– Oi Ally! Como foi?-perguntou Bruce, que, depois de três semanas de convivência, se tornou um grande amigo.

– Eles gostaram! Vão publicar, dá pra acreditar?

Bruce e eu trabalhamos muito naquele texto, ele me dava as informações e eu escrevi o artigo. Amanhã meu sonho de me tornar jornalista vai virar realidade.

– Vamos sair para comemorar!-disse e ele me olhou estranho.

– Ally, eu não posso.-respondeu calmo.

– Me dê um bom motivo.-rebati.

– Primeiro, da última vez que estive aqui sozinho quase destruí a cidade. Segundo, a S.H.I.E.L.D está me procurando e, terceiro, não quero ser encontrado.

– Você pode usar um disfarce.-sugeri.

– Só vou se puder ter um bigode.

– Feito!- falei e fui à loja de fantasias mais próxima.

Quando voltei Benner estava dormindo no sofá, ouvi a campainha tocar e fui abrir a porta.

– Quem é?- perguntou ele acordando.

– Não sei.-disse e abri a porta.

– É Alice Hastings?- perguntou uma mulher ruiva vestida de preto.

– Sou eu.-respondi e ela me mostrou um distintivo.

– Trabalho para S.H.I.E.L.D, preciso que me responda algumas coisas.-fiquei estática.

– Natasha?-chamou Bruce aparecendo na porta ao meu lado.

– O que você está fazendo aqui? Você e ela por acaso...?- perguntou surpresa.

– Não! Ela é só minha amiga e mais nada, eu nunca teria nada com ela.- falou e se virou pra me olhar. - Sem ofensas!

– Não ofendeu.-murmurei enquanto os dois se olhavam.- Será que você pode me explicar o que está fazendo aqui?!-exclamei.

– Se fosse você eu abaixaria meu tom, eu tenho uma arma.-ela ameaçou e engoli em seco. - Vou levar você pra sede da S.H.I.E.L.D, você escreveu sobre nós e precisamos saber onde você conseguiu essas informações.

– Fui eu, Nat.-Bruce confessou.-Não meta ela nisso.

–Exato! Não há nada que vocês podem fazer, já publicaram o texto...

– Não vão publicar.-me interrompeu.- O dono dessa empresa nos contactou porque sentiu que você sabia demais e podia ser uma ameaça, se bem que não tem nada de ameaçador em você.

– E por que eu ainda tenho que ir?-perguntei e ela arqueou a sobrancelha.

– Já ouviu falar em lavagem cerebral?- ela perguntou sorrindo de lado.

– Vocês não podem fazer isso comigo!-gritei assustada.

– Ela tá brincando...-disse Bruce e relaxei.

– Você vai porque Fury quer te conhecer.-ela falou e me algemou rapidamente.

– Por que você fez isso? Quem é Fury?- perguntei e ela me arrastou para uma minivan preta com Bruce vindo em nosso encalço.

Chegamos a o tal lugar e saímos do carro, vimos na porta um homem à nossa espera. Reconheci logo quem era. Capitão América.

– Agente Romanoff, está ficando cada vez mais eficiente. Pedimos um e você traz dois.-falou se referindo a mim e Bruce.

– Então essa é nossa ameaça em potencial?- perguntou me encarando.

– Ela não é adorável?-provocou Natasha apertando minhas bochechas.

– Nick quer vê-la, se quiser posso a levar pra que vocês dois possam conversar.- ele falou e Nat concordou.

Ele fez sinal para que o seguisse e o fiz, andamos por vários corredores e nada de chegar.

– Eu realmente não sei como você não se perde aqui.-comentei e ele riu baixo.- Você é tímido?

–Não, só tenho um pequeno problema em interagir com mulheres.-ele falou e deu de ombros.

–Acho que caras como você não deviam ter esse tipo de problema.-falei sem pensar e ele baixou a cabeça envergonhada.

–Quando você diz 'caras como eu' está se referindo ao fato de eu ser um herói ou à minha aparência?-perguntou e corei, ainda bem que ele estava na minha frente.

–Aos dois...?-falei meio tímida e ele riu.

Depois disso um silêncio constrangedor tomou conta do ambiente, viramos alguns corredores e ele indicou uma porta com a cabeça. Abri a porta e entrei me deparando com um homem super sinistro a minha espera.