I Love... escrita por Lu


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Aqui vai mais um capítulo, desculpe a demora. Espero que gostem dessas fortes emoções que estão prestes a ler. Desculpe qualquer erro, comentem qualquer boa impressão ou má impressão com a história. Beijo e até o próximo. :)



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Os olhares de Gina e Ferdinando ao se encontrarem, fizeram com que imediatamente ambos sentissem algo que apenas sentiram a anos atrás com outras pessoas que ambos nem queriam lembrar, Gina pelo fato de estar com raiva e Ferdinando com medo de magoar mais ainda Gina.

Gina entrou na casa e foi em direção a mesa mais distante e escondida de todas, sentou-se e lá ficou. Ferdinando a acompanhava com o olhar até ver para onde ela se direcionava. Quando pensou em ir até a sua deusa da noite a mão de alguém o segurava o braço.

_ Meu amigo, você nem me esperou para o desembarque.

_ Ah, oi Renato. Desculpe, mas eu estava com muita saudade de minha família, queria desembarcar logo e você parecendo uma mulherzinha arrumando o nosso quarto naquele navio que eu saí e te deixei lá, e afinal você sabia o caminho.

_ Calma Nando, você parece nervoso, eu só brinquei com você.

_ É que você não chegou numa boa hora.

_ Mas por quê? Por acaso essa festa não é para você? Por isso vim te cumprimentar.

_ Eu agradeço, mas eu estava indo falar com aquela mulher ali. Disse Ferdinando apontando para o local onde Gina estava.

_ Meu amigo, você não perde tempo mesmo em?

_ Com essa beldade ali, não dá pra perder mesmo.

_ Ferdinando, fique sabendo que nossos sogros estão lá fora, falando com a imprensa.

_ A Gina está com eles?!

_ Não, eu só vi a minha namorada, a Juliana, agora a Gina odeia tudo isso aqui, deve ter ficado em casa. Mas onde já se viu, a namorada do homenageado da festa não vir.

_ Eu já te falei que a Gina não é nada minha.

_ Sei, e você sabia disso lá em Portugal? Ou ficou sabendo isso agora?

_ Por que a pergunta?

_ Porque mesmo longe durante tanto tempo, você se manteve fiel, sei que você sempre foi apaixonado por ela, mas assim meu amigo, você nunca vai conhecer as coisas boas da vida, porque se depender dessa mulher que você está comprometido, meu amigo, você está perdido.

_ Para você saber, eu não gosto mais dessa mulherzinha, eu agora gosto daquela ali. Disse ele novamente apontando para o local onde ela estava. _ E segundo, se eu não me relacionei com ninguém lá em Portugal foi porque eu não acho uma coisa boa se relacionar com uma pessoa que não se ama. Agora, com licença que eu vou falar com a mulher da minha vida. Dizendo isso Ferdinando saiu e foi em direção a mesa onde Gina estava sentada, já com a mesa cheia de alguns quitutes feitos por Amância.

*

_ Boa noite senhorita.

_ Oi. Disse sendo seca.

_ Posso me sentar? Disse Ferdinando já puxando uma cadeira e se sentando.

_ Olha, eu não te autorizei a sentar não. E esse lugar está marcado.

_ Está marcado? Cadê?

_ Cadê o quê?

_ O nome do seu acompanhante na mesa.

_ Não interessa, mas esse lugar já está ocupado e eu gostaria que você se retirasse da minha mesa e me deixe curtir essa festinha sem graça em paz.

_ Sem graça?

_ Sim.

_ Então venha comigo que eu te faço gostar dessa festa agora mesmo.

_ Quem disse que eu quero ir com você?!

_ Por favor senhorita, somente uma dança, prometo que depois te deixo em paz.

_ Está bem, mas somente uma música e nada mais.

Ferdinando estendeu a mão até sua dama que se levantou já indo para a pista de dança, ignorando totalmente sua cortesia, ele então chegou próximo a ela e já a segurou fortemente na sua cintura a fazendo sentir algo dentro de si a fazendo sentir um frio na barriga. Ferdinando percebeu a reação então chegou perto de seu ouvido e falou:

_ Sabia que essa sua atitude só me faz querer ficar mais tempo ao seu lado.

Gina estava em êxtase, não sabia o que dizer, estava completamente fora de si devido a tudo que aquele homem que ela nem sabia quem era estava fazendo consigo, sentia-se envolvida num balanço lento, der repente sentiu-se sendo puxada drasticamente, pois se tratando do estado em que estava a perna já não correspondia ao comando do cérebro que dizia que ela tinha que resistir, mas resistir a quê e a quem? Não fazia ideia do que aquela pessoa iria fazer, mas resistir estava sendo um desafio.

*

Finalmente a família Falcão conseguira entrar no baile. Quando entraram, não conseguiram ver Gina, então decidiram procurar, mas Epaminondas resolveu ser cordial e ir falar com a família.

_ Boa noite Falcão, Dona Teresa, Juliana, mas e onde está a minha futura nora?

_ Boa noite, mas é isso que eu também estou querendo saber, eu estava dando uma entrevista lá fora e ela entrou em vossa casa, mas eu não estou vendo-a.

_ Desculpe, mas se ela veio para a minha casa eu não a vi, pois como nossas famílias estavam um pouco separadas, eu não sei como sua filha está atualmente.

