O que você seria capaz de deixar por uma amizade? escrita por Anaju


Capítulo 57
Desculpe, mas eu não estou arrependida


Notas iniciais do capítulo

Laura e Alícia terão uma conversa difícil, será que Alícia perdoará Laura?



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Laura:

Depois da conversa com a turma, fui até a biblioteca conversar com Alícia, como eu sabia que ela não ia abrir a porta mesmo, resolvi levar a chave mestra, que peguei emprestado com seu Fernando, o caseiro.

Chegando em frente a biblioteca, respirei, tomei coragem e girei a chave na porta, ela se abriu e eu entrei.

— Com licença. – Eu, disse, a olhando.

— Como você entrou aqui? Se a porta está trancada. – Alícia, perguntou, me olhando com ódio.

— Eu usei isto. – Eu a informei, balançando a chave mestra.

— O que você quer aqui? Sua falsa, fica se fazendo de amiguinha, mas no fundo é uma cobra. – Ela, disse, a mim.

— Posso te explicar o que aconteceu?

— Eu não quero suas explicações. Elas são falsas como notas de três reais. – Ela, falou, gritando comigo.

— Vocês dois partiram o meu coração, eu nunca mais quero falar com nenhum dos dois, mais principalmente com você. – Ela, completou, gritando de novo, claro.

— Que eu saiba quem tinha compromisso com você era o Paulo, o certo é você ficar com mais raiva dele, não de mim.

— Não seja cínica Laura e nem pense em vir com um papinho de: eu o amo ou aconteceu, você não é mais minha colega e nem pense mais em me dirigir a palavra, mesmo se você estiver arrependida. – Ela, disse.

— Quer saber Alícia, não seja boba, eu não estou e nem nunca vou estar arrependida do que eu fiz, entendeu? Querida, eu não tenho culpa se o Paulo namorava você, pensando em mim. – Eu, falei, com um sorriso de lado.

— Agora, você me mostrou a verdadeira Laura Gianolli, e você de verdade não é nada romântica, não é mesmo? Mas saiba que um dia a sua máscara vai cair e todos vão ver, o que você é de verdade e quando isso acontecer você perderá não só o idiota do Paulo, como também as suas preciosas amigas e todas as outras pessoas importantes para você e saiba que isso que você disse é pura mentira, pois eu sei que o Paulo gosta mesmo é de mim, ele só está iludido com o seu rostinho bonito e seu jeito falso e romântico de ser. – Alícia, disse, e saiu quase que correndo da biblioteca.

— Eu acho que isso significa que você não me perdoa, né. – Eu, gritei, com esperança de que ela ouvisse.

Assim que terminei de gritar, me lembrei de suas duras palavras e caí chorando ali mesmo, sem nem me importar se alguém veria.

Meu coração batia tão forte, que senti como se ele fosse explodir.

Eu não deveria ter falado desse jeito com ela, mas ela foi me irritando e eu simplesmente não suportei e fui sincera, mas ás vezes a sinceridade é mortífera.  

Levantei, sequei minhas lágrimas, elas simplesmente teimavam em correr por minhas bochechas, que a esse ponto já estavam muito vermelhas e me levantei.  

Fui para o quarto, checando antes se não havia ninguém por lá, entrei no banheiro e lavei meu rosto para tirar a vermelhidão do choro, afinal ninguém podia nem sonhar que eu chorei, pois eu não tenho motivos, né?

Depois de meu rosto estar menos vermelho, passei um pouco de maquiagem, para meu rosto ficar impecável, depois eu desci as escadas em direção a sala onde todos estavam, inclusive Alícia e Paulo que fez um sinal para que eu sentasse ao seu lado.

Me sentei ao seu lado e Mário e Alícia ficaram nos olhando, como se não bastasse isso, Paulo me abraçou, como se eu quisesse ficar abraçada com a pessoa que eu mais detesto no mundo, enquanto a que eu amo, me olhava com tristeza. Que ódio, onde eu fui me enfiar, hein... 

