I Love... escrita por Lu


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente eu gostaria de pedir desculpas pela falta de postagem durante um longo tempo, mas faculdade é um negócio sério toma muito tempo da vida de uma pessoa, mas como as férias praticamente começaram, sim pois meu estágio continua. Mas vamos ao que interessa, o capítulo está ai e espero que gostem pois fiz com muito carinho e o mais rápido que pude, então desculpe por qualquer erro. Boa leitura! :)



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_ Dona Regina Falcão, a senhorita pode me explicar o que está acontecendo aqui? Dizia Dona Tê, chegando cada vez mais próxima ao casal, que se olhavam tão assustados pelas descobertas.

Nem Gina nem Ferdinando estavam em condições de responder a pergunta feita pela mãe da moça.

Dona Tê então resolveu pegar Gina pelo braço e arrastá-la de volta para a festa, ou melhor, levá-la para casa, onde poderiam conversar sem que ninguém soubesse da sem vergonhice da filha pior com um homem que não era nem o noivo da mesma.

As duas chegaram ao local da festa sem chamar muito atenção dos presentes, pois dona Tê já não a segurava tão forte pelo braço, apenas a segurava para garantir que ela não fugiria. Dona Tê chegou perto de onde o marido, a filha mais nova Juliana e Renato estavam conversando e disse:

_ Pedro, Juliana vamos embora.

_ Mas o que houve mãe? Perguntava Juliana, desconfiando da irmã, por isso a lançava um olhar questionador.

Gina estava quieta, a cabeça baixa.

_ É mãe, por que temos que ser deselegantes e sair da festa tão rápido, sem nem falar com o Ferdinando?

_ Vocês querem, por favor, fazer o que eu estou falando se não quiserem que eu arme um escândalo aqui mesmo.

_ Está bem dona Teresa, deixe-me pelo menos me despedir do Senador?

_ Anda rápido. Eu e as meninas te esperamos lá fora. Vamos Juliana.

*

Os quatro já haviam chegado em casa e Pedro estavam ansioso para saber o motivo da irritação da esposa e a quietude da filha mais velha.

_ Fala mãe, o que houve?

_ Sua filha, senhor Pedro Falcão...

_ Como assim minha filha?... nossa filha Teresa.

_ Tá, não me interrompa. Eu peguei a Gina, no maior assanhamento com um homem desconhecido.

Pedro e Juliana se assustaram com o que a matriarca acabara de falar.

_ Como assim mãe? Nossa filha num assanhamento com um homem?

_ É Pedro! Ela estava beijando esse homem que ela nem sabe quem é.

_ Beijando?! Indagaram juntos Juliana e Pedro.

Gina estava no meio dessa conversa toda calada, perdida em questionamentos de todos esses acontecimentos e em como essa situação tinha chegado a esse ponto.

_ Gina, me explica essa história direito! Quero saber quem é esse sujeitinho que te desonrou?

_ Eu não sei. E olha, ninguém me desonrou senhor meu pai, a senhora minha mãe está exagerando.

_ Como é Gina? Seu pai tem razão, esse sujeito te desonrou, você é uma moça comprometida, não pode fazer essas coisas com outra pessoa que não seja seu futuro esposo e mesmo assim como manda o figurino, só na noite de núpcias.

_ Agora a senhora já está exagerando mãe, isso ai é uma ideia já ultrapassada. Dizia Juliana.

_ Verdade mãe e olha ele não beijou sozinho, fiz e faria de novo se soubesse de quem se trata. E eu já falei pra você e para o pai que eu não quero me casar com aquele sujeito abusado do filho do Senador. Agora com licença que essa conversa já me cansou. Gina ia se retirando da sala enquanto ouvia o pai falar.

_ Pois senhorita não vai se livrar do casamento, pior sou capaz até de adiantá-lo!

Em poucos segundo, ouviu-se a porta do quarto das moças se fechar fortemente.

*

Enquanto isso na mansão dos Napoleão, Ferdinando perambulava pela festa pensando em tudo que tinha passado nessas poucas horas de volta a seu país.

_ Ferdinando! Ferdinando meu filho, venha aqui! Quero que conheça o prefeito de nossa cidade, o senhor José Augusto.

_ Que bom conhecê-lo finalmente doutor advogado Ferdinando. Disse o prefeito estendendo a mão para o rapaz.

_ Prazer senhor prefeito. Disse Ferdinando sendo educado e apertando a mão do senhor.

_ O que foi meu filho? Perguntou Epaminondas percebendo a cara do filho.

_ Nada, meu pai, estou muito cansado da viagem, se o senhor me permite, vou me retirar para meu aposentos?

