A Herdeira dos Black II escrita por Akanny Reedus


Capítulo 25
Eu gosto de ficar com você


Notas iniciais do capítulo

É aleluia que estou ouvindo? kkkkkkkkkkkk

Serio, eu nem sei onde colocar a cara por causa dessa minha demora. Me perdoem por isso! Desde o ano passado sem postar - rs. Aconteceu MUITA coisa comigo, além da falta de criatividade (eu tive um bloqueio de criatividade horrível), tive problemas com a internet, viajei e estava muito ocupada arrumando os detalhes para a minha facul (sim, esse ano eu vou para faculdade *---*). Então me desculpem por isso e juro que isso não vai mais acontecer, me perdoem. ♥

Outra coisinha, queria agradecer a lindona da Clenery Aingremont pela recomendação linda que ela escreveu para a primeira temporada da A Herdeira dos Black. Obrigada pela recomendação, eu a amei muito. *-*

Agora sobre o capítulo, perdão se não ficou bom. Como disse eu sofri bloqueio e não sabia o que escrever. Por mais não tenha ficado tão bom, acho que os momentos que vai ter nesse capítulo vai compeçar a minha demora. Espero que gostem, até as notas finais.

ps: vou responder todos os comentários depois, não queria demorar mais para postar o capítulo. :D



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― Desculpe a demora ― ouvi a voz de Susana às minhas costas. Olhei por trás do ombro e vi-a se aproximando agora usando uma blusa roxa com listras branca e preto. ― Dei uma passada rápida na Sala Comunal da Grifinória para pegar uma blusa de frio.

― Tranquilo ― disse, agora me virando para olha-la melhor e reparei que ela ainda segurava o livro que tinha pego na biblioteca. ― Estava tão focada em pegar a blusa que esqueceu de deixar o livro?

Ela olhou para as mãos e viu levantou o livro.

― Ignore o livro ― pediu ela, colocando o livro no chão e voltando a me olhar. ― Precisei dar uma desculpa para sair da comunal ao Harry...

Senti um grande desconforto ao ouvir o nome do Potter.

O que aquele idiota tem a ver com tudo isso?

― Desculpa ao Potter? ― repeti o que ela disse, tentando manter minha voz controlada, mas pelo jeito saiu como eu não queria. ― Por que você precisou dar desculpas a ele?

Susana ainda me olhava de forma suspeita, mas logo respondeu minha pergunta.

― É que ele perguntou o que ia fazer aqui fora, e eu não podia dizer que era para me encontrar com você. Então a primeira coisa que vi como desculpa foi o livro e digamos que ele acreditou. Pelo menos eu espero que sim...

Coloquei logo a minha no bolso e fechei o punho com força, desviei o olhar dela não estava conseguindo me conter enquanto a ouvia falar do Potter. Ainda eu não entendo o que ele tem a ver com isso? Agora ela precisa ficar dando desculpinhas para aquele idiota para sair. Tem que pedir permissão para ele?

― Ei ― chamou-me Susana, tocando no meu ombro o que me fez voltar a olha-la. ― Tudo bem?

Por um segundo fiquei olhando bem atento aquele azul profundo dos olhos dela. Eram tão claros, que conseguia me desconcentrar e ficar olhando apenas para ela. Parecia que estava de fato no céu. Logo que me dei do que estava fazendo, balancei a cabeça para voltar com os pés no chão.

― Que foi que você disse mesmo?

― Perguntei se você estava bem? ― perguntou ela com a sobrancelha levantada. ― Você ficou muito estranho quando disse o nome do Harry. Sei que você não dele, mas mesmo assim você ficou estranho.

Revirei os olhos e disse controlando meu tom de voz:

― Olha, o que você da gente mudar de assunto?

Susana sorriu e balançou a cabeça positivamente.

― E sobre o que você quer falar?

Fiquei por breve segundo olhando-a, toquei no rosto dela e antes de beija-la, eu disse com os lábios bem próximo dos dela:

― Sobre nós dois.

