Acordou um pouco aflita, olhou assustada para os lados, e lembrou quase que de imediato que adormeceu olhando a mensagem em seu celular. Quem era A.S? O que essa pessoa queria?! Um sentimento de medo e pânico percorreu seu corpo, sentia medo de ser alguém perigoso, ou seria o Toni? Resolveu levantar da cama e se arrumar, a faculdade a esperava. Levantou, arrumou seu quarto, tomou banho e desceu para comer.

– Oi Mo – Magali a cumprimentou enquanto passava requeijão em uma torrada.

– Oi Maga, tudo bem? – Monica disse bocejando.

– Nossa amiga, que cara é essa?

– Ai Maga não ando dormindo direito, eu acho que preciso descansar. – Monica concluiu se sentando para comer.

Monica tomou café e saiu, entrou em seu carro e quando foi colocar o cinto viu um papel embaixo do seu para-brisa. Saiu do carro pegou o papel e entrou no carro novamente. Foi com um choque que seu corpo percebeu em letras garrafais um bilhete endereçado a ela.

“QUANTOS MINUTOS TEM EM UMA HORA? E QUANTAS HORAS TEM EM UM DIA? SERÁ QUE VOCÊ MONICA SABE QUANTOS MINUTOS FALTAM, E QUANDO A HORA SE APROXIMA?”

Como se o papel queimasse sua mão, jogou ele no chão do carro, como uma reação ao susto, seu coração disparou um pouco, e teve que manter a calma para voltar a raciocinar.

Depois de uns 10 minutos pensando chegou a conclusão que deveria voltar pra cama, o que que tem um dia de falta na faculdade, seu trabalho era pra sexta, resolveu tentar descansar um pouco e decidir se deveria contar a alguém...

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Aninha acordou com frio e enjoo, não sabia que esses enjoos seriam tão intensos. Titi se arrumava para ir trabalhar, mas insistia com a amada pra ficar com ela e leva-la ao médico.

– Vai Aninha, se arruma, vamos vou te levar ao médico.

– Não amor, para enjoo é normal durante a gravidez.

– Mas vai que é alguma coisa com meu filho – Titi disse preocupado.

– Ou filha né Titi? Mas não é, pode ficar sossegado eu vou ficar bem, você que não pode faltar bem em época de campeonato das crianças.

– Ana, qualquer coisa me liga está ouvindo?

– Ta bom amor, beijo.

Titi se despediu com um beijo e foi trabalhar.

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Cascuda se sentia animada demais para sua festa, passou o final de semana todo decidindo coisas, cores, comidas, e entre toda sua rotina corrida a noite contava com a ajuda do namorado para continuar os preparativos.

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Magali foi para a faculdade preocupada com a amiga que voltou correndo pra cama. Insistiu em ficar com ela, mas ela não quis. Porque tinha que ser tão cabeça dura? Ou será que ela só se fazia de forte?

Sentou na sua carteira, mas não conseguiu prestar muita atenção na aula, ligou para a amiga assim que a aula terminou, mas deu caixa postal. Seguiu para seu estágio.

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Monica acordou do sonho perturbado que tivera atrasada para o estágio, seu sonho misturava cartas, mensagens, pessoas que não coseguia ver o rosto, e risadas. Se arrumou e saiu correndo para o trabalho.

O dia passou rápido, e foi com muita felicidade que saiu da empresa exausta e foi para casa. No meio do caminho decidiu parar no shopping para comprar um livro que a faculdade pediu como leitura complementar, quando estava na frente da livraria se arrependeu bruscamente de ter tomado essa decisão. Toni estava parado olhando uma loja de roupas do lado da livraria, e quando ela virou e tentou ir embora ouviu alguém a chamando, o que ela menos queria nesse momento é o Toni lhe enchendo. Mesmo assim vendo que não conseguiria fugir, forçou um sorriso.

– Oi Toni.

– Oi Mo, que bom que parou, você está bem? – Disse fingindo preocupação.

– Estou sim, porque? – Monica perguntou desconfiada.

– Não, nada, eu achei que estaria mal, depois do que houve.

