Cartas Anônimas escrita por Massie


Capítulo 29
Capítulo 29 - Cena desagradável




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– Hummm, vejo que o anonymous atacou de novo – Disse Pedro chegando por trás de mim.

– Aii que susto garoto – Coloquei á mão sobre o peito.

– Esse cara não vai parar de assediar minha garota não?

– Sua garota? - Ergui uma sobrancelha – Desde quando sou propriedade de alguém?

– Desde que eu te encontrei – Ele me puxou colando nossos corpos, o choque fez com que eu soltasse um baixo gemido – Viu, minha garota.

Antes que eu pudesse dizer algo, Pedro juntou nossos lábios com fervor. Seu beijo era delicioso e saboroso, como todas as vezes que nos beijamos. Ele me prensou contra o armário e me apertou com força, suspirei com seu ato e coloquei minhas mãos sobre seu peitoral o empurrando de leve.

– Escola meu amor… Isso aqui é uma escola, não um motel.

– Bem que ela podia mudar de nome agora não é? – Ele sorriu maroto e mordeu o lábio inferir, eu acompanhei seu gesto sorrindo da mesma forma.

– Tenho que encontrar meus amigos.

– Tudo bem.

– Nos vemos por ai.

Aproximei-me dele e colei nossas bocas em um selinho demorado, sorri e sai do local me encaminhando para á sala. Ao chegar lá só estavam presentes os meus amigos.

– Olha quem apareceu – Mateus levantou-se e me abraçou.

– Eu sei que vocês me amam.

– Ainda com esse lance de cartas anonimas Ka?

– É Jhony, eu sou uma pessoa realmente muito amada – Eles riram. André entrou na sala e se encaminhou para o fundo, antes de ir para sua mesa esbarrou em mim – Ai, olha por onde anda estúpido.

– Vixe, o que foi isso? – Nat disse.

– Tá assim só porque dei o fora nele.

– Heyn !?

– É gente, eu hein.

– Por que você deu um fora nele cara? Ele é mó gatinho.

– Ahh Bianca eu não estava a fim.

– Vixe, to falando que ela tá mudada – Rolei os olhos. Os alunos começaram a entrar e eu me sentei no meu lugar observando o fluxo de pessoas, e dentre as pessoas eu vejo um lindo garoto com uma blusa gola v apertada, uma calça skin preta e um all-star preto. Quanta perdição. Eu e Pedro trocamos olhares cúmplices sem ninguém ver. Eu estava amando aquilo tudo. As aulas rapidamente se passaram e o intervalo chegou. Como sempre eu e meu grupo sentamos no palco, de lá dava para observar perfeitamente as pessoas e uma cena desagradável tomou meu campo de visão. Pedro estava conversando com uma garota, á mesma garota que ele havia esbarrado uma vez, acho que seu nome era Laura, ela era uma loirinha de cabelos ondulados linda de mais que estudava ao lado da nossa sala. Ela era linda de mais, isso eu admitia muito, eu até que já havia conversado um pouco com ela e ela era bem legal, mas naquele momento ela não estava sendo nada legal. Pedro estava encostado na parede e Laura estava de frente para ele, os dois riam bastante e ela teve á ousadia de tocar no cabelo dele, no cabelo dele! Isso era de mais pra mim. E o cachorro ainda deixava, não estava nem ai, parecia gostar muito daquilo. Uma raiva tomou conta de mim e á vontade que eu senti foi de puxar aquela garota pelos cabelos e dá uns bons tapas em Pedro. Eu sei que aquilo não era nada de mais, mas eu sempre fui muito ciumenta. Quando á coisa era minha, era minha e já era, ninguém podia tocar, ninguém podia chegar perto, e eu já sentia essa posse toda sobre Pedro. Ele era meu, e nele ninguém tocava.

– Karina minha filha, eu estou falando com você.

– Desculpa Vicky – Disse em um tom seco.

– Iiii o que houve?

– Nada.

– Fudeo, fez bico, o que foi?

– Nada Vicky, apenas uma cena desagradável.

– Cena? Quem? De quem? – Ela olhou em volta, mas parece não ter visto nada de mais.

– Nada, esquece. O que você estava dizendo mesmo?

– Que tal sairmos no sábado?

– Humm, não sei, eu quero aproveitar o tempo perdido com minha mãe, fazer algo com ela.

– Tudo bem, eu tento ver outra coisa.

Eu olhei para o pátio novamente bem no exato momento em que aquele projeto de vadia virava as costas e mandava Pedro ver algo, ou perguntava algo sei lá, eu só sei que ele olhou pra bunda dela ainda arqueando uma sobrancelha parecendo gostar do que via.

– Cachorro… Vaca!

– Quem Ka?

– Ninguém Vicky… Ninguém.


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