Os braços dela contornaram meu pescoço enquanto ela retribuía o beijo. Puxei-a pela cintura, ficando bem colada com meu corpo e continuei com a mão na cintura fina de Susana. Ficamos por um bom tempo nos beijando, esquecendo até que estávamos no meio do jardim e que algum aluno poderia nos ver. De fato aquilo não era o mais importante naquele momento.

Fomos nos sentar assim separamos, Susana ficou encostada na minha perna enquanto eu fiquei encostado na arvore mexendo nas mechas onduladas do cabelo dela. Eram tão sedosos, e quando mais mexia, mais eu conseguia inalar o cheiro de morango que vinha dela.

― Alguma vez alguém lhe disse que você é linda? ― perguntei de repente, olhando-a encarar o lago escuro.

Susana se virou para me olhar com a sobrancelha levantada.

― Já sim ― respondeu ela como se já estivesse acostumada com a pergunta.

Por mais que eu tenha feito a pergunta já imaginando um sim, não me senti nenhum pouco confortável ao imaginar de quem ela escutou esse elogio.

 ― Já até sei de quem ouviu isso... Theodore... ― murmurei tentando disfarçar minha raiva, e o nome do Theodore, mas parece que ela acabou me ouvindo já que começou a rir.

― Eu ia dizer que foi você, mas se acha que foi o Theodore então deixa quieto ― disse Susana dando de ombros

― Eu? ― repeti surpreso.

― Claro, foi isso que você me disse agora pouco ― ela voltou a me encarar melhor, segurando uma risada. ― Não vou mentir que o Theodore já me disse isso, mas nunca me importei, sempre foi um nada. Por isso só contei o seu elogio, Malfoy.

Ouvindo aquelas palavras vindo dela foi ótimo. Era ótimo poder ouvi-la dizendo que não se importava com Theodore. Já que ele torna uma importância a menos dele perto dela. Não contive e acabei sorrindo, e lhe dei um selinho.

― Draco ― disse assim que nos separamos. ― Me chame apenas de Draco, acho que não faz sentindo a gente continuar se referindo pelo sobrenome.

― Então me chame de Susana ― ela disse voltando a me beijar.

Ficamos o resto da noite juntos, conversando sobre vários assuntos além de passar todo esse tempo a beijando. O que se tornou um grande vicio, queria ficar mais com ela, precisava tê-la mais tempo comigo eu não queria me separar e acho que ela também não, mas infelizmente foi possível já que tinha passado da hora de recolher.

― Tem certeza que você continua sozinha? ― perguntei assim que entramos no saguão, e Susana negou quando me ofereci acompanha-la até a Torre da Grifinória.

― Tenho sim ― respondeu Susana. ― Não se preocupe, sei me cuidar entre esses corredores, e sinto que hoje não vou ter o azar de me encontrar com o Snape.

Soltei uma risada abafada, balançando a cabeça e disse:

― Ok! Você ganhou, eu vou ficando por aqui mesmo.

― A gente se vê amanhã?

― Claro.

― Então ― ela se aproximou e me deu um beijo na bochecha ― boa noite, Draco.

― Noite, Susana.

Ela acenou antes de ficar de costa e subir as escadas.

Por sorte não encontrei ninguém indesejado durante meu caminho para as masmorras. E eu realmente espero que Susana também não. Mesmo já sabendo que ela iria saber se cuidar, caso ela acabe esbarrando em quem não deve. Digo e repito: aquela garota é muito esperta.

A comunal da Sonserina estava praticamente vazia, se tinha apenas alguns alunos fazendo deveres (provavelmente atrasados, estavam fazendo tudo em cima da hora) e outros só conversando. Entre esses poucos alunos, consegui encontrar Blásio sentado na poltrona perto da lareira. Fui me sentar no sofá que ficava de frente para lareira.

― Até enfim você apareceu ― falou Blásio assim que me sentei. ― Posso saber onde se enfiou?

― Estava por aí ― digo.