– Do que... houve? Como assim? – Monica disse tentando se lembrar se tinha contado para ele sobre o e-mail do Cebola.

– Ueh, todo mundo já sabe Mo, não precisa fingir. – Toni disse querendo rir por dentro.

– Sabe do que Toni? – Monica se sentiu com mau estar.

– O Cebola espalhou pra todos os meninos já que você surtou por causa de um e-mail e por isso ele terminou com você porque não aguentava mais seu ciúme, então eu sinto muito até que vocês davam um casal bonito. – Toni concluiu com a cara mais fingida que conseguiu.

– O Cebola o que? – Monica disse se sentindo tonta, viu o banquinho do shopping e se sentou – Me deixa sozinha por favor Toni.

– Ai me desculpa, você não sabia? Eu... Eu não quis te preocupar, eu vou te deixar sozinha se precisar de algo me liga – Toni concluiu se retirando e sorrindo de canto de boca.

Então era por isso que ele estava me ignorando? Ele cansou de mim e ainda espalhou pra todo mundo que eu dei um show por causa do e-mail? Monica pensava com os olhos lacrimejados.

Monica de repente perdeu a vontade de ler, levantou e foi embora. Chegou em casa e entrou pro banho, não queria chorar, seu sentimento era uma mistura de raiva e dor, ela se culpava por ter quebrado o que tinha prometido. Prometeu não beijar mais o Cebola quando terminaram há quase um ano atrás, prometeu para si mesma em uma daquelas noites que passava chorando, que não correria mais atrás dele, e partiria pra outra, mas não conseguiu se segurar, deu mais uma chance e olha só, além de ter passado o dia com a Camilla espalhou que quem tinha terminado havia sido ele por ciúme descontrolado dela.

Chorou quase que o banho todo, saiu do banho, colocou qualquer roupa e desceu deixando o celular la em cima.

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Cebola chegou em casa e foi checar sua fantasia que tinha encomendado via internet e chegava hoje. Olhou ansioso e gostou do que viu, era super apropriado para o dia da festa.

– E ai Ce, quando vai deixar de ser orgulhoso e ir falar com ela? – Maria Cebolinha disse sentada na cama do irmão e fazendo com que ele se assustasse.

– Ai que susto pirralha, ta louca? Eu não tenho nada pra falar com ela, ela não quis me ouvir, não confiou em mim.

– Ah para de tentar me enganar Ce, você ta louquinho pra falar com ela, pra que tanto orgulho? Ou vai me dizer que você fez alguma coisa errada e não quer assumir? – Maria disse enquanto lixava a unha.

– Eu não fiz Maria, e já provei que não fiz, só que ela não quis me ouvir. E desde quando você entende de relacionamento? – Cebola disse desafiando a irmã.

– Cebola, não sou mais criança, a criança de nós dois aqui está parecendo você, se não tem culpa e tem provas vai falar com ela... Antes que seja tarde.

– Como assim tarde?

– Não ia dizer nada, mas ontem quando voltava do colégio vi o DC abordando a Mo na rua, e eles pareciam bem...

– Aquele desglamado, eu to louquinho pra ter uma conversa com ele. – Cebola disse esmagando inconscientemente a fantasia em sua mão.

– É, então é melhor pensar bem. – Maria concluiu pulando da cama do irmão e indo em direção ao seu próprio quarto.

Cebola se sentiu bravo ao saber que aquela mensagem do DC então realmente era verdadeira, e que sua irmã tinha resolvido se meter na sua vida amorosa, sendo que ela nem sabia o que ele realmente pensava.

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Resolveu ir dormir, pegou sua agenda na qual estava escrevendo e subiu para a cama, deitou sentindo frio. Pegou um cobertor a mais no guarda roupas e colocou na cama, deitou novamente. Era aproximadamente 1h30 quando acordou sentindo sua cama vibrar, se levantou e viu que tinha adormecido em cima do celular, foi com pavor que olhou a tela. Uma mensagem.

– Tic Tac... Tic Tac, o tempo corre. – A.S

Foi com raiva que Monica jogou seu celular em cima do puf no canto do quarto, e virou colocando o travesseiro sobre sua cabeça.