admitiu. Sorri.

– Obrigada. – falei simples e sinceramente.

– Estou aqui pra isso. – Audrey piscou para mim e então suspirou endireitando a postura e vindo se colocar atrás de mim enquanto suas mãos ágeis se moviam pelos meus fios ruivos, os ajeitando. – E então... o que pretende fazer agora?

Pensei rápido. Eu tinhas três opções. A primeira era descer lá, matar tanto o Sirius quanto a vadia e passar o resto da minha vida em Azkaban. A segunda era aparatar dali e ir para a casa dos meus pais – já que aparentemente nem meu cafofo eu ainda tinha naquele devaneio – chorar horrores enquanto me afogava em um sorvete de chocolate. Já a terceira era descer as escadas como se nada houvesse acontecido e ficar ao lado da minha melhor amiga no momento que marcaria o resto da vida dela.

Por mais que a primeira opção fosse muito tentadora e a segunda também não me soasse nada mal, no momento... a escolha era obvia.

– Bom, tem uma festa rolando lá embaixo. – respondi simplesmente, forçando um sorriso. – A sua madrinha não perderia isso por nada.

Houve um breve momento de silencio, onde a Audrey soltou meus cabelos, me entregou os grampos e me encarou com emoção no fundo dos olhos e com um sorriso agradecido.

– Se eu fosse você, deixaria os seus cabelos soltos. – a morena falou simplesmente, mas aquilo era o suficiente.

– Concordo. – pisquei para ela depois de uma breve olhada em meu reflexo.

– Audrey... – a voz do Fred surgiu mais uma vez, enquanto o mesmo aparecia na porta para apressar a sua noiva. – Hora de descer.

– Já estou indo. – a fabulosa rolou brevemente os olhos com um leve sorriso na direção do ruivo.

– Opa. – o Weasley olhou para mim e deu um sorrisinho brincalhão. – Você está usando o feitiço Confundus ou você é normalmente estonteante desse jeito?

Eu juro que tentei me manter seria diante de mais uma da serie “Cantadas Ridículas por Fred Weasley – o Manual”, porém quando fui notar, já estava rindo. Era impossível ficar com raiva daquele cara.

– Calado. – fiz uma careta para ele.

– Já estamos descendo, amor. – ainda era estranho ver a minha melhor amiga se dirigir com tanto carinho em direção à alguém, porém ela parecia perfeitamente natural no papel. Fred não pareceu surpreso com o fato de que eu continuaria na festa, muito pelo contrário. Ele olhou pra mim sorrindo como se não esperasse nada diferente e parecendo incentivador piscou antes de se retirar mais uma vez.

– Pareço alguém que acabou de sair de um ataque histérico? – me voltei para a fabulosa, erguendo os braços e a fazendo rir gostosamente.

– Você está linda. – Audrey me garantiu, enquanto nos dirigíamos à saída do quarto para seguir o passo do seu noivo.

– Tem razão, eu não deveria me preocupar se estou parecendo alguém que teve um ataque histérico, até porque eles provavelmente ouviram o meu ataque histérico. – parei no início das escadas, meio nervosa. – Você bem que podia ter lembrado de lançar um Abaffiato.

– Eu lembrei. – a morena se defendeu. – Tarde demais, mas lembrei.

Awesome. – rolei os olhos, respirando fundo.

– Hey. – minha melhor amiga tocou meu ombro, seu sorriso se assemelhando ao do seu futuro marido momentos antes. – Você não tem que se preocupar com isso. Todo mundo aqui conhece o seu temperamento e todo mundo aqui te ama pelo que você é. Se tem algo que todos concordamos é... o James não pode substituir você. E com certeza não vai conseguir isso nos braços de qualquer uma.

.

[...]

.

Assim que eu e a Audrey colocamos nossos pés na sala da Toca, imediatamente todos os olhares se voltaram para nós, ou melhor, para mim. Evitando olhar muito ao redor, eu apenas sorri amarelo para todos, percebendo que eles provavelmente esperavam alguma atitude da minha parte. Sobe o peso de toda aquela expectativa e preocupação, eu não sabia muito bem como agir.

