Entrei no quarto. Estava intacto.
Vi a placa em cima da cama e a li:
“Rebecca A. D. E. D. Yvet. 1877.
Única sobrevivente da chacina que acontecera nesta rua. Protegeu a casa daqueles que queriam incendiá-la...”
“Minha irmã está viva?” pensei.
Fiquei parado, olhando o que estava escrito na placa.
Quando me dei conta o dia estava raiando.
Se eu saísse, minha pele brilharia e todos me veriam.
Pela primeira vez, provavelmente, em anos notei minha nudez.
Fui ao meu quarto, em busca de uma roupa para sair de casa, com a esperança de encontrar minha irmã.
Encontrei muitas roupas nas gavetas. “Ela manteve o lugar exatamente como estava naquele dia.” Pensei, sorrindo com um misto de alegria e dor.
Coloquei uma blusa de manga comprida, calça de moletom, sapatos pretos e um chapéu.
Quando estava saindo de casa, lembrei-me do sobretudo que meu pai sempre usava.
Voltei apressadamente ao quarto dos meus pais e procurei-o no guarda roupa. Peguei-o e o vesti enquanto saia de casa.
Percorri as ruas a passos normais para os humanos, à procura de um lugar para me esconder ate que o sol se posse.
Escondi-me em um beco onde não avia ninguém, apenas alguns latões de lixo.
Fiquei agachado em um canto do beco, olhando a movimentação da rua. Às vezes algumas pessoas entravam no beco, mas logo saíam.
A noite caiu e eu saí em busca de pistas de como achar minha irmã. Pensei o dia todo e não encontrei nenhuma maneira de achá-la.