O Último Caçador escrita por Anjinha Lima, Dragonyl


Capítulo 2
Primeiros dias com ele


Notas iniciais do capítulo

Gente... se tiver algum erro tipo assim grave... saiba que fizemos isso no nosso único horário livre... de noite kkkkkkk
morrendo de sono aqui :p

Nesse capítulo não tem muita informação impostante, somente os primeiros contatos e a aproximação entre o Mihaya e o animal.
Espero que goste ^^



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Já passava do meio-dia quando aquelas orelhas mexeram-se tentando ouvir os sons à sua volta, o peito subiu e desceu ao respirar fundo, seus olhos abriram lentamente, ainda acostumando-se com a luz. Formou-se a imagem de um homem ajeitando uma bolsa. Não pôde ver o que ele colocara na bolsa. Pôde perceber também que se tratava de um homem forte, alto, de cabelos cinza, de uma beleza rude. Tentou levantar-se, mas não conseguiu. Percebeu que seu corpo estava muito machucado. Haviam feridas espalhadas por todo o corpo, todas cobertas por curativos. Sua pata traseira direita também estava machucada.

– Bom dia! – um sorriso abriu na boca do caçador ao ver o despertar do pequeno animal – Já se sente melhor? – ele não esperava uma resposta, obviamente. ele aproximou a mão da cabeça dela, para fazer-lhe um carinho, mas ela hesitou – Hum… Talvez mais tarde.

Ele respirou fundo. Pegou suas luvas, seu coldre e seu sobretudo.

– Descanse mais um pouco. Voltarei logo. Trarei mais comida. – ele arrumou o canto onde deixou duas vasilhas, uma com água e outra com comida.

Após ele sair, o animal olhou em volta. Era uma bela gata. Um pouco maior que os outros gatos. Sua pelagem era cheia e amarela e seus era olhos verdes.

Tentou levantar, mas sentiu dor. Apesar disso, ainda tinha forças para sentar. Ela estava deitada em um pequeno colchão no canto de uma parede rochosa. A comida também não estava não longe. Porém, desconfiada, preferiu não beber nem comer do que o homem preparou para ela.

Olhou em volta novamente, dessa vez observando o lugar. Percebeu que estava em uma caverna. Não conseguia ver a entrada de onde estava, mas a luz de fora entrava iluminando toda a caverna.

Ela também não quis seguir o que o homem disse sobre descansar mais um pouco. Insistiu em esperar acordada, mas, ainda cansada, pegou no sono.

Quando Mihaya voltou o sol já estava se pondo no horizonte. Ao entrar percebeu que o animal estava prestes a ser atacado por um bando de bandidos, seus olhos se encheram de raiva e antes de um dos homens desferisse um golpe contra o animal e o agarrou e o jogou para longe. O animal estava muito assustado, não apenas pelos bandidos que queriam ataca-la, mas também por ver o homem que saio pela manhã com um sorriso em seu rosto mostrar uma expressão tão feroz. Rapidamente Mihaya colocou os bandidos para correr, eram apenas três, nada com que se preocupar, mas precisava sair daquela caverna, sabia que eles voltariam e com o resto do bando.

Mihaya aproximou-se do animal, que estava assustado em um canto da caverna. O animal viu a mão do homem se aproximando e, ainda assustada com o que vira, mordeu a mão de Mihaya que com a outra mão apenas acariciou a cabeça do animal.

– Desculpe, assustei você? – O homem não demonstrara mais a raiva de antes, seus olhos estavam cheios de preocupação e sua mão tinha um toque quente e reconfortante. – Não tenha medo, não vou te machucar. Temos que sair daqui, eles voltaram com todo o bando e não sei se conseguirei proteger à nós dois.

A gata sentiu a gentileza e a confiança vindas dele e, com as orelhas levemente baixas, soltou mão do homem, vendo umas gotas sangue escorrer pela mão dele.

Ele pegou suas coisas, juntou todas dentro da bolsa e pegou a gata em seus braços, tentando deixá-la o mais confortável possível.

– Não se preocupe, logo estaremos seguros.

Mihaya subiu a Montanha do Nascer Sangrento até uma caverna no pé da nascente do rio que ali fluia. Era uma local de difícil acesso, onde só ele sabia como subir seguramente, pois ele mesmo colocara armadilhas no meio do caminho. Chegando lá, colocou a gata novamente deitada, dessa vez numa cama. Aquela caverna era diferente. Parecia mais uma casa, por dentro. Era o ponto seguro de Mihaya. Era para onde ele sempre voltava.

