Duas e cinco e lá estava eu, parada de frente para o meu espelho me alisando. É, eu acho que minha roupa estava legal para um almoço na casa de gente rica e elegante. Eu estava um pouco nervosa porque primeiro, eu nunca na minha vida tinha ido almoçar na casa de um garoto ainda mais um garoto que nem meu amigo direito era, segundo, eu não sabia se teria algum tipo de comida estranha que usasse coisas estranhas para comê-la e terceiro, eu não sabia o que esperar desse almoço e nem sabia o certo porque aceitei. Dei um retoque básico na fraca maquiagem e espirrei perfume no meu corpo bem na hora que ouvi um barulho de buzina. Desci ás escadas, peguei minhas chaves e abri á porta deixando meu queixo cair involuntariamente quando vi uma BMW preta estacionada na frente da minha casa com um garoto que usava uma calça escura nem tão larga, nem tão apertada, um all-star branco, uma blusa gola V branca e uma jaqueta de couro preta por cima. Pedro estava estilo Edward Culler quando foi buscar Bella para irem á escola juntos pela primeira vez. Eu me aproximei dele e sorri recebendo outro sorriso em troca. Seu cabelo estava bem arrumado e o óculos até que estava legalzinho em seu rosto fora o incrível cheiro de seu perfume.

– Senhorita – ele disse galanteador abrindo á porta do carona para mim… Gargalhei.

– Ô muito obrigada – ele fechou á porta e deu á volta no carro sentando-se no lugar do motorista. Dentro do carro eu podia sentir mais nitidamente seu perfume e me deu uma súbita vontade de senti-lo melhor em seu pescoço.

– É… – Ele me olhou parecendo envergonhado – Você está muito linda.

– Obrigada – sorri – Você também está – ele deu á partida no carro – Cara, você tem uma BMW!

– Eu sei – ele gargalhou divertido – Eu sou um bom garoto sabe Karina e bons garotos merecem receber boas recompensas – Minha vez de gargalhar.

– Caracas, bela recompensa essa.

– Pois é – sem perceber Pedro já estava estacionando de frente para sua casa.

– Quem vai almoçar com a gente?

– Eu, você, minha mãe e meu pai.

– Você não tem irmãos?

– Não – ele entortou á boca – Meus pais não conseguiram fazer uma segunda perfeição.

– Cara – o olhei incrédula – Como você é convencido .

Ele jogou á cabeça para trás e gargalhou, o que me fez gargalhar também.

– Espere no carro bela dama.

– Claro, jovem cavalheiro - Pedro saiu do carro ainda rindo e deu á volta no mesmo, abriu á porta para mim e segurou em minha mãe me ajudando á sair – Que pessoa mais gentil.

– Pois é, tenho todas as características que as menina piram.

– Só acho que tá faltava uma pitada de humildade, mas assim, só acho mesmo – revirei os olhos e ele novamente gargalhou. Fomos em direção á porta de sua casa e logo estávamos na sala.

– Pai… Mãe – Pedro chamou á atenção deles.

– Como você está linda Karinha – Delma se aproximou de mim e me abraçou.

– Obrigada e a senhora está elegante como sempre – ela sorriu.

– Então essa é a famosa Karina? – Um senhor se aproximava de mim, ele não era muito velho, seu cabelo só era um pouco grisalho e olhando para ele você se recordaria de Pedro perfeitamente. (N.A/ Gente o pai do Pedro na fic não é o Marcelo, é o pai dele de verdade. O João Vitti)

– Famosa? – Franzi o cenho.

– Minha mulher fala tanto de você que daqui á pouco vai entrar com um pedido de adoção – todos gargalhamos, menos Delma.

– Engraçadinho.

– É um prazer conhecê-la – ele pegou minha mão e depositou um beijo sobre á mesma.

– O prazer é meu.

– Bom… Vamos almoça? – Delma perguntou e todos concordamos, ela e seu marido foram na frente.

– Pedro – O chamei baixo.

– Hummm?

– Assim… Não vai ter nada estranho não né?

– Como? – ele ergueu á sobrancelha.

– A comida, eu não quero pagar mico.

– Fique tranquila Karina – ele sorriu – Não é nada de extraordinário, mas é á melhor comida que você vai provar em toda á sua vida.

Nós nos sentamos á mesa e não havia nada muito…“Rico” ali não, á comida era como qualquer outra, mas o sabor, meu Deus, era incrível.

– Delma essa com certeza fôra á melhor refeição de toda á minha vida – Todos nós estávamos na sala.

– Karina não fale assim senão ela vai pensar mesmo em adota-la – Disse Pedro.

– Pedro cale á boca – eu disse e ele abriu á boca ofendido.

– Isso mesmo querida, bota ordem, já que eles não me respeitam mais, quem sabe eles respeitam você – ela me abraço. Eu já sentia um enorme carinho por Delma, não sei, era como se eu á conhecesse á muito tempo, ou como se… Sei lá… Eu sentisse falta de algo e ela preenchesse essa falta que eu sentia.