– Bom... – a morena ao meu lado limpou a garganta, rompendo o silencio constrangedor. – Acho que está na hora de comermos, não acham?

– Vamos todos para o jardim! – Fred se colocou ao lado da noiva e eu internamente os agradeci, quando todos começaram a se levantar e se dirigir para fora da residência.

Naquele momento, foi o momento escolhido para a maioria das pessoas que não tiveram tempo de me cumprimentar direito virem fazê-lo. Perdi a conta de quantos abraços recebi e, quando fui me dirigir aos jardins também, eu tinha o Scorpius me abraçando de um lado e o Albus do outro. Por um segundo eu me lembrei de Hogwarts e isso me fez sorrir.

Ao chegar lá fui recebida por uma Gina e um Harry que faziam de tudo para me animar e me distrair. Isso era bom, levando em conta que meus olhos queriam porque queriam vasculhar em busca de duas pessoas em particular. Estava se revelando uma tarefa difícil não me deixar levar – como sempre. Minha mente estava em outro lugar mesmo quando a Audrey e o Fred fizeram breves discursos onde o do ruivo arrancou risadas de todos os presentes, mas tudo o que me fez fazer foi esboçar um pequeno sorriso enquanto mal ouvia suas palavras.

Me permiti observar. Lá estavam todos. Todos os que eu amava e todos os que eram importantes para mim de algum modo – com algumas exceções como meus pais, claro. A maioria em lindos casais, casais que eu vira se formar e que ainda estavam juntos naquele devaneio – diferente de mim e Sirius. Lá estava a minha melhor amiga e o seu futuro marido, claro – e ainda era meio estranho pensar assim. A Lily e o Lorcan. A Roxy e o Albus. A Luce e o Louis, a Molly e o Hugo. Rose e Scorpius. Charlotte e John. Até mesmo a veela do Paraguai – que naquele momento não me parecia tão detestável considerando que toda a minha antipatia estava destinada e concentrada em outra vadia no momento – estava ao lado do meu melhor amigo, o Rich. Todos estavam juntos e pareciam felizes.

Menos eu.

Meus olhos encontraram um casal a mesma distancia dos noivos que eu estava – não era de se estranhar, era obvio que o Sirius seria padrinho do Fred – e eu sentir a raiva borbulhar no meu estomago mais uma vez. Ele tinha os braços envolta dela, enquanto ela tinha um sorriso que eu tinha certeza que poderia ser visto até da França. O que ela tinha demais? A não ser claro, os enormes olhos azuis. Ou a cintura fina de dar inveja. Ou a altura e porte de modelo. Ou o rosto sem nenhuma imperfeiçãozinha. Merda. A quem eu queria enganar? A garota parecia perfeita!

Eu a detestei mortalmente.

Respirando fundo e tomando coragem, eu comecei a me aproximar dos dois. Eu podia sentir alguns olhares me seguindo, assim como pude ver ambos me encararem quando notaram a minha aproximação. Eu desviei o olhar da ruiva falsificada – aquele cabelo não era natural, certeza! – e foquei nos olhos castanhos esverdeados que naquele momento me observavam com uma sobrancelha arqueada. Não alterei minha expressão.

– Olá. – me dirigi aos dois, pura e simplesmente, meus olhos ainda nele.

– Olá. – quem me respondeu foi a mulher ao seu lado, o que me fez encará-la imediatamente. Ela sorria docemente em minha direção. Doce demais para o meu gosto. – É realmente um prazer conhecê-la, Ashley. Jammie me falou muito de você.

Minhas sobrancelhas se arquearam.

Jammie? Jammie? Que raios de apelido era aquele?!

E quem ela pensava que era para dar apelidos à ele? Oh, era... ela era a namorada dele! Meus olhos se estreitaram minimamente e eu tive que contar até cem – em francês e mentalmente – para conseguir controlar a minha vontade de dar na cara da vadia. Vontade que só aumentava ao vê-la sorrindo suavemente para mim. Aquele sorriso me parecia tão falso quanto magia de aborto – fala serio ninguém era tão indiferente assim –, mas aparentemente ficava perfeito no rosto da vaca. Ela era tão perfeitinha que exalava falsidade por cada poro. Porém, ao que parecia, eu era a única que notava isso. E, aparentemente, eu também era a única que havia notado a provocação imperceptível em sua fala doce.