Encostei a cabeça no sofá e fechei os olhos, tentando me concentrar apenas nos flashes com Susana.

― E pelo jeito esse ”por aí” tem nome e sobrenome, não é mesmo?

Sorri mais ainda ao ouvir Blásio dizer aquilo.

Eu queria manter um tempo em segredo o que estava rolando entre Susana e eu, mas não ia conseguir aguentar. Eu preciso contar para alguém o que está rolando, e digamos que o Blásio é a melhor opção. Além dele ser meu melhor amigo.

― Sim, o “por aí” tem nome e sobrenome ― falei, agora abrindo os olhos para encarar Blásio. ― E é Susana Black.

Blásio me olhou surpreso, como se não acreditasse no que tinha ouvido, só que do nada ele começou a rir.

― Se tá brincando? ― disse Blásio. ― O que estava fazendo com ela?

Comecei a contar tudo o que estava rolando entre Susana e eu, desde a noite que a beijei depois da festa de Jéssica, até o que rolou minutos atrás.

 ― Eu não sei exatamente o nome certo para o que está rolando entre a gente ― dizia pensativo. ― Só sei que nunca me senti tão feliz com alguém.

― Quem diria que Draco Malfoy acabaria se interessando tanto pela “chata” da Black ― provocou Blásio colocando um pouco de sarcasmo no chata. ― Porque era assim que você se referia a ela. Chata, irritante e traidora do sangue, não era isso?

Não posso negar que era realmente isso que acha de Susana.

― Fico feliz em ouvir isso, acho que você deve parti para mais um nível com ela ― diz Blásio. ― Ela não é de se jogar fora, Black é linda demais, carrega o sobrenome de uma ótima família de bruxos e é uma sangue puro, então não deve ter problema dela ser da Grifinória.

― E que ela seja minha prima ― acrescentei.

― Ah, isso é o de menos, além de que são apenas primos de terceiro grau então não tem problema ― falou Blásio gesticulando como se aquilo não fosse importante. ― Cara, eu apenas te digo para ir em frente com ela. Como eu disse: Black não é de se jogar fora.

SUSANA BLACK © POV

            ― Você não foi ler nenhum livro, mas foi se encontrar com o Malfoy ― falou Hermione assim que saiu do banheiro já de pijama. ― Não é?

            ― Não vou mentir para você, Mione ― disse me sentindo bem tranquila. ― Eu estava sim com ele.

            ― Eu bem imaginei, pois ao contrário de Harry, eu não acreditei nessa sua desculpa do livro ― comentou. ― E ai, como foi com ele?

            Aproveitando que não tinha nenhuma das garotas no quarto, apenas Hermione e eu, contei tudo para ela o que aconteceu perto do lago. Inclusive disse o que tinha acontecido naquele dia que sai correndo do Salão Principal no meio do almoço para vê-lo. Como eu já esperava, Hermione não fez uma boa cara, sobre esse meu rolo com Malfoy.

            ― Eu sei que vai achar estranho, Mione ― dizia olhando-a sentada ao meu lado. ― Mas ele não está chato, até que estou achando o Draco legal.

            ― Draco? ― indagou Hermione surpresa. ― Estão se chamando pelo nome agora?

            ― Sim, a gente decidiu se referir pelo nome e não sobrenome.

            Via que Hermione me olhava indecisa, não parecia saber se ficava feliz por mim ou com pena, ou algo do tipo. Suspirei cansada e disse:

            ― Mione, eu sei não aprova o que disse, mas... Está tudo bem.

            ― Su, não é que eu não aprove o que está rolando entre vocês dois ― disse Hermione segurando minha mão. ― Acontece que eu não confio no Malfoy, mas obviamente não vou impor o que acho dele contra o que você pode achar, ou até mesmo pelo que está sentindo. Não irei te criticar, pois não tenho esse direito já que é você que faz suas escolhas. A única coisa que posso te aconselhar é para ter cuidado com ele. Você é minha melhor amiga, não ia aguentar te ver sofrendo por ele.