_ Claro meu filho. Eu só quero que amanhã você me dê o seu diploma para que eu mande emoldurar.

_ Sim senhor meu pai, amanhã meu diploma de advogado estará em vossas mãos. Agora, os senhores me deem licença.

Quando Ferdinando ia subindo as escadas em direção ao quarto, Renato reparou no amigo e não demorou a segui-lo e perguntar o porquê da cara de estranhamento.

_ Ferdinando, o que houve?

_ Nada não, eu estou apenas cansado.

_ Te conheço, essa cara não é cansaço não. Aquela menina é que não lhe deu a menor atenção, é isso?

_ Tá bom eu te conto, mas vem comigo. Disse indo até o seu quarto com o amigo.

Quando chegaram ao quarto Renato não perdeu tempo.

_ Pode falar Ferdinando.

_ Renato você não vai acreditar no que aconteceu.

_ Se você não falar logo é claro que não vou acreditar.

_ Meu amigo, eu estive no paraíso por breves minutos.

_ Não acredito.

_ Viu, eu disse. Mas deixa-me continuar. Ela correspondeu aos meus beijos meu amigo, mas ai a mãe dela apareceu e estragou tudo, ou não...

_ A mãe de quem Ferdinando?

_ Você está seguro ai nessa cama?

_ Conta logo rapaz, não faça suspense.

_ Eu juro que tentei fugir, mas parece que essa mulher me persegue, quando eu acho que encontrei alguém que vai realmente me amar e finalmente me fazer esquecer aquela uma lá, que vive me dando um chute no traseiro, parece que eu rodo, rodo e caio sempre no mesmo lugar.

_ Espera, você está falando da...?

_ Sim, da Gina.

_ Então é por isso que ela entrou naquela sala soltando fogo pelas ventas chamando a Juliana e o seu Pedro para irem embora. Mas me conta o que vocês fizeram para deixar ela daquele jeito?

_ Ela pegou a Gina e eu nos beijando, sim, nos beijando, ela correspondeu ao beijo que dei nela, eu estava prestes a ver aquele rosto lindo que ela sempre teve, ai a mãe dela chegou, fez um escândalo e saiu arrastando ela e me deixando lá surpreso em ver que o meu amor do futuro é o mesmo amor do passado.

_ Meu amigo, você está enrascado, se bem conheço o pai dela , ele não vai deixar barato, eu dou graças a Deus que ele não sabe que eu já andei dando uns beijinhos na filha dele, mas dona Tê vai contar para ele toda essa história.

_ Primeiro, ela não sabe quem estava beijando a filha dela e segundo eu faço questão que ele saiba quem beijou aquela boquinha doce da filha dele.

_ Você só pode está ficando louco.

_ Não estou não. Renato eu estive com a Gina em meus braços, correspondendo aos meus beijos, tudo que eu sempre sonhei aconteceu e pensa comigo, se eu conto para ele que fui eu quem beijou a filha dele o máximo que ele vai fazer é querer adiantar o casamento, o que pra mim não é nenhum sacrifício, só vou ter a mulher que amo mais perto de mim todos os dias, claro vou sofrer um bocado, mas tenho certeza que não vou me arrepender de nada, porque a prévia que tive hoje, só me fez querer mais e mais e olha a Gina está uma mulher linda, ela era toda magrinha, alta, agora está com umas curvas de uma mulher perfeita, coisa que nós não encontramos em qualquer lugar.

_ Deve ser a genética meu amigo.

_ Como?

_ Esqueci que você não viu a Juliana, mas ela também não está de se jogar fora, na certa você vai ter que concordar que ela sempre teve mais corpo que a irmã.

_ Confesso que quando éramos adolescentes ela tinha sim, se cuidava mais que a irmã, mas meu amigo, se você vê a Gina atualmente você não vai acreditar como ela está maravilhosa, uma deusa. Espera, é melhor você não ver muito não.

_ Que foi, está com medo?

_ De você? Claro que não, é que eu não quero nenhum galo ciscando no meu terreiro. A Gina já tem dono e sou eu, somente eu, eu vou ser o primeiro e único homem da vida daquela formosura.

_ Não se preocupe, já tenho a minha Juliana e não largo dela por nada.

_ Acho bom. Agora vá embora porque quero levantar bem cedo amanhã para ir até a casa do meu futuro sogro.

_ Mas o que você vai fazer lá?

_ Primeiro eu vou falar com ele aquilo que lhe disse e segundo eu quero ver o rostinho da minha futura esposa, afinal não tive tempo de ver o rosto dela.