Deliberadamente a ignorando, e antes que eu fizesse o que meu anseio assassino implorava, eu me voltei na direção do Sirius que naquele momento me olhava sem expressão.

– Posso falar com você um segundo, Potter? – questionei polidamente, frisando o seu sobrenome.

– Sou todo ouvidos. – ele me respondeu calmamente, sua voz rouca e seus braços ainda envolta da garota. Me obriguei a respirar fundo.

– A sós. – minha voz era perigosa.

Houve um breve momento, onde o mesmo arqueou uma sobrancelha em minha direção e então olhou para a sua namorada (urg). Ela apenas sorriu para ele, acariciou seu rosto e o puxou para um beijo que eu – e provavelmente toda a população bruxa – julgava desnecessário. Quando eles finalmente se separaram, eu tinha certeza que meu rosto estava tingido mais uma vez de vermelho. Porém não pronunciei nenhuma palavra. Apenas fuzilei as costas da ruiva falsa enquanto a mesma se afastava para junto de Harry e Gina que – assim como muita gente, apesar de tentarem ser discretos – olhavam preocupados em direção a mim e a Sirius.

O moreno me encarou, esperando que eu falasse.

Mentalmente eu repetia para mim mesma que aquilo tudo não passava de uma peça da minha mente. Que nada daquilo era real. Mas o problema era que eu sentia como se fosse. Então não estranhei quando olhei para James Sirius Potter e todos os sentimentos que ele me trazia me atingiram como um soco.

Minha mente havia reproduzido até os mínimos detalhes – e fodido com a minha vida em algumas partes – naquele devaneio. Com certeza, ela não esqueceria dele. Olhar para ele – mesmo quando eu estava tecnicamente dentro da minha mente – ainda me levava ao extremo. E naquele momento eu estava no meu extremo.

Sua expressão era séria, não havia nenhum traço de humor nos seus lábios ou em seus olhos da cor que eu tanto amava. Seu maxilar quadrado parecia tenso e seus cabelos castanhos eram agitados pelo vento, mas ele sequer parecia notar enquanto olhava para baixo, diretamente... para mim.

Suspirei pensando no que eu falaria. O que eu poderia dizer, afinal?! Dizer que nada daquela situação era real, que tudo estava acontecendo na minha cabeça e que fora desse devaneio estúpido a tal da Stephenie não existia e nós dois já estávamos até mesmo noivos? Não, obrigada. Não queria ser internada no St, Mungus, nem mesmo dentro da minha própria mente. Havia tido uma experiência com a Audrey mais cedo e não havia sido legal.

Aquela não era uma opção.

Mas enquanto eu olhava para ele e aquela onda de sentimentos me afogava, eu não pude deixar de me sentir inexplicavelmente furiosa também. Como se de algum modo aquilo também fosse culpa dele. Raiva pelo moreno ter deixado outra garota entrar entre mim e ele, até mesmo em um devaneio induzido pelo álcool.

– Então... – uma sobrancelha dele se arqueou quando viu que eu não me atrevi a me pronunciar.

Cruzei os braços.

Stephenie, an? – o nome soava como ofensa aos meus lábios. – Uma namorada, Potter?

– Sim. – um brilho meio de diversão e deboche passou por seus olhos e eu tive vontade de socá-lo. – E pela sua an... reação... – ele fez uma breve pausa dando um sorriso de canto. – Você não gostou nada da noticia. Seu temperamento continua o mesmo, pelo visto. Vou tentar não levar para o lado pessoal.

Era pessoal.

Tentei ignorar o fato que ele se referia ao meu pequeno surto diante da novidade.

– Eu só queria entender o porquê. – travei o maxilar, erguendo de leve as mãos.

