The Past Supernatural - O Passado Sobrenatural escrita por Millie22


Capítulo 2
Estrada Ruim - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Então pessoal... Espero que gostem



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– Ei olha por onde an...espera...Dean? - Perguntei incrédula, afinal, a ultima vez que o vira tínhamos 16 anos e estávamos trabalhando na mesma caçada.

– Millie? - Perguntou o loiro me olhando com seus graúdos olhos verdes.

– Oh meu Deus é você? - Disse ainda surpresa.

– Caramba quanto tempo! - O abracei amassando seu terno.

– SAM! - Falei alto dando-lhe um susto. Ambos nos abraçamos em seguida.

– Bela bunda - O apalpei.

–Meninos como vocês cresceram!

••••

Logo depois do nosso reencontro fomos parar em um bar,Sam,Dean e eu sentamos na mesa e começamos a conversar.

–E então Millie,como foram seus últimos anos?-O loiro me fitou.

–Ahrrm até que foram bons!ultimamente acabei levando umas facadas,talvez um ou dois tiros,mais tá razoável-Ironizei-E os seus?

–Ahhrm resumindo,fui pro inferno,Sam e eu conhecemos um anjo e impedimos o apocalipse.

–Vocês o que?-Fiquei perplexa.

–Então o que vão beber?-Perguntou o garçom do bar interrompendo a conversa.

–Cerveja,Millie?-O mais novo perguntou esbanjando um sorriso no rosto.

– Sempre amor-Respondi.

– Três cervejas por favor - Ele pediu.

– Então...como está o John? - Perguntei. Era notório ver a expressão melancólica de Dean naquele momento,estava óbvio que algo ruim havia acontecido, Sam, por sua vez, havia baixado a cabeça e um ar meio tristonho parecia consumir o seu olhar. Ambos não deram uma palavra.

– Eu sinto muito rapazes, John era um bom homem.

– É ele era - Disse o irmão mais velho remoendo as feridas do passado.

– Aqui está,vão querer mais alguma coisa? - Perguntou o garçom pondo as cervejas na nossa frente.

– Não,por enquanto é só - Respondi a ele.

– E então Millie,o que faz na cidade? - Sam perguntou.

–Estou numa caçada...falando nisso,Vocês viram o caso do padre Thomas?

–Ér agente ta trabalhando nisso-Dean respondeu.

–Eu dei uma verificada na igreja e encontrei enxofre-Afirmei.

–Sam e eu falamos com a testemunha e ela nos afirmou ter visto olhos vermelhos na freira,apostamos serem demônios da encruzilhada.

–Demônios da encruzilhada?-Perguntei.Naquele momento,o garçom do bar parecia nos encarar inquietamente.

– Provavelmente - Ambos responderam juntos causando um efeito sonoro.

–Hoje eu estive checando o histórico da cidade e parece que as mortes começaram a um mês atrás-Constatou o mais novo.

–Espera...esse não é mesmo tempo em que impedimos o apocalipse?-Perguntou Dean relacionando os fatos.

– É e não é só isso,antes do padre Thomas tiveram mais três assassinatos,começou com uma adolescente de dezesseis anos,Tracy Schild,depois um empresário de quarenta e oito anos,um engenheiro de vinte e dois anos e por ultimo o padre.Todas as mortes ocorreram a cerca de um mês,e todas morreram do mesmo jeito - Completou Sam.

– Alguma ligação entre as vítimas?-Perguntei.

–É ai que tá o problema,não tem nenhuma ligação.

–Tá querendo me dizer que os demônios estão querendo qualquer tipo de coisa?

–Parece que sim.

– Ahrrm tá legal, terminamos isso amanhã falo? eu to cansado,exausto,e preciso tirar uma soneca. Millie se vem com agente? - Perguntou Dean.

– Ahhrm claro,não se preocupe eu pago a conta-Respondi enquanto os irmãos punham-se a levantar.Abri a carteira,podendo ver uma antiga foto de família,seu aspecto estava horrível,porém,ainda podia-se relembrar as boas memórias que se tinha dela.Naquele momento,um breve sorriso de canto iluminou meu olhar, enumerando as belas lembranças que tinha,parecia voltar no tempo em que tinha apenas seis anos.

– Millie? Você vem? - Dean me acordou das lembranças do passado.

– Ah sim, eu já estava indo - Disse pondo o dinheiro na mesa e levantando da cadeira. Naquele momento ainda estava um pouco pensativa.

••••

Depois de longas horas de conversas e papo furado, Sam, Dean e eu nos hospedamos em um hotel não muito longe do bar,afinal,estávamos completamente exaustos. Abrindo a porta, me deparo com um paredão de paredes rústicas, estavam velhas e mofadas,o cheiro lá dentro era insuportável, as grades da sacada estavam enferrujadas, e para completar o lugar era um muquifo.

– Ahr fala sério! - Resmunguei jogando minha bolsa cheia de roupas em cima da cama.

– Chamam isso de hotel? - Falei sozinha. Naquele exato momento, a luz do quarto começou a piscar, fiquei desperta e atenta,um pouco receosa pra falar a verdade,talvez fosse instinto de caçadora,mais senti algo ruim naquele instante,como se algo estivesse prestes a acontecer.Em seguida,o lugar foi tomado por uma forte rajada de vento,da qual inquietou a velha cortina mofada da porta.Corri para fechar a porta da sacada,podendo observar um jovem bem a frente do hotel,ele estava com suas mãos no bolso e parecia olhar tenebrosamente para o quarto.Fiquei intrigada no momento,afinal,ele parecia ser o garçom do bar,porém,ignorei o fato e fechei a porta.Depois,tudo parecia estar em seu devido lugar.