_ Pois é Napoleão eu fiquei surpreso com o seu convite para esse baile.

_ Pedro, eu resolvi esquecer toda diferença do passado, afinal de conta já estamos em outro século, no início da segunda década, nossos filhos estão prestes a se casar, em breve faremos parte de uma só família, por isso te chamei aqui para resolver de vez nossas diferenças.

_ Por mim já está tudo esquecido.

_ Ahh, ótimo! Vamos brindar então a nossa amizade amigo Pedro. Epaminondas pegou uma taça de espumante e entregou a seu amigo. _ A nossa amizade.

_ Pai... vou procurar minha irmã.

_ Vai sim filha,diga a ela que o Senador quer falar com ela.

_ Claro meu pai.

_ Pedro, eu vou ajudar nossa filha a procurar aquela desmiolada.

_ Não fala assim da nossa filha mãe.

_ Está bem, mas essa menina me dá um trabalho. Dizendo isso ela saiu a procura da filha.

_ Deixe ela pra lá Senador...

_ Deixe essa formalidade de lado amigo Pedro, me chame apenas de Epaminondas.

_ Tudo bem, Epaminondas... E seu filho Ferdinando, onde está? Quero vê-lo.

_ É mesmo, ele estava aqui agora pouco... Deve ter ido até o quarto dele, ou ido ao banheiro, não sei... você fala com ele depois, agora vamos conversar, pois temos muito o que falar.

*

Já fazia mais ou menos uns vinte minutos que Juliana estava a procura da irmã. Ela já havia perdido as esperanças de encontrá-la, havia acreditado na ideia que lhe surgira na cabeça de que a irmã havia ido embora. Quando decidiu desistir de procurá-la’, ia andando em direção ao namorado que havia avistado, der repente Tuim, um amigo de Pituca esbarrou em Juliana que estava prestes a cair quando um braço forte a segurou, evitando que a mesma caísse, Juliana não pode evitar o pensamento que lhe ocorreu, “ Que braços fortes”, quando o encarou pela primeira vez pôde perceber a doçura que havia em seu olhar, temia por não saber quem era seu herói da noite, e lá estava ela, paralisada sem dizer nada, apenas encarando aqueles olhos lacrimejantes, desviou o olhar apenas para os braços que ainda a segurava. Quando finalmente iria agradecer, Renato chegou perto e falou:

_ Posso saber o que está acontecendo aqui?

_ Nada não meu amor... Respondeu Juliana disfarçando. _ Esse senhor me salvou de uma queda feia aqui no meio da pista de dança.

_ Está bem, obrigado por ajudar minha namorada senhor. Agora vamos Juliana. Renato então arrastou Juliana para junto dele em um canto longe de Zelão, que havia ficado no mesmo lugar olhando para sua amada.

*

Enquanto isso Gina e Ferdinando estavam no jardim que ficava na parte de trás da casa de Epaminondas.

_ Por que você me trouxe aqui seu abusado?!

_ Porque eu quero conversar com você.

_ Mas não me interessa conversar com ninguém, e muito menos com você. Ao dizer isso, Gina fez menção de se virar e ir embora daquele lugar, quando sentou ser segura por Ferdinando.

_ Mas eu tenho muito a lhe dizer. Eu me encantei por você senhorita, te achei muito encantadora, a pessoa certa para estar do meu lado a vida inteira.

_ Faça-me o favor rapaz! Você nem me conhece, eu não lhe conheço, como pode ter sentido tudo isso?!

_ Não sei dizer, só sei que foi isso que senti.

_ Eu não acredito nisso não.

_ Você acredita sim que eu sei, pois você sentiu o mesmo por mim.

_ Você só pode ter bebido além da conta rapaz.

_ Eu não sou de beber muito senhorita e hoje eu nem bebi ainda e eu posso te provar que o que disse é verdade.

_ Duvido muito.

_ Lá naquela sala, eu senti a sua reação quando eu te toquei quando iniciamos nossa dança, e agora vou te fazer sentir o mesmo.

Ferdinando nem esperou por resposta nenhuma, a segurou firmemente pela cintura, a chegando mais perto de si, conseguindo sussurrar em seu ouvido.

_ Eu vou te beijar.

Então aconteceu, Ferdinando iniciou o beijo, Gina resistia, mas não demorou muito para ceder e acompanhá-lo nesse momento envolvente para os dois. Gina resolveu seguir seus desejos pelo fato de estarem escondidos atrás de uma máscara, então correspondeu sem vergonha nenhuma. Ferdinando estava maravilhado com o momento, ver a mulher na qual estava apaixonado corresponder a suas investidas, mesmo sem saber quem era resolveu lutar por eles, afinal de contas que sempre amou não estava nem ai para ele, e ver seu amor sendo correspondido por alguém que nem sabia que era o deixava mais curioso para descobrir a figura que o deixava enlouquecido com cada beijo, então sua mão chegava a máscara que cobria o rosto de sua amada e entre cada beijo, a máscara ia sendo movida um pouco para cima, mas antes que ele completasse a ação para ver a fisionomia de sua amada alguém gritou:

_ Mas o que é isso Gina!!

O casal se separou rapidamente e ficaram ali, se encarando, surpresos. Gina com vergonha de ser descoberta e Ferdinando por não acreditar no nome que havia escutado, estava ele surpreso por está diante de seu amor de toda a vida.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?