— Agora que chegou quem faltava, vou contar a atividade que faremos amanhã à noite, eu queria mesmo que fosse hoje, porque a nossa viagem está prestes a terminar, mas eu andei checando e não daria para organizar em tão pouco tempo, continuando a atividade é um luau sobre a luz da lua. – Falou, Maria Joaquina.

— Se é um luau, é obvio que é sobre a luz da lua, né. – Disse, Margsonsa, ridicularizando a Majo.

Antes que elas brigassem, resolvi me meter, apesar de eu nunca me meter.

— Adorei sua ideia, amiga. – Eu, falei, e ela voltou a sorrir.

— Obrigada. – Majo, agradeceu.

— Já estou ansiosa. – Disse, Vale.

E aos poucos todo mundo foi se animando, menos Jorge que não se animava com nada.

— Vamos jogar algo, pessoal? – Vale deu a ideia.

— Sim, mas o que? – Marce, perguntou.

— Que tal o jogo da verdade? – Falou, Mário.

— Esse a gente já jogou, falem outro. – Disse, Majo.

— Que tal, o jogo do eu odeio. – Falou, Alícia.

— Como se joga esse jogo, Alícia? – Perguntou, Koki.

— É igual ao jogo do eu gosto, só que é o que você odeia, em vez do que você gosta, entenderam? – Ela, explicou para nós.

— Sim. – Todos disseram.

— Eu começo, eu odeio pessoas falsas, fingidas, cínicas e dissimuladas. – Alícia, disse, me olhando.

— Eu agora, e eu odeio pessoas invejosas, recalcadas, mal-amadas e falsas moralistas. – Eu, falei, retrucando.

— Vão com calma meninas. – Disse, Majo.

— É, não precisam brigar, por mim. – Falou o convencido do Paulo.

— Ninguém aqui está brigando Paulo, ainda mais por você. – Disse, Alícia.

— É mesmo.

— Continuando, eu odeio maldade, infelicidade e tristeza. – Falou, Vale.

— E eu odeio ganância, prepotência e maldade com animais. – Disse, Mário.

— Eu odeio pessoas materialistas, desigualdade e vícios. – Falou, Majo.

Como se a Majo não fosse nada materialista.

Cada um foi falando e quando terminamos o jogo, todos resolvemos nos recolher.

Amanhã será melhor que hoje. – Eu pensei antes de dormir totalmente.

As horas se passaram rápido e eu me levantei e comecei a andar pela casa.

Eu estava andando e não via ninguém na casa, de repente eu percebi que estava ali sozinha, sem ninguém, então eu vi a Majo, mas quanto mais eu tentava me aproximar dela, mas ela fugia e corria de mim.

De repente Alícia surgiu.

— Você está totalmente só e ficará assim para sempre. – Ela, gritava, repetidas vezes.

— Não vou nada. – Eu, gritava, para ela também repetidas vezes.

— Acorda, Laura. – Vozes que eu não sabia de onde vinham, gritavam.

De repente eu acordei e todas as meninas estavam me olhando, menos Alícia, claro.

Eu deveria mesmo ter imaginado que aquilo era somente um sonho ruim.

As palavras de Alícia, mexeram muito comigo.

— Você está bem? – Perguntou Vale, parecendo bem preocupada comigo.

— Agora sim, foi somente um pesadelo, me desculpe por ter preocupado vocês.

— Que bom!! E não se preocupe, pois amigas servem para isso, já que está tudo bem, vamos nos deitar, né? Meninas. – Disse, Majo, e todas voltaram as suas camas.

Eu voltei a dormir e finalmente a noite passou e o dia chegou.

O dia de verdade e não o dia horrível vivido no pesadelo.

Depois de tudo o que aconteceu, o clima está péssimo entre nós todos, eu espero que esse Luau acalme os ânimos de todos.

Laura off


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo o tão esperado Luau.



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