••••

Narradora ON

Ainda naquela noite...

Naquela noite,a moça que se punha a caminhar,sobre aquela deserta calçada,enquanto gotas de água pareciam escorrer pelo seu rosto, marcado pela forte maquiagem manchada,conversava ao telefone em um ato de solidão e desespero.

– Eu vi Katy!ele estava lá beijando outra! - Disse a moça desesperando-se ao falar. A luz do poste se pôs a piscar.Intrigou-se a jovem,que observou atentamente ao poste, porém deu de ombros e continuou a caminhar.Seus passos eram lentos,e ao mesmo tempo agonizantes,seus cabelos eram loiros e lisos, e se mexiam conforme os movimentos da mulher.

– Escute Claire, você tem que se acalmar! - Sua amiga tentava lhe consolar.

– Me acalmar?aquele desgraçado do Josh me trai e eu que tenho que me acalmar? - A moça se estressou. Naquele momento,um vazio repentino parecia cobrir a outra linha,como se um problema de sinal estivesse cortando a ligação, em seguida, um breve ruído era o único som que podia-se ouvir pelo celular.

– Katy? - A moça perguntou.

– Katy você está me ouvindo?Tá legal para de brincadeira isso não tem graça!

– KATY! - A jovem berrou desligando a ligação.

– Vai se ferrar - Ela disse acelerando seus passos. Atemorizando-se ao ouvir os latidos de cães da qual não sabia de onde vinha,a jovem olhou para trás em busca de encontrar algo, porém, não enxergou nada, a não ser uma rua completamente deserta ao seu redor. Apavorada,a moça se pôs a virar novamente, em sua frente, havia um jovem que a encarou friamente.

– Olá Claire - Disse ele mostrando seus terríveis olhos vermelhos.

– Quem é você?como sabe o meu nome? - Perguntou apavorada.

– Não temas,sou aquele que vai tirar seu sofrimento - Ele respondeu.

– Do que está falando?

– Posso aliviar sua dor,basta me dizer se quer ou não tirar esse peso das suas costas.

–Se eu aceitar...vai doer?-A moça lhe perguntou.

–Não vou mentir,vai doer,mais o que é uma pequena dor para quem vai se livrar dela para o resto da vida?-Ele respondeu fazendo Claire pensar seriamente sobre o assunto.

–Imagine uma vida onde você não terá de sofrer nunca mais.Onde as pessoas que te magoaram sofreram eternamente,você vai poder fazer o que quiser com elas,sem sentir culpa-Ele continuou tentando convencê-la

–Eu aceito-Ela lhe respondeu.O mesmo pegou uma faca imediatamente e cortou sua garganta.A moça apagou na hora,caindo de vez sobre o chão.O jovem se agachou enquanto segurava um pequeno frasco em sua mão,recitou duas palavras em latim,e uma luz esbranquiçada saíra da garganta da mulher diretamente para o vidro.Depois disso,ele desapareceu em um piscar de olhos.

••••

Por Millie

Logo ao amanhecer me proponho a comprar o café da manhã, os raios de sol que iluminavam o lugar, batiam fortemente pelas paredes rústicas do hotel, exibindo continuamente a umidade que se tinha nelas. Abri a porta,dando de cara com aquela tristonha rua, as cores dos sobrados eram velhas,e davam um ar meio sombrio a cidade. Caminhando meio quarteirão, já era de se enxergar a lanchonete mais próxima do hotel. Certo, não vou mentir, estava ansiosa para chegar lá e comprar um delicioso café com uma bela rosquinha, sou viciada nisso, talvez esse seja o meu café da manhã predileto.

Ao longe,uma multidão parecia cobrir uma das calçadas.Atravessei a rua,e me direcionei até o local,ao redor haviam pessoas apavoradas,carros de policia e um do IML recolhendo o corpo de uma jovem garota.

– O que aconteceu aqui? - Perguntei para moça que se punha a chorar descontroladamente.

– Claire morreu ontem a noite.

–Conhecia ela?-Perguntei.

–Eu era amiga dela.

–Diga-me,havia algum motivo para quererem matar a Claire?-Perguntei.

–O que?claro que não!Todos gostavam da Cler,exceto o idiota do namorado dela que traiu ela.Na noite anterior,ela havia descoberto a traição e ficou desesperada,sem saber o que fazer!Então ao amanhecer do dia minha melhor amiga é encontrada MORTA!-Estressou-se a moça.Naquele tenso momento,não entendi o por que de um demônio da encruzilhada querer matar uma simples pessoa,mais ai eu me toquei que demônios não matam por um motivo,matam por matar,simplesmente por que dá prazer a eles.Decidida a voltar ao hotel e contar o ocorrido aos Winchester,fui interrompida por uma senhora,não muito velha,que se pôs em minha frente.

–Você tem que sair daqui,AGORA!-Ela disse parecendo perturbada.

–O que?do que está falando?

– A morte...você vai trazer a morte - Disse ela. Fiquei curiosa no momento,mais não levei a sério, não acredito nesse negócio de vidente ou coisa assim,para mim,tudo isso não passa de uma mera bobagem que não faz sentido algum, afinal, como eu poderia trazer a morte? ah qual é eu sou só uma garota do Texas que perdeu os pais, não acredito nessas coisas. Em seguida,dou de ombros,porém sou interrompida por um forte puxão que a senhora me dera,ela agarrou firme o meu braço e eu tive uma forte sensação de estar sendo levada para um mundo imaginário.

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram?
Bjos
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