Ensina-me escrita por apenasmika


Capítulo 13
Começo das aulas


Notas iniciais do capítulo

"Eu voltei agora para ficar, por que aqui aqui é meu lugar.
E ai gente, Há quanto tempo, sentiram saudades? kk sim, não ou nem perceberam? Tudo bem? Sim, não ou nem sabem? kkk E ai voltei, tinha parado de postar por que estava trabalhando e voltei por que agora estou desempregada novamente kkk é a vida, então voltarei as postagens regulares assim como antigamente; Estou falando demais, desculpe e boa leitura;



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Hiro abriu a porta do quarto e a fechou silenciosamente, embora sua vontade fosse fechá-la com o máximo de força possível e fazer o estrondo ecoar por todo apartamento para liberar um pouco de sua raiva, mas tudo que fez foi encostar-se na porta atrás de si, fechar os olhos e contar mentalmente até dez, viu que não deu certo e contou mais um pouco.

– Vinte... - Ele sussurrou e viu que não resultado novamente, então recomeçou - Trinta... - Nada, sua raiva não diminuiu, ela talvez tivesse aumentado um pouco pelo resultado falho - Malditas mentiras de internet. - Murmurou e tentou não pensar em nada, principalmente na garota que provavelmente acabara de ir embora ou no sorriso feliz do seu pai, tentou fazer uma psicologia reversa e imaginar que nada daquilo o irritou que o que sentia era simplesmente... Não encontrou uma palavra para descrever os bons sentimentos que sentia, então eles os deixou ali, repousando e tentou ignorá-los completamente.

Jogou-se na cama olhando para o teto e passou por sua cabeça mesmo que em uma fração de segundos como seria as aulas com ela, ou melhor, o que aquela garota poderia lhe ensinar? Uma idioma que não queria? Uma cultura que ele recusaria com todas as forças? Tudo parecia ridículo demais em sua mente, suas aulas e sua presença naquela casa que ao menos para o lado dele não era nenhum pouco bem-vinda, entretanto pelo lado de seus pais eram completamente ao contrário.

Fechou os olhos amendoados novamente, respirou fundo e soltou tudo, pegou o celular e procurou o número do seu amigo, precisava falar e desabafar com alguém sabia que não tinha permissão para ligar do Brasil para o Japão, pois claramente a conta viria muito caro.

"Mas para o inferno com aquilo" - Foi o que Hiro pensou, então ligou sabia que o amigo ainda se encontrava em casa e poderia atender, o celular chamou uma, duas, três vezes, Hiro perdia a paciência a cada "Tum tum" do outro lado da linha e ninguém atendeu, mas tentou novamente então foi na terceira vez chamando que a voz do amigo apareceu do outro lado.

–A? (Moshi Moshi)

– A. - Hiro sentiu-se feliz por ouvir aquela costumeira voz, um pouco diferente pelo telefone, mas era a mesma voz nostálgica de sempre.

– Hiro? é você? - Naquele momento ele imaginou o amigo afastando o celular do ouvido e encarar o celular para crer que era mesmo o número do amigo.

– Sim.

– Há quanto tempo! - Exclamou - Pensei que não voltaríamos nunca a nos falar novamente, pela distância e tal. Quanta saudade, parece que faz mais tempo que você foi embora daqui.

– Sim, Satoshi. Estou com muita saudade dai.

– As coisas ficaram bem solitárias desde quando você se foi.

– Como estão as coisas por ai?

– Bem, estão indo. Eu estou trabalhando e fazendo faculdade. Está meio corrido, mas tudo bem. Nossos amigos também estão fazendo faculdade e sumidos, entretanto de vez em quando marcamos de nos encontrar. - Hiro virou-se para o lado da parede branca, os olhos por um momento se desfocaram, queria poder fazer parte desses encontros, voltar a poder conversar com os amigos e apesar do Satoshi e dos outros passarem um tempo sem se ver eles poderiam se encontrar afinal ainda moravam na mesma cidade e não era como Hiro que naquele momento morava do outro lado do mundo, ele dispensou tais pensamentos e uma pessoa em especial veio em sua mente então perguntou:

– E a Umi? - O silêncio se apoderou entre eles como se aquele nome não devesse ser mencionado e Hiro se arrependeu mesmo que por segundos ter perguntado.