Mihaya saiu, voltando logo em seguida com um balde de água que pegara na nascente do rio. Deu para a gata, que dessa vez bebeu tudo.

— Desculpe, deve está faminta, mas acabei deixando minha caça para traz no meio da correria, por enquanto isso é tudo que tenho.

Colocando um saco de dormir no chão próximo a cama, ele se deitou e dormiu.

Ela bocejou, estava muito cansada com a correria, seus olhos pesavam e, antes de adormecer, olhou novamente para o homem que a salvara pela segunda vez e dormiu.

No dia seguinte, a gata acordou com um cheiro de peixe assado. Sua barriga roncou. Estava faminta. Levantou-se, ainda com um pouco de dor e foi em direção ao peixe. Após comer, olhou em volta e, ao não ver o homem, andou até a entrada da caverna, achando-o lá fora. Ele estava cortando lenha, com apenas um golpe partia o tronco em dois e os colocava em um monte bem organizado. A luz do sol passara entre as folhas das árvores deixando o local mais bonito do que era, um pequeno rio corria próximo e os pássaros cantavam. Mihaya viu o animal na entrada da caverna e sorriu. Limpando o suor de sua testa caminhou em sua direção.

— Bom dia! Como está hoje? — Mihaya esticou sua mão para acariciar a gata exibindo o curativo de sua mão.

Dessa vez, não mais assustada com o homem, ela permitiu que a tocasse. Mihaya levantou e foi até o rio, pegou um pouco de água e voltou até a gata trazendo sua bolsa junto.

— Está na hora de trocar seus curativos. Temos que mantê-los limpos para não infeccionar.

Com muito cuidado Mihaya retirou as bandagens sujas, limpou as feridas e colocou as novas.

—Pronto! Agora não vai mais infeccionar. — Mihaya sorria, parecia satisfeito com o que acabara de fazer. — Preciso ir, vou pegar alguns peixes para nosso almoço, quer vir comigo?

Suas feridas já não doíam como antes, então ela levantou-se e seguiu o homem para fora da caverna em direção ao rio. Antes de começar, pegou as toras e guardou-as dentro da caverna. Mihaya tirou sua roupa entrando no rio com uma vara de madeira com a ponta afiada parecendo uma lança. A gata caminhou ate a sombra de uma árvore e sentou, observando aquele homem que tinha sido tão gentil com ela. Por alguns segundos Mihaya ficara imóvel com a pequena lança na mão, concentrado, parecia uma fera pronta para atacar sua presa, e com um movimento rápido e certeiro jogou a lança, puxando-a de volta com um peixe na ponta. Colocou o peixe numa cesta na margem do rio. Repetiu o processo mais algumas vezes sem errar nenhuma, sua precisão era incrível e seus instintos afiados. Parecia mais um animal que um homem.

—Veja esses peixes! Serão o nosso almoço. —Mihaya preparou os peixes com cuidado e prática colocando-os em estacas de madeira próximo da fogueira que preparou para assá-los. — Logo ficarão prontos, agora vou tomar um banho rápido enquanto assam.

Quando os peixes ficaram prontos, eles almoçaram juntos. Mihaya parecia satisfeito com a companhia do pequeno animal. Sempre fora solitário, não gostava muito de outros humanos, porém, por outro lado, sempre se deu muito bem com os animais.

Mais um dia se passou e, ao acordar, o animal não viu o homem em seu colchão e no seu lugar havia um peixe assado. Sem demora comeu, estava delicioso. Suas feridas não estavam mais doendo tanto. Mihaya entrou na caverna carregando uma banda de javali que acabara de caçar colocou em uma mesa.

— Vejo que já consegue se mover sem dificuldade, sua recuperação é esplêndida, mais ainda temos que trocar esse curativo.

Mais uma vez Mihaya trocou e limpou das feridas do animal que surpreendentemente estavam quase todos curados.

—Terminei, está melhor?

Mihaya sorriu e então, como um sonho, ouviu...

Sim, já estou bem melhor, obrigada!


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo: Quem foi que falou?? Terá sido.. A gata?
Não perca, pois a maior aventura da vida desse corajoso caçador se iniciará!



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