Mês de Novembro escrita por kaka_cristin


Capítulo 19
Capítulo 19 - “Celebridade”.


Notas iniciais do capítulo

Genttiiii foi mal a demora, mas to postando hoje e amanhã tb. talvez ainda poste no domingo. vou deixar pra desejar o feliz ano novo mais à frente. vlw pelos reviews!!! bjx ^^



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Gerard saiu nos jornais de mãos dadas com outra mulher três semanas após nosso casamento. A desculpa mais esfarrapada que eu tive que ouvir dele veio dessa vez quando disse que a mulher era uma prima distante. Desde quando ele tinha uma prima distante? Me poupe, eu não era trouxa. Mas eu me conformei com tudo isso apesar de sempre me culpar e fui levando minha vida sempre calada e agüentando tudo mesmo que me rasgando de raiva por dentro. Tudo pelo nosso filho que estava pra nascer. E ele nasceu, justo no dia em que descobri que Gerard estava de novo caso, dessa vez com a nossa vizinha.

 

- brincadeira! – gritei jogando o jornal no chão com muita raiva e voltando a andar de um lado a outro do quarto. Minha mala estava aberta em cima da cama assim como o armário de roupas onde eu pretendia arrancar toda minhas roupas.

 

- eles querem nos separar. – disse ele aos prantos.

 

- nos separar? “Eles querem nos separar”? Cachorro! Quem quer nos separar é você! – gritei avançando nele e lhe dando socos no braço.

 

- para com isso. – e ele segurou meus braços e depois me empurrou.

 

- eu não devia ter me casado. Agora sou a chifruda mais famosa do mundo. Feliz com isso, Gerard? Pois eu não estou! Eu estou odiando essa minha nova reputação. Droga!

 

- fica calma. Assim nosso filho...

 

- não existe “nosso filho”. Agora você não existe mais pra mim. Nunca existiu. – eu dizia enquanto jogava minhas roupas na mala retirando-as do armário.

 

- vamos conversar. – disse ele pegando a roupa que eu colocava na mala e jogando de volta no armário.

 

- CHEGAAAA! – gritei tapando os ouvidos. – você não vai me fazer voltar atrás. Não vai! – gritei. Foi quando senti uma forte dor.

 

- Lily! – ele correu até mim me segurando antes que eu caísse no chão.

 

- me solta. – tentei tirar a mão dele de mim, porém sem sucesso. Eu estava fraca demais pra impedir alguma coisa. A dor só aumentava cada vez mais assim como meus gritos.

 

- eu vou te levar no hospital. Sua bolsa estourou.

 

- prefiro parir aqui a ir com você.

 

- deixa de ser teimosa, mulher. – e ele me pegou no colo enquanto eu gritava de dor.

 

O parto foi bastante difícil, durou mais de vinte horas, mas graças a Deus meu filho nascera bem. Era meu filho, agora era só eu e ele juntos. Peguei-o no colo e dei meu dedo pra que ele segurasse e ele apertava com força. Chorei de emoção nesse momento. Ele era a única pessoa que eu amava naquele momento. Gerard já era pra mim. Eu não confiava mais nele. Quando o médico pediu pra levar ele de mim, senti um aperto no coração. Não queria deixá-lo ir, mas não podia ficar com ele. Ele precisava ir pro berçário. Olhava a enfermeira sair com meu filho no colo. Não sabia por que, mas sentia como se tivessem arrancando meu filho de meus braços pra sempre.

 

Logo em seguida, Gerard entrou no quarto pra me ver. Tentou me beijar numa tentativa inútil, pois eu virei meu rosto evitando-o. Eu não queria mais ser beijada por ele. Ele ficou chateado e tentou me tirar informações do por quê da minha reação negativa, mas eu não precisava explicar mais nada, certo? Ele sabia muito bem o meu rancor por ele e o por quê também. Cansado por tentativas inúteis, ele saiu do quarto e me deixou sozinha. Pouco depois, Michelle também apareceu, mas foi rápida já que tinha trabalho.

 

No dia seguinte acordei com alguém chorando no meu quarto e ao abrir os olhos me deparei com o Gerard e a Michelle com os olhos vermelhos de tanto chorar. Me sentei na cama quase que num pulo de tão assustada. Meu peito começou a doer novamente e a imagem do meu filho veio-me na cabeça.

 

- o que aconteceu? – perguntei assustada.

 

- Lily... – arriscou Michelle, mas não conseguiu terminar.

 

- você vai ter que ser forte. – completou Gerard.

 

- o que aconteceu, Gerard? Fala! – um aperto enorme no peito. Logo imaginei que fosse algo com meu filho. - O que houve com o meu filho?

 

- ele sumiu. – disse Gerard pegando na minha mão. 

 

- como assim ele sumiu? O que houve? – puxei minha mão e olhei desesperada pra Michelle esperando uma resposta.

 

- ninguém sabe. – disse Michelle sem jeito. – alguém levou seu filho.

 

- NÃO! – gritei. Eu me levantei e mesmo tentando, nenhum dos dois (Michelle ou Gerard) conseguiu me impedir de andar até o berçário.

 

Eu andava em passos rápidos mesmo não podendo e sentindo muito dor ainda por causa do parto.

 

– meu filho! Onde está ele? – gritei procurando pelo vidro do berçário olhando de criança a criança, procurando no meio delas o rosto do meu filho.


Eu comecei a chorar enquanto procurava por ele. Aquilo não podia estar acontecendo, não comigo. Eu não estava preparada pra isso. Gerard tentou me levar de volta pro quarto, mas eu o empurrei e comecei a gritar enquanto olhava pro berçário, eu não me conformava com aquela confirmação de que meu filho havia sido seqüestrado. O hospital inteiro olhava assustado e com dó pelo meu sofrimento e ninguém conseguia me parar, botei na cabeça que tinha que ir atrás do meu filho, mesmo não sabendo onde ele estaria eu tinha que sair dali, até que algumas enfermeiras me agarraram e me deram algo que me fez apagar. Eu pirei desde aquele momento.

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