            ― Ah, dizendo assim parece até que estou apaixonada por ele ― digo sarcasticamente. ― Não se preocupe que nada vai acontecer. Estamos apenas ficando, e nada mais, não é nada sério.

            ― Se você diz... ― diz Hermione levantando os braços. ― De qualquer forma cuidado para não se apaixonar por ele. Draco Malfoy não é a melhor pessoa para se apaixonar.

            ― Hum... e na sua opinião quem é o melhor para se apaixonar? ― provoquei com a sobrancelha levantada.

            Hermione deu um sorriso sapeca.

            ― Cedrico Diggory.

            ― Você está apaixonada pelo Cedrico? ― disse rindo.

            ― Eu não! ― exclamou Hermione em tom mesclando seriedade e vontade de rir. ― Eu estava me referido a você. Ele é melhor partido! E isso ele vem mostrando a semanas - meses.

            Não consegui me conter e acabei rindo da insistência de Hermione sobre o Cedrico.

            ― Enfim, apenas acho que você deveria se apaixonar pelo Cedrico e não pelo Malfoy.

            Apenas balancei a cabeça ainda rindo da Hermione. Ficamos por um bom tempo conversando, mudando até um pouco de assunto quando Lilá e Parvati apareceram.

            No dia seguinte por ironia do momento, eu acabei acordando sozinha e feliz. Hermione até ficou surpresa por não ter que me acorda já que ela é meu despertador. Infelizmente, Harry não poderia compartilha a mesma alegria. Tudo estava um verdadeiro caos para ele, pois Rony não voltou a falar com ele e nem se quer mencionou uma só palavra durante o café. Apenas cumprimentou Hermione e eu, depois foi se sentar com Simas e Dino.

            Para complicar mais ainda a vida de Harry; os alunos da Lufa-Lufa, que normalmente conviviam em excelentes termos com nós da Grifinória, tinham se tornado bastante frios. Uma aula de Herbologia foi suficiente para demonstrar isso. Estava mais do que claro que eles achavam que Harry se inscreveu no torneio, assim roubando a glória do seu campeão, Cedrico. O que achei um verdadeiro exagero mesmo que raramente a Lufa-Lufa conquistava alguma glória. Amanda que sempre conversa comigo, não estava me dirigindo uma palavra – enquanto Hermione e eu revezávamos bulbos saltadores na mesma caixa - e vi-a sempre lançando olhares mal-humorados para Harry. Inclusive até achei a Profª Sprout muito distante de Harry ― é até provável que seja verdade, afinal, ela é a diretora da Lufa-Lufa.

            Tentei não deixar isso na cara, mas pela primeira vez, estava muito ansiosa pela aula de Hagrid que era a próxima. Ao contrario de mim, Harry não estava nenhum pouco animado justamente por causa da Sonserina.

            ― É a primeira vez que vou estar cara a cara com eles desde que me tornei campeão ― comentou Harry com desgosto, quando chegamos na cabana de Hagrid.

            ― Harry é só ignorar ― disse no mesmo tom baixo que ele. ― Finja que eles não existem.

            Toquei o ombro dele tentando passar um pouco de confiança, ele apenas assentiu e suspirou cansado. Nesse mesmo momento vi por trás do ombro de Harry, Malfoy chegando com Crabbe e Goyle, mas antes de chegar mais perto parou e fechou a cara ao me ver. Logo o seu conhecido sorriso desdenhoso apareceu.

            ― Ah, olha só, pessoal, é o campeão ― disse ele aos seguranças dele no instante que se aproximava de mim e de Harry. ― Trouxeram os cadernos de autógrafos? É melhor pedir um agora porque duvido que a gente vá vê-lo por muito tempo... metade dos campeões do Torneio Tribruxo morreram... quanto tempo você acha que vai durar, Potter? ― Draco já pouco afastado da gente, mas mesmo assim consegui ver o mesmo olhar que vi ontem quando mencionei a desculpa que dei ao Harry. ― Aposto que só os primeiros dez minutos da primeira tarefa.

