Um sinal tocou, isso significava que todos deveriam ir imediatamente para o campo externo, Emma levou Allisson no colo, mas não tinha problema, afinal “amigos” também se ajudam não é mesmo?

–Teremos uma mudança nas aulas, sabemos que vocês almoçaram a pouco tempo, mas em função de uma solicitação do professor de conhecimento da mente, ofereceremos um banquete a vocês. –Ninguém estava entendendo, um banquete? O que a diretora queria dizer com isso?

–Todos dirigiram-se ao refeitório. –Todos obedeceram. Ao chegar lá os olhos de Allisson brilharam e um sorriso surgiu no seu rosto, aquele “banquete” continha todas as comidas favoritas dela, num segundo o sorriso se desfez, ela não tinha condições de comer nem um grão sem vomitar, aquilo fez Allisson sentir vontade de chorar, porque, depois de saber que a refeição que ela comeria os meses que ficaria era apenas uma espécie de mingau sem gosto, ela sentiu vontade de chorar, ela sentiu vontade de chorar, e ali, agora, na sua frente, havia suas comidas favoritas, ela segurou as lagrimas e foi sentar-se com Emma e Renne, que insistiram em não comer, mas depois acabaram cedendo. De repente uma garota loira, com a pele bem branca, com um par de olhos azul gelo se aproximou.

–Olá, sou Sophie, posso me sentar com vocês?

–Claro... –Emma disse suspeitando da garota.

Sophie se sentou e ficou encarando uma a uma com um sorriso falso.

–Você se parece com a diretora. –Renne comentou, ela era observadora.

–É verdade, vocês têm algum parentesco? –Allisson estava a desconfiar, assim como Emma e Renne.

–Eu posso afirmar...uma coisa que não é verdade não é mesmo? –Sophie deu uma risada nervosa.

–Qual foi seu “pecado”? –Renne perguntou seca, ignorando o que havia acabado de acontecer.

–Não gosto de falar sobre isso...pode me perguntar qualquer coisa, eu irei responder, menos isso.

–Ok, o que te trouxe até aqui? –Allisson perguntou com um sorriso. De repente a diretora apareceu.

–Sophie, me acompanhe por favor. –A diretora pediu, e Sophie obedeceu.

Quando elas já estavam longe, Allisson, Emma e Renne, puderam voltar a conversar.

–Ela é estranha.

–Não é confiável.

–Está do lado deles.

Em poucos segundos estavam liberadas para os quartos.

Renne, agora sozinha, sentada na cama, pegou a lâmina prateada, e abaixou as calças do uniforme, então ela fez um corte profundo de uma extremidade da coxa até a outra, e de repente, em meio as lágrimas, um sorriso surgiu, não um sorriso feliz, mas um sorriso insano, o mesmo sorriso que um serial killer dá antes de matar sua vítima, os cortes foram ficando sem direção, e quando ela voltou a “sanidade” percebeu a poça de sangue no chão, ela virou a noite limpando a pele e o chão com papeis higiênicos do banheiro, depois jogou todos, um a um, na privada. Mas, foi de um jeito bem diferente que Sophie passou a noite...

–O que descobriu?

–Não podemos libertar Renne, ela pretende voltar e libertar mais pessoas! Emma e Allisson se apaixonaram e se beijaram!

–Não! Não! Não! Não! Elas vão destruir nosso império, Sophie! Elas estão sujando esse lugar!

–O que vamos fazer?

–Não é da sua conta!- A diretora gritou.

–Mas mãe...

–Não me chame assim! Saia daqui!

–Sim, senhora diretora... – Sophie foi para o quarto segurando as lágrimas...