Todos pararam e olharam para o Cebola que tinha acabado de chegar, Monica sentiu seu estomago dar uma volta completa. Olhou para os lados, viu DC, Fabinho e Cebola todos dividindo o mesmo m², concluiu que com certeza não daria boa coisa.

Tentou encontrar com os olhos a Magali, mas a viu longe demais para ser chamada, procurou o Cascão, mas sem sucesso, o jeito seria ela mesmo intervir caso algo pior acontecesse.

– Cebola não está acontecendo nada, vamos! – Monica tentou tirar ele de la pegando em seu braço.

– Me solta Mo, quero saber o que estava acontecendo aqui – Cebola soltou seu braço e voltou para Fabio e DC.

– Já que você não defende quem tem que defender, eu defendo, vim defender a Mo desse otário – DC disse, provocando o Cebola.

Monica começou a desesperar prevendo que ia dar briga e que iria estragar toda a festa que planejaram.

– Desde quando a Monica precisa de você para defende-la?! Fala sério, o que esse otário te fez Monica? – Cebola perguntou apontando para o Fabio.

– Na-Nada Cebola, gente vocês estão no meio da festa, parem por favor – Monica respondeu olhando preocupada para ver se alguém reparava na briga.

– Se eu não viesse proteger ela, esse ridículo teria feito sabe-se lá o que, quando cheguei ele estava apertando o braço dela com muita força – DC disse encarando de braços cruzados o Fabinho.

– Ah para, estávamos só conversando – Fabinho respondeu rindo.

Cebola o fitou com raiva, se aproximou repentinamente e colocou o dedo na cara dele.

– Se você voltar a se meter com ela, vou desconfigurar essa sua cara – Cebola ameaçou.

Depois virou para o DC...

– E você não se mete com o que não é seu, eu não engoli ainda aquela história de que não tinha nada a ver com o que o Toni fez, você não vai mais se meter entre eu e a Monica.

– Ei abaixa a bola, ta achando que é quem?! Não tenho medo de você não – DC respondeu empurrando a mão do Cebola pra longe de seu rosto – E se apontar mais uma vez esse dedo para o meu rosto eu quebro ele.

– Para DC, para Fabio, para Cebola por favor, vamos pra lá – Monica pediu entrando entre os três com a mão na cabeça. – Titi faz alguma coisa.

Ouviram uma risada e todos se viraram para olhar de onde vinha...

– Não se mete Monica, agora que vai ficar legal – Toni disse aprovando o barraco.

O pouco ar que Monica estava respirando anteriormente, agora parecia sumir, a última coisa que ela ouviu foi alguém gritar seu nome...

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Sentiu alguém a carregando, e um zumbido de trem no seu ouvido, tentou abrir os olhos ou falar algo mais não conseguiu, ouviu vozes a chamando, diferentes vozes, masculinas e femininas, em diferentes tons, a chacoalharam, e repentinamente reconheceu a quem pertencia aqueles sons, Magali, Cebola, DC, Denise, sentiu uma mão em seu rosto, e alguém perguntando de longe alguma coisa, finalmente conseguiu abrir os olhos, olhou pra cima e viu Cebola a carregando, olhou para o lado e viu DC lá atrás perguntando se ela estava bem, e percebeu que estava rodeada dos amigos.

– Mo?! Mo que bom que acordou – Cebola a envolveu mais ainda em seu colo, e logo depois a colocou sentada em uma cadeira.

– Amiga, ai ami que susto – Magali a abraçou – Fala comigo, ta bem?!

Monica recobrou a memória, esfregou os olhos e conseguiu falar.

– Oi, to bem amiga.

– Ai gatz, aloka, que susto – Denise disse, colocando a mão no peito e se sentando perto da amiga.

– Mo, está bem?!, Que susto, o que aconteceu?! – Cebola perguntou dando um beijinho na testa da amada.

– To bem Ce, eu só me assustei, acho que desmaiar foi até bom – Monica respondeu procurando pelo Toni ou pelo Fabinho, e percebendo que nenhum dos dois se encontravam por perto.

– Mo acho melhor irmos para casa, você pode tomar um banho quente e descansar – Magali disse pegando na mão da amiga.

– Não Maga, eu quero dançar, ensaiamos e nos dedicamos tanto – Monica disse fazendo biquinho.

– Mas você ta bem Mo? – Cebola perguntou preocupado – Bem mesmo?

– To gente, foi só um susto, sempre que me altero demais acontece isso – Monica respondeu olhando a hora e vendo que faltava meia hora pra dançarem. – Vamos nos arrumar?

– Bom então ta bom – Magali concluiu pegando no braço da amiga para irem se trocar, olhou para o Cebola e deu uma piscada, ele deu uma suspirada em alívio, e sorriu.

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Aninha voltou para a arquibancada se sentando para ver a quadrilha acompanhada de seu namorado.

As meninas todas se reuniram numa sala de aula para se trocarem, Monica já se sentia melhor, e começou a agradecer mentalmente por ter desmaiado, evitando que uma briga acontecesse.

Pegou seu vestido de noiva e começou a se trocar, estava ansiosa para dançar com o Cebola, apesar de ainda chateada com ele devido a sua falta de atitude a respeito do relacionamento dos dois.

Terminou de se trocar, e pegou um velzinho que a Marina tinha feito para completar o look de noivinha, olhou para a Magali e ela estava linda, com um vestidinho amarelo, com a saia rodada, remendado com pedaços de pano, e duas lindas tranças envolviam seu cabelo longo, Denise estava com um vestido azul e branco xadrez curto com a saia rodada e suas Maria-Chiquinhas de sempre. Marina parecia uma princesa, com um vestido vermelho e azul, rodado, e também com duas tranças em seus cabelos longos.

Fizeram as pintinhas no rosto, deram o toque final, e saíram.

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Cebola estava ansioso, colocou a mão no bolso se certificando de que estava lá, arrumou seu terno remendado com pedaços de panos, fez a barbinha típica de festa junina, e saiu para a quadra acompanhado do Cascão e do Franja.

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Monica, conforme o ensaiado, ficou atrás da quadra esperando a hora dela entrar, espiou a quadra todos já estavam se posicionando liderados pelos professores, todos os alunos da escola já se encontravam já na arquibancada para verem aquela quadrilha dos ex alunos.

Ouviu a musica da quadrilha começar, e todos começarem a rir, lembrou do inicio da quadrilha que já começava com o Franja, que representava o pai da noiva, correndo atrás do Cebola com a espingarda (de mentira) o ameaçando. Realmente riram muito quando ensaiaram, então tinha certeza que era disso que a arquibancada toda ria.

Olhou de novo e viu o professor Licurjo fazer um sinal para ela entrar, respirou fundo e entrou representando de acordo com o ensaiado.