_ Você é louco, mas enfim vou deixá-lo sonhando com a sua futura esposa.

_ Acertou, vou sonhar com ela com certeza, pensar em como será aquele rosto atualmente, rosto esse que estava escondido atrás de uma bendita máscara.

_ Boa sorte, espero que ela não invente de te ameaças com aquela arma que ela tem naquela casa.

_ Obrigado, mas ela não atira em mim. Mas, boa noite pra você.

_ Boa noite.

*

_ Gina, eu não acredito que você fez tudo isso?

_ Ai já falei, agora se você não acredita eu não posso fazer nada.

_ Calma sua grossa, só quero entender como tudo isso aconteceu.

_ Ele me beijou, eu correspondi a mãe chegou e estragou tudo. Foi só isso.

_ Ah então a mãe estragou tudo, você queria mais?

_ Bom... bom...

_ Confessa Gina, você queria mais?

_ Ah, vamos parar com essa conversa chata.

_ Não Gina, tá bom. Você não foi a única quem ficou encantada por um mascarado. Hoje eu estava no salão da festa, te procurando, de repente um menino correndo esbarrou em mim e eu ia caindo quando um braço forte me agarrou e evitou que eu desse de cara no chão.

_ Mas Juliana, você tem um noivo.

_ E qual é o problema, afinal você também tem um e não ficou com receio de beijar um homem que nem sabe quem é, eu pelo menos não saio beijando um desconhecido.

_ Olha como você fala comigo, eu sou mais velha que você, tenho que cuidar de você sua maluca. E pelo que eu saiba você é apaixonada pelo seu noivo agora eu não suporto o que dizem que vai ser meu marido.

_ Gina você não me engana, você sempre foi apaixonada pelo Nando desde pequena, não é possível que esse sentimento tenha morrido dentro de você.

_ Você só pode ter ficado maluca, eu nunca gostei daquele sem vergonha que só queria se aproveitar de mim.

_ Convenhamos Gina, ele está comprometido com você desde seu nascimento, ele nunca tomou posse do que já não está destinado a ele.

_ É o quê? Você só pode está ficando louca.

_ Pensa comigo, vocês são comprometidos desde o seu nascimento, vocês vão se casar.

_ Quem disse que eu vou me casar com esse um?

_ Isso já é outro assunto. Depois de casados, você vai pertencer a ele.

_ Isso é um absurdo, e muito me admira ouvir isso de você.

_ Sei que essa ideia está ultrapassada, mas pensando na ideia original é isso que acontece. Ele vai ser dono de seus beijos e outras coisas mais.

Gina não sabia como a conversa havia chegado nesse assunto, mas já sentia o rosto queimar só em pensar naquilo tudo que um dia, mesmo que superficial, havia escutado a mãe falar de como um homem e uma mulher fazem um bebê.

_ Mas como eu não vou me casar com ele, ele não tinha o direito de me roubar um beijo a anos atrás.

_ E... tendo essa ideia em mente, tudo que ele fez foi beijar a futura esposa dele, mas você deveria ficar brava se ele tivesse beijado outra que não fosse você.

_ Mas ele é um atrevido, eu não dei essa liberdade pra ele. O que você faria se estivesse no meu lugar?

_ Ué, faria o que você fez hoje, correspondia. Mas minha irmã você fica falando ai que foi atrevimento do Ferdinando ter feito tudo aquilo anos atrás, mas e hoje, não foi atrevimento daquele rapaz hoje também não?

_ Ah... Vamos dormir que já está tarde. Disse Gina já virando de costas para a irmã e fingindo que estava dormindo.

_ Você pode fugir Gina, mas eu te conheço mais do que você imagina. Boa noite.

*

O dia mal havia raiado e Ferdinando já estava de pé, estava ansioso para ir a casa de seu futuro sogro e finalmente ver seu amor de toda a vida sem nenhum adorno em seu rosto. Depois de passar a noite imaginando a fisionomia por trás daquela máscara, a pressa era tão grande que ia saindo até mesmo sem tomar café, foi quando Catarina percebeu que o enteado iria sair apressado, então gritou:

_ Nando! O Nando, volte aqui rapaz!

_ Ah, oi Catarina, não havia lhe visto.

_ Calma rapaz, volte aqui, me conte o que está havendo?

_ Eu estou com pressa.

_ Você vai tirar seu pai da forca?

_ Graças a Deus não.

_ Então sente-se aqui e toma seu café, que o que quer que seja, pode esperar.

_ Tudo bem madame Catarina.

_ Pode falar.

_ Mas falar o que?

_ Você sumiu ontem na festa, quero saber por quê?