– Ela está bem. - Comentou e logo emendou - Está namorando. - Hiro franziu o cenho e sentou-se na cama, meio perplexo, mas ao mesmo tempo nem tanto sabia muito bem que ela não ficaria muito tempo sozinha, mas não esperava que fosse tão rápido.

– Com quem? - Satoshi ficou em silêncio novamente e observou por um momento algumas pessoas caminharem debaixo de sua janela.

– Não é melhor deixa isso para lá? Quero dizer, não vai mudar nada.

Hiro pensou e preferiu mudar de assunto, tinha a incrível intuição de que se soubesse quem era se sentiria pior do que já se sentia, então preferiu mudar de assunto conversaram por muito tempo sobre tudo Hiro falou como o país ao qual estava era ruim e que não via a hora de voltar para casa e prometeu que com certeza um dia voltaria, não sabia quando, mas voltaria mesmo que sozinho, sobre como os pais o queria a forçar a ter aulas de idioma com uma garota que não gostava nenhum pouco e então o amigo riu de sua infeliz má sorte e ao desligar o telefone sentia-se um pouco melhor, poderia dizer até mesmo feliz e provavelmente ele pegou no sono, pois logo ouviu a mãe batendo á porta chamando para o jantar e quando desceu e sentou-se a mesa o pai falou que ele deveria estudar e não tratar Alice mal em momento algum e no jantar do dia seguinte também, até as aulas começarem o pai sempre lhe lembrava a mesma coisa, soltava as mesmas palavras dias após dia provavelmente para ele nunca esquecer.

Na segunda como o prometido ela apareceu, chovia naquele dia o céu se encontrava totalmente cinza e uma chuva em momentos fortes em outro fraca caia sobre a cidade, Hiro estava em seu quarto jogando quando ouviu a campainha tocar, ele levantou-se e andou pelo quarto, sabia que era ela e depois de uns minutos ele viu a porta se abrindo.

– Hiro. - A mãe o chamou e automaticamente uma carranca tomou conta de seu rosto - Alice chegou. - Ele logo viu a garota aparecer atrás de sua mãe ela lhe encarou e por um momento pareceu tímida e quase uma perdedora os ombros encontravam-se para recolhidos enquanto segurava alguns livros e cadernos nas mãos, os olhos castanhos por um momento alcançou o chão, mas Hiro sabia que ela era bem diferente do que se parecia naquele momento. - Entre, Alice. - A mãe de Hiro pediu vendo que tanto professora e aluno sequer se moviam - É melhor vocês estudarem aqui por que é mais sossegado. - Informou a mulher com um sorriso gentil - Vou deixar que vocês começarem e Hiro cuidado hein. - Advertiu já se virando para o lado da porta - Vou deixar a porta aberta caso precisem de algo.

Então Hana sumiu no corredor e uma atmosfera tensa e pesada se mostrou entre eles, os dois se olhavam desafiadores e por suas cabeças se passou caso precisassem de algo provavelmente não chamariam Hana, pois ela não poderia ajudar, pois caso precisassem de algo seria a ajuda para arrumar um lugar para esconder um corpo.

Alice viu que deveria quebrar o silêncio então começou:

– Vamos começar? - Hiro viu quando ela olhou em torno de si procurando um lugar para se sentar, mas ali tinha apenas uma escrivania bege e o chão para se sentar. Ela foi em direção a mesa e pousou os livros sobre a mesma e logo o olhou de canto de rabo esperando Hiro se aproximar, mas ele não o fez continuou apenas parado com as mãos enfiadas no bolso. Outro silêncio se fixou entre eles, o rapaz comentou:

– Então é agora que começamos a brincar de escolinha? - Hiro sorriu e Alice respirou fundo e ele prometeu que aquelas aulas não durariam por muito tempo, afinal um do dois teria que dá o braço a torcer e desistir, mas claramente não seria ele, em sua cabeça aquela já era uma batalha vencida.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Bye!



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