– Porque, o que? – a testa dele se franziu enquanto o mesmo bagunçava seus cabelos e me olhava com seus olhos castanhos esverdeados brilhando em curiosidade.

– Porque... ela. – rangi os dentes, ao não saber como colocar aquilo em palavras. Travei os olhos, respirando fundo e buscando calma. – Porque você está com ela.

As sobrancelhas dele permaneceram arqueadas.

– Ele é incrível. – Sirius resumiu e eu senti como se aquilo fosse um tapa na minha cara.

– Não era a isso que eu me referia. – certamente eu não precisava de uma lista de qualidades da ruiva do Paraguai. – Porque você está com ela depois...

– Você passou três anos fora, Dursley. – o moreno cruzou os braços me interrompendo e o uso do sobrenome foi outro tapa. – Eu passei um ano inteiro tentando entrar em contato com você, para ser ignorado todas as vezes. Então passei um ano para aceitar o fato de que eu provavelmente não significava nada para você. Depois disso, levei apenas uma semana para seguir em frente.

– Você disse. – meu rosto não tinha qualquer expressão, mas eu me sentia liquefeita por dentro. – Você prometeu.

– Algumas promessas você não pode cumprir, não é mesmo? Você é especialista nessas. – seu olhar naquele momento era frio. – O que você esperava, Dursley? Que eu tivesse feito o voto celibatário enquanto você estava fora?

Senti o outro tapa.

– Espero que você tenha aproveitado bastante a França e que tenha encontrado o que procurava. Espero que tenha valido a pena. – Sirius falou finalmente, com um sorriso torto e sem dizer mais nenhuma palavra, saiu, me deixando parada ali olhando para o nada.

Era oficial, eu queria chorar. Queria chorar e gritar e berrar. Queria mais do que tudo acordar daquele devaneio que estava se revelando um pesadelo. Eu queria acordar e me deparar com os olhos castanhos esverdeados que me olhavam com carinho e amor. Eu queria o meu noivo.

Aparentemente, eu não conseguiria isso de volta tão cedo.

Enquanto eu sentia a Audrey parar ao meu lado, colocar a mão no meu ombro exalando preocupação, eu apenas observei Sirius se juntar a tal da Foster e abraçá-la. Eu não sabia qual era o propósito daquele devaneio estúpido. Não sabia se era uma lição que eu tinha que aprender, ou apenas mais uma diversão de um ser divino que amava tirar uma com a minha cara.

Eu não tinha a resposta para nenhuma dessas perguntas.

Mas ao olhar a ruiva falsificada abraçar de volta o moreno e sorrir para ele, eu tomei uma decisão. Não ligava mais se aquilo se passava na minha mente... Sirius me pertencia e eu pertencia a ele em qualquer lugar, em qualquer universo. Ele era meu, eu era dele.

Um amor para a vida inteira.

E não seria uma ruiva falsa e siliconada que mudaria isso.

Olhei para os olhos castanhos da minha melhor amiga e os meus brilhavam em desafio.

– Vou ensinar a essazinha a não mexer com o que é meu.


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Notas finais do capítulo

*Lumus*

PRIMEIRA TRETA DA FANFIC! Estamos falando de Ashley Dursley migos, nossa ruiva não ia aceitar a situação CLARO. E isso está apenas começando ;D
E esse final, hein? Acho que a Stephenie não sabe mesmo onde pisou.
Me deixem saber o que acharam do capitulo e o que estão achando da história, isso é muito importante.
Fiz uma CONTA NO WATTPAD, YEY! O user é okaymarauders (o mesmo do twitter)! Me sigam lá e me mandem o user de vocês para que eu possa seguir de volta ;D Estou pensando seriamente em postar algumas historias originais minhas lá – mas isso são planos para um futuro o qual eu tenha mais tempo.
E o que vocês me diriam se eu tirasse AHB de hiatus? HHAHAAHAHA. Sim, eu estou pensando seriamente na possibilidade, mas isso também é algo para depois já que para isso eu reescreveria capitulo por capitulo já postado dela e tudo mais.
Por hoje é só!
Xx
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*Nox*