_ Você sabe que as festas do meu pai não são pra mim, é política pra cá, política lá, ah essa conversa me cansa, por isso saí para respirar.

_ Ferdinando, você não sabe mentir e eu te conheço bem, eu praticamente lhe criei, eu vi seus olhos brilhando quando você voltou, mas também vi sua cara de preocupado, conte-me o que houve que eu juro que não conto a seu pai.

_ Tá certo. É que eu conheci uma moça, na verdade eu não a conheci, eu a reencontrei.

_ E você já arranjou uma forma de sumir com a moça seu safado. Coitada da Gina que não sabe com quem vai casar!

_ Fala baixo Catarina. Pois foi justamente com a Gina que eu me reencontrei e saímos para conversar.

_ Então ela já não lhe manda embora como fazia antes?

_ Não é nada disso. Eu não sabia que era ela e vice-versa. E de repente a mãe dela chegou falando o nome dela e a saiu puxando pelo braço, e foi nessa hora que eu soube quem era.

_ Que maluquice.

_ Pois é e eu estava indo agora mesmo na casa dela, falar com o pai dela é claro.

_ Sei, e aproveitar para ver a Gina.

_ Isso também. Bom, agora que você já sabe de tudo, deixe-me ir ver minha amada. Com licença.

Catarina nessa hora não conteve um de seus sorrisos escandalosos de sempre.

_ Ai ai! Paixão maior não existe. Disse madame pensando alto.

*

Ferdinando andava o mais depressa que podia, então quando chegou à frente da casa de Pedro Falcão não pode conter a emoção de estar a poucos segundos de rever completamente o amor de sua vida, por isso batia na porta desesperado. Dona Tê vinha abrir a porta correndo.

_ Meu Deus mais que desespero. Dizia dona Tê no caminho até a porta.

_ Bom dia dona Tê.

_ Bom dia rapaz, gostaria de falar com quem?

_ Não está me reconhecendo? Ferdinando Napoleão.

_ Nandinho! Quanto tempo rapaz! Dizia dona Tê aos berros já abraçando o moço.

_ É, eu cresci um pouco.

_ Modéstia vossa. Você já está um homem feito, quando lhe vi a última vez você ainda nem tinha penugens no rosto. Mas me diga, o que veio fazer aqui em minha casa assim tão cedo?

_ Eu vim falar com seu Pedro, ele está ou já foi para o gabinete dele?

_ Ele está terminando o café da manhã com a Gina e com Juliana. Vamos entrando e sente-se conosco para um cafezinho.

_ Eu só vou aceitar um cafezinho mesmo, pois estou com saudade do vosso café, porque Catarina não me deixou sair de casa sem tomar um bom café da manhã.

_ Claro, faz ela muito bem.

Os dois chegaram a sala de jantar e lá encontraram os três terminando o café, Ferdinando não pode evitar, seu olhar claramente procurava por Gina, o que não demorou a acontecer, ele não podia acreditar na linda mulher que ela havia se tornado, é verdade que já havia visto o corpo dela marcado pelo vestido, mas para ele era importante dar um rosto àquela obra prima que era aquele corpo, então precisava ter certeza da completa beleza de sua comprometida, e constatou que o real é melhor do que havia imaginado a noite passada e Gina estranhava o olhar que o rapaz que nem conhecia lhe lançava, porém ela reconhecia certos traços em sua fisionomia, que muito se parecia com alguém que nem queria lembrar mas estava com medo de que suas desconfianças se confirmassem, então a confirmação deu-se presente através de dona Tê.

_ Pai, olha quem veio nos visitar tão cedo, Ferdinando Napoleão.

Gina congelou, assim como Ferdinando que permanecia imóvel a admirando. Gina só pensava em quão lindo Ferdinando havia ficado desde a última vez que o vira, olhava cada traço do rapaz, assim como ele. Pedro Falcão e Juliana não continham a felicidade de rever Ferdinando.

_ Que bom lhe ver novamente rapaz, como você está? Perguntava Pedro, porém não obteve resposta.

Juliana já percebera o clima entre o casal, e em seu rosto um sorriso discreto ao perceber a troca de olhares.

_ Nando, eu estou falando com você rapaz. Dizia Pedro, tirando Ferdinando do transe em que estava.

_ Ah... oi seu Pedro?

_ Como você está?

_ Eu estou bem, e estou melhor agora. Disse Ferdinando olhando para Gina.

Gina enrubesceu e desviou o olhar para não mais encará-lo, pensou melhor e resolveu deixar a mesa.

_ Pai, eu não vou lhe esperar, tenho muito trabalho a fazer hoje lá no seu gabinete, com licença. Disse já se levantando, quando fora interrompida pelo pai.