            Como sempre Crabbe e Goyle deram risadas para agradá-lo, eu já o olhei com reprovação, mas antes dele dizer mais alguma coisa, Hagrid surgiu dos fundos da cabana e ele precisou parar. Hagrid segurava uma torre instável de caixas, cada uma contendo um enorme explosivim. Para horror de todos, Hagrid começou a explicar que a razão pela qual os bichos tinham andado se matando era o excesso de energia acumulada, e que a solução era cada aluno pôr uma coleira em um bicho e leva-lo para passear um pouco.

            ― Levar essas coisas para passear um pouco? ― repetiu Draco enojado, olhando para dentro de uma das caixas. ― E onde exatamente você quer que a gente amarre a coleira?

            ― No meio ― respondeu Hagrid, fazendo uma demonstração. ― Hum... e, vocês talvez queiram calçar as luvas de couro de dragão, assim como uma precaução a mais. Harry, vem até aqui me ajudar com esse grandalhão...

            Assim que Harry se afastou para se encontrar com Harry, o meu olhar se encontrou com o de Draco, eu não disse nada apenas balancei a cabeça e fui me juntar com Hermione para ajudar com o explosivim. Confesso que não tinha curtido nenhum pouco o que ele tinha dito sobre o Harry, mas o que eu poderia esperar, ele é Draco Malfoy e nunca tratou bem o Harry. Por mais que tenha ficado um pouco decepcionada com ele, eu não consegui tirar um minuto se quer os olhos dele, assim como ele de mim.

Hermione precisou me cutucar para voltar minha atenção ao maldito explosivim.

×××

― Posso saber o porquê do silêncio? ― perguntou Draco do nada.

Estávamos no pátio gramado fazendo o bendito trabalho de Astronomia, sentados em um dos bancos que tinha no pátio.

― Quê? ― disse meia desnorteada, desviando os olhos do céu para olhar Draco. ― Você disse alguma coisa?

Ele riu, balançou a cabeça e disse:

― Você está bem?

Agora fui eu que balancei a cabeça para voltar do breve transe.

― Foi mal, eu estava olhando céu e não me lembrava que hoje era lua cheia ― digo.

Olhei mais uma vez a lua grande, redonda e bem brilhante que automaticamente me fez pensar no meu padrinho. Sempre foi assim, não teve uma única vez que quando olhei a lua, ou que sabia que era dia de lua cheia deixei de pensar nele. E agora nesse exato momento ele já deve estar na forma de lobo.

― Fiquei pensando no meu... Ah, esquece! Só estava pensando mesmo ― falei cortando logo o que ia dizer.

Tenho que me lembrar que Draco não sabe que meu padrinho é Remus Lupin, o ex-professor de Defesa contra as Artes das Trevas. Agora em relação que ele é um lobisomen, ele deve saber sim já que o Snape abriu a boca o ano para os alunos da Sonserina.

― Posso imaginar em quem você estava pensando ― diz Draco me deixando surpresa e um pouco assustada. ― É no seu padrinho o Prof. Lupin, não é? Eu sei que ele é um lobisomen.

― C-como que...?

― Snape ― ele respondeu, mas voltou a se explicar melhor antes que eu colocasse para fora um palavrão. ― Ano passado ele contou para nós da Sonserina que o nosso professor de Defesa contra as Artes das Trevas era um lobisomen. Agora sobre você ser afilhada dele, eu não soube pelo Snape e sim pela minha mãe.

            Draco tocou meu ombro e voltou a dizer:

            ― Não se preocupe que apenas eu sei que você é afilhada dele, e também que você é a filha de Sirius Black. Outros alunos apenas desconfiam que você é a filha de Black, por causa do seu sobrenome, ou que é parente, mas filha de outro membro da família.

            ― Você descobriu isso tudo pela sua mãe? ― Draco confirmou com a cabeça.

            ― Você já deve saber que minha mãe e seu pai são primos, não sabe?

