O que você seria capaz de deixar por uma amizade? escrita por Anaju


Capítulo 68
Será que eu tenho coragem?


Notas iniciais do capítulo

Margarida e Daniel terão uma conversa séria.



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No outro dia na escola:

Daniel:

Eu entrei em passos firmes na escola determinado em terminar de vez com a Margarida, eu estava caminhando pelo pátio e vi a Maria Joaquina, ela sorriu para mim com aquele lindo sorriso que me deixa um tanto tonto, eu desviei o olhar, senão não conseguiria nem me mexer e continuei caminhando até onde Margarida estava, respirei fundo e a olhei, ela sorriu para mim e me beijou, como sempre de surpresa, preciso de coragem, afinal eu não quero magoá-la, então eu tomei coragem e falei:

— Margarida, a gente precisa ter uma conversa séria.

— Tudo bem, mas sobre o que você quer falar? – Ela me perguntou.

— Sobre nós dois, mas vamos até a escada.

— Eu acho melhor a gente conversar no recreio, pois faltam apenas dez minutos para o começo das aulas. – Ela falou, tentando fugir da conversa.

— Pois eu acho melhor conversarmos agora.

— Está bem, então, vamos. – Ela falou me parecendo irritada.

Nós fomos para a escada e nos sentamos na mesma.

Daniel off

Margarida:

Eu tentei muito fugir deste dia, porém ele chegou, o dia em que o idiota do Daniel vai terminar comigo para ficar com a metida da Maria Joaquina mesmo depois de tudo o que eu fiz na festa dela de treze anos para separá-los eles vão ficar juntos, ela já tem tudo e ainda quer o que é meu, quer saber deixa para lá, eu nunca me importei com o Daniel mesmo, eu só queria me divertir e estragar a vida daquela chatinha e metida da Majo.

Eles que sejam bem infelizes juntos.

— Então, o que é tão importante que não pode esperar pelo recreio, hein...?

— É que... – Ele não conseguia dizer.

— Fala logo, Daniel.

— Eu quero terminar tudo entre a gente. – Ele finamente disse.

 Como a minha suspeita estava certa. – Eu pensei.

— Como assim? Você não pode terminar comigo por causa da Maria Joaquina. – Eu disse sendo bem falsa, como se eu me importasse com o que ele faz da vida dele.

— Não é por causa da Maria Joaquina. – Ele se defendeu.

— Claro que é por ela, você acha que eu sou burra? É, eu bem vi os olhares entre vocês hoje e não só hoje, mas sempre, você não tem vergonha de brincar assim comigo Daniel? Eu pensei que você fosse diferente.

Eu tenho certeza que o senhor certinho não vai ter coragem de terminar comigo.

— Está bem Margarida, é sim pela Maria Joaquina, eu a amo e quer saber eu sempre gostei dela, eu sinto muito por não ter terminado logo com você, entretanto sempre que eu tentava conversar com você, você fugia de mim e da conversa. – Daniel me falou.

Eu não acredito que finalmente ele tomou uma iniciativa, eu nunca pensei que o Daniel seria capaz de tomar uma iniciativa.

— Quer saber Daniel, que ótimo então, já faz tempo que eu não te suporto. – Eu fui sincera e saí de lá rapidamente, sem deixar ele falar mais nenhuma palavra e joguei o anel de compromisso que ele me deu no chão. O anel que era para a Maria Joaquina mesmo.

Margarida off

Daniel:

Eu nunca imaginei que a Margarida teria a coragem de falar assim comigo, ainda arremessou longe o anel que era da Maria Joaquina e que eu dei para ela, eu resolvi pegar o anel e guardar, depois eu dou ele para meu pai para que ele possa vendê-lo ou sei lá, a Margarida definitivamente não merece esse anel e a Maria Joaquina merece um anel diferente e bem especial, coisa que eu já tenho, vou entregar a ela hoje mesmo.

Daniel off

Maria Joaquina:

O Daniel veio conversar comigo com uma cara muito estranha.

— O que houve Dani? – Eu perguntei preocupada.

— Nada minha princesa, eu só tive uma conversa séria com a Margarida. – Ele me respondeu com um sorriso bem forçado.

— Fala a verdade Dani, você não conseguiu terminar com ela, não é?

— Mas é claro que eu consegui, pois como eu te disse ontem nada nem ninguém vai separar a gente, a partir de agora. – Ele disse e a gente se abraçou.  

— Então, Maria Joaquina Medsen, você quer namorar comigo? – Ele perguntou saindo do abraço e se ajoelhando com uma caixinha nas mãos.

— Claro que sim, mas o que é isso sobre as suas mãos, Daniel?

— É uma coisa especial que eu mandei fazer há algum tempo atrás para você, pois eu sabia que um dia esse momento mágico e especial finalmente chegaria. – Ele disse me entregando a caixa.

— Que lindo Daniel! Mas como você sabe que eu amo borboletas? – Eu falei abrindo a caixa e me deparando com um anel na cor branca em forma de borboleta.  

— Um dia uma menina muito especial me disse que adorava borboletas. – Daniel, respondeu.

— Eu me lembro disso, mas nós estávamos no terceiro ano naquele passeio no parque florestal, como você se lembra?