_ Não seja mal educada menina, a visita acabou de chegar e você sai assim sem falar com ele?!

Gina olhou para Ferdinando com a cara emburrada e disse:

_ Oi... Tchau. Virou as costas para todos e saiu de casa pisando forte o assoalho da casa.

_ Desculpe a reação de minha filha Ferdinando.

_ Não se preocupe seu Pedro, eu conheço a sua filha e sei o gênio forte que ela tem.

_ Mas ela deveria tratar-lhe melhor, afinal vocês estão comprometidos. Mas então, sente-se conosco e nos conte as novidades.

_ Ah obrigado seu Pedro. Disse sentando-se a mesa. _ Mas eu não tenho muito a contar, apenas me formei em Direito lá em Portugal e agora voltei porque quero trabalhar em prol dos mais necessitados, pois sei que aqui no Brasil o que não falta é gente bem informada que quer crescer à custa dos mais desinformados de seus direitos.

_ O senhor sabe aonde vai se intrometer?

_ Claro seu Pedro, meu intuito sempre foi esse.

_ E vosso pai sabe disso?

_ Espero que saiba, não pretendo trabalhar para pessoas que exploram essas pessoas, não me sentiria bem com isso. Não me interessa ganhar uma causa apenas por falta de argumentos do lado oposto, falta de conhecimento do meu adversário. Prefiro lutar em pé de igualdade com meu oponente, se perder, paciência, mas se ganhar, vou me sentir satisfeito e orgulhoso por fazer um bom trabalho.

_ Mas você sabe que essa gente não pode lhe pagar.

_ Claro que sei seu Pedro. Não faço isso por causa do dinheiro e sim pelo amor que tenho a justiça e na crença que tenho que isso é a solução pra tudo de ruim que temos em nosso país meu amigo. Mas seu Pedro eu gostaria de ter uma conversa a sós com o senhor, tudo bem?

_ Claro filho, vamos a meu escritório e lá conversamos sossegados.

_ Está certo. Com licença dona Tê, Juliana, prazer em revê-las.

_ Não pense que vai fugir de mim, quero conversar mais com você meu amigo. Disse Juliana sendo cordial com o velho amigo de infância. _ Estou trabalhando numa escola pequena que meu pai mandou construir lá na Avenida Central, me procura por lá para conversarmos.

_ Está bem, um dia desses, passo lá para conversarmos.

Ferdinando segurou a mão de Dona Tê, depois de Juliana e as beijou, para em seguida seguir junto com Pedro para o escritório.

*

_ Então filho, sou todo ouvidos.

_ Então seu Pedro, eu vim falar sobre sua filha Gina.

_ Ai meu Deus, o que essa maluca fez agora?

_ Bom, eu sei o que aconteceu ontem à noite para você e sua família saírem tão cedo ontem da minha festa, a ponto de não nos vermos.

_ Ferdinando eu peço que você e sua família desculpem a minha filha pela desonra. Eu vou entender se você quiser desistir de se casar com minha filha, afinal ela não é mais uma moça tão pura para você e sabe que você se casar com alguém que não lhe honrou como homem é uma falta muito grave e eu posso ir pessoalmente falar com vosso pai explicando toda a situação e...

_ Calma seu Pedro, não pense coisas tão ruins de sua filha.

_ Como não Ferdinando? Afinal ela beijou um homem antes do casamento e pior não foi nem o homem que ela estava compromissada, ela te desonrou e ainda mais agora que você está sabendo, você tem o dever de querer não se casar com uma mulher que não vai ser completamente sua rapaz, afinal o primeiro beijo dela foi em outro e com isso minha filha ficará mal falada na cidade e você sabe como é, vai ser difícil achar outro pretendente para essa menina.

_ O senhor não pode falar assim de sua filha.

_ Como não? Ela acabou com uma aliança de anos e agora o nome da minha família vai ficar marcado com essa desonra depois que essa história vier a público, minha carreira política está acabada...

_ Eu não quero que o senhor repita nada disso! Dizia Ferdinando irritado com tudo que estava ouvindo, afinal ele era o culpado pelo sofrimento descabido do sogro e resolveu que precisava limpar a impressão que o pai tinha da filha após o acontecido.

_ O rapaz não sabe o que diz, pois é um homem e sua família não vai...

_ Fui eu quem a beijou!

Não se ouviu mais nada no escritório de Pedro Falcão durante alguns minutos, os dois ficaram apenas se encarando. Pedro estava surpreso com a revelação e Ferdinando esperando a reação do senhor.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram?



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