            ― Sei sim, soube melhor a história nas férias pela minha prima Andrômeda que é sua tia ― digo.

            Não sei o motivo, mas sorrimos um para o outro.

            ― Que grande obra do destino me colocar você no meu caminho ― comentou Draco, se aproximando e colocando uma mexa do meu cabelo atrás da orelha, assim que a mexa caiu no meu rosto.

            ― E isso é bom?

            ― Nunca imaginei pensar nisso, mas isso é bom mesmo ― respondeu Draco sorrindo. ― Eu gosto de ficar com você.

Ouvir aquelas palavras fez meu coração acelerar, e me fazer sentir de um jeito que nunca tinha me sentindo.

― O que é um tanto irônico já que antes eu não aguentava ficar um minuto ao seu lado ― comentou Draco.

Ele tirou os pergaminhos e livros que estava entre a gente e colocou no chão para poder ficar mais próximo de mim.

― Acredite, você não é o único ― confessei, o que fez nós dois rir.

― Por que a gente se comportava feito idiotas na frente do outro?

― Por que éramos idiotas ― falei rindo mais idiota, quando parei para pensar melhor no que ele disse e de fato éramos idiotas.

Mesmo sendo da Grifinória não tive coragem de dizer que também gostava de ficar com ele. Não conseguia ficar um minuto sem olha-lo, passava todas as aulas pensando nele e contei os minutos para nosso encontro de trabalho.

― Eu gosto de você ― falou Draco de repente.

Senti minhas bochechas esquentarem.

― Esses dias que ficamos juntos só me comprovou o quanto eu gosto de você ― ele disse dando uma grande ênfase no “gosto”.

Sua mão foi até minha nunca e devagar ele me puxou para mais perto dele, fazendo nossos lábios se juntarem e iniciar um beijo apaixonante e quente. Aquilo estava me deixando completamente sem folego; a língua de Draco tinha pedido passagem o que acabei sedendo. Fui sentindo o meu corpo deitando, Draco estava com uma das mãos na minha costa me movimento devagar, parei apenas quando senti a superfície dura do banco de mármore. A mão de Draco tinha servido como um apoio, e antes que eu ficasse em cima da mão dele, ele retirou e subiu para o canto do meu rosto; ficou por cima de mim.

Minhas mãos estavam em sua nunca, acariciava os fios loiros e macios do cabelo dele. Senti um arrepio quando senti a mão quente de Draco tocando na minha pele. Um pouco da blusa acabou subindo, deixando um pouco amostra minha cintura e justamente aí que ele acabou tocando. Aquilo fez meu corpo todo arrepiar, isso não era normal e algo dentro de mim me fazia querer mais ainda ele comigo.

Fomos finalizando o beijo com selinhos e por fim, Draco beijou o canto do meu lábio e voltou a me olhar com aqueles olhos azul-acinzentados que pareciam mais um céu nublado.

― Acho melhor a gente parar por aqui ― sussurrei com a respiração ofegante. ― Se não a gente vai fazer o que não deve.

Ele logo saiu de cima de mim.

― Você tem razão ― disse Draco. ― Desculpe por isso, não era o que você pensava, eu acho que...

― Tudo bem ― digo me levantando e me acertando no banco. ― É melhor continuarmos com o trabalho.

Foi o melhor a ser feito. Eu tinha já noção do que poderia acontecer e via desejo nos olhos de Draco. Meu corpo dizia que queria mais só que não era certo, não era o momento (assim como não era meu momento) e não era certo a gente fazer isso agora. Só de uma coisa que sei, e que talvez não seja legal, que é a minha promessa que fiz a Hermione de não me apaixonar por Malfoy; acho que não estou cumprindo a minha promessa.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? Nesse vocês não podem reclamar que não teve Drasana, pois o capítulo estava entupido de momentos com esses dois. kkkkk

Espero que tenham curtido o capítulo, desculpe mais uma vez a demora e prometo não demorar mais.

Beijos, e espero que ninguém tenha me abandonado depois de semanas sem postar. >.