— Do mesmo jeito que você, aquele dia foi muito especial para mim, tirando claro, quando você resolveu se perder na floresta.

— Se não fosse o Cirilo, eu estaria perdida lá até hoje. – Eu disse e nós rimos.

Maria Joaquina off

Daniel:

Eu coloquei o anel no dedo dela e nós nos beijamos.

O sinal tocou e fomos para a fila.

Daniel off

Maria Joaquina:

As aulas dos primeiros tempos voaram e logo estávamos saindo para o recreio.  

No recreio eu vi o Kokimoto e a Margarida bem juntinhos, ele deve estar consolando ela, eu curto esse casal, só assim para ela largar do pé do Dani.

Eu estava sentada conversando com a Laura e a Valéria, eu contei a elas sobre a minha cena mais do que romântica com o Dani, quando Vale comentou:

— Isso que você contou é lindo.

— Como eu costumava dizer antigamente, isso é muito romântico. – Disse Laura e nós rimos.

— Mas mudando de assunto, você já contou sobre o seu namoro a seus pais Vale? – Eu perguntei.

— Ainda não, mas eu vou contar, eu juro. – Vale, falou.

— Na minha opinião você já devia ter contado, afinal já faz dias que você está omitindo essa informação deles.

— É, a Majo tem toda a razão, o certo é que você conte a eles o mais rápido possível, afinal será pior se eles descobrirem de outra forma. – Disse, Laura.

— Isso é totalmente impossível, pois eles moram na França, porém eu vou tomar coragem e contar. – Vale, afirmou.

— Sim, mas quando? – Eu perguntei.

— Um dia. – Vale, respondeu.  

Eu percebi que ela não vai contar tão cedo, então eu resolvi mudar de assunto.

— Vocês gostaram da matéria principal da revista moda e cia desse mês?

— Muito. – Comentou, Vale.

— Eu amei, acho que foi a melhor dos últimos meses, afinal uma matéria de como combinar a cor do sapato com a cor da blusa é essencial – Falou, Laura.

— Eu estou muito feliz pela professora Helena, ela deve estar muito feliz por estar esperando um bebê.

— Com certeza, está. – Laura, disse.

— Imagina como vai ser fofo o bebê dela e do professor René. – Falou, Vale.

— É mesmo.

— Concordo. – Laura, concordou.

— Oi, linda. – Disse, Mário para Laura ao se aproximar de onde nós estávamos.

— Oi, meu fofo. – Falou, Laura sorrindo para ele e se esquecendo totalmente de mim e da Vale.

— Você vai roubar ela dá gente de novo, né? – Eu, perguntei brincando.

— Com certeza e por todo o recreio, eu devolvo ela na sala. – Ele, falou brincando também.

— Está bem, bom sequestro, Laurinha.

— Obrigado, Majo. – Disse, Laura rindo.

— Até, Vale. – Ela, completou.

— Até. – Vale, falou.

Laura se retirou juntamente com Mário, mas antes ela olhou para nós e piscou.

Eu e Vale continuamos a conversar até que o Paulo veio chamar ela para ficar com ele.

Mas agora que eu também tenho um namorado, que veio até mim assim que percebeu que eu tinha ficado sozinha, não tenho mais que me preocupar.

O recreio terminou e o sinal tocou.

Nos últimos três tempos tivemos uma aula sufocante de geografia, mas felizmente passou rápido e logo estávamos em casa.

Maria Joaquina off

Valéria:

Eu entrei em meu quarto na casa da Majo, pensando sobre o que as meninas e eu conversamos hoje no recreio, sobre eu contar logo aos meus pais sobre o meu namoro, pensando nisso me deu uma saudade louca deles dois.  

Eu fiquei olhando uma foto deles que eu tinha sobre a minha cômoda, eu decidi que queria ver mais fotos, então eu abri meu armário e tirei lá de dentro uma caixa de lembranças de minha infância e também da nossa antiga casa.

Eu a abri e além de recortes, adesivos e fotos de familia, tinha também o meu antigo amigo especial o meu urso Tim-Tim, eu o guardei aqui quando eu tive certeza que não precisava mais dele, ou seja, quando eu tive certeza de já ter crescido, com uns treze anos, mais ou menos.

Mas hoje eu vejo que a verdadeira idade é a que está em nossos corações.

Eu o abracei e lhe dei um beijo rápido na testa e o guardei de volta na caixa, lembrando de todos os momentos bons que passamos juntos, antes de fechar a caixa eu peguei um porta retrato com uma foto minha e de meus pais em um parque e coloquei sobre a escrivaninha.   

Eu guardei a caixa.

— Oi, Mana. – Disse, Majo usando nosso velho hábito de nos chamarmos de irmãs.

— Olá.

— Então pensou sobre o que nós conversamos? – Ela, perguntou.

— Sobre o meu namoro com o Paulo? – Eu me fiz de desentendida.

— Mais é claro que sim.

— Que história é essa de namoro, meninas? Os seus pais sabem disso, Valéria? – Perguntou dona Clara entrando no quarto.

 Nãoooo ela ouviu, agora eu estou totalmente encrencada.

— É que ....... – Ia falando a Majo quando....

Continua....


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Notas finais do capítulo

O que será que vai acontecer